sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Qual verdade?





Por Ateneia Feijó (*)

Nestes tempos de bóson de Higgs ou “partícula de Deus”, os bate-papos cabeça sobre ciência versus religião parecem ter retornado às rodas de leigos apaixonados pela matéria. Na verdade, sempre existiu quem gostasse de imaginar partículas subatômicas a dançar na dimensão (ou dimensões?) deste mundo.

Seria para entender a “mente de Deus”? Misticamente ou como metáfora... Não importa. A curiosidade metafísica identifica o ser humano há milênios. Mesmo em épocas tenebrosas, como a vivida por Galileu no século XVII, quando a Igreja impunha o dogma de que o arquiteto divino colocara a Terra no centro do Universo.

Ainda hoje, dogmas são perigosos: religiosos, filosóficos ou políticos.

Em contrapartida, é possível encontrar gente inteligente trocando ideias sobre transcendência. Melhor ainda: de uma forma acessível a cidadãos comuns. Exemplo? O papo entre Frei Betto e o físico astrônomo Marcelo Gleiser, no livro “Conversa sobre a fé e a ciência” (lançado ano passado).

O religioso e o cientista agnóstico falam de tudo; de iniciação sexual a astroteologia. Sem deixar de reconhecer que, muito antes das ciências, as religiões já se propunham a contar a história da origem do cosmos e das pessoas.

Isso costuma confundir quem não percebe a convergência entre ciência e religião: as grandes perguntas! Mesmo que sejam cada qual com suas funções, essas perguntas são muito parecidas. Por quê? Porque todas acabam girando em torno do sentido da vida.

Além disso, bons cientistas e bons religiosos têm como objetivo eliminar o sofrimento humano. E a morte?

No livro, frei Betto confidencia que graças à fé tem esperança de sua morte não ser definitiva. Em cerimônias fúnebres, ele não usa a palavra morte e sim a palavra “transvivenciar”. Já Gleiser cita uma corrente de pensamento para a qual o envelhecimento é uma doença que pode ser curada. (Imortalidade?)

Cá com meus botões, o que somos? Um bando de moléculas, que são um bando de átomos, que são um bando de quarks e elétrons... E aí descobrem o bóson de Higgs, uma partícula fundamental para agregar matéria. O que virá daqui em diante?

Cientistas tentam desvendar os mistérios do Universo tentando desvendar o que somos e nunca se satisfazem. E os religiosos? É nas respostas que ciência e fé não se cruzam (são paralelas).

Em tempo. Andre Sznajder é o único físico brasileiro a participar da experiência do bóson de Higgs. Ah, “partícula de Deus” é apenas um apelido. Até porque o mundo não aguenta mais guerras santas.

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(*) Publicado no Blog do Noblat em 31/07/2012. Hoje o “bóson de Higgs” é o ministro Joaquim Barbosa, o relator do mensalão ou Ação 470, como é chamado no STF. Foi ele também que colocou um pouco de freio na MEGALOMANIA,  digo, DANILOMANIA em Bom Conselho ao dizer que não acreditava muito que a prisão dos acusados do morte do Morceguinho não fosse necessária, dando apenas razão parcial ao pedido de habeas corpus. O processo segue.

 O texto acima da Ateneia é uma fonte de meditação sobre muitos casos de dúvida que ainda pairam na cabeça humana, principalmente na do eleitor em época de eleição. Pois, mesmo descobrindo que devemos eleger partículas para nos governar, devemos estar bens informados para que, ao invés de um “partícula de Deus”, não escolhermos uma “partícula do capeta” (LP)

2 comentários:

  1. E por falar em "PARTÍCULAS DE DEUS" o negão é um Ministro porreta e abençoado quando deu o veredicto do Habeas Corpus impetrado pelo competente advogado do nosso DANILLO. Desde já o capacitado Ministro tá convidado para participar da cerimônia de posse em primeiro de janeiro de 2013 quando o nosso DANILLO será o prefeito mais novo dos últimos 120 anos da história política de Bom Conselho.

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  2. José Fernandes Costa5 de agosto de 2012 às 12:47

    Não sei este comentário cabe aqui. - Todavia, levando-se em conta um comentário feito neste mesmo Blog, no dia 31.7, o candidato do PSDB (45), em Bom Conselho, é tão criminoso quanto quem executou o Rufino Gomes, Morceguinho. Só faltam o julgamento e a condenação. Quem dirige um veículo para emboscarem e executarem uma pessoa, é participante como coautor e cúmplice do crime. Ali, houve concurso de pessoas para o mesmo fim criminoso: a execução do rapaz que, igualmente, NÃO teve o direito de DEFESA. Porque foi emboscado. - Idênticos comentários que confirmam a participação do candidato do PSDB (45) à prefeitura de BC, na execução do Rufino, em João Pessoa, estão no Blog do Roberto Almeida, de Garanhuns, nos dias 31.7 e 2.8.2012./.

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