O mensalão e o perigo do Dandan

Eu não iria escrever hoje, pois não estou me sentindo muito bem. No entanto, depois do jejum que passei sem internet, todo dia tenho que fazer uma ronda pelos blogs, como um forma de provar para mim mesma que estou viva.

E foi no Blog do Augusto Nunes que encontrei o texto abaixo, escrito pela Dora Kramer (originalmente publicado o Estadão) que ela chama de “Lotação incompleta”. Só o título já me chamou a atenção e pensei de primeira que ela iria falar da falta do Lula na fila da cadeia quando o STF condenar os réus do mensalão. Errei por pouco, mas o assunto girava em torno disto.

Leiam o texto e eu voltarei depois:

“Três dezenas de réus nem de longe preenchem por completo a berlinda em que o Supremo Tribunal Federal vai reservando cadeira cativa para os mestres dessa obra chamada mensalão.

As coisas estão ruins para o PT e para o governo, mas não vão ficando nada boas para o Congresso, para os partidos em geral e ─ por que não dizer? ─ tampouco ficam melhores para o eleitorado que se mantém indiferente ao peso da ética na melhoria das práticas políticas.

O STF abre uma caixa-preta. Quiseram as circunstâncias que acontecesse na vez do PT.

Paciência. Ninguém mandou o partido exorbitar no exercício do pragmatismo também conhecido pelo nome de “governabilidade”.

Quando a Corte mostra que um partido financiou diversas legendas em troca de apoio para seu governo, demonstra também que havia no Parlamento muita gente disposta a vender a mercadoria.

Disponível também para chancelar a prática como absolutamente natural. Afinal, há réus agora condenados que foram absolvidos em processos de quebra de decoro parlamentar.

Como ficam esses parlamentares diante do atestado de que aquelas absolvições foram vantagens indevidas?

Talvez um pouco pior, mas não muito, que o eleitorado que emprestou seu voto à renovação de mandatos maculados por ilegalidades já conhecidas na época da eleição.

Não deixa de ser uma maneira de o representante tornar indevidamente vantajosa para o representado a escolha do atalho da malfeitoria.

Em suma, não dá para condenar o PT sem reconhecer que há muitas outras culpas registradas nesse cartório.”

Resolvi escrever devido à suspeita de que ela estava escrevendo sobre a situação das eleições de Bom Conselho, num futuro próximo, se o eleitorado cometer a audácia de eleger o Dandan para prefeito, e depois descobrirem que ele é culpado dos crimes de que é hoje apenas acusado.

Tal qual nossos parlamentares hoje em Brasília, os homens públicos de  nossa cidade e também nosso eleitorado se, que Deus nos livre, o Dandan for condenado. Seria um verdadeiro caos em Bom Conselho, pois todos têm suas culpas e não só o Dandan,  a não ser que o ele tenha escondido fatos de seus apoiadores, o que seria muito grave.

Hoje vi no Mural da AGD que os processos de pesquisa em Bom Conselho se baseiam nas “urninhas”. Não sei bem o que é isto, embora tenha ficado mais tranquila, em relação ao que falam que Dandan já ganhou.  Pois, se é assim as pesquisas são piores do que as enquetes da AGD. Soube de fontes mais seguras que a eleição será dura, se as outras chapas, fora a da Mamãe Juju, ficarem puxando a brasa para sua sardinha.

Como todos sabem, eu não sou uma fã da Mamãe Juju, pois sei que é difícil governar com o Dr. Filhinho de lado, mas, nos últimos tempos, com milho ou não, pelo menos seu blog está sob controle, o  que prova que ela melhorou quanto ao governo do lar, e portanto, pode melhorar no governo da prefeitura. E por este motivo estou até já apoiando a ideia que eles já tiveram da união dos 3 contra o Dandan, pois sua vitória seria certa. Depois, fico na oposição e cobro atitudes dela.

O importante é livrar, no futuro, nossos homens públicos, ou pelo menos aqueles que não foram avisados dos processos do Dandan em tempo, mas, principalmente, o eleitorado que não tem acesso à mídia eletrônica ou que só ler o Blog do Poeta,  do sofrimento  com a condenação. Deus o livre disto e livre Bom Conselho também.