O dia 05 de junho é o Dia
Mundial do Meio Ambiente. Em tempos normais eu escreveria sobre isto na data
certa, como o fiz, há dois anos atrás no Blog da CIT, com um texto que
transcrevo abaixo. No que ele trata de ecologia e meio ambiente, não mudou
muita coisa. No entanto, o em sua conotação política, mudou o mundo e mudei eu.
Eu, naquela época, era um
“marinete” convicta, e isto eu mostro
até no título do texto (“Dia Mundial de
MARINA”), hoje, depois de toda esta discussão do Código Florestal, eu já
não sou tão fã dela assim, apesar de ver nela algum valor para a causa
ambiental, mas, não tanto quanto antes.
E este ano vem aí a
Rio+20, que é uma conferência que acontece na hora errada e no lugar errado.
Vivemos uma época de crise mundial e o Brasil vive uma crise de valores
políticos que pode tisnar o brilho da reunião e até afetar seus resultados. No
entanto, discutir nosso futuro, o futuro do nosso planeta é importante, sem
esquecer de que não podemos parar de comer e que precisamos de nossas terras
para isto.
Toda esta discussão sobre
o novo Código Florestal é um alerta para que este governo saia de sua redoma
ideológica e se volte para o que nosso povo precisa, sempre levando em conta
que estamos no mundo, mas, que o mundo não pode depender de nossa miséria para
que ele sobreviva. E muitos dos vetos (no ano passado a única coisa que foi
feita pela presidenta foi mandar embora os ministros demitidos pela Veja, e,
neste ano, a única sua atividade é vetar artigo de leis para manter a
popularidade) a este código estão sendo visivelmente, influenciados pela
Rio+20. Isto é mau.
Mas, fiquem com o que
escrevi há dois anos e meditem sobre o que nos falta, que eu meditarei sobre o
que mudei:
“Hoje, dia 05 de junho, é o Dia Mundial da Ecologia e do Meio Ambiente.
Nada há de mais importante, nesta época de calamidades naturais e provocadas
pelo homem, do que o tema que gerou este dia. O ser humano sempre recorre aos
símbolos para externar suas preocupações com o seu entorno. A criação de dias
em homenagens a alguém ou a alguma coisa é um deles. Neste período de eleições,
no qual, pela existência de uma candidata que encarna a luta pelo meio ambiente
e sua preservação, este dia merece grandes comemorações.
Sua criação por uma conferência das Nações Unidas, em 1972, portanto,
já há quase 40 anos, mostra a preocupação do homem com a destruição que ele tem
causado no meio ambiente e os riscos para sua sobrevivência, onde pontificam
como exemplos a diminuição da diversidade biológica, a poluição do ar, do solo
e da água, desmatamento, diminuição da água potável para consumo humano,
destruição da camada de ozônio, destruição das espécies vegetais e das
florestas, extinção de animais, dentre outros.
A Ecologia, hoje uma ciência, ou mesmo um conjunto de ramos
científicos, se dedica ao estudo das interações dos seres vivos com o seu
ambiente, e portanto teve elevada sua participação na área acadêmica, e também
na área de políticas públicas voltadas para preservação da vida em nosso
planeta.
Eu não sou uma “expert” no assunto. Aqui na CIT, quem o manejava muito
bem era o Cleómenes Oliveira, hoje, feliz ou infelizmente, perdido dentro da
Floresta Amazônica. Entretanto, por me dedicar à política e às prendas
domésticas, terminei lendo e aprendendo sobre este tema. Hoje circula na
internet um texto que se chama, os Dez Mandamentos Ambientais, que são normas,
talvez mais simples do que nossos Dez Mandamentos bíblicos, pois até hoje não
conseguimos cumprir o 6º deles (Não Matarás!), como deveríamos. Eles serão por
mim comentados, dentro do que nosso Oliveira chamava de Ecologia Política.
Conversamos sobre este assunto várias vezes e espero não está distorcendo este
ramo desta ciência criado pelo nosso colega, e para quem rezo todos os dias.
São os seguintes, os falados mandamentos para o meio ambiente:
1. Estabeleça princípios
ambientalistas: estabeleça compromissos, padrões ambientais que incluam metas
possíveis de serem alcançadas;
Isto quer dizer, mais ou menos o seguinte: Ao votar em outubro,
estabeleça seus compromissos com o meio ambiente. Verifique quais candidatos
entendem realmente desta questão, e que tem uma vasta experiência ao lidar com
ela. Não aperte a tecla sim sem fazer isto e ter uma perfeita consciência da importância
do meio ambiente.
2. Faça uma investigação de
recursos e processos: confira se há desperdício de matéria-prima e até mesmo
esforço humano;
Ao escolher entre os candidatos observe bem os processos em que eles
estão enquadrados e os devidos recursos interpostos. Veja por exemplo, o que
eles fizeram no passado pelo meio ambiente, se eles desperdiçaram matérias
primas como foi feito no PAC, e no rodo-anel de São Paulo.
3. Estabeleça uma política
ecológica de compras: priorize a compra de produtos ambientalmente corretos.
Procure por produtos que sejam mais duráveis, de melhor qualidade, recicláveis
ou que possam ser reutilizáveis;
Não se deixe enganar pelas aparências e pela lábia dos vendedores.
Nesta eleição tem gente querendo “vender gato por lebre”, tentando empurrar
candidatos com promessas de continuísmo, como se eles já tivessem sido
testados. Fique esperto e não se deixe levar pelas aparências. Pense nos
candidatos pelo que eles podem fazer com o meio ambiente, quanto sua qualidade
e durabilidade e que não precise de acordos que danifiquem sua capacidade de
reutilização. Não confie em todos os vendedores, faça você mesmo sua análise.
Definitivamente, recuse candidatos que joguem no sistema 8-4-8, isto pode
incendiar o Brasil.
4. Incentive seus colegas: fale
com todos a sua volta sobre a importância de agirem de forma ambientalmente
correta;
Depois de sua decisão, não fique com ela só para você, fale com seus
colegas e mostre quem realmente é a melhor candidata, que será aquela que agir
de forma ambientalmente correta.
5. Não desperdice: ajude a
implementar e participe da coleta seletiva de lixo;
Evite de todas as formas o desperdício. Proponha em seu bairro e prédio
uma lixeira com compartimentos para coleta seletiva, e não esqueça do reservar
um para candidatos que nem ligam para a preservação da vida em nosso planeta.
Lixo com eles!
6. Evite poluir seu meio
ambiente: faça uma avaliação criteriosa e identifique as possibilidades de
diminuir o uso de produtos tóxicos;
Este é um dos mais importantes Mandamentos. Veja quais candidatos são
realmente tóxicos. Veja se eles já se envolveram com obras faraônicas,
criticaram o IBAMA, são favoráveis à usina hidrelétrica de Belo Monte sem
nenhum estudo ambiental e outras atitudes de natureza nociva para com a nossa
natureza.
7. Evite riscos: verifique
cuidadosamente todas as possibilidades de riscos de acidentes ambientais e tome
a iniciativa ou participe do esforço para minimizar seus efeitos. Não espere
acontecer um problema! Antecipe-se!!
Antecipação, eis a palavra mágica. Não espere que o problema aconteça
pensando que, porque algum candidato é ignorante na questão ambiental, isto não
seria um impedimento. É claro que é. Veja quem já lidou com esta questão
diretamente, como por exemplo, tendo sido ministra do meio ambiente, e
reverenciada por todo mundo como uma amiga do planeta.
8. Anote seus resultados:
registre cuidadosamente suas metas ambientais e os resultados alcançados. Isso
ajuda não só que você se mantenha estimulado como permite avaliar as vantagens
das medidas ambientais adotadas;
Até outubro anote o resultado dos estudos e quais candidatos você
avaliou e como eles se saíram, e conte aos seus colegas, isto o manterá com
estímulo para uma possível campanha para reeleição.
9. Comunique-se: no caso de
problemas que possam prejudicar seus vizinho e outras pessoas, tome a incitava
de informar a tempo hábil para possam minimizar prejuízos;
Isto é muito importante. Neste caso faça como o Collor e diga: “Não me
deixem só”. Amplie seu raio de comunicação, mostre a todos seus estudos,
anotações e os prejuízos causados pelos outros candidatos ao meio ambiente,
mesmo que eles tenham sido “genéricos”, ou uma obra qualquer do PAC.
10. Arranje tempo para o trabalho
voluntário: considere a possibilidade de dedicar uma parte do seu tempo,
habilidade e talento para o trabalho voluntário ambiental a fim de fazer a
diferença dando uma contribuição concreta a efetiva para melhoria da vida do
planeta.
Não seja mercenário, não venda seu voto. Dedique seu tempo, habilidade
e talento para dizer ao mundo que a contribuição de qualquer um é extremamente
importante para a melhoria da vida no planeta.
Eu, mesma sem talento quase nenhum, e mesmo tendo produzido a maior
"barriga" da história dos Blogs deste país já perdoada por meu
confessor, sigo fielmente este decálogo e já cheguei à minha conclusão que
estou compartilhando com o mundo, embora sem uma Nota Oficial, pois "gato
escaldado tem medo de água fria":
3 DE OUTUBRO DE 2010 É DIA DE MARINA.”
P.S.: Já temos outras
eleições, agora no dia 7 de outubro. E nestas alturas não poderemos nem dizer
de quem será o dia 7 de outubro, mesmo em Bom Conselho. Quando eu souber,
direi.