Desculpem meus caros,
sinceros e costumeiros leitores, se passei tanto tempo sem escrever aqui. É que
a vida não está fácil para todo mundo, como está para o Dandan que anda
passeando em Brasília, Recife e brevemente irá à Paraíba, se Deus quiser. Eu só
tenho passeado por lugares onde não desejaria ir. Mas, é a vida, sou classe
média, mas, infelizmente, ainda não cheguei ao Sírio Libanês.
Hoje aproveito um texto
que me fez rir, que fala de riso, e vem
de encontro à minha natureza jocosa. Aliás, penso que todo bom-conselhense tem
uma verve jocosa dentro dele. Vejam, por exemplo o Carlos Sena. Sem dúvida o
melhor escritor vivo de Bom Conselho. Soube que ele vai ter algumas crônicas
publicadas e já o parabenizei no Facebook, e o refaço aqui. Algumas delas são
impagáveis pelo que nos leva ao riso, no bom sentido, é claro.
Já vi também a
programação do Encontro de Bom-conselhenses e lá está o Carlos Sena, agora como
sociólogo e falando sobre um tema tão espinhoso que merece um texto à parte.
Por enquanto, o que pediria a ele era que desse uma força a nossa PAPACAGAY,
para não torná-la mais uma Marcha pela Paz, e sim um marcha guerra contra o
preconceito.
Bem, já escrevi demais, e não fiz ninguém rir, o
que foi meu propósito inicial. Leiam o texto do Nelson Motta, no Globo do
ultimo dia 09.11 e eu volto, espero, com vocês ainda rindo lá embaixo, ou pelo
menos procurando artigos e leituras jocosas para viver mais e melhor.
“Tenho muito respeito e gratidão por quem me faz rir. Dou imenso valor
aos comediantes que se expõem a todos os ridículos e constrangimentos só para
nos divertir e alegrar. Acredito que rir, principalmente de si mesmo, ou
refletido e identificado num personagem, ajuda muito a viver as durezas do
cotidiano e a enfrentar as fraquezas e precariedades da condição humana.
Ao mesmo tempo acredito na força devastadora do humor como arma de crítica,
que pode ser mais potente e eficiente do que a força bruta, porque é capaz de
destruir pelo ridículo e pelo riso os mais sérios e sólidos adversários.
Porque basta ser humano e viver a vida para ser uma potencial fonte
inesgotável de piadas e deboches para qualquer um com senso de humor e de
crítica.
Mas o humor também é amor: já fiz os papéis mais ridículos só para
divertir minhas filhas. E também pode ser rancor, dos que sempre perguntam: “Tá
rindo de quê?”
Muitas vezes uma saraivada de piadas engraçadas pode ser mais
contundente do que discursos inflamados. Mas as piadas têm que ser boas, e bem
contadas, porque piada é timing. E não há nada mais triste do que piada mal
contada, quando é gaguejada e perde o tempo e a graça.
Outras piadas só aparecem com o tempo. Hitler e Mussolini eram adorados
pelas multidões nazifascistas como deuses olímpicos e épicos, mas hoje suas
figuras grotescas gesticulando e gritando seus discursos histéricos são
ridículas e hilariantes. Pena que tanta gente morreu para que se pudesse rir em
liberdade.
O humor e as piadas corrosivas — porque engraçadas — tiveram um papel
muito importante na resistência democrática, desmoralizando o autoritarismo e a
truculência da ditadura e fustigando os políticos onde mais lhes dói, no orgulho
e na vaidade, com piadas e apelidos devastadores e gargalhadas vingadoras.
O humor não é o forte dos políticos, mas justiça se faça a esse talento
de Paulo Maluf. Ouvir aquela inconfundível voz anasalada cantando “olê olê olê
olá, Lu-lá, Lu-lá” fez o Brasil gargalhar e teve uma carga de critica política
mais poderosa do que qualquer discurso da oposição. Ou da situação.”
Eu confesso que não vi qualquer
vídeo do Maluf cantando o “olê, olê,
olá....”, mas, se tivesse visto garanto como daria a maior gaitada, como
diziam lá em Bom Conselho. Este é o maior exemplo de semvergonhice explícita da política brasileira. Mas, a política
brasileira é assim, e “rir, ainda é o
melhor remédio”
P.S.: Roubei (Deus me
perdoe) também o título do texto do Nelson Motta, e não foi por vingança.
UMA DAS INÚMERAS VANTAGENS DE NÃO SER PETISTA É NUNCA SE DECEPCIONAR. INCLUSIVE, JAMAIS SE SURPREENDER...
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