Hoje já fui dar meu recado no Mural do Site de Bom Conselho (SBC). Soube, através da Celina, da morte do Zé Galdino e lá escrevi:
“Eu já havia falado na Socorro Godoy e sua luta por mulheres que nem documentos tem. E outros vieram em seguida. O recado da Celina, apenas lembrou a mulher que merece nossos elogios, pois trabalha pela terra onde nasceu e nele, mostra isto com toda força. Eu conheci o Manoel Luna, o Jordalino e o Zé Galdino, de quem soube hoje de sua morte. Pessoas de minha geração (não exagerem quanto a minha idade) conheceram todos eles. Basta lembrar aos mais jovens que Bom Conselho já teve sua Perdigão, Brasil Foods ou Batavo, não sei como chame. Era a Santa Maria. Quantos comerciais vi na TV aqui em Recife do queijo de nossa terra? Era um homem dinâmico e empreendedor. Sua casa me lembro bem não era um primor de arquitetura, mas era diferente e muitas vezes passei pela frente indo à missa da 9. Celina tem razão, precisamos dar valor ao nosso passado e aos nossos grandes homens e mulheres. Amanhã volto a ser “normótica”. Me aguardem!”
Não estranhem aqueles que não vão a este Mural, sobre o termo “normótica”, que eu também não sei bem o que é, pois até agora o Gildo promete um artigo na Academia Pedro de Lara que eu não encontro nunca. Daqui eu pergunto outra vez: “Saulo cadê o artigo do Gildo?”
Quando digo que voltarei a ser “normótica”, foi porque a Ana Luna, a Diva do Itaim Bibi, me classificou assim. Nem sei se é uma coisa boa ou ruim, mas, seja o que for sei que a Diva seria incapaz de xingar alguém do seu gênero, a não ser de coisas inofensivas, como “homem” e “sapatão”. Sendo sincera, eu gostaria de ter escrito outra coisa, mas, como sempre respeitei o momento triste gerado pela morde de um grande empreendedor de Bom Conselho.
Lá, no meu limite regulamentar de 1000 toques não deu para relembrar um fato que acho interessante sobre o Zé Galdino. Nas festas de Natal e Ano Novo, quando ainda podíamos ir ao centro da cidade sem cair dentro dos buracos, eu subi para lá com meu irmão e presenciei o empresário de Bom Conselho distribuindo dinheiro. Não, ele não dizia como o Sílvio Santos “Quem quer dinheiro?”, pois não precisava. Pela roda de meninos que se formava em torno dele, ele já sabia quem queria, e o meu irmão era um deles. Meu irmão chegou para mim alegre/ofegante com uma nota novinha de 1 cruzeiro. Sim, aquela mesma do Tamandaré. Depois eu soube que ele, o Zé Galdino, tirava estas notas novinhas no banco para distribuir com a garotada. Eu tive vontade de enfrentar a roda e pegar a minha nota, mas, como vocês todos sabem, naquela época mulher só tinha direito de olhar, e olhe lá!
São por fatos como estes que apoio a ideia da Celina de criar um memorial para cidade e até incluo nela a Academia de Letras do Zetinho, a quem vi reclamando na AGD por não lhe darem ouvidos. Bom Conselho sempre foi assim. As boas ideias só são consideradas se delas se souber quem é o autor. Exagerando um pouco, se a ideia for da Diva é boa se for da encrenqueira é ruim. Se do partido A é boa e se for do partido B é ruim. Eu gosto muito de política e se pudesse estaria aí praticando-a, mas em prol de Bom Conselho e do seu povo (incluindo a classe média, e a parentada dos políticos).
Por isso fico triste quando vou ao Mural do SBC e alguns ficam me acusando de coisas que não fiz e não sou, apenas porque deles discordo ou não goste dos seus dotes. Hoje não escrevi nada lá a respeito, pelo momento de dor que Bom Conselho deve está sentindo pela morte de alguém que trabalhou por ela, mesmo que não o transformemos em santo. Quando alguém fala abertamente em censurar alguém por expressar suas ideias, isto é constrangedor. Quando alguém deturpa o sentido do que eu disse para se ver livre de minhas críticas a um conjunto medíocre, é, no mínimo, inadequado. E se não fosse o recado da Celina eu lá teria publicado:
“Todos voltando à casa paterna ou materna. Até a Ana fez que ia mas não foi. Quanto ao filho do Andarilho, quem puxa aos seus não degenera. Igual ao pai, fala besteira e depois entrega a Deus. Nos últimos dias, já me xingou de achincalhadora, zoadora, debochada, xenófoba, irascível, amalucada, judeu dos tempos modernos e baleia encalhada. Esta última eu senti, e o Saulo pode até me censurar, mas eu tenho que dizer que baleia encalhada é a mulher do Andarilho. Mas, ele continua igual ao pai e depois de ficar falando sozinho, agora apela para o carolismo e distribui abraços fraternos. Me engana que eu gosto. Ana acredita que só um homem poderia não gostar do Uva Passa. Te enganas amiga, muitas mulheres não gostam. E a Ana não canta mal porque nasceu em São Paulo nem é inteligente por nasceu em Bom Conselho. Ela está certa, estas características independem de onde se nasce. O Andarilho, dizia que era da terrinha e era burro que doía.”
Talvez não tivesse espaço para dizer ao Alfredo, que lembrou outro grande homem que foi o seu pai, que mantenha as festas no beco, pois quando eu não correr mais risco de vida aparecerei por lá para me lembrar deste local onde tanto andei.
Dona Lucinha,
ResponderExcluirEu de vez em quando vou ao Mural do SBC e vejo seus recados. Vejo a reação dos outros que agora são poucos. Aquilo lá sempre foi curral do Pedro Ramos e o vaqueiro é o Saulo. A Ana Luna eu até gosto do UvaPassa, mas ela quer brilhar sozinha e se torna chata. Eu vi no Encontro do ano passado que está difícil de haver este ano. Fizeram o diabo com o coitado do organizador que não me lembro agora do nome para o Pedro brilhar com seu piston.
A senhora só leva um pouco de equilíbrio para o Mural. Agora vem este tal de Alírio que dizem ser aquele Andarilho que andou assombrando o Mural durante um tempo. Mas, continue escrevendo no Mural e não se abata, aqui em Bom Conselho, muitos o lêem e a senhora é bem querida.
Arlindo Paz