terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A Bíblia e a homossexualidade - Homossexualidade tem cura?




(continuação)

A questão da interpretação literal e a leitura histórico-crítica, é fundamental para entendermos a opinião de alguns que citam a Bíblia como se fosse algum texto de botequim dizendo que “Fiado só amanhã!”, e que desvia o caminho daqueles que querem dar o calote, sem nem perguntar se vale para todos ou se o padre deve interpretar diferente.

A interpretação literal afirma entender o texto unicamente conforme o que ele diz. Esta é a bordagem fundamentalista. Ela afirma não interpretar o texto, mas simplesmente lê-lo como ele é. Entretanto, é claro que até mesmo o fundamentalismo segue uma regra de interpretação. Esta regra, simples e fácil, diz que a significação do texto é dada no presente por quem o lê.

Façamos a comparação com a outra abordagem, a da leitura histórico-crítica. A regra aqui diz que a significação do texto é dada por aquele que o escreveu no passado. Para afirmar qual é o ensinamento dado pelo texto bíblico hoje, primeiro é preciso compreendê-lo em sua situação original e então transportar seu significado para o presente. Um bom exemplo disso é o ensinamento de Jesus, na abordagem realista, utilizando a figura do camelo e da agulha.

Apesar de ouvirmos com mais frequência no rádio e na TV apenas a abordagem fundamentalista, todas as principais igrejas cristãs apóiam o método histórico-crítico. Portanto, o argumento apresentado aqui não é novidade: ao contrário, ele é absolutamente padronizado, sendo sustentado por quase dois séculos de estudos. De fato, ele já existia antes mesmo do fundamentalismo, que surgiu em parte como uma oposição a ele.

É evidente que algumas igrejas rejeitam o método histórico-crítico quando tratam dos textos bíblicos sobre a homossexualidade e algumas outras questões, tais como o divórcio, a posição da mulher na sociedade e na igreja, a compreensão que Jesus tinha dele mesmo, a organização da igreja primitiva, ou a origem de rituais cristãos como o batismo e a eucaristia. As igrejas têm receio das conclusões sugeridas pelos próprios métodos de interpretação que elas aprovam.

O estudo histórico-crítico da Bíblia geralmente coloca por terra algumas interpretações tradicionais e levanta questões muito sérias sobre a religião e a sociedade. Não é de surpreender que as igrejas hesitem em usá-lo. Em certos casos, elas ficam a se perguntar o que devem ensinar. Também não é de surpreender que o fundamentalismo tenha adotado uma linha mais dura. Os novos dados históricos podem fazer com que a compreensão tradicional da religião se dissolva ante nossos próprios olhos. É importante avaliarmos quão delicada é esta questão da interpretação da Bíblia.

Mas também é importante não ignorarmos fatos tais como eles agora são conhecidos. Fazê-lo seria violar um dos valores básicos da tradição judaico-cristã. Fazê-lo seria ignorar um valor pelo qual Jesus viveu e morreu – conforme João 8:32, Jesus diz: “A verdade vos libertará”.

Vejamos um pouco as desvantagens existentes quando se usa a abordagem literal. Um dos problemas desta abordagem é a utilização seletiva da Bíblia. Isto é, esta abordagem tende a enfatizar um texto e relegar outro. Os pregadores condenam as lésbicas e gays porque a Bíblia menciona de passagem atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo.

No entanto, esses mesmo pregadores não advogam a escravidão, embora a epístola a Filemon inteira, e muitas outras passagens extensas, a defendam (Efésios 6:5-9; Colossenses 3:22-4:1; 1 Timóteo 6:1-2; 1 Pedro 2:18).

Eles não encorajam as pessoas a furar-lhes os olhos ou a cortar-lhes as mãos, embora as palavras literais de Jesus sugiram este remédio para a tentação (Mateus 5:22-30). Estes pregadores geralmente admitem o divórcio, embora os ensinamentos de Jesus, tomados literalmente, o condenem (Mateus 5-32; Marcos 10:1-2; Lucas 16:18).

Eles permitem que mulheres ensinem nas escolas dominicais, embora 1 Timóteo 2:11-14 o proíba de maneira clara.

Eles permitem que as mulheres frequentem a igreja usando roupas claras e jóias de ouro e pérolas, ou mesmo sem chapéus, embora longas passagens se oponham a isto (1 Timóteo 2:9-10; 1 Coríntios 11:1-16).

A abordagem literal é praticamente forçada a ser seletiva em sua aplicação dos ensinamentos da Bíblia, para evitar algumas situações inaceitáveis.

Hoje não há como ser um bom ou uma boa religiosa sem usar o livre arbítrio que Deus nos deu para interpretar a Bíblia Sagrada, como a adotamos em nossa Igreja Católica, o mais próximo possível nos ensinamentos de Cristo, sem cair no relativismo moralmente estéril de que tudo é possível, nem corremos o riscos de interpretações literais que só levam muitos a amargura de uma vida que poderia ser de felicidade no céu, mas aqui na terra também.

A crença em Deus e num ser superior não se esgota em determinados preceitos que seriam imutáveis no tempo e no espaço, sem incorrermos no erro de discutir se negro, índio ou homossexual tem alma, ou pensar que alguém que tenha estas características sejam doentes ou estejam possuídos por um espírito maligno, como eu tive o desprazer de ver num filme do YouTube onde o Bispo Edir Macedo orienta um pastor a curar um homossexual. Se houver este vídeo aí abaixo, foi porque eu o encontrei na internet e o coloco para vocês, pensarem enquanto eu escrevo o restante do texto.


(continua quando eu terminar de escrever)

3 comentários:

  1. Dona Lucinha, me desculpe eu colocar este comentário num texto que não era prá ser colocado, é que eu o enviei para o Blog do Poeta, que se dirige a mim mas não publica meu comentário de defesa. Não acho isto justo. Se a senhora o publicar eu lhe fico grato. Obrigado.

    “Eu nunca pensei que me simples comentário fosse gerar tal ira. Disse o que ouço falar senhor Cláudio mas também sei ler, talvez não tão bem como você mas dá prá entender. O que o senhor fez além de perguntar ao presidente da câmara sobre o caso das diárias para esclarecer a população de Bom Conselho? O senhor queria que ele se declarasse culpado? E o senhor o que fez depois além de acumular propaganda no seu blog que eu duvido que alguém saiba qual foi a última que foi colocada?
    Não senhor Cláudio eu não sou amargo, apenas sou um seu leitor que viu seu blog fugir do assunto todo o tempo prá não perder os adesivos dos vereadores.
    Outra coisa feia que o senhor fez foi tentar manchar o nome de Dona Lucinha, que é uma boa blogueira da cidade e uma boa cidadã e procurou mostrar os fatos a partir da imprensa da capital pois aqui nesta cidade ninguém falou disto. Quanto a mim o senhor pode dizer o que quiser mais lave a boca com sabão para falar de Dona Lucinha.
    Eu ainda quero saber e vou continuar cobrando sem ter medo de sua fervura pois não tenho medo de você, o que os senhor vai fazer com o assunto das diárias, é o dinheiro que vai falar mais alto ou sua propalada ação de homem de comunicação? Foi isto que perguntei e o senhor não respondeu.
    Outra coisa, já enviei outros comentários para o seu blog, que não foram publicados, e não sei se este vai ser. Se não for ai eu agora tentarei publicar em outro lugar onde a expressão é livre e não se anda se aproveitando de pseudônimos como o Xico Pitomba para intimidá pessoas de bem.

    Arlindo Paz”

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    1. Muito bem Sr Arlindo Paz, esse foragido de Palmeira dos Índios, merece respostas inteligentes e desafiadora. A questão toda é o seguinte. Como ele não tem costume de lêr jornais, acho que ficou com uma pontinha de inveja da Dona Lucinha Peixoto, por postar, em primeira mão, a farra das diárias da câmara municipal de Bom Conselho. Todavia, ele se auto-titulariza como: profissional de comunicação (ri litros), espero que ele poste ou escanei o diploma da Faculdade de Palmeira dos Índios, porque, até aonde eu sei. isso se chama de Fofoqueiro de Plantão!Por causa de sua mania de ficar na "janela de casa" olhando a vida alheia, lhe rendeu altos perrenguem na "princesa do agreste". Contudo, o mesmo buscou arrego, mas não tiro o mérito dado pela Constituição Federal, o direito de ir e vim. Mas não se dá tanta ousadia de ficar tagarelando por aí. Acho interessante quando ele enumera os fatos que vai ditar.Primeiro, segundo, terceiro e quarto.... Isso é coisa de amadorismo!

      Mudando de pau para plástico, os nobre vereadores estiveram nesta manhã de terça -feira na Rádio Papacaça para "dá satisfações" ao povo de Bom Conselho, sobre o furo de reportagem que a Sra lucinah Peixoto nos deu de mão beijada. Os motivos foram muitos, ou melhor, insuficientes! O que mais chamou a atenção não foi o simples fato deles usarem o que está inscrito ou dito nas leis do regimento interno sei lá das quantas, mas pelo simples fatos de uam cidade como Bom Conselho sair na frente de cidades bem maiores que ela, como Exemplo, Garanhuns! E o que repudiava era a oratória do representante do povo. "Afff que quantas babozeiras" Dá até nojo ouvir eles falando. É neguinho falando errado, assassinando o bom e velho português, e fulana dizendo que não responde por um todo, e sim por ela mesma. É beltrana pegando carona nos dizeres de fulana. É Hozana que pediu para o citurão verde mandar recado de apoio a ele através da internet. Internet? Pois bem, foi isso que aconteceu. Cara Lucinha Todas as manhãs de segunda a sexta, conecte com a rádio-papacaça as 11.00 hs, lá tem um linc que poderás ouvi, ao vivo, o programas Papacaça debate, só assim saberá de mais detalhe de nossa cidade, e terá amis conteúdo para suas publicações maravilhosas!

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  2. Caros Arlindo Paz e Aristides,

    Hoje já tento responder a uma postagem do Poeta dirigida ao Arlindo mas que toca em meu nome. Ao Arlindo, minhas desculpas quando tentei responder ao Poeta mais do que você o fez. Se você discorda de minha opinião desculpe-em, e o Blog está sempre as suas ordens para que se possa defender, o que seria um direito seu, que é o direito sagrado de resposta.

    Aristides, eu vou tentar sintonizar a Rádio Papacaça no horário que você sugere, desde que meus netos me deem um trégua no horário. O problema do rádio para mim é este. Não posso deixar para ouvir depois. Agradeço pela dica e pelo comentário.

    O Blog é do povo, pelo povo e para o povo de Bom Conselho, e portanto é daqueles que querem o bem de nossa terra. Obrigada.

    Lucinha Peixoto

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