domingo, 2 de outubro de 2011

A Mamãe Juju e a candidatura do Dr. Filhinho




Hoje, depois de ir à missa aqui em Gravatá, voltei para o condomínio doida por uma conexão boa com a grande rede. Não encontrei nada. Nem posso reclamar, pois meu filho não me prometeu nada a não ser um friozinho, que já não é mais aquele. Agora vou terminar tentando trocar o frio quente por uma conexão fria.

Gostaria de ir andar pelo murais, onde tantos já me aguardam. Já soube, de minhas fontes anônimas, que já está havendo alguma crise de abstinência em alguns que frequentam os murais, quando eu não escrevo. Eu sinto muito, meus e minhas fãs, mas não é minha culpa.

O assunto que nem gostaria de tocar, mas sou forçada a fazê-lo, é a notícia da qual falei ontem no Mural da AGD, dada pelo blogueiro André Bernardo, sobre a desistência por parte da Mamãe Juju de concorrer à reeleição. Isto para mim e para as minhas fontes já eram favas contadas. A novidade está na indicação ventilada pelo blogueiro, que é o lançamento da candidatura do Dr. Filhinho.

Antes de entrar no assunto propriamente dito, eu começo por outro, referente também à postagem do André Bernardo. Pelo que vi em seu blog ele é da turma do CPF. Ou seja, a turma a quem o Dr. Filinho pertence de se considerar um blog de verdade porque tem CPF e RG. Quando isto ocorre com jornalistas, que hoje somos todos nós, blogueiros, eles começam a viver no inferno austral de como justificar que usem fontes anônimas, sem defenderem o anonimato. O André Bernardo diz: “Vale ressaltar que essa informação é de uma fonte segura e confiável, a eleição em 2012 terá muitas surpresas, vamos aguardar.”

Logo na postagem seguinte ele dispara: “Este blog tem dono, com identidade, CPF, endereço fixo, toda e qualquer informação postada aqui é de inteira responsabilidade do Blogueiro, e ainda a intenção do Blog é levar a notícia e a divulgação a sério e que busca levar isso aos seus leitores com qualidade, ética e profissionalismo.” Antes de continuar o argumento, eu pergunto, se ele conhece algum blog sem dono, sem identidade, sem CPF, ou sem endereço fixo?  Eu não conheço nenhum. A grande diferença do dele é que alguns não andam mostrando os documentos para gerar credibilidade, porque não precisam deles para tê-la.

Mas, voltemos ao argumento da contradição das fontes. Ao mesmo tempo que o Blog do André Bernardo tem CPF e RG, que não sei quais são e nem quero saber, ele defende o anonimato das suas fontes, que segundo ele no caso do lançamento do Dr. Filhinho é segura e confiável. A pergunta que não quer calar é a seguinte: Não seria a fonte o próprio Dr. Filhinho ou a Mamãe Juju? Eu não quero saber e compro o peixe pelo que o Bernardo diz, mesmo sem saber seu CPF. Não há bom jornalista que não concorde com o anonimato, este é o veredito final. Aquele que for contra isto, na próxima notícia não me venha com fontes seguras e confiáveis sem citar seus CPFs e RGs.

Entretanto, o que me move aqui não é só isto. Também foi a dúvida lançada pelo Blog do Roberto Almeida sobre a possibilidade ou não do Dr. Filhinho sair candidato. Aqui a porca torce o rabo e desfila toda soberana pelo chiqueiro.

Eu, quando quis me candidatar andei lendo alguns coisas, e de algumas já me esqueci, e como já disse, tenho apenas o curso médio, e nem mesmo o curso de Direito imcompleto como o filho do Andarilho, eu tenho. Mas, sou eu leitora assídua da Constituição, em que pauto a maioria de minhas atitudes como cidadã. E lá eu li o seguinte, no parágrafo 7º do artigo 14: “São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição”.

Portanto, o Dr. Filhinho não poderia ser candidato nas próximas eleições. No entanto, eu não fiquei satisfeita com isto, pois é o meu desejo que ele concorresse, para dar uma chance maior a nossa oposição de tirar o doce dele dado pela mainha durante todo seu governo. Então conversei com outras pessoas e li o que tinha em meu laptop, revirando  alguns textos de outras eras, que mostram que esta norma constitucional pode não ser tão pacífica assim, como não é pacífica nada em nossa justiça (Vejam o caso da procuradora que disse que lá se escondem muitos bandidos de togas).

Li, por exemplo, que no Rio de Janeiro, a justiça permitiu que a Rosinha Garotinho fosse candidata, mesmo sendo casada com o Garotinho. E que em outros casos isto foi negado. Eu sei que é um problema ainda não muito tranquilo, desde que se inventou, e isto se deve ao FHC, quando se pensou que o que era bom para os Estados Unidos era bom para o Brasil, e criou-se o instituto da reeleição.

O que se tem de mais concreto é que a Constituição não deixa que parente se candidate, em princípio, para que, como no Maranhão, por exemplo, não tenhamos sempre um governador com o sobrenome Sarney, o que em Pernambuco não se tenha sempre um governador com sobrenome Arraes, ou, agora Campos. Seriam as dinastias políticas, ou a volta das capitanias hereditárias, que tanto mal fizeram a este país. Lá em Bom Conselho, o povo mesmo evitou isto, o que agora a Mamãe Juju quer ressuscitar, se proceder a notícia vinda das fontes seguras do André Bernardo: A Dinastia dos Alapenhas.

Hoje o que se teme, mais do que as dinastias políticas, é que o parente use a máquina pública do maridinho, do papai ou da mamãe, para se eleger, facilitando ainda mais a construção dos mandarinatos.

Eu estou tranquila quanto ao caso de Bom Conselho nestas eleições, pois mesmo que a Justiça cometa mais uma das suas, o povo de Bom Conselho estará atento, como povo altaneiro que nunca deixou se conduzir antes. Eu tenho um pouco de receio do uso dos programas assistenciais, à moda petista, mas penso que nós da classe média faremos a diferença.

Agora, para não dizer que tenho má vontade com o Dr. Filhinho, e não tenha capacidade de perdão, eu devo declarar que li em algum lugar que, antes da reeleição, um parente pode se candidatar, se o titular do cargo renunciar 6 meses antes da eleição. Se isto for verdade é só a Mamãe Juju completar o que começou a fazer 2 anos atrás renunciando em favor do príncipe consorte, sem se arrepender desta vez. Mas, com a palavra os juristas, de um lado e do outro.

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P.S.: Alguns minutos atrás terminei o texto acima, já disposta a publicá-lo só amanhã, mas, ao tentar conectar outra vez, lá está o sinal vivo e forte da grande rede. Então resolvi deitar nela logo hoje, pois amanhã já será outro dia.

LP

3 comentários:

  1. Manoel Luna não indicou Emanuel
    Walmir Soares não indicou Alípio
    Gervásio Matos ão indicou Marcelo nem Marcia
    Audalio Ferrreira não apontou nenhum dos 4 filhos
    Daniel Brasileiro tem dois e também não indicou

    E repare, todos governaram muito melhor.

    É muita ousadia. Parece piada. Ninguel merece.

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  2. Mamãe Juju e Filhinho Pipi, que dupla.

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  3. Se for mesmo, é melhor acabar de destruir logo a cidade, pois no buraco já estamos...

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