Roberto Almeida, mais um amor na vida da presidenta

Na última Sexta-Feira Santa, numa luta terrível com uma conexão capenga, eu li a seguinte postagem no Blog do Roberto Almeida (veja aqui no original). Mesmo nesta luta eu consegui escrever um comentário que é publicado também logo a seguir à postagem, e logo a seguir faço um complemento pequeno, pois não quero mais abusar da hospitalidade do excelente blog da terra das Sete Colinas. Faço isto em respeito aos meus leitores, pois talvez haja alguns que não leia o Blog.

“A POPULARIDADE DE DILMA E A GRAMÁTICA

Dilma é a primeira mulher presidente do Brasil. Por enquanto, o povo está gostando de sua administração. A recente pesquisa do Ibope mostra uma aprovação recorde da governante: 77% consideram bom ou ótimo o seu trabalho. No Nordeste a popularidade da petista bateu nos 82%. Os índices são melhores do que os de Fernando Henrique e os de Lula, quando estes chegaram a um ano e três meses de governo.

Nesta sexta-feira li um artigo de um sudestino defendendo a tese de que Dilma é presidente por acidente. O Brasil vive um bom momento, segundo o articulista, mas tudo é por acaso, não tem nada a ver com o governo da petista. É cada uma... Tem gente que se recusa mesmo a admitir os acertos do PT, só quer ver os erros.

Aliás, já que escrevi presidente duas vezes, acima, por que encaixa melhor nas frases, vamos tergiversar nesta sexta-feira santa.

A grande imprensa escreve farmacêutica, médica, engenheira, advogada, professora, arquiteta, enfermeira, secretária, vereadora, prefeita, deputada e senadora. Por que não escreve nunca o termo presidenta? Se alguns dos grandes lingüistas e gramáticos do país já comprovaram que presidenta Dilma está correto, está claro que a questão é ideológica.

Não importa. Presidente ou presidenta, Dilma está indo muito bem, está aí o Ibope pra provar.”

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(comentário no Blog do Roberto Almeida)

Estou em Gravatá curtindo o meu próprio feijão de côco e tentando fazer um jejum, pois já me considero liberada pela minha Igreja para relaxá-lo um pouco, pois isto varia com a nossa idade. E, o que é pior, quase sem conexão. Num furtivo momento em que ela chega eu vejo esta postagem do Roberto, sobre a popularidade da Dilma, nossa faxineira Porcina, ou seja, aquela que foi sem nunca ter sido.

E eu pensava que, em Garanhuns, quem amava mais a Dilma do que o Lupi era o Jodeval, agora sei que é o Roberto Almeida. Esta postagem é um gesto de amor explícito, em plena Sexta-Feira Santa, dia em que deveríamos nos abster até de dizer tolices, mesmo sem ser tolo, pois nunca pensei que o Roberto o fosse. Deve ter sido alguma comida desta época que lhe fez mal e ele acordou com alguma avaria, que ao ser consertada, tudo voltará ao normal.

E o que seria este normal? Voltar a pensar com a realidade do governo Dilma para aqueles que tem informação e que são responsáveis por ela. Ele não proclama o nome do sudestino que escreveu que a Dilma está lá por acidente. Mas, pode ser qualquer um que tenha um pouco de bom senso. A Dilma é a primeira mulher presidenta e o presidente mais despreparado que esta nação já teve. Quem duvida que o verdadeiro governante deste país ainda é o Lula, este sim, está fazendo um grande mal a este país, mas, pelo menos, subiu pela sua inteligência, ambição e individualismo na política. Mas, a Dilma?

Vamos e convenhamos, é preciso muita coragem e o Roberto já a teve de elogiar a eleição do Tiririca para deputado. O povo o quis e ele levou com ele outros deputados mais palhaços do que ele (Tiririca). Se o Pelé quisesse seria o presidente deste país a qualquer hora, e o ibope seria sempre a favor, como o foi com o Lula. Ora, dirão os áulicos, estas são as regras do jogo, e o povo é soberano. Logo esta entidade que levou Jesus à cruz, soltando Barrabás. Tudo bem, isto é verdade e devemos nos conter diante deste descalabro de governo, porque as regras tem que serem seguidas num Estado de Direito Democrático, e eu concordo com isto.

No entanto, ainda não vivemos num primor de democracia que tanto queremos. E dizer que a Dilma é uma boa presidente porque é popular, até contribui para que nunca aperfeiçoemos nossa plantinha democrática ainda tão pequeninha coitadinha. Quem lê qualquer órgão de comunicação hoje, menos o jornal do Jodeval, o Blog do Roberto Almeida, o blog do Paulo Henrique Amorim e assemelhados, além dos panfletos da Igreja do Edir Macedo e sua TV, sabe que há um fosso entre o que o povo do IBOPE responde e o que as pessoas bem informadas o fazem.

Até hoje, a única Reforma importante que se fez no governo Dilma foi acabar com aposentadoria integral do funcionalismo público, isto é, se ela não vetar. E outras reformas tão necessárias, como a Reforma Fiscal, Reforma Política e Eleitoral, Reforma Trabalhista e outras que poderiam levar nosso país a esperar um dia sair do Bolsa Família? No governo da presidenta, ela não teve nem tempo para pensar nisto, pois esteve (obrigada pela imprensa) a demitir ministros o tempo todo, que é o que comove o povo. Mas, o povo não é informado de que todos os que saíram acusados de corrupção ainda não sofreram nenhuma punição, não porque não mereçam, mas porque apenas fizeram parte da encenação com a atriz que representa a faxineira ética, o Dilmão, assim como o Pereirão.

Eu já estou me estendendo demais, e sei que hoje não é um dia para se cometer pecados. Vou agora rezar para que chegue alguma conexão, pois a réstia que veio para ler o texto do Roberto já foi embora. Este é o meu castigo aqui na Serra. Ainda vou à Igreja e voltar para preparar as comedorias, pois é para isto que me trazem aqui. E confesso, até que gosto. Hoje vai ter um bacalhau ao côco que foi comprado pela hora da morte, além do meu bredo tradicional. Adoraria que o Roberto viesse comer do meu bredo. Dizem que ele faz milagres no caso de indigestão por outras comidas da quaresma, e no caso de amores ilusórios como o do Tufão por Carminha.

P.S.: Escrevi e fiquei esperando um sinalzinho da internet. Chegou e eu envio o comentário. Com sempre, caro Roberto, se achar muito grande não o publique. O mesmo se o achar inadequado para este Santo Dia. Que Deus te proteja deste amor.

Lucinha Peixoto (Blog da Lucinha Peixoto)

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(complemento)

Para aqueles que conhecem o Blogger e os limites dos comentários sabem que este acima foi esquartejado em dois para ser publicado, e eu nem cheguei a falar da gramática que permite que a Dilma seja chamada de “presidenta”.  Outro dia eu falei sobre isto, e não me lembro mais se foi no Blog da CIT ou no meu blog.

O que penso sobre isto é que foi mais um “factóide” dos tantos que a presidenta “ignoranta” quis criar para tentar mostrar que o governo dela poderia se distanciar alguns milímetros do do seu antecessor, somente porque ela é mulher. Eu mesma propus e até alguns me seguiram de quando se referir a ela sempre falar da “presidenta”, enquanto se nos referirmos a presidentes mulheres capazes, utilizarmos o termo normal.

Mas, termino com o Roberto, dizendo que realmente não importa se “presidente” ou “presidenta”, não há ibope que salve este “factoide” de governo, para transformá-lo num bom governo.

P.S: Escrevi o texto acima, ainda em Gravatá, já contando com a certeza de sua publicação pelo Roberto Almeida, pois sei que ele tem uma alma, além de amorosa, democrática. Hoje, já com conexão plena, reli e não vi muito o que acrescentar, por isso dou destino, na falta de letras que se perdem no arrumar da malas.