segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Gargalhadas vingadoras





Desculpem meus caros, sinceros e costumeiros leitores, se passei tanto tempo sem escrever aqui. É que a vida não está fácil para todo mundo, como está para o Dandan que anda passeando em Brasília, Recife e brevemente irá à Paraíba, se Deus quiser. Eu só tenho passeado por lugares onde não desejaria ir. Mas, é a vida, sou classe média, mas, infelizmente, ainda não cheguei ao Sírio Libanês.

Hoje aproveito um texto que me fez rir, que fala de riso,  e vem de encontro à minha natureza jocosa. Aliás, penso que todo bom-conselhense tem uma verve jocosa dentro dele. Vejam, por exemplo o Carlos Sena. Sem dúvida o melhor escritor vivo de Bom Conselho. Soube que ele vai ter algumas crônicas publicadas e já o parabenizei no Facebook, e o refaço aqui. Algumas delas são impagáveis pelo que nos leva ao riso, no bom sentido, é claro.

Já vi também a programação do Encontro de Bom-conselhenses e lá está o Carlos Sena, agora como sociólogo e falando sobre um tema tão espinhoso que merece um texto à parte. Por enquanto, o que pediria a ele era que desse uma força a nossa PAPACAGAY, para não torná-la mais uma Marcha pela Paz, e sim um marcha guerra contra o preconceito.

Bem,  já escrevi demais, e não fiz ninguém rir, o que foi meu propósito inicial. Leiam o texto do Nelson Motta, no Globo do ultimo dia 09.11 e eu volto, espero, com vocês ainda rindo lá embaixo, ou pelo menos procurando artigos e leituras jocosas para viver mais e melhor.

“Tenho muito respeito e gratidão por quem me faz rir. Dou imenso valor aos comediantes que se expõem a todos os ridículos e constrangimentos só para nos divertir e alegrar. Acredito que rir, principalmente de si mesmo, ou refletido e identificado num personagem, ajuda muito a viver as durezas do cotidiano e a enfrentar as fraquezas e precariedades da condição humana.

Ao mesmo tempo acredito na força devastadora do humor como arma de crítica, que pode ser mais potente e eficiente do que a força bruta, porque é capaz de destruir pelo ridículo e pelo riso os mais sérios e sólidos adversários.

Porque basta ser humano e viver a vida para ser uma potencial fonte inesgotável de piadas e deboches para qualquer um com senso de humor e de crítica.

Mas o humor também é amor: já fiz os papéis mais ridículos só para divertir minhas filhas. E também pode ser rancor, dos que sempre perguntam: “Tá rindo de quê?”

Muitas vezes uma saraivada de piadas engraçadas pode ser mais contundente do que discursos inflamados. Mas as piadas têm que ser boas, e bem contadas, porque piada é timing. E não há nada mais triste do que piada mal contada, quando é gaguejada e perde o tempo e a graça.

Outras piadas só aparecem com o tempo. Hitler e Mussolini eram adorados pelas multidões nazifascistas como deuses olímpicos e épicos, mas hoje suas figuras grotescas gesticulando e gritando seus discursos histéricos são ridículas e hilariantes. Pena que tanta gente morreu para que se pudesse rir em liberdade.

O humor e as piadas corrosivas — porque engraçadas — tiveram um papel muito importante na resistência democrática, desmoralizando o autoritarismo e a truculência da ditadura e fustigando os políticos onde mais lhes dói, no orgulho e na vaidade, com piadas e apelidos devastadores e gargalhadas vingadoras.

O humor não é o forte dos políticos, mas justiça se faça a esse talento de Paulo Maluf. Ouvir aquela inconfundível voz anasalada cantando “olê olê olê olá, Lu-lá, Lu-lá” fez o Brasil gargalhar e teve uma carga de critica política mais poderosa do que qualquer discurso da oposição. Ou da situação.”

Eu confesso que não vi qualquer vídeo do Maluf cantando o “olê, olê, olá....”, mas, se tivesse visto  garanto como daria a maior gaitada, como diziam lá em Bom Conselho. Este é o maior exemplo de semvergonhice explícita da política brasileira. Mas, a política brasileira é assim, e “rir, ainda é o melhor remédio

P.S.: Roubei (Deus me perdoe) também o título do texto do Nelson Motta, e não foi por vingança.

Um comentário:

  1. UMA DAS INÚMERAS VANTAGENS DE NÃO SER PETISTA É NUNCA SE DECEPCIONAR. INCLUSIVE, JAMAIS SE SURPREENDER...

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