quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A luta entre o Padre Alfredo e o Coronel Zezé





Ontem não escrevi para o meu blog, mas, não foi por falta de conexão. Foram certos afazeres domésticos e por causa de um debate que travei no Facebook com os comunistas seguidores do Marlos Duarte. O Marlos arranja um bando de comerciais do regime castrista  e seus acólitos ficam só curtindo. É uma pena que não haja ainda nesta rede social um link para “descurtir” certas coisas. Então, não aguento e uso meu tempo, tão precioso para dizer o óbvio. O problema é que eles são péssimos para entender e muitas vezes eu tenho que desenhar. E haja tempo.

Mas, depois eu até escrevo sobre este debate, pois algumas vezes encontro bons e sinceros debatedores. Cheios de boas intenções socialistas que vêm enchendo o inferno desde que o mundo é mundo.

Hoje ainda me reporto à postagem de ontem, sobre a pré-candidatura da Mamãe Juju. Além dela (a postagem) produzir alguns comentários interessantes, ontem o meu blog bateu o recorde de acessos. Talvez não seja pela própria reportagem, e sim, pelo represamento que o pessoal teve durante as festas de ano novo. A crise de abstinência foi crescendo, crescendo e ontem estourou em mais de 150 acessos, quando minha média fica pelos 100.

Em um dos comentários o Arlindo Paz levanta uma hipótese que não havia me ocorrido para o ato de desespero da prefeita, em alijar completamente o supersecretário Emanuel da cadeira principal do Palácio do Coronel. Ele, em um comentário ao meu texto, diz que zum-zum-zum que corre na cidade é que o supersecretário só aceitou a quebra do acordo inicial, se ao lançar-se para a reeleição a Mamãe Juju o colocasse como vice-prefeito na chapa e renunciasse logo em seguida.

Como diz o Poeta, que anda tão calado sobre a candidatura da prefeita, em política “até boi voa”. E neste caso voou muito alto, se a hipótese que Arlindo mostra for verdadeira. E, igual a outra, não é boa para o supersecretário.

Primeiro porque ele estaria dando uma declaração pública de que não tem votos suficientes para encabeçar uma chapa, ou seja, não pode carregar a mala cheia de votos que o pai deixou, embora digam que nos últimos tempos ela não vinha tão prenhe de votos como antes.

Em segundo lugar, uma dúvida dentro de minha ignorância jurídica, não sei se ele ao assumir a prefeitura, como vice que assume, se teria direito a pleitear a reeleição em 2018. Se não puder, ele teria apenas 3 anos como prefeito, o que é muito pouco para pessoas em sua faixa etária. Isto, o que eu não acredito se a Mamãe Juju saísse vencedora da eleição.

E em terceiro lugar, e isto é a minha opinião, ele corre o risco de no futuro, a prefeita, como já fez um dia, renunciar à renúncia prometida.

Em suma, tudo conspira para que o lançamento da pré-candidatura seja um blefe pior do que a “perua” da candidatura do Dr. Filhinho. Porém, como tento sempre ser justa, eu dou sempre o benefício da dúvida, apesar de tantas indícios.

Apesar de não ter visto muitas coisas nos blogs sobre o anúncio da insistência da Mamãe Juju em permanecer no cargo, nem mesmo em seu próprio Blog da Prefeita, hoje vi no Blog do Tiago Padilha, um dos bons blogs da cidade, uma das consequências da decisão. Leiam uma parte da postagem do Tiago e eu volto:

O que já era esperado aconteceu. O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) da cidade de Bom Conselho, Lindomar Cordeiro Zacarias (foto), não teve o seu contrato renovado pela Administração Municipal o que na prática significou a sua demissão do cargo que ocupava desde o início do atual governo.

O fato acirrou ainda mais o clima entre PT e PDT, que irão medir forças em outubro próximo após estarem juntos na eleição passada, quando unidos conseguiram o que muitos não acreditavam: “Eleger a ex-vereadora Judith Valéria Alapenha – Prefeita de Bom Conselho”. Com a queda do presidente petista, o ciclo do partido na gestão Judith Alapenha chega ao seu final.

A decisão tomada pelos governistas acontece em um momento em que o PT está intensificando os trabalhos em torno da pré-candidatura de Washington Azevedo, ao cargo de prefeito de Bom Conselho na eleição deste ano.”

Todos que já me leram um dia sabem que eu não sou muito chegada ao PT. Os motivos aqui não importam, mas neste caso, a Mamãe Juju apenas cumpriu um ritual esperado. O Washington, que até aguentou demais ficar pegado na mão do Dr. Filhinho enquanto a prefeita ia às compras, um dia cansou e foi para o PT. Estando lá, quer cobrar a fatura de tanto tempo de dedicação sendo candidato e agora a prefeita diz que “deve não nega e não pagaria nem se pudesse”. Jogou a bomba nas mãos do Isaltino, o grão-PT da cidade, e que agora tem que decidir entre a Mamãe Juju e o Washington.

No entanto, deixa o dilema do Isaltino para lá que eu quero apenas dizer, sem muita profundidade para não fugir do meu regime de letras, é que a figura dos partidos políticos em eleições municipais ainda não emplacou no Brasil, e muito menos em Bom Conselho, onde a social democracia foi representada por quase 50 anos pelo Coronel Zé Abílio. O Tiago Padilha deve ser um jovem que sonha que um dia isto mude e quando as pessoas pertencerem ao PV, por exemplo, lutem para que não se derrubem as árvores em torno da Ermida de Santa Terezinha, cujo morro está agora pelado.

Devemos ser realistas. Então hoje, como sempre em Bom Conselho os partidos são apenas figuras legais que dão um “poderzinho” a um ou outro para complicar a vida de alguns candidatos. No final das contas, o que conta são os partidos reais,  que são as pessoas interessadas em algum naco de poder e que correm atrás da patuleia, vulgo eleitores, para obtê-lo. Então falemos de Washington, Emanuel, Judith, Renato, Zenício e mais outros 40 ou 50 que podem ir para a disputa, só para o executivo. Quando se vê a possibilidade de uma coligação entre o DEM e o PT, as siglas devem ficar de fora. Isto é apenas um exemplo. E o boi do Poeta continua a voar.

O ano está apenas começando, e é 2012, um ano que promete além de ser aquele onde o mundo se acabará segundo uma profecia que anda por aí, é também um ano de eleições municipais. Dizem, que nestes anos, em Bom Conselho, os fantasmas do Padre Alfredo e do Coronel Zezé, aparecem em posição de luta na calçada da Igreja. Eu me lembrei ontem disto lendo o texto do Diretor Presidente publicado na AGD. Pelo que vejo, vai ser uma luta feia. E como sempre os partidos, e as ideologias que seus estatutos contém, pouco importam.

3 comentários:

  1. Well, well, well...
    Como este mundo é pequeno, hein, Lucinha!
    Conheço esta casa da foto. Já fui muitas vezes aí. Fica ao lado da Praça Pedro II e pertence à D. Ismênia Ávila Tenório, cuja sobrinha foi minha namorada na faculdade. Esse seu blog é realmente único! Nossa! A nostalgia teve o seu ponto alto agora.

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  2. Caro Hadriel,

    Eu já sabia que tínhamos algumas afinidades ideológicas mas não pensava que você estivesse tão perto de minha terra. Tenho certeza que conheço todas relacionadas com Ismênia (irmãs, não sobrinha) e fiquei nostálgica também.

    E tão nostálgica que amanhã publico o texto que deu origem à foto. Aguarde. Um abraço

    Lucinha

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  3. O Engº Emanuel Luna ter aceito a Secretaria de Obras o transformou em um "MANÉ" junto com os poucos que o acreditavam como uma excelente opção das oposições como Luiz Clerio, Zé Arnaldo, Alvaro, Bernardo Zé Roberto e outros.

    Hoje, se pensar direito, seu "Mané Luna" deveria recusar até ser vice de JUJU.

    É só perguntar a Dida Tenório porque.

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