Dilma, a Saúde e o discurso de Garanhuns

Nas minhas andanças pelos blogs eu me deparo sempre com as transcrições das falas da Dilma. Já vi várias e são de morrer de rir, quando se tenta espremer do seu raciocínio algo que faça sentido. Ontem vi no Blog do Augusto Nunes uma transcrição de uma de suas falas, segundo ele, em um entrevista concedida nesta terça-feira a emissoras de rádio de Pernambuco, e transcrita pelo Blog do Planalto. Vejam a obra:

“Olha, eu quero te dizer o seguinte: no caso da Saúde, eu acho que a gente tem de reconhecer uma coisa. Nós somos um dos poucos países do mundo que tem a possibilidade de resolver um problema da Saúde, porque você conta nos dedos quantos países têm saúde de qualidade, gratuita e universal. A nossa é isso, a nossa é de qualidade… nós queremos, não é? Não é que… qual é o objetivo do governo federal, tenho certeza dos governadores também e dos municípios? É saúde de qualidade, gratuita e universal. Você conta nos dedos os países que conseguiram resolver parcialmente essas questões, alguns de forma melhor, outros um pouco pior, mas você conta nos dedos. Nós estamos nessa trajetória.”

Eu já ia repetir que seria trágico se não fosse cômico ou seria cômico se não fosse trágico, mas, parei, e vi que era trágico e cômico. Pois não se trata de problema de saúde física, e sim de saúde mental. Quando ela diz que “é saúde de qualidade, gratuita e universal”, eu quase tenho um acesso de riso.

Até quando, meu Deus, teremos que aguentar isto? Pior, que já sabemos que é por mais 3 anos, e com o comportamento de nossa oposição pode ser mais de 10 anos, com a volta do apedeuta, o que é pior ainda, pois nem de faxina ele pode falar.

Para coroar com chave de ouro meu atribulado dia fui ver um vídeo apresentado em alguns blogs sobre a visita da Dilma para dar a aula inaugural no Curso de Medicina em Garanhuns, nossa cidade co-irmã, e terra do Guerrilheiro do Blog Chumbo Grosso.

Eu já havia sabido que o curso não funciona ainda por falta de professores, e não é só no curso de medicina. Faltam professores em quase todos os cursos dos campi do interior. Agora eu sei porque chamaram logo a Dilma para dar aula. Ela ficou curada (graças a Deus) de uma doença séria que a afligiu antes, sendo tratada com a medicina de primeiro mundo que fica em São Paulo. Agora, com esta experiência ela fica sonhando bobagens de que aquilo ocorre no país como um todo. É preciso muito óleo de peroba, para tanta cara de pau.

Voltando ao vídeo, ele começava com o discurso enfadonho do prefeito, passava pelos olhos verdes do Conde Eduardo e aí começava o de Dilma. Confesso que não aguentei mais. Pedi, como uma mãe pede a um filho ao Jameson que fizesse uma copia só do início do discurso da presidenta, para mostrar a vocês, quão duro é que é ouvi-la. Pior, muito pior ainda, é que as pessoas aplaudiam, e o Roberto Almeida disse que ela foi ovacionada. Se algum dia for para um lugar onde sei que ela falará, eu também a ovacionarei. Já separei os ovos.

Senhores para o seu deleite, direto do YouTube, o início do discurso da presidenta, aí embaixo. São só 10 minutos, desde quando ela chamou o Conde Eduardo de Senador Eduardo (talvez, seja premonitório), passando pelos cumprimentos, onde só faltou o cachorrinho que deveria estar dormindo na recepção do prédio, e entrando pela narração da saga retirante de Lula do Nordeste.

Eu fiquei com medo quando ela falou que agora o IBGE constatou que o fluxo migratório se inverteu, e que adoraria que os estudantes terminassem o curso e por lá ficassem, pois os nordestinos estão voltando. Meu medo foi que os estudantes saíssem todos em debandada ao acreditar que o Lula vem estudar medicina com eles.

Veja o vídeo, mas, se dormirem ou bocejarem, pare a reprodução, leve o computador para o quarto, coloquem-no perto do travesseiro, e durma. É xarope de capim cidreira.

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P.S: Esta postagem já estava pronta quando vi na AGD uma chamada paro o Blog do Rafael Brasil, conterrâneo do Zezinho, sobre as universidades em Garanhuns. Vale a pena ler como complemento ao discurso da Dilma, se vocês conseguiram não dormir.

LP