Semana passada li um
texto daqueles que ficam pedindo para comentar. Foi no Blog do Noblat, escrito
por um seu colaborador chamado Elton Simões. Eu já havia lido seus artigos,
curtos, objetivos, limpos e claros, quase ao contrário do meus textos. Eu deveria
transcrevê-lo aqui e não escrever mais nada, pois ele fala por si.
Entretanto, a vontade de
teclar é tanta e o assunto é tão pertinente, que não aguento e vou escrever um
pouco rondando o assunto por ele abordado. Mas, antes eu gostaria que vocês lessem
o texto do Elton, pois se depois não quiserem ler-me, eu perdoo, embora
perderão alguma coisa, acho eu.
“Talvez seja uma fantasia. Talvez minha memória me traia de novo.
Talvez tudo sempre tenha sido assim e eu simplesmente tenha perdido a
capacidade de ignorar. Ou, talvez, de fato tenha existido um tempo em que as
páginas policiais não tinham ainda invadido os outros cadernos do jornal.
Nestes dias e era, parece que os advogados substituíram os
comentaristas esportivos na TV, no rádio, e até mesmo nos jornais. Eles parecem
estar por toda parte.
Explicam as leis e traduzem as teses jurídicas mais importantes.
Esmiúçam cada segundo, cada palavra e cada ação em cada processo. Como
comentaristas esportivos, os advogados contam a historia do processo e servem
de tradutores da linguagem jurídica para o publico leigo.
Explicam as leis como se elas não tivessem correlação com a sociedade
que as gerou. Separam a verdade processual da verdade real, como se a aplicação
da lei se desse em um universo paralelo.
No meio de tudo isso, parece que o sistema judiciário é o único caminho
para a resolução de qualquer problema. Como se a Lei, as provas e o processo
fossem as únicas bússolas a orientar as ações dos cidadãos. Como se o Direito
pudesse, de todo modo, substituir a noção de certo e errado
Obedecer à Lei é condição fundamental para uma sociedade pacífica e
organizada. Protege o Estado de Direito e a garantias individuais. Entretanto,
fazer do cumprimento da Lei a baliza mais importante que orienta as ações é uma
meta muito pouco ambiciosa para a construção de uma sociedade desenvolvida.
A Lei é um parâmetro mínimo de comportamento. Ambicionar somente o
cumprimento da Lei é muito pouco.
Sociedades desenvolvidas e justas pressupõem que seus integrantes
tenham compromisso não somente com a Lei, mas também com a Ética.
Direito e Ética não são sinônimos. O Direito é mais limitado. Ética é
um conceito mais amplo que a Lei. Ética é obedecer a normas que não têm
capacidade de coerção. É basear a ação nas noções de certo e errado, sem que a
punição para desvios esteja necessariamente prevista em uma norma jurídica.
Em uma sociedade desenvolvida e justa, o comportamento ético deve ser a
norma mínima exigida. O Direito, nesse caso, é apenas salvaguarda contra os
casos mais graves de desvio.
Sociedade que valoriza a Lei é sociedade organizada. Sociedade que
valoriza a Ética é sociedade justa. Sociedade que não valoriza a Lei nem a
Ética, flerta com o desastre.”
Observou, Lucinha,
quantas verdades podem ser ditas em poucas palavras?! Perguntariam a mim os
críticos de minha prolixidade. Mas, com diz a novela Salve Jorge: “Cada um com seu tapete!”. Eu achei o
texto o máximo. E para não me esquecer, há até leis que não são éticas e
vice-versa. Há éticas mundanas e religiosas, com existem leis justas e
injustas. Mas, não quero aprofundar o texto, pois seria muita pretensão de
minha parte.
O comentário base vai
para o Brasil atual, onde penso estamos flertando com o desastre quando um
partido político, e principalmente seu dirigente maior, o Lula, não é nem ético
nem obedece as leis. Suas últimas declarações, com o peso que tem para a
patuleia, levam a uma confusão imensa a nossa sociedade, pois ela perde o rumo
pela vontade de mudar e seu ídolo indica o lado errado para se safar de erros
do passado.
O STF, no julgamento do
mensalão, fez história ao enquadrar dirigentes do PT, que agiram de forma criminosa
dentro do processo político, usando uma ideologia tosca para orientar nossa
sociedade através da compra desvairada de votos de parlamentares, que já compram
seu eleitores. É o que o Ayres Britto, presidente do STF chamou de “argentarização” da política, no mais alto
grau. Graças a Deus, com as condenações, reconcialiaremos a ética com a
política, se nossa justiça continuar assim.
Neste últimos dias de
eleição, recebi várias mensagens, umas contra e até desaforadas e outras a
favor e até carinhosas, porque abracei a causa de que os homens públicos não
tem e não devem ter vida privadas como os mortais comuns. Um homem que pretende
entrar na política faz de sua vida um livro aberto, e a tarefa de distribuí-lo
aos cidadãos para leitura deve ser dele. Por exemplo, o Lula deveria escrever
um livro (ou ditar para alguém pois para ele seria mais fácil e não se exporia
tanto) explicando tim-tim por tim-tim qual o seu papel exato no mensalão. Não é
a lei que exige isto. É a ética. As histórias que ele contou a respeito do
episódio cabem num livro com 30 capítulos que em cada um há uma história
diferente.
Ou episódio que o texto acima
me acendeu as antenas, a candidatura do
Dandan a prefeito de Bom Conselho. Eu cobrei e cobro explicações, que com
cidadã bom-conselhense mereço, sobre os processos que ele responde na justiça.
Ele não é obrigado por lei a esclarecer a todos sobre isto, mas, não é ético
ficar dizendo que já foi absolvido por Deus, ou que foi absolvido pelos seus
eleitores, o que dar margem a eu pensar que ele está se escondendo atrás do
processo político, para dirimir sua culpa. E é para fazê-lo coerente com a
ética e não só com a lei que o aconselho a, além de cumprir todas as
determinações judiciais, sem apelar para chicanas jurídicas, que explique a
todos o que houve na Paraíba.
Muitos pensam que é
implicância minha, mas, não é. Quem teve o trabalho de ler o texto acima, do
Elton, deve ter concluído que se o Dandan tiver alguma culpa na morte do
Morceguinho, não está eticamente pronto para ser prefeito de Bom Conselho.
Legalmente, ele será o prefeito, e o pode ser até por 8 anos. Mas, lembrem o
que diz o texto em sua verdade maior: “Sociedade
que não valoriza a Lei nem a Ética, flerta com o desastre.” Eu, diria,
simploriamente talvez, que, só seguindo a lei, deixando a ética de lado, Bom
Conselho flerta com meio desastre, para ser otimista. Deus queira que eu minta.
Dia 16 de dezembro o cidadao que vai ser o milhor prefeito de Bom Conselho vai ser diplomado, depois disso morreu maria prear. vai governar tranquilinho por 8 ano.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk "o MILHOR prefeito". vai aprender escrever jumento...
ResponderExcluirEsse anônimo de cima também é um Jumento. Esqueceu de colocar a vírgula após a palavra escrever. O correto seria:
ResponderExcluir"vai aprender escrever, jumento..."
No seu caso, você, jumento, está dizendo para ele escrever corretamente a palavra "jumento". Então, jumentinho, olhe pro seu rabinho antes de pedir à alguém escrever corretamente. Fica a dica, jumentinho!