quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Dia das Crianças e a Marcha Contra a Corrupção




Ontem foi o Dia das Crianças. Será que existe o Dia do Idoso? Deve existir e eu me esqueci a data. Apesar de ainda não ter direito a meia entrada nas diversões, ontem me considerei uma idosa. Pelo menos em termos comparativos.

Eu faço questão de acompanhar meus netos, quase sempre. Minha filha já não confia muito nas minhas pernas, e com razão, me acompanha nas brincadeiras a que os levo. E ontem foi muita brincadeira aqui no Recife. Onde parássemos tinha um palhaço, parecia até o Congresso Nacional.

Fui ao Parque 13 de Maio. E aguentei até certas horas, mas, como o Palhaço Chocolate não chegasse e meu neto me cansasse nas correrias, voltamos para a casa sem vê-lo. Eu tinha algo em mente que não era uma brincadeira de criança, e fui, com o meu marido, lá na Pracinha de Boa Viagem, à tarde, para participar da Marcha Contra a Corrupção.

Não posso dizer que era uma multidão, e nem esperava isto. Talvez umas 2 mil pessoas, mas aguerridas como eu, a apitar e chamar a atenção para este mal que corrói este nosso Brasil de cima abaixo. Nos últimos dez anos a corrupção em nosso país tornou-se endêmica. Este negócio de dizer que ela sempre existiu, etc, etc., é uma tentativa de nos enganar e continuar roubando nosso dinheiro e a nossa paz.

Sempre citam que o que Portugal mandou para nos colonizar foram degredadas, ladrões, bandidos e até o Caminha já era o precursor dos patrimonialistas modernos quando mandou pedir ao Rei um emprego para o seu genro. E que hoje apenas a coisa continua, e que o Caminha é o PT e o PMDB que empregam tanta gente no governo que não sobra gente para fazer passeatas nem protestos, e nem eles querem.

Foi muito válida a manifestação, e a luta continua. Mas, hoje já li algo na página da AGD “Deu nos Blogs” que reproduz uma postagem do Blog do Coronel, que às vezes é muito incendiário das florestas para meu gosto, mas nesta ele tem razão. Reproduzo-a abaixo e volto depois.

“Marchas e analistas da era analógica.

Em Brasília, um militonto do PSOL, portando uma bandeira, foi vaiado e expulso pela multidão. O senador Randolphe (PSOL-AP) tentou entrar e foi impedido, indo registtrar(sic) o fato onde? No twitter. Em São Paulo, o senador Suplicy quis subir no carro de som, mas foi impedido pelos manifestantes. É muita cara de pau.  Enquanto isso, os analistas da era analógica continuam  ocupando as páginas de jornais para afirmar que as marchas são dispersas e sem objetivo definido. E, pasmem, que continuarão esparsas se nao tiverem a CUT, o PT (ou coisa que o valha), a UNE, a Igreja ou outras organizações para mobilizarem a população. O argumento mais escroto, no entanto, é o de que a boa situação econômica do Brasil inibe os protestos. Os analistas da era analógica ainda não entenderam as passestas da era digital. Elas unem pessoas que pelos mais diversos motivos não podem ir até os locais programados, pois estão espalhadas por todo o país, mas que agora fazem parte de uma sociedade em rede. Os analistas da era analógica ainda pensam que as verdadeiras passeatas ocorrem nas ruas. São do tempo das diretas já, do fora Collor e do PT limpinho e cheiroso. Ontem, alguns poucos foram às ruas, enquanto centenas de milhares participaram, talvez milhões, dando o seu mais irrestrito apoio nas avenidas virtuais. As fotos mais representativas não estão mais nas capas dos jornais. Estão no facebook.

Mais um exemplo desta nova era: o Blog do Planalto foi invadido por um hacker. Lá ele colocou uma foto da manifestação de 20.000 pessoas em Brasília, com a seguinte mensagem:  "político deve ser íntegro, incorruptível! Ficha limpa já! Voto aberto no Congresso” E completou:  “Brasileiros acredite [sic] em vocês, salvem o BRASIL! “ Assinou a mensagem como “ @DonR4ul o hacker beleza”. Em seguida foi para o twitter e registrou: “…blog.planalto.gov.br é do povo!”

Os analistas da era analógica gostariam que, em vez disso, o manifestante tivesse invadido o Palácio do Planalto, pela rampa, enfrentando a segurança. Não é mais assim. Está na hora de rever conceitos.”

Primeiro me chamou a atenção que alguém de Bom Conselho, o Senador Randolphe, tenha querido entrar na marcha, quando o alvo principal eram os políticos. Ele deveria era ter incentivado a marcha em Bom Conselho, que até agora, não sei se houve ou não, ou se pelo menos, alguém apareceu à Praça Pedro II, mesmo que disfarçado de “falador da vida alheia”.

Com o Suplicy eu não me surpreendo mais. Quando alguém começa a usar a cueca por cima da calças para aparecer, só sendo do PT mesmo. Embora seja melhor do que colocar dinheiro nelas, como é o hábito do partido. Mas, o que me chamou a atenção na matéria não foi só isto.

Foi o fato dela chamar a atenção para o que é hoje uma manifestação na “era digital” ao contrário do que era na “era analógica”, que eu prefiro chamar de manifestação de corpo presente. Penso que da mesma forma que deveria haver um multiplicador de pessoas que compareceram aos comícios das “Diretas Já”, para mostrar o verdadeiro número de brasileiros envolvidos, deverá haver um multiplicador para as manifestações como a de ontem.

A diferença entre eles é seu tamanho. Se naquela época devêssemos multiplicar por 100 as pessoas nos comícios, hoje este valor deveria subir para 1000 ou 10.000. O que o Coronel chama a atenção, e que é verdade, é que as redes sociais assim como o computador foram criados, entre outras coisas, para diminuir nosso esforço físico. E as marchas modernas, desde as que derrubaram o ditador egípcio até nossas marchas mais simples são incentivadas pela a internet mas não reproduzem o número de apoiadores nas ruas.

Principalmente, neste caso em que temos de um lado os que clamam por honestidade no trato da  coisa pública e do outro aqueles que estão de alguma forma enquistados no poder, como os políticos com mandatos, a UNE, Centrais Sindicais, PT, PMDB et caterva, que não vão e ainda torcem contra.

Eu não sou contrária, ao contrário de alguns da marcha, que alguns políticos participem dela como pessoas físicas, sem propaganda partidária implícita. Mas, certos políticos dão muito na vista, e por isso louvo a atitude do Pedro Simon, que mesmo apoiando o movimento não foi lá para não correr o risco de passar a vergonha que o Senador de Bom Conselho passou. Espero que ele apóie o Voto Secreto e a aprovação do Ficha Limpa no Congresso. Aí poderá voltar a Bom Conselho, sem usar óleo de peroba.

Eu penso que o movimento foi um sucesso e vai prosperar. Espero que em Bom Conselho tenha aparecido pelo menos “um gatinho pingado” lá pela Praça. Eu o multiplicaria por 1000.

4 comentários:

  1. Aqui em Bom Conselho não teve ninguém interessada, agora interessada em se aproveitar tem muita gente. Tem associação pra tudo que se possa imaginar, pra criança pra gestante pra idoso e tudo a prefeitura finge participar pra comer dinheiro ou voto. É esculhambação e se gritar pega ladrão nao fica um meu irmão.

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  2. eo elefante continua pisando no povo bom conselhense.

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  3. sera que ninguém vai fazer alguma coisa para mudar isso, eu trabalho nesso governo nojento e não possso fazer nada, bom conselho esta agonizando sos bc .

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  4. lucinha a minha a nossa unica solução é atraves do seu santo blog que tem dignidae e coragem para tratar dos assuntos de nossa cidade bom conselho por minha amiga o tal do carlos andré ele só posta o que favorece a prefeitura pois ele trabalhou pra ele deve ter rabo preso igualmente um tal de gil macedo.

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