O mensalão pertence ao país, particularmente à juventude. Não teria
sido possível sem democracia. Pela primeira vez na história do Brasil, esse
sentimento de revolta contra a impunidade encontrou eco no STF e cresceu até tomar
conta de todo o país. O mensalão só saiu do papel graças à pressão da sociedade
organizada e às denúncias da imprensa, que deram sustentação à luta quase
quixotesca que os ministros travavam contra a corrupção no governo federal. O
mensalão revelou que o chefe da corrupção era o próprio Lula, envolvido em
fatos incompatíveis com o cargo de presidente da República, recebendo vantagens
econômicas ao longo de seu mandato, para si e seus familiares, através do
esquema criminoso do Zé Dirceu. Mais grave ainda é que tudo isto foi possível
porque recebeu o apoio de grande parte do empresariado brasileiro, o que revela
o grau de decomposição ética das elites brasileiras, acostumadas à impunidade e
ao assalto aos cofres públicos. Por tudo isso, não basta o mensalão, é preciso
que seu espírito tome conta do país. A verdade é que nosso povo novamente está
caminhando. Está tecendo o fio da história, retomando a luta por dignidade e
justiça, pela cidadania.
Todos os meus leitores
pensaram que eu tivesse escrito isto de minha própria cabeça. E até poderia ter
sido, parcialmente, pois não concordo com algumas coisas que ele diz. Mas, “enganei
o bobo, na casca do ovo”. O que veio acima é apenas uma paráfrase (o que adoro fazer) de um texto
do Zé Dirceu de 1992, , membro da CPI de
PC Farias, na orelha do livro Todos os sócios do presidente, dos jornalistas
Gustavo Krieger, Luiz Antonio Novaes e Tales Faria. O texto original é o
seguinte como citado pela Ruth de Aquino na Revista Época de 09.11.2012:
“A Comissão Parlamentar de Inquérito do caso Paulo César Farias
pertence ao país, particularmente à juventude. Não teria sido possível sem
democracia. Pela primeira vez na história do Brasil, esse sentimento de revolta
contra a impunidade encontrou eco no Parlamento e cresceu até tomar conta de
todo o país. A CPI só saiu do papel graças à pressão da sociedade organizada e às
denúncias da imprensa, que deram sustentação à luta quase quixotesca que
parlamentares travavam contra a corrupção no governo federal. A CPI revelou que
o chefe da corrupção era o próprio Collor, envolvido em fatos incompatíveis com
o cargo de presidente da República, recebendo vantagens econômicas ao longo de
seu mandato, para si e seus familiares, através do esquema criminoso de PC. Mais grave ainda é que tudo isto foi possível porque recebeu o apoio de
grande parte do empresariado brasileiro, o que revela o grau de decomposição
ética das elites brasileiras, acostumadas à impunidade e ao assalto aos cofres
públicos.Por tudo isso, não basta a CPI, é preciso que seu espírito tome conta
do país. A verdade é que nosso povo novamente está caminhando. Está tecendo o
fio da história, retomando a luta por dignidade e justiça, pela cidadania”.
Qual dos dois vocês
preferem? E o que anda o Zé Dirceu dizendo agora do sistema democrático que ele
diz ajudou a criar. É muita desfaçatez, com diria um colega meu, que está bradando
por cadeia para a turma. Vou terminar aderindo.
A INTRODUÇÃO DO TEXTO EM NEGRITO É UM ESPETÁCULO À PARTE. A LEMBRANÇA NÃO PODERIA TER VINDO EM MELHOR ORA, NOTA DEZ!!!
ResponderExcluirRE-RATIFICAÇÃO - LEIA-SE HORA em vez de ORA.
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