Por Mary Zaidan (*)
Peixe morre pela boca. Só não é assim quando o peixe é
petista e goza de algum prestígio junto ao dono do partido, o ex Lula. Os
absurdos ditos ficam por não ditos. Pior, são tidos como normais e não como
absurdos.
A pérola da semana veio do deputado João Paulo Cunha
(PT-SP), que, ao apontar diferenças entre o mensalão e o caso do contraventor
Carlos Cachoeira, considerou menor o crime de roubar quando o fruto do roubo
não vai para o bolso do ladrão. "Não há entre todos os réus do mensalão um
acusado de apropriação particular do recurso", garantiu, com peculiar
soberba, em entrevista ao site Consultor Jurídico. Como se isso alterasse a
tipificação do crime pelo qual ele e outros 35 são acusados.
E foi ainda mais longe ao citar a Land Rover de Silvio José
Pereira, o Silvinho, único da turma que teria embolsado propina. Ao que parece,
se o carro de luxo fosse para o partido, tudo bem. Crime eleitoral, um
"erro que o PT corrigiu".
Político experiente, exercendo seu terceiro mandato na
Câmara dos Deputados, casa que presidiu de 2003 a 2005, Cunha deveria saber que
certas coisas podem ser pensadas, nunca ditas. Outras nem mesmo poderiam ser
pensadas.
Mas como tudo é dito com a deliberada intenção de minimizar
o mensalão, tudo bem. Insiste-se na tecla de que o pagamento periódico a
aliados não passou de caixa 2, um pecado que todo mundo comete. O refrão,
lançado por Lula na inesquecível entrevista de Paris, tem de ser repetido,
repetido mais uma vez e de novo. Assim, quem sabe, vira verdade. Esse foi o
papel de Cunha.
Em 2006, Cunha quase foi cassado. Perdeu na Comissão de
Ética, ganhou no plenário. Não quer, de forma alguma, que volte à tona o saque
em espécie que sua mulher fez no Banco Rural do Brasília Shopping. Muito menos
a singela desculpa que deu à época: ela foi ao banco pagar uma conta de TV a
cabo.
Mentiu lá e mente agora. Afinal, já deu certo e pode dar de
novo.
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(*) Publicado no Blog do Noblat em 06.05.2012. Então agora
eu entendi por Lula diz não ter havido o “mensalão”. Ele pensava que o Roberto
Jefferson queria dizer que o PT estava praticando um crime. E não era verdade.
Roubar para o partido não é crime é patriotismo. Vide União Soviética, China,
Cuba, Coreia do Norte e agora a Venezuela, se for para o partido do beiçola.
(LP).
TEM-SE UMA IMPRESSÃO QUE HÁ MOMENTOS DANDO O ENTENDER QUE ESTAMOS SEM JUDICIÁRIO, SEM POLÍCIA FEDERAL, SEM FORÇAS ARMADAS E SENDO GOVERNADOS POR MERCENÁRIOS FILIADOS AO SINDICATO DOS BANDIDOS PETISTAS BARBUDOS DO ABCD PAULISTA... SERÁ QUE TÔ SONHANDO OU TÔ DENTRO DA REALIDADE?!?!?!
ResponderExcluirComo todo bom trotskista, só que cleptocrático, se é que isso existe, apoiaria roubar, matar, pela revolução, Só que essa turma quer preservar o direito de roubar. Cadeia para o ladrão de galinha. Benesses, para ladrão do estado. Tortura para o povão. Bom trato e alojamentos até luxuosos para criminosos vip. Êita Brasil safado! E quase ninguém se escandaliza mais. Como ainda se defende uma canalha dessas? Rafael Brasil.
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