terça-feira, 17 de setembro de 2013

O ministro Celso de Mello e o Rei Salomão




Este fim de semana voltei a encarar o mundo sem as agruras por que passei nas últimas semanas. No linguajar humano estou convalescendo e no linguajar divino, me aguarde São Pedro, ainda não foi desta vez. Como espero que não seja desta vez que jogaremos nosso tenro bebê que é a democracia brasileira junto com a água do banho que o STF vinha dando nela, no julgamento do mensalão.

Mesmo ainda capengando, não resisti a pegar no teclado e falar de minhas perspectivas ruins sobre este assunto. Podemos dizer que todo nosso esforço de democratização do país está nas mãos de um só homem: o Celso de Mello. Amanhã, com seu voto ele pode dar uma esperança ao povo brasileiro de sua consolidação ou poderá deixar-nos à mercê de outra ditadura de um partido único, como sempre foi a meta do PT.

Pelo que li e reli na mídia, e pela minha leiguice na matéria, só nos resta rezar e pedir a Deus para iluminar o juiz. No meu último escrito eu o citava e duvidava da sanidade mental de alguém que poderia ir hoje, alguns meses depois, ao contrário de depoimento tão contundente que reproduzi. Hoje, vendo outras coisas que ele falou,  já duvido da sanidade mental de quem se apega tanto a tecnicalidades jurídicas ao ponto de colocar em risco o futuro de uma nação.

Valendo-me do meus conhecimentos bíblicos eu lembrei do julgamento do Salomão. Vejam um dos relatos que encontrei:

“Então vieram duas mulheres prostitutas ao rei e puseram-se perante ele. E disse-lhe uma das mulheres: Ah, senhor meu, eu e esta mulher moramos numa mesma casa; eu tive um filho, morando com ela naquela casa. E sucedeu que, ao terceiro dia depois de meu parto, também esta mulher teve um filho. Estávamos juntas; estranho nenhum estava conosco na casa, senão nós duas naquela casa. E de noite morreu o filho desta mulher, porquanto se deitara sobre ele. E levantou-se à meia-noite e tirou meu filho de meu lado, dormindo, dormindo a tua serva, e o deitou no seu seio, e a seu filho morto deitou no meu seio. E, levantando-me pela manhã, para dar de mamar a meu filho, eis que estava morto; mas atentando pela manhã para ele, eis que não era o filho que eu havia tido.

Então disse a outra mulher: "Não, mas o vivo é meu filho e teu filho o morto." Porém esta lhe disse: "Não, por certo; o morto é teu filho e meu filho o vivo." Assim falaram perante o rei.

Então disse o rei: "Esta diz: ‘Este que vive é meu filho, e teu o morto’; e esta outra diz: ‘Não, por certo; o morto é teu filho e meu o filho vivo’." Disse mais o rei: "Trazei-me uma espada." E trouxeram uma espada diante do rei. E disse o rei: "Dividi em duas partes o menino vivo, e dai metade a uma e metade a outra."

Mas a mulher cujo filho era o vivo falou ao rei (porque as suas entranhas se lhe enterneceram por seu filho) e disse: "Ah, meu senhor, dai-lhe o menino vivo e por modo alguns mateis." Porém a outra dizia: "Nem teu, nem meu seja; dividi-o antes."

Então respondeu o rei: "Dai a esta o menino vivo e de maneira nenhuma o mateis, porque esta é sua mãe."

E todo o Israel ouviu a sentença que dera o rei e temeu ao rei; porque viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça. (1 Reis 3, 16-28)”

Mesmo com a imaginação um pouco embotada pelas minhas agruras, é impossível não associar a mãe que queria esquartejar o filho com a turma do PT stalinista. Eles não tem amor à democracia, e para manter o poder tanto faz que ela seja esquartejada ou não. Aqueles que, mesmo defendendo que os mensaleiros vão para a prisão, mas, que se preserve o processo democrático e as instituições, como eu, são representados na parábola pela mãe verdadeira.

Eu sei que chamar o ministro Celso de Mello de Rei Salomão seria blasfemar contra o grande e justo rei. Apenas, penso ser o desejo do Brasil que ele se pronuncie tão sabiamente quanto ele, entregando o filho à verdadeira mãe, olhando o clamor do povo brasileiro e não só os que clamam por sua coerência. Vamos colocar mais alto a vida do nosso bebê, nossa democracia, para que não seja esquartejada pela sanha de poder daqueles que tentam se aproveitar para destruí-la.


A próxima quinta-feira sem o Zé Dirceu e restante da quadrilha na cadeia levaria o Rei Salomão a ter vergonha do sistema judiciário brasileiro, com todas as consequências que daí advirão no mundo político, que não será bom para o nosso país. E se os boatos de que o Joaquim Barbosa renunciar ao cargo de presidente do STF forem verdades, nem o próprio Rei Dom Sebastião salvará este país. Cruzes!

2 comentários:

  1. SERÁ QUE O MINISTRO CELSO DE MELLO VAI SE COMPORTAR COMO UM JUIZ SEM JUÍZO, HÉIN?!?!!?! DE QUE LADO O MINISTRO CELSO DE MELLO VAI FICAR?!?!?! DO LADO DA PUTAIADA DOS COMUNISTAS PETRALHAS , OU DO LADO DA MORAL?!?!?! COMO DIZ O MEU AMIGO CORONEL MACIEL O FIM DE UM MUNDO, NÃO É O FIM DO MUNDO!!! MUITOS “MUNDOS” JÁ SE ACABARAM!!! FOI PRECISO QUE O COMUNISMO E O NAZISMO TERMINASSEM PARA QUE PUDÉSSEMOS COMPREENDER E APRENDER AONDE KAFKA QUERIA CHEGAR COM SUAS GRANDES METÁFORAS LITERÁRIAS SOBRE O TOTALITARISMO, CONTIDAS NOS SEUS LIVROS “A METAMORFOSE” E “O PROCESSO”. VAMOS REZAR, GENTE!!! REZAR MUITO!!! NÃO IMPORTA SE PARA OS DEUSES TODOS PODEROSOS DOS CÉUS, OU PARA OS TAMBÉM DEUSES DOS ORIXÁS QUE SÃO PODEROSOS NAS FEITIÇARIAS, CATIMBÓ E MACUMBAS. VAMOS TODOS PARTICIPAR DESSE RITUAL: CANTANDO, DANÇANDO, REZANDO, BATENDO TAMBOR E FAZENDO O DIABO A QUATRO...


    P.S.: - Que Preto Limão e Galo Cego umbandistas de Garanhuns nos protejam também...

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  2. lucinha meu amoooor ,estava morrendo de saudades, que bom ter vc de volta, não aguentava mais ver só o blog do poeta [falta de opção, claro] só fala em encontro de blogueiros e nas belas merdas, desculpe errei a palavra, nas "obras"do dandam. beijos te adoro

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