Agorinha fui á minha nova Caixa Postal (lucinhapeixoto2012@gmail.com) e estava lá uma mensagem do Zé Carlos. Hoje já nos comunicamos e ele deve ter notado minha aflição com a corrupção que assola nosso país. Talvez por isso tenha me encaminhado um e-mail do Valfrido Curvelo, que não conheço pessoalmente, como já falei, mas sempre me mandava suas inteligentes mensagens diretamente. Agora Zé Carlos é o intermediário.
Nesta mensagem ele reproduz uma frase atribuída a Ayn Rand, um filósofa russo-americana, dita lá pela década de 1920, que é a seguinte:
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.
Eu fui lendo, e a cada frase, eu ficava mais triste e preocupada. Este dois sentimentos, por notar que parecia a filósofa está dizendo isto nas páginas amarelas da Revista Veja da última semana, ou pelo menos numa dos últimos anos. Sigam a mensagem e meditem.
Hoje, para se produzir qualquer coisa, devemos satisfação a um bando de servidores públicos, que nada produzem a não ser o cálculo do valor da propina que devem receber, ou nós devemos pagar para que possamos produzir. É o dinheiro fluindo não para nosso negócio mas para pagar aos burocratas infernais, que cismam ainda em dizer que estamos lhes devendo favor, e os devemos agradecer por ainda existirmos como produtores.
Vejam os casos do enriquecimento ilícito de muitos que nos comandam e até dos que nos comandaram recentemente, e que fingem trabalhar honestamente, quando estão apenas se aproveitando dos poderes passados e futuros. Vejam o Zé Dirceu acusando um repórter de tentativa de invasão de domicílio, domicílio no qual ele recebia ministros de Estado, alto funcionários públicos e nobres políticos para conspirar contra o governo constituído e colocar a culpa nos outros.
Enquanto trabalhamos de sol a sol para cuidar de nossas famílias, o apedeuta usa de sua influência obtida nos dias de mando para ficar rico, e a lei ainda o protege com carros e seguranças, e seus apaniguados oferecem aviões para suas idas e vindas, que ele diz ser em benefício do povo.
E o pior de tudo, sentimos que a corrupção é recompensada e nos chamamos de burros e nos descabelamos por sermos honestos, quando vemos os que foram demitidos pousarem em suas mansões de milhões e milhões de reais, enquanto aguardamos nossa vez no programa Minha Casa Minha Vida, que chegou a eleger um poste para presidência.
Mas, não fica por aí. Quando vimos este mesmo poste se travestir de faxineira, por não aguentar mais o mau cheiro de tanta picaretagem junta, há uma greve no Congresso, e ameaçam com uma crise de governabilidade. Diante disto, a Dilma, a quem eu começava ver com outros olhos, abandona a vassoura e cai dentro da sujeira que envergonha todos nós.
Reflitam minhas senhoras e meu senhores e vejam se é verdade ou mentira que nossa sociedade está condenada. Eu, que sou uma otimista contumaz, pois vejo sempre o copo com metade da água, como quase cheio ao invés de quase vazio, estou cedendo ao pessimismo, principalmente, diante de nossa acomodação diante de tantos descalabros.
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