quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A morte do Zé Galdino e o Mural do SBC




Hoje já fui dar meu recado no Mural do Site de Bom Conselho (SBC). Soube, através da Celina, da morte do Zé Galdino e lá escrevi:

“Eu já havia falado na Socorro Godoy e sua luta por mulheres que nem documentos tem. E outros vieram em seguida. O recado da Celina, apenas lembrou a mulher que merece nossos elogios, pois trabalha pela terra onde nasceu e nele, mostra isto com toda força. Eu conheci o Manoel Luna, o Jordalino e o Zé Galdino, de quem soube hoje de sua morte. Pessoas de minha geração (não exagerem quanto a minha idade) conheceram todos eles. Basta lembrar aos mais jovens que Bom Conselho já teve sua Perdigão, Brasil Foods ou Batavo, não sei como chame. Era a Santa Maria. Quantos comerciais vi na TV aqui em Recife do queijo de nossa terra? Era um homem dinâmico e empreendedor. Sua casa me lembro bem não era um primor de arquitetura, mas era diferente e muitas vezes passei pela frente indo à missa da 9. Celina tem razão, precisamos dar valor ao nosso passado e aos nossos grandes homens e mulheres. Amanhã volto a ser “normótica”. Me aguardem!”

Não estranhem aqueles que não vão a este Mural, sobre o termo “normótica”, que eu também não sei bem o que é, pois até agora o Gildo promete um artigo na Academia Pedro de Lara que eu não encontro nunca. Daqui eu pergunto outra vez: “Saulo cadê o artigo do Gildo?”

Quando digo que voltarei a ser “normótica”, foi porque a Ana Luna, a Diva do Itaim Bibi, me classificou assim. Nem sei se é uma coisa boa ou ruim, mas, seja o que for sei que a Diva seria incapaz de xingar alguém do seu gênero, a não ser de coisas inofensivas, como “homem” e “sapatão”. Sendo sincera, eu gostaria de ter escrito outra coisa, mas, como sempre respeitei o momento triste gerado pela morde de um grande empreendedor de Bom Conselho.

Lá, no meu limite regulamentar de 1000 toques não deu para relembrar um fato que acho interessante sobre o Zé Galdino. Nas festas de Natal e Ano Novo, quando ainda podíamos ir ao centro da cidade sem cair dentro dos buracos, eu subi para lá com meu irmão e presenciei o empresário de Bom Conselho distribuindo dinheiro. Não, ele não dizia como o Sílvio Santos “Quem quer dinheiro?”, pois não precisava. Pela roda de meninos que se formava em torno dele, ele já sabia quem queria, e o meu irmão era um deles. Meu irmão chegou para mim alegre/ofegante com uma nota novinha de 1 cruzeiro. Sim, aquela mesma do Tamandaré. Depois eu soube que ele, o Zé Galdino, tirava estas notas novinhas no banco para distribuir com a garotada. Eu tive vontade de enfrentar a roda e pegar a minha nota, mas, como vocês todos sabem, naquela época mulher só tinha direito de olhar, e olhe lá!

São por fatos como estes que apoio a ideia da Celina de criar um memorial para cidade e até incluo nela a Academia de Letras do Zetinho, a quem vi reclamando na AGD por não lhe darem ouvidos. Bom Conselho sempre foi assim. As boas ideias só são consideradas se delas se souber quem é o autor. Exagerando um pouco, se a ideia for da Diva é boa se for da encrenqueira é ruim. Se do partido A é boa e se for do partido B é ruim. Eu gosto muito de política e se pudesse estaria aí praticando-a, mas em prol de Bom Conselho e do seu povo (incluindo a classe média, e a parentada dos políticos).

Por isso fico triste quando vou ao Mural do SBC e alguns ficam me acusando de coisas que não fiz e não sou, apenas porque deles discordo ou não goste dos seus dotes. Hoje não escrevi nada lá a respeito, pelo momento de dor que Bom Conselho deve está sentindo pela morte de alguém que trabalhou por ela, mesmo que não o transformemos em santo.  Quando alguém fala abertamente em censurar alguém por expressar suas ideias, isto é constrangedor. Quando alguém deturpa o sentido do que eu disse para se ver livre de minhas críticas a um conjunto medíocre, é, no mínimo, inadequado. E se não fosse o recado da Celina eu lá teria publicado:

“Todos voltando à casa paterna ou materna. Até a Ana  fez que ia mas não foi. Quanto ao filho do Andarilho, quem puxa aos seus não degenera. Igual ao pai, fala besteira e depois entrega a Deus. Nos últimos dias, já me xingou de achincalhadora, zoadora, debochada, xenófoba, irascível, amalucada, judeu dos tempos modernos e baleia encalhada. Esta última eu senti, e o Saulo pode até me censurar, mas eu tenho que dizer que baleia encalhada é a mulher do Andarilho. Mas, ele continua igual ao pai e depois de ficar falando sozinho, agora apela para o carolismo e distribui abraços fraternos. Me engana que eu gosto. Ana acredita que só um homem poderia não gostar do Uva Passa. Te enganas amiga, muitas mulheres não gostam. E a Ana não canta mal porque nasceu em São Paulo nem é inteligente por nasceu em Bom Conselho. Ela está certa, estas características independem de onde se nasce. O Andarilho, dizia que era da terrinha e era burro que doía.”

Talvez não tivesse espaço para dizer ao Alfredo, que lembrou outro grande homem que foi o seu pai, que mantenha as festas no beco, pois quando eu não correr mais risco de vida aparecerei por lá para me lembrar deste local onde tanto andei.

Um comentário:

  1. Dona Lucinha,

    Eu de vez em quando vou ao Mural do SBC e vejo seus recados. Vejo a reação dos outros que agora são poucos. Aquilo lá sempre foi curral do Pedro Ramos e o vaqueiro é o Saulo. A Ana Luna eu até gosto do UvaPassa, mas ela quer brilhar sozinha e se torna chata. Eu vi no Encontro do ano passado que está difícil de haver este ano. Fizeram o diabo com o coitado do organizador que não me lembro agora do nome para o Pedro brilhar com seu piston.
    A senhora só leva um pouco de equilíbrio para o Mural. Agora vem este tal de Alírio que dizem ser aquele Andarilho que andou assombrando o Mural durante um tempo. Mas, continue escrevendo no Mural e não se abata, aqui em Bom Conselho, muitos o lêem e a senhora é bem querida.

    Arlindo Paz

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