O cotovelo da Sandy

Ontem fui fazer um comentário propaganda do meu Blog no Blog do Roberto Almeida (desculpe Roberto e obrigada pelo seu gentil comentário ao meu primeiro post) e encontrei uma enquete cuja pergunta era a seguinte:

“O QUE VOCÊ ACHA DA POLÊMICA CRIADA POR SANDY SOBRE SEXO ANAL?”

E as alternativas de resposta eram as seguintes:

               

"A CANTORA ESTÁ CERTA

ELA FOI MUITO INFELIZ EM FALAR DO ASSUNTO

A ARTISTA DEVIA PRESERVAR A IMAGEM DE PURA

SANDY SE TORNOU UMA PECADORA

TUDO NÃO PASSA DE MARKETING PARA VENDER DISCOS"

Eu confesso, com minha falta de tempo, nem sabia o que a Sandy, irmã do Júnior e filha de Xororó, havia dito. Fui procurar o que tinha sido, e a curiosidade matou o gato, ou a gata velha.

Para mim, apesar de ser adepta do preconceito zero, não é simples falar sobre o que a Sandy disse. Eu já sabia que ela mudara de rumo, deixando de ser a menininha comportada e exemplo para os pais orientarem suas filhas e comprarem sandalinhas para elas, tornando-se uma “cervejete” para vender um cerveja “devassa”. Mesmo sabendo disso eu não pensei que ela fosse tão ousada de dizer algo que para mim fosse difícil de escrever sobre.

Para fazer isto eu começo relembrando uma piada que minhas colegas contavam lá em Bom Conselho na hora do recreio e vigiadas pelo Dr. Cirillo, sobre uma moça que começou um namoro com um rapaz que disse a ela que seu namoro era “platônico”. Ela não entendeu as atitudes do moço nem sabia o que significava “platônico”. E foi perguntar à sua mãe o significado da palavra. A mãe também não sabia, mas, estava interessada no namoro. Então disse prá filha:

- Olhe, menina! Eu não sei o significa isto não mas, quando for se encontrar com ele, lave bem a boca, as mãos e o cotovelo, e seja o que Deus quiser!

E já pedindo perdão por ter usado o nome de Deus em vão, eu afino mais o significado das palavras, citando um ditado que minha mãe dizia, em sua ingenuidade interiorana:

- Malu, quem tem cotovelo, tem medo!

Pois não é que a Sandy, contrariando este ditado, declarou a uma revista que usar o cotovelo pode ser até prazeroso!? Cruzes! Fiquei chocada!

E gerou-se uma polêmica danada, tanto entre homens como entre mulheres, pois todos tem cotovelo e o podem usar quando o quiserem, sobre o comportamente da ex-menina comportada.

Eu não votei na enquete do Roberto, pois faltava uma alternativa, que dissesse, “todas as respostas anteriores”. Nesta eu votaria, pois, vejamos porque.

A cantora Sandy está certa. Claro, quem usa o cotovelo para determinados fins, pode gostar ou não e se ela gostou, é um problema dela. E eu digo, pimenta no cotovelo dos outros é refresco e não devemos julgar os outros.

Ela foi muito infeliz ao falar do assunto. Quase que votava nessa só para dá ênfase àquilo que penso sobre o problema. Uma coisa é fazer, outra é falar sobre. A vida sexual da pessoa, o uso do cotovelo ou não é um problema de cada um. Outro problema é andar contando os detalhes, como em que estado ficou o cotovelo depois do uso. Aí já passa a ir contra a moral e os bons costumes. E antes que alguém venha atirar pedras me chamando de hipócrita ou preconceituosa, porque defendo a Papacagay, eu já asseguro que sou absolutamente a favor de uma parada onde homens e mulheres defendam a liberdade sexual, mas sou contra que eles exemplifiquem isto em praça pública. Nem sempre quando usamos o cotovelo, isto deve ser mostrado em público, mesmo em outros usos.

A artista devia preservar a imagem de pura. Eu votaria nessa também, embora a contragosto. Não se fica menos pura por usar o cotovelo. Existem cotoveladas e cotoveladas.

Sandy se tornou uma pecadora. Também está certa. Quando estudava o catecismo havia uma reza que dizia: "pequei por pensamentos, palavras e obras". No caso a Sandy pecou por palavras. Por pensamentos só pecamos venialmente e seria uma grande pecadora se se apresentasse em público usando o cotovelo, mesmo que fosse por prazer como ela diz.

Tudo não passa de marketing para vender disco. Esta é provável, e muito provável também. Ora, como justificar que seja uma “cervejete”, sem gostar de usar o cotovelo. Todos sabem, desde que falavam mal de Zé Bebinho (e de outros) lá em Bom Conselho, que “cotovelo de bêbado não tem dono”. Eu não compraria um disco da Sandy por causa disso. Aliás, eu não compraria de jeito nenhum, pois meu dinheirinho tem outras melhores serventias.

Portanto, faltou alternativas na enquete do Roberto Almeida, embora isto não tire o interesse nela. Até o momento que escrevo, os resultados parciais que tiveram mais votos são aquelas alternativas que dizem está a cantora certa (36%), e que é uma jogada de marketing (32%) e que ela foi muito infeliz ao falar (24%). Mantendo-se este resultado, apenas fica constatado que os habitantes da região usam seu cotovelo, não se deve falar que se faz isto, e, se necessário pode-se usar isto para vender discos.

Se eu já soubesse fazer enquetes, eu colocaria a mesma para Bom Conselho, com mais algumas alternativa. Vou aprender, para sondar se minha terra gosta de dar cotoveladas.