Por Ateneia Feijó (*)
Não é de hoje... Para
maus políticos, juntamente com maus servidores municipais, estaduais ou
federais, dinheiro público não tem dono. E é propício para enriquecimento
ilícito ou moeda de troca para obtenção de quaisquer tipos de benefícios
desavergonhados.
Entre as safadezas
destacam-se interesses eleitoreiros, vantagens pessoais, ambição de poder e uma
malévola satisfação de vaidade: em família, amigos, comparsas, etc.
Por que essas coisas
ainda acontecem no país? Uma das causas tem a ver com a miséria aliada à falta
de educação generalizada. O grande perigo! Malfeitores se aproveitam de quem
não sabe ou tem dificuldade de imaginar a origem do dinheiro público.
Discursos populistas
alimentam ignorâncias. Prometem mundos e fundos como se os recursos financeiros
viessem dos céus. Portanto, não é de espantar que os generosos discursistas
sejam idolatrados como abençoados por Deus. Assim, os crédulos passam a
confundir programas sociais de governo com caridade.
Não percebem que
filantropia tem a ver com igrejas, centros espíritas, ongs, empresas solidárias
e pessoas caridosas. Diferente de programas de governo que são (ou deveriam
ser) estratégias para oferecer oportunidades iguais, permitir a inclusão.
Corrigir atrasos sociais, distorções e desigualdades (as inadmissíveis) na
sociedade brasileira.
Porém, esses programas
precisam ser objetivos, baseados em experiências anteriores, com pesquisas,
estudos e novas tecnologias; que visem desenvolvimento (de verdade) da nação.
Justifica-se o uso não
programado de dinheiro público somente em casos de emergência, de uma
fatalidade. Por exemplo, diante de uma tragédia, um desastre natural, uma
epidemia...
O próprio Betinho,
articulador (em 1993) da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida
achava que políticas assistencialistas perpetuavam a miséria. O que não
invalida seu slogan: “quem tem fome tem pressa”. Obviamente, em qualquer
circunstância, tem que se dar comida a famintos.
Quanto a programas de
governo plenamente testados, aprovados e passíveis de atualizações, deveriam se
tornar políticas de Estado; para ter continuidade nas alternâncias de poder.
No domingo, O Globo
iniciou a publicação da série Mercadores da miséria, com reportagens de
Alessandra Duarte e Carolina Benevides. Na pauta, a bandeira da presidente
Dilma: Brasil Sem Miséria. Pois bem, seu elogiável programa tem sido
absurdamente alvo de diversos tipos de fraudes. Ao que parece, os malfeitores
de plantão nada temem.
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(*) Publicado em
06.11.2102 no Blog do Noblat. Hoje, estava tentando escrever sobre outra coisa,
mas, não posso deixar de transcrever o texto da Ateneia, como sempre, curta e
fina. Quando os programas de redução de pobreza, contra a miséria, a fome e
outros assemelhados, não permitem que se dê aos cidadãos uma forma de sair
deles, só viciam o cidadão. Como já disse antes, se prestam para tudo quanto
não presta do ponto de vista político transformando-se em “formol da miséria”. E para
aqueles vendedores de formol que sempre aparecem em épocas de eleição, não há
outra forma de serem tratados: Justiça neles, como escreva a jornalista.(LP)
E A FOME CONTINUA... A ESMOLA TAMBÉM... E ANO QUE VEM TEM MAIS SECA.... TÔ MENTINDO PT?!?!?!
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