segunda-feira, 2 de abril de 2012

O lixo Big Brother e o sermão do Dom Henrique - II




[continuação da postagem publicada aqui]

Eis o primeiro parágrafo do texto:

A situação é extremamente preocupante: no Brasil, há uma televisão de altíssimo nível técnico e baixíssimo nível de programação. Sem nenhum controle ético por parte da sociedade, os chamados canais abertos (aqueles que se podem assistir gratuitamente) fazem a cabeça dos brasileiros e, com precisão satânica, vão destruindo tudo que encontram pela frente: a sacralidade da família, a fidelidade conjugal, o respeito e veneração dos filhos para com os pais, o sentido de tradição (isto é, saber valorizar e acolher os valores e as experiências das gerações passadas), as virtudes, a castidade, a indissolubilidade do matrimônio, o respeito pela religião, o temor amoroso para com Deus.”

Eu concordo com o Dom Henrique, embora tenha que dizer que, afora o nível técnico, pois algumas TVs de outros países não chega nem aos pés do nosso, isto ocorre em todo o mundo, menos naqueles países onde há um “controle ético” por parte da sociedade, como na Coreia do Norte, na China, em Cuba, ou mesmo na TV estatal no Brasil. Quem deve passar os valores como citados no texto acima são as Igrejas e as famílias, e mesmo assim respeitando os valores dos outros, que numa sociedade plural, existem, são muitas vezes diferentes dos nossos, mas, devem ser respeitados.

Eis o segundo parágrafo:

“Na telinha, tudo é permitido, tudo é bonitinho, tudo é novidade, tudo é relativo! Na telinha, a vida é pra gente bonita, sarada, corpo legal… A vida é sucesso, é romance com final feliz, é amor livre, aberto desimpedido, é vida que cada um faz e constrói como bem quer e entende! Na telinha tem a Xuxa, a Xuxinha, inocente, com rostinho de anjo, que ensina às jovens o amor liberado e o sexo sem amor, somente pra fabricar um filho… Na telinha tem o Gugu, que aprendeu com a Xuxa e também fabricou um bebê… Na telinha tem os debates frívolos do Fantástico, show da vida ilusória… Na telinha tem ainda as novelas que ensinam a trair, a mentir, a explorar e a desvalorizar a família… Na telinha tem o show de baixaria do Ratinho e do programa vespertino da Bandeirantes, o cinismo cafona da Hebe, a ilusão da Fama… Enquanto na realidade que ela, a satânica telinha ajuda a criar, temos adolescentes grávidas deixando os pais loucos e a o futuro comprometido, jovens com uma visão fútil e superficial da vida, a violência urbana, em grande parte fruto da demolição das famílias e da ausência de Deus na vida das pessoas, os entorpecentes, um culto ridículo do corpo, a pobreza e a injustiça social… E a telinha destruindo valores e criando ilusão…”

O que me impressiona é o conhecimento profundo do Bispo sobre os programas de TV. Eu, apesar de seu uma apreciadora do veículo de comunicação, desconheço grande parte dos programas citados, e não posso julgar seus méritos em relação ao que difundem.

Embora, pela sua descrição, eu discorde (a não ser pela ênfase de sermão de domingo) que na TV tudo é permitido, ou que ser bonito e sarado é coisa ruim. Eu gosto das novelas exatamente porque elas nos tiram um pouco do real do dia a dia, mostrando finais felizes, embora não concorde com o amor livre.

Este tipo de crítica sempre leva á pergunta se é a TV que molda a sociedade ou se é a sociedade que molda a TV, e até hoje eu não cheguei a nenhuma conclusão sobre quem veio primeiro, se o ovo ou a galinha. Por isso acho muito forte a frase de que a telinha está destruindo valores e criando ilusão, por não sabermos se são nossos valores que estão se deteriorando e nos levando à ilusão.

Eis o terceiro parágrafo:

“E quando se questiona a qualidade da programação e se pede alguma forma de controle sobre os meios de comunicação, as respostas são prontinhas: (1) assiste quem quer e quem gosta, (2) a programação é espelho da vida real, (3) controlar e informação é antidemocrático e ditatorial… Assim, com tais desculpas esfarrapadas, a bênção covarde e omissa de nossos dirigentes dos três poderes e a omissão medrosa das várias organizações da sociedade civil – incluindo a Igreja, infelizmente – vai a televisão envenenando, destruindo, invertendo valores, fazendo da futilidade e do paganismo a marca registrada da comunicação brasileira…”

Eu já penso diferente, e isto às vezes é motivo de rusgas entre eu e meu confessor, porque eu concordo inteiramente com o que o Bispo chama de desculpas esfarrapadas. E não me considero uma benzedeira covarde e omissa em minha missão de transmitir meus valores éticos. Apenas penso que isto não é uma missão da TV. Quando pensamos o contrário, sempre caímos na defesa da TV Estatal ou Religiosa. Eu adora as missas do Padre Marcelo, seu dinamismo em transmitir os valores cristãos pela TV, e por isso não posso falar de que o Edir Macedo também tenha seus programas, embora eu use o controle remoto para evitá-lo.

Eis o quarto parágrafo:

“Um triste e último exemplo de tudo isso é o atual programa da Globo, o Big Brother (e também aquela outra porcaria, do SBT, chamada Casa dos Artistas…). Observe-se como o Pedro Bial, apresentador global, chama os personagens do programa: “Meus heróis! Meus guerreiros!” – Pobre Brasil! Que tipo de heróis, que guerreiros! E, no entanto, são essas pessoas absolutamente medíocres e vulgares que são indicadas como modelos para os nossos jovens!”

Neste ponto eu concordo com o Bispo, apesar de no passado já ter até votado para tirar a Sabrina Sato do programa. Meu marido disse que foi pelo corpo da moça, eu não sei, mas, penso que não foi.

O Pedro Bial já está beirando o ridículo. Penso até que ele está doido para sair, mas, está amarrado por algum contrato, ou mesmo sendo escravo do vil metal. Entretanto, não podemos dizer que os participantes do programa são desprovidos de quaisquer valores, e nisso eu incluo até a própria Sabrina Sato embora prefira a Grazi Massafera.

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