Por Mary Zaidan (*)
Em um país em que há
iguais menos iguais, onde alguns não são pessoas comuns, como, didaticamente,
explicou o ex-presidente Lula ao defender, em 2009, o senador José Sarney dos
crimes de nepotismo e de edição de atos secretos, leis são utensílios descartáveis.
Leis eleitorais, então, passam longe dos candidatos poderosos e dos coronéis da
vez.
Impera no País a “cultura da transgressão”, lamentada em
meados de maio pelo ministro Marco Aurélio Mello na sessão do TSE que reduziu
de R$ 900 mil para R$ 20 mil a multa aplicada ao então chefe da nação Luiz
Inácio Lula da Silva pela distribuição, em 2006, de um milhão de cartilhas
Brasil, um País de todos, comparando a sua gestão com a do antecessor Fernando
Henrique Cardoso.
Por se tratar de
propaganda extemporânea e imprópria, nenhum dos juízes contestou o crime.
Ninguém livrou Lula de culpa. Amenizou-se a multa e pronto. “Transgredir sai barato”, concluiu Mello,
com precisão.
Baratíssimo.
Por exemplo. A propaganda
antecipada pró-José Serra no horário eleitoral do PSDB veiculado em abril,
valeu multa de R$ 5 mil para o candidato e de outros R$ 5 mil para o partido,
em ambos os casos passíveis de recurso.
Fernando Haddad e o PT
também foram multados com valores idênticos. Campanhas milionárias podem pagar
centenas de multinhas sem sequer triscar no orçamento. Elas são mais baratas do
que porta-bandeirolas plantadas nas esquinas.
As punições não incomodam
bolsos e nem produzem qualquer outro efeito. Parecem fazer parte daqueles casos
de leis que não pegam, uma invenção tropical inusitada para pecar sem culpa. Se
assim é, melhor seria mudar a lei.
De acordo com o
calendário eleitoral, candidatos e partidários só podem pedir votos depois de 6
de julho. Mas como não é “uma pessoa
comum”, Lula sente-se no direito de ir a um programa de auditório levando a
tiracolo o candidato que escolheu para disputar a Prefeitura de São Paulo e de
apresentá-lo como tal ao respeitável público.
Também não se constrange
em incensar a reeleição de Eduardo Paes no Rio, em cerimônia oficial, ao lado
do próprio prefeito e do governador Sérgio Cabral.
Tudo livre, leve e solto,
ainda que sob os olhos daqueles que têm o dever de zelar pelo cumprimento das
leis.
Não que isso seja
novidade. É algo que se repete eleição sim, outra também. A maioria dos fora da
lei sabe que o acerto de contas é pechincha.
Mas se degringola ano a
ano, especialmente depois da vitória da presidente Dilma Rousseff, para quem
Lula fez campanha não apenas por alguns meses antes da data legal, mas por mais
de ano. Deu certo.
E saiu barato.
Baratíssimo.
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(*) Publicado no Blog do
Noblat em 10.06.2012. Eu, aqui no meu pensar, acho que o Lula virou índio. Isto
é, é inimputável para quase tudo
atualmente. Não se pode dizer que isto só ocorreu depois do câncer porque ele
elegeu um poste fazendo propaganda dele fora de época. E foi multado, por estas
multas que não se paga e quando se paga são irrisórias. Mas, qual seria o
problema do ex-apedeuta-mor ser e agir assim.
Muito simples, ele se
tornou, infelizmente, um espécie de modelo para determinadas pessoas,
principalmente os jovens. São jovens que se interessaram em política (e isto é
bom), mas deixaram de estudar porque o Lula não gosta. São pessoas que não
querem infringir leis, mas diante do comportamento do ídolo, o faz, e ainda
justifica. E assim por diante. E lá vamos nós descendo a ladeira da moralidade
e da ética que deveria existir na política, tendo primazia sobre a lei, pois
estas são feitas, ou deveriam ser, com base nelas.
É uma pena que, na
maioria das vezes, só fechamos a porta quando a casa foi arrombada, e tudo
parece se encaminhar para isto, se não houver condições de barrar o
lulo/petismo. Quando dermos fé, eles roubaram, além de nossa casa, a nossa
dignidade. Lembrei do Maiakovski que
diz: “Você não pode deixar ninguém
invadir o seu jardim para não correr o risco de ter a casa arrombada.” Aqui
parece que já estão na cozinha. Lembrei também do julgamento do mensalão. (LP)
ESTE SEBOSO DE CAETÉS FAZ TUDO ISSO POR CONTA PRÓPRIA, POR GOSTO, POR VOCAÇÃO, PELA VONTADE DE ZOMBAR COM A LEI E COM O TSE. ISTO É UM DELIQUENTE ELEITORAL!!!
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