Parece que não se esgota minha vontade de escrever sobre a demissão do terceiro ministro de Dilma, o Nelson Jobim. Talvez seja pelo fato de que esta última demissão três mulheres foram culpadas. A Ideli por ser “fraquinha”, a Gleise por ser uma turista em Brasília e a Dilma por ser de um inabilidade atroz. Será que devemos voltar para a cozinha e para os filhos?
Ainda bem que nesta profusão de postagens sobre o tema, houve um mulher, a Lucia Hipollita para me dá base e falar no nosso gênero. E ela nem toca nestas questões. Talvez porque, deve ter nascido em um lugar e numa época onde já haviam sido superadas este questão de brasileiros e brasileiras. Para mim e para a Dilma ainda não.
Eu reconheço o esforço da presidenta em levar mulheres para o seu ministério e para o governo, embora também saiba as mancadas que ela deu, consciente ou inconscientemente nesta tarefa. Veja o caso da Erenice. Mas não dá prá ficar só se cercando de mulheres por causa do machismo que está embutido em algumas de suas atitudes.
Não se pense que só há machistas homens. Não, meus senhores e minhas senhoras. Eu, por exemplo, ainda me considero terrivelmente machista certas horas, e, o pior, mesmo com toda minha experiência de vida eu não posso mudar. Por exemplo, eu adoro botar a mesa para os meus familiares se refastelarem e gosto de ir para cozinha. Até sinto uma ponta de ciúme quando o meu marido apronta uma comida simples e os filhos, talvez brincando, dizem que está melhor do que a minha. Ou quando o velho trocava a fralda do César mais rápido do que eu.
O que a Dilma deveria ter feito era o seguinte. Chama o pavão Jobim e dizia, olha, meu filho, você até que fez um bom trabalho, mas agora é a minha vez, e você vai ficar no cargo e não quero ver você mijando fora do caco. Garanto, que o Jobim, que já vinha arrepiando carreira ficava no cargo e começaria a elogiar o poste, até dizendo que o choque dela era melhor do que o do Lula. Mas, ela foi tomar as dores da Ideli, a fraquinha e gordinha, veja o que deu.
Mas vejam o que o Luis Carlos Azedo diz hoje sobre caso em sua coluna, com o título Mulheres no Poder:
“Só há duas explicações para a sequência de declarações estapafúrdias do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que lhe custaram o cargo: ou está tomando algum remédio que deixa o sujeito meio lelé da cuca, como ocorreu com o deputado Ulysses Guimarães (PMDB-SP) certa ocasião, ou não conseguiu assimilar o fato de as mulheres estarem no comando do governo da presidente Dilma Rousseff, o que é bem mais provável. Situação mais ou menos parecida atravessou a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, que enfrentou sucessivas crises com ministros durante o seu governo. Praticamente teve três ministérios. No fim do mandato, os políticos chilenos descobriram que os ministros mais longevos foram as mulheres que cercavam Bachelet. O que Jobim falou da ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ouve-se à boca pequena dos caciques políticos do Congresso, inclusive os petistas. Diz-se que a troika formada no Palácio do Planalto para comandar a política nacional não tem a menor chance de dar certo. Será? A propósito, não seria nada mal a nomeação de uma mulher para o Ministério da Defesa. Elas já são os melhores alunos das escolas militares do país.”
O jornalista tem razão nos últimos pontos. Já que a Dilma quer colocar nosso gênero no poder, por que ao invés de consultar o Lula, não consultou diretamente as mulheres dos ministros militares? Tenho certeza, de uma reunião como essa ela sairia com uma solução melhor do que colocar o Celso Amorim? Eu adoria ver a Marcela Temer na Defesa. Nenhum marmanjo teria coragem de chamá-la nem de gordinha nem de fraquinha. Eu só teria um pouco de inveja, mas...
PELO QUE FIZERAM NO PASSADO, OS MILITARES, NÃO SÃO MERECEDORES DE TAMANHA BELDADE A COMANDÁ-LOS. COMO CASTIGO, O CORRETO SERIA NOMEAR O ZÉ RAINHA PARA DERRUBAR O PAU DA BARRACA DE LONA PRETA OU VERDE, COMO QUEIRA...
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