Por Mary Zaidan (*)
O silêncio anunciado do
principal protagonista, os deploráveis joguetes de governistas e da oposição.
Tudo enfadonho. Até agora, o único acontecimento digno de nota na CPI mista que
deveria investigar as ilicitudes públicas e privadas de Carlos Cachoeira foi
Márcio Thomás Bastos, ex-ministro da Justiça de Lula, sentado, atento e
aplicado, ao lado de seu cliente contraventor durante mais de duas horas de
interrogatório inócuo.
Na semana, a cena só
perde para a do próprio Lula, que voltou a vociferar contra as elites – a mesma
que teve e tem benesses e benesses de seu governo e do de sua sucessora – e
contra a imprensa, rebatendo na tecla de que o Mensalão não passou de uma
invencionice para tentar derrubá-lo.
Disse isso de novo, de
cara lavada, desta vez dentro da casa legislativa de São Paulo, onde recebia o
título de cidadão honorário da cidade. Sempre vítima - do preconceito das
elites contra um operário, e até de seus companheiros, que o traíram, como disse
nas desculpas públicas que fez ao país no auge do Mensalão -, Lula já deixou
claro que não perderá uma única oportunidade para negar o maior escândalo do
país, prestes a ser julgado pelo STF.
Além da desfaçatez, os
dois episódios trazem outros pontos biunívocos. Bastos argumenta que todo
acusado tem direito à defesa. O óbvio do óbvio. Mas não explica por que decidiu
defender, entre tantos encarcerados, logo esse réu, metido com entes públicos
de primeira grandeza, a maior parte deles integrante do governo a que ele
serviu.
Por que esse réu merece
ter como defensor um ex-ministro da Justiça? De onde virão os honorários? Da
contravenção?
As frases do compositor e
cantor Alceu Valença no Facebook são precisas: “dizem que o advogado vai ganhar
R$ 15 milhões para defender Cachoeira. Esta dinheirama, certamente, vem do
arrombamento dos cofres públicos e trambiques (…). Honorários pagos com
dinheiro desviado, ilustre causídico, não é prática ética e moral”.
E completou: “estudei
Direito, poderia ser advogado, mas jamais aceitaria defender Cachoeira, nem por
uma enxurrada de dinheiro”.
Grande Alceu.
Por gosto, Alceu, 40 anos
de carreira na MPB, continua labutando duro e comandando a alegria nos palcos
do país.
Por escolha, Bastos
aceita clientes de conveniência do poder a que ele serviu e serve.
Por gosto, escolha,
confiança na popularidade e na impunidade, Lula insiste em reescrever a
história só para proteger a si e aos seus.
Grande Alceu. Ainda bem
que temos o seu Coração bobo.
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(*) Publicado no Blog do
Noblat em 27.05.2012. O clipe do YouTube é do texto original. É uma música
excelente do excelente Alceu Valença. Como estamos carentes de excelências
neste nosso país, principalmente, em nosso meio político. Você viram o que o
Lula, o “ex mai Love” de Dilma, fez?
Uma vergonha, mas depois eu comento, com mais vagar. (LP)
TEM MAIS OUTRA CANALHICE, DESTA VEZ FOI COM O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL... ESSE LULA E SEUS CAPANGAS AMESTRADOS... NO QUE SE REFERE A CHANTAGEM DO JUDICIÁRIO, A SABEDORIA POPULAR AFIRMA QUE, O CRIMINOSO SEMPRE VOLTA AO LOCAL DO CRIME... O SEBOSO DE CAETÉS NAO PERCEBE QUE PERDEU TODOS OS BONDES DA HISTÓRIA. ISTO É SAFADO DESDE QUE NASCEU, E BURRO NA MESMA PROPORÇÃO. ESTA FOI UMA ATITUDE OU MANOBRA TIPICAMENTE DE SINDICALISTA ANALFABETO, TRUCULENTO E CORRUPTO. COMO TAMBÉM UM SINDICALISTA DEMAGOGO NA IMAGEM, OPORTUNISTA NO INSTINTO E TRUCULENTO NO MODO DE PROCEDER E NAS SUAS AÇÕES INDECOROSAS CONTRA A MAIOR CORTE JURÍDICA DO PAÍS....
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