terça-feira, 27 de março de 2012

A GAZETA 307 - Desculpem, o jabuti era do Roberto Almeida




Recebi ontem um e-mail do nosso querido jornalista-mor de Bom Conselho o Luis Clério. Como ele não me pediu sigilo nem nada, e também não há porque fazê-lo, publico abaixo a referida mensagem (inclusive com as ênfases dele), e logo abaixo a comentarei.

Lucinha,

Somos leitores do seu blog. Não deixamos de publicar suas matérias, tão logo tenhamos escritos que não sejam questões com a prefeita, com o filho da prefeita, com o Cláudio André, com o xico... e até com os nossos irmãos: Jodeval, Josenilda e Marlos Duarte, publicaremos, pois estas não interessam aos leitores d´A GAZETA. Aceitamos e defendemos oposição e jamais deixaremos de fazer publicações de matérias assinadas por oposicionistas do governo de Judith Alapenha, cujo comportamento defendemos desde quando se elegeu vereadora e por quatro anos presidiu a Câmara de Vereadores com suas contas aprovadas pelo TCE. Cumpriu com sua obrigação, mas o registro é por conta da grande quantidade da não aprovação. Defendemos a sua candidatura para prefeita e continuamos defendendo a sua gestão por conta da seriedade imposta, e nunca vista em Bom Conselho. Aqueles que sairam/deixaram o governo de Judith fizeram porque trabalhavam na contra-mão das suas orientações. Erros? temos! Todos em condições de serem corrigidos sem comprometer ninguém naquilo que todos defendemos, inclusive você Lucinha, respeito e a correta aplicação do dinheiro público.
Quando o blog de Claúdio Andre voltar a postar notícias que mereçam a divulgação d´A GAZETA isto será feito, mas com o comportamento atual, basta o anúncio do próximo encontro dos blogueiros.
Para encerrar: Na casa dos nossos pais - Lucio e Constança - fomos criados com total liberdade de pensamento. O mesmo fazemos em nossa casa. Defendemos a gestão Judith Alapenha e o nosso filho Carlos Adelmar Monteiro Duarte é correligionário de Renato Curvelo, que juntamente com o mano Murilo trabalharam para eleger Judith e fizeram parte do secretariado, colocou-o como vice de Valfrido Curvelo no diretório do PSD.
Vivemos assim nos respeitando.
Não temos nenhum interesse de polemizar com a amiga. A nossa intenção é somente dizer que o autor da matéria comentada é de Roberto Almeida e nos alongamos.
Abraços,
Luiz Clério Duarte
BC, 26.03.2012”

Nem começo dizendo o clássico Prezado Luis, pois isto não é uma resposta à mensagem, o que soaria como se fosse uma polêmica e respeito a decisão do amigo Clério de comigo não polemizar, e sim, um simples comentário.

Começo pelo meu erro de pessoas, pois pensei, quando li a notícia na A GAZETA, que o escrito que comentei aqui seria da lavra do Clério e não do Roberto Almeida, talvez pela colocação da matéria na página do jornal. Perdão meu Jesus, perdão Deus de amor, perdão Deus clemente, perdoai senhor, e perdão Luis Clério.

Este meu erro não ficou tão sério, pois na mensagem do Luis ele parece não ser contra ao que diz o Roberto Almeida, mas, também não é muito enfático na discordância da candidatura de Emanuel Luna no lugar da prefeita e da rejeição da prefeita, sendo este último aspecto o que mais estranhei. De qualquer forma, sendo assim, tudo o que disse passa a ser o que queria dizer, se substituir o nome do Roberto Almeida pelo o do Luís Clério, pedindo perdão a este último, da mesma forma que pedi perdão ao primeiro quando o último, através de e-mail muito tempo atrás, me mostrou que a prefeita de Bom Conselho havia sim renunciado, e eu cometi a maior “barriga” de todos os tempos no Agreste Meridional. (Achei que a frase ficou confusa, embora, confuso é o assunto mesmo).

Entretanto, algumas coisas são realmente nossas, minhas e do Luis Clério.  E merecem uma melhor análise.

O prestígio do seu jornal talvez me faça, de tão frustrada, reclamar de que nunca mais fui publicada no nosso quinzenário maior. Eu não sabia o motivo, e agora o Clério cita alguns explicitamente, e outros nas entrelinhas apenas, pois o único objetivo de sua mensagem era me chamar a atenção para o meu erro de pensar que fora ele e não o Roberto Almeida que escreve o que comentei, isto é, o jabuti era do Roberto Almeida.

Ele diz que poderia até publicar-me se eu não falasse do Dr. Filhinho, da Mamãe Juju, do Poeta, do Xico (penso ser o Pitomba), do Jodeval, da Josenilda e do Marlos. Eu penso que ele só faltou acrescentar dos vereadores em geral e do vereador Carlos Alberto em particular, para completar todo o espectro político da cidade, para que eu perdesse totalmente as esperanças de um dia voltar a ser publicada pelo seu prestigiado noticioso. Porque atualmente, em ano eleitoral, escrever sobre algo em Bom Conselho que não toque nas pessoas mencionadas, exceto a Josenilda, não porque ela estava no Canadá, mas na Suécia, é quase impossível.

O Dr. Filhinho, que é tão bom filho, que vive de castigo no milho, porque quando sai apronta em Pesqueira ou faz análises políticas, cujas premissas são as mesmas do Luiz Clério de que mainha é boa e o resto é que não presta, somente porque a prefeita não roubou, como se isto fosse uma qualidade e não uma obrigação de qualquer governante, é um poço de política.

A Mamãe Juju, não tiro as qualidades dela que o Luiz Clério diz que ela tem, de respeitar e usar corretamente o dinheiro público (embora neste último caso eu o usaria com outras prioridades), mas não posso deixar de falar da relação tumultuada que o seu governo teve desde o início com quase todos seus secretários e com seus parentes e aderentes, e que levou a hoje ter que apelar (e isto é uma das verdades do texto do Roberto Almeida que eu pensavam, burramente, ser do Luíz Clério) para o supersecretário Emanuel Luna, para tentar manter o seu clã no poder. Isto tudo é política.

Quanto ao Jodeval, um dos melhores jornalistas de Pernambuco e do Brasil, não discuto isto, mas, quer provar que ama Dilma mais que o Lupi, e, me desculpe, mas se perde nisto, pois hoje está difícil alguém defender um governo como o atual, que depois de um ano e meio, a única façanha foi ter botado os ministros de Lula para fora. Mas, isto é política.

O Marlos, talvez não tenha as mesmas ideias sobre o governo da Dilma que tem o Jodeval. Pois o caso dele é com o Fidel Castro. O amor que ele sente pela ditadura cubana é uma coisa patética. Isto também é política.

E resta apenas falar do Poeta, que não é político, mas, apenas um comerciante de notícias que saiu tão rápido do apoio a Mamãe Juju que ainda não se habituou e vive forçando a barra, com o que ele chama de oposição, posando para fotografias e entrevistando qualquer um que esteja disposto a falar mal do “governo do povo”, e para quem tem um comportamento assim, o Clerio diz que ele não volta à A GAZETA tão cedo (“...mas com o comportamento atual, basta o anúncio do próximo encontro dos blogueiros”). Mas, isto também é política.

Resta apenas o comentário sobre a liberdade de pensamento de sua família, cujo pai eu acho até que vi um dia lá em Bom Conselho, homem sério e respeitado por todos, da mesma forma que todos os seu filhos e os seus netos. Pessoalmente, eu não conheço ninguém, e agora estou mais longe de conhecer, pois, agora sei que o motivo de não ser publicada na A GAZETA, é falar destas pessoas em meus textos, politicamente, é claro. E eu tenho meus motivos, com base até no Direito Natural, com base no direito à sobrevivência de ficar falando, pelo menos de quando em vez, de algumas delas.

Eu tentei já, por muitas vezes, esquecer aqueles que quiseram me destruir, dizendo que eu era um simples pseudônimo do Zé Carlos (o que serviu apenas para insuflar o ego deste, e me desculpe a franqueza caro amigo), mas isto é impossível pela recorrência da ideia. Aqueles que não tem argumentos para um debate franco e honesto recorrem sempre ao quase bordão: Ela é homem, ela é travesti ou ela não existe. Isto não me preocupa pelo que eles dizem mas sim pela dúvida que se impregna nas cabeças de outrem que não me conhecem, com seus argumentos falsos, que apenas revelam suas faltas de argumentos.

Sei que existem homens sérios e decentes que não ligam para isto e soube que o Luis Clerio é um deles (e eu agradeço) e com estes posso discordar às vezes, mas com os outros que querem me homicidiar eu já começo discordando. E em termos políticos é muito difícil ficar a favor deles, porque seus pecados originais sempre são ruins para qualquer gestão pública.

De uma forma ou de outra, quero agradecer o comentário do Clério, descobrindo uma coisa comum entre mim e ele, mas sem nos comparar jornalisticamente pois ele está no céu e eu nem sai da terra: sua prolixidade. Eu também só queria pedir desculpas pelo erro de considerar dele algo que era do Roberto Almeida, e olhem onde já vou. O texto poderia ser apenas: "Quem andava com o jabuti debaixo do braço era o Roberto Almeida e não o Luiz Clério, mas o jabuti estava lá nas palmeiras imperiais do Colégio."

Mas, pelo menos fico com a promessa do administrador da A GAZETA de que, quando eu deixar de ser política, ela voltará a me publicar. Pelo jeito que anda a política no Brasil em geral, e em nossa paróquia em particular, se fosse pela minha família, eu já sairia no próximo número, fazendo como a Ana Diva, publicando uma receita de "bode na brasa" que sei preparar como ninguém. Mas, política é uma cachaça que a gente só deixa quando tem câncer na laringe. Cruzes!

3 comentários:

  1. ..........Quanto ao Jodeval, um dos melhores jornalistas de Pernambuco e do Brasil, não discuto isto, mas, quer provar que ama Dilma mais que o Lupi...

    ..........política é uma cachaça que a gente só deixa quando tem câncer na laringe...

    SÃO ESSAS COISITAS QUE ENGRANDECEM E MUITO A BLOGOSFERA DO AGRESTE MERIDIONAL. PRIMOROSAS AS FRASES SATÍRICAS E MUITO BEM CUNHADAS PELA EXCELENTE BLOGUEIRA QUE É A LUCINHA PEIXOTO. DE JOELHO, A BLOGOSFERA DO AGRESTE MERIDIONAL AGRADECE... E OLHE LÁ, SENÃO, OUTRAS REGIÕES!!!

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  2. A senhora errou na pessoa mas a vítima assumiu a carapuça.
    Parabéns.
    Sei que foi sem intenção.
    Mas deu certo como quem "botou verde pra colher maduro".

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  3. Desconheço os oposicionistas que escrevem no jornal. Não leio nenhum texto de alguém que queira mostrar a real situação do município. Agora se quiser falar da " Atlântida" que virou nossa terrinha, aí sim, é só mandar para redação e esperar o próxima edição.

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