Em 2010 escrevi um texto
onde falava do Dia dos Namorados (aqui).
Hoje, minhas condições não permitiram escrever sobre o evento. Era ano de Copa
do Mundo e, como sempre, véspera do dia de Santo Antônio, um santo por quem
tenho grande devoção. Por isso, misturo tudo hoje aqui me citando outra vez. Como
estamos já perto de outra Copa mantive o título, invertendo as palavras.
Hoje o diálogo entre a “jabulani” e a “vuvuzela” quase continua o mesmo, apenas com um neto a mais, que
não me deixa namorar até mais tarde. Parabéns aos namorados de todas as idades,
inclusive da terceira, como a Ana Diva. Eu estou chegando lá.
“Eu não ia escrever hoje (dia 13 de junho, Dia de Santo Antônio) mas,
quando acordei ontem pela manhã, em minha cama ainda quentinha, e meu marido
virou prá mim e disse:
- Parabéns minha “jabulani”!!!
Eu, sem saber o que aquilo significava, se ele estava me elogiando ou
me xingando, perguntei, com o ar de espanto:
- Sua o que!?
Ele me respondeu com um ar de carinho e um pouco de surpresa:
- Lucinha, tu não tás lembrada que hoje é dia dos namorados? Já estás
caducando, é!?
- Não senhor! Eu sei que hoje é Dia dos Namorados, eu não sei o que é “jabulani”.
- Minha “veia” (como ele me
chama na intimidade, e eu odeio, e sempre respondo, “veia” é a tua mãe) não
acredito que tu não sabes o que é “jabulani”.
É a nova bola usada na Copa do Mundo da África do Sul. Linda, a bola, embora um
jogador disse que ela parece sobrenatural pois ele não conseguiu, até hoje,
fazer um gol com ela.
- Você quer dizer que eu pareço com ums bola, é!? Pois agora eu lhe
respondo: Parabéns meu “vuvuzela”,
só faz barulho irritante e fedorento, e mais nada!
Com este começo de dia, resolvi escrever e contar para o mundo sobre o
romantismo dos namorados na terceira idade, que existe e se amam mesmo sendo
uma “jabulani” e uma “vuvuzela”,
mostrando este diálogo exemplar.
Uma coisa puxa a outra do mesmo naipe. Esta semana estava vendo
Passione (parece que está esquentando, não é Roberto?) e durante os longos
intervalos comerciais entrou uma propaganda política dessas que nós pagamos e
nem dar vontade de comprar o produto, apareceu a Dilma. Meu Deus, como está
diferente. Passou do Sargento Tainha para Luiza Brunet em pouquíssimo tempo. Eu
mesma, já um pouco desgostosa com a política, recebi uma injeção de ânimo.
Campanha eleitoral faz bem. Tenho que escolher um bom marqueteiro. O poste está
novo e tão enfeitado que parece mais pau da bandeira em dia de festa de Santo
Antônio. Entretanto, sempre lembro do que minha mãe dizia e se aplica bem ao
poste: “Por fora bela viola, por dentro
pão bolorento”.
Mas, por falar em Santo Antônio, volto aos namorados, pois este santo,
de minha devoção, é tido como um santo casamenteiro. Para mim, apesar de ter
morado perto do Alto de Santo Antônio, em Bom Conselho, onde temos uma igreja
em sua homenagem, ele nunca me ajudou nas minhas tentativas de namoro. Hoje não
sei, se com o castigo que lhe impuseram construindo um “cuscuz” defronte de sua igreja, ele fosse de mais
ajuda para mim. Aquele “cuscuz” só
pode ter sido obra de alguém que também não teve suas preces atendidas pelo
nosso milagroso Santo Antônio. Todas as moças casadoiras da época acreditavam
em sua força. Hoje elas diriam que ele casaria até um poste. Eu já digo que
para menina pobre como eu fui, o bom mesmo é apelar para São Benedito, pois foi
com ele que me peguei, quando cheguei ao Recife, para encontrar o meu “vuvuzela”.
P.S.: Para os
desmemoriados, “jabulani” foi o nome
dado à bola usada na Copa da África do Sul. Aqui no Brasil já devemos pensar
num nome para nossa bola. Talvez a “martinha”,
em homenagem à Marta Suplicy que levou tanto chute do PT. E “vuvuzela”
eram aquelas cornetas irritantes que eles levavam para os estádios. Aqui no
Brasil serão chamadas agora as “lulinhas”. Não para de berrar e irrita
todo mundo, menos o povão que não entende o que ele fala.
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