quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O tamanho do voto





Por Ateneia Feijó (*)

E o resultado das eleições paulistanas? Para quem observava de longe, sem envolvimento emocional, não houve surpresas. Dava para qualquer leigo prever o resultado com uma equação simples: alta rejeição a Serra + “mocidade” de Haddad (e percepção popular de que ele não fez parte do esquema do mensalão) + votos dos eleitores de Russomano.

Havia outras equações, claro. Além do instinto de Lula, que o fez optar pela novidade, apostando no ex-ministro de Educação. Quanto à certeza de que a presença do ex-presidente no palanque do candidato pesou favoravelmente, nunca se saberá. Por quê? Em palanques do Norte e Nordeste não funcionou.

Mas no momento o que importa é reconhecer que Serra assumiu a derrota com elegância. Que na capital de São Paulo houve alternância de poder. Aliás, sempre bem-vinda para quem respeita e gosta de democracia. PT saudações!

Aqui no Rio de Janeiro a reeleição de Eduardo Paes (PMDB), no primeiro turno, não foi uma escolha partidária. Os cariocas foram às urnas pensando no que seria melhor para a sua cidade durante os próximos quatro anos.

Porém, desde domingo, bate-papos de cidadãos no Rio demonstram uma ponta de preocupação... A possibilidade do governo federal daqui por diante preferir olhar com maior generosidade para a prefeitura paulistana.

Ou seja, há o temor de que a cidade eleita para sediar as próximas Olimpíadas seja preterida. Deixe de receber os devidos cuidados e recursos (prometidos) para ajudá-la a se transformar na vitrine do Brasil em 2016.

Até porque, antes disso, acontecerão dois eventos que mobilizarão fundos e partidos políticos diversos no país: a Copa do Mundo e as eleições presidenciais em 2014. Alguém duvida que o desempenho dos prefeitos das cidades-sede do torneio de futebol mundial entrará no campeonato eleitoral nacional?

A Copa começa em São Paulo em 12 de junho e termina no Rio em 13 de julho. Haverá jogos em quatro capitais nas mãos do PSB: Belo Horizonte, Cuiabá, Fortaleza e Recife. Três nas do PDT: Porto Alegre, Curitiba e Natal. O PSDB estará administrando Manaus; o DEM, Salvador... O Distrito Federal não tem prefeitura.

O resultado destas eleições mostrou que alguma coisa começa a mudar. Pelo menos há novos jogadores no gramado. Difícil é imaginar quais lances poderão surgir nos próximos dois anos para definir quem poderá estar na grande área.

Na geral, resta à população brasileira torcer para que os políticos eleitos agora entrem em campo com regras limpas. Sem discriminações.

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(*) Publicado no Blog do Noblat em 30.10.2012. Já está se tornando um vício eu publicar os textos da Ateneia aqui neste meu humilde blog. Costumo dizer que ela é curta e fina. Isto é, vai ao ponto, massacra e sai de fininho para que ninguém perceba. Agora ela ataca de equações na eleição de São Paulo. Eu não me faço de rogada e a imita, até com um certo despudor.

Sem nenhum pretensão de profundidade, mas, usando a linha matemática da Ateneia, eu pergunto qual a equação que explica a vitória do Geraldo Júlio em Recife. É muito simples e não precisa nem ter sido aluna do Seu Clívio para responder: Vitória de Geraldo Júlio = Ineficiência do João Paulo + Ineficiência do João da Costa + Participação de Lula no Guia Eleitoral = Ineficiência do PT. Pronto tudo explicado. Seu Clívio me daria 10. Se alguém perguntar se o Eduardo entrou ou não na equação, eu diria que ele entrou como um dízima periódica simples, que a gente sabe que vai terminar e torce por isso, embora a ache bonitinha.

E em Bom Conselho, por que a Mamãe Juju perdeu? Esta equação é mais simples ainda: Vitória do Dandan = Ineficiência de  Mamãe Juju + Empáfia do Dr. Fillhinho. Alguns mais realistas ou melhores matemáticos do que eu colocariam a variável Falta de Informação sobre a situação do Dandan na justiça como uma variável importante. E eu não discuto isto. Pode até ser verdade, mas, isto só o tempo e mais informação dirão.

Só  um comentário ligeiro sobre o papel dos políticos que foram eleitos no novo panorama que surge após o julgamento do mensalão, e após as eleições, pela ordem de importância para o Brasil. Será que deixaremos de aproveitar esta oportunidade histórica de passar o Brasil a limpo, e que os políticos começarão a agir por princípios não monetários?  Quanto a isto, pode-se esperar muito de outros partidos, mas, do PT não se deve esperar nada. Como dizia meu pai: “Onde foi casa, é tapera!”. Já falam em colocar o Genoíno como deputado federal para fugir da cadeia. Cruzes! Ainda bem que o Dandan é do PSDB e, tenho certeza, irá à audiência na Paraíba, para colocar tudo em pratos limpos. (LP)

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sobre postes e apagões





Por Mary Zaidan (*)

No final da noite da última quinta-feira, quando nove estados do Nordeste, parte de Tocantins, do Pará e do Distrito Federal ficaram mais uma vez no breu, piadas começaram a pipocar nas redes sociais. A maioria delas mangava da frase de Lula - “de poste em poste vamos iluminar o Brasil inteiro” –, dita nos palanques de Campinas e de Fortaleza.

Na capital cearense o ex-presidente ainda acrescentou mais palavrório de efeito: “Somos um poste e eles um candeeiro apagado sem pavio”.

Ironia do destino. Dois dias depois, milhões de nordestinos tiveram de recorrer a velas, lamparinas, lampiões, luzeiros, grisetas. E também a candeeiros.

Foi o quinto apagão de grandes proporções em pouco mais de um mês. Um deles apelidado de apaguinho pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em desrespeito absoluto à população que amargou a escuridão.

De novo, Dilma Rousseff ficou irritadíssima. Espumou. Aliás, se a física desenvolvesse sistemas para captar, transformar e armazenar a energia gerada pelas brabezas da presidente, boa parte das deficiências do sistema elétrico brasileiro estaria resolvida.

Por sua vez, o ministro interino de Minas e Energia Márcio Zimmermann tateou no escuro. Primeiro, em tom ponderado, considerou tudo bastante “anormal”, disse que não sabia explicar tantos apagões em tão pouco tempo.

Em seguida, sabe-se lá a partir de quais premissas, garantiu que o sistema elétrico brasileiro é um dos mais seguros do mundo e que todos podiam ficar tranquilos que não faltaria energia para a Copa do Mundo de 2014.

E até lá? Mais velas, lamparinas, lampiões, luzeiros, grisetas e candeeiros?

Para Lula isso pouco importa. Apagão é problema da presidente Dilma, ainda que isso ofusque o seu poste mais brilhante.

A energia do ex está voltada para outras fontes: eleição e mensalão. Quer porque quer que os resultados das urnas deste domingo tenham o dom luminoso de apagar as manchas do julgamento do mensalão que, se não o sentenciou diretamente, condenou de forma irrecorrível os modos e métodos de seu governo.

Lula, o iluminado, não contava que juízes da Suprema Corte, a maioria por ele indicados, pudessem ter luz própria. Por sua ótica, ele é o sol, o astro-rei. Todos os demais têm de gravitar em torno dele.

Mas até ele sabe que, por mais vitórias que colha hoje, por mais que insista no discurso do julgamento das urnas, o mensalão turvou a sua história.

E não há postes capazes de iluminar essa treva.

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(*) Publicado em 22.10.2012 no Blog do Noblat. Os petistas hoje estão cantando vitória somente pelo poste Haddad em São Paulo, que Lula anda espalhando que vai dar à luz na capital paulista. Eu como sendo recifense, depois de ser bom-conselhense, só posso dizer que os paulistas, repetida a administração petista padrão, só terão a lamentar. Se eles, por inércia, não tirarem ou derrubarem o poste no próximo pleito, a marginal Tietê, virará mesmo o Tietê dos marginais.

E outra coisa. Estão dizendo que a vitória em São Paulo se deve a Lula, mas é verdade só em parte. Em breve o Maluf virá cobrar sua alma vendida ao “inocente” turco por menos de 30 dinheiros. E eu já estava até pronta como pernambucana a bancar o projeto do neto de Arraes a presidência, mas, seu apoio a Lula e Maluf em São Paulo só fez arrefecer meus ânimos. Lula o engabelou direitinho e isto vai prejudicá-lo muito.

Aqui em Recife o Lula transformou o Humberto num poste tão pesado que ele caiu no desembarque e quebrou a luz. Graças a Deus. E isto aconteceu em todo o país. Até o ACM venceu em Salvador, para não falar da humilhação de Manaus. No fundo no fundo quem venceu em São Paulo foi Maluf e Marta Suplicy. Ambos ganharam seus cargos.

Mas, escrevo sobre o Brasil para não ficar enferrujada. Minha expectativa maior é em relação a Bom Conselho, esperando a ida do Dandan à Paraíba. Bom Conselho merece esta ida. (LP).

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O Brasil se tornou um país do faz-de-conta





Por Marco Aurélio Mello (*)

Infelizmente, vivenciamos tempos muito estranhos, em que se tornou lugar-comum falar dos descalabros que, envolvendo a vida pública, infiltraram na população brasileira ─ composta, na maior parte, de gente ordeira e honesta ─ um misto de revolta, desprezo e até mesmo repugnância.

São tantas e tão deslavadas as mentiras, tão grosseiras as justificativas, tão grande a falta de escrúpulos que já não se pode cogitar somente de uma crise de valores, senão de um fosso moral e ético que parece dividir o País em dois segmentos estanques ─ o da corrupção, seduzido pelo projeto de alcançar o poder de uma forma ilimitada e duradoura, e o da grande massa comandada que, apesar do mau exemplo, esforça-se para sobreviver e progredir.

Não passa dia sem depararmos com manchete de escândalos. Tornou-se quase banal a notícia de indiciamento de autoridades dos diversos escalões não só por um crime, mas por vários, incluindo o de formação de quadrilha, como por último consignado em denúncia do Procurador-Geral da República, Doutor Antônio Fernando Barros e Silva de Souza.

A rotina de desfaçatez e indignidade parece não ter limites, levando os já conformados cidadãos brasileiros a uma apatia cada vez mais surpreendente, como se tudo fosse muito natural e devesse ser assim mesmo; como se todos os homens públicos, nas mais diferentes épocas, fossem e tivessem sido igualmente desonestos, numa mistura indistinta de escárnio e afronta, e o erro passado justificasse os erros presentes.

A repulsa dos que sabem o valor do trabalho árduo se transformou em indiferença e desdém. E seguimos como se nada estivesse acontecendo.

Perplexos, percebemos, na simples comparação entre o discurso oficial e as notícias jornalísticas, que o Brasil se tornou um país do faz-de-conta.

Faz de conta que não se produziu o maior dos escândalos nacionais, que os culpados nada sabiam ─ o que lhes daria uma carta de alforria prévia para continuar agindo como se nada de mal houvessem feito.

Faz de conta que não foram usadas as mais descaradas falcatruas para desviar milhões de reais, num prejuízo irreversível em país de tantos miseráveis.

Faz de conta que tais tipos de abusos não continuam se reproduzindo à plena luz, num desafio cínico à supremacia da lei, cuja observação é tão necessária em momentos conturbados.

Se, por um lado, tal conduta preocupa, porquanto é de analfabetos políticos que se alimentam os autoritarismos, de outro surge insofismável a solidez das instituições nacionais. O Brasil, de forma definitiva e consistente, decidiu pelo Estado Democrático de Direito.

Não paira dúvida sobre a permanência do regime democrático. Inexiste, em horizonte próximo ou remoto, a possibilidade de retrocesso ou desordem institucional. De maneira adulta, confrontamo-nos com uma crise ética sem precedentes e dela haveremos de sair melhores e mais fortes.

Em Medicina, “crise” traduz o momento que define a evolução da doença para a cura ou para a morte. Que saiamos dessa com invencíveis anticorpos contra a corrupção, principalmente a dos valores morais, sem a qual nenhuma outra subsiste.

Nesse processo de convalescença e cicatrização, é inescusável apontar o papel do Judiciário, que não pode se furtar de assumir a parcela de responsabilidade nessa avalancha de delitos que sacode o País.

Quem ousará discordar que a crença na impunidade é que fermenta o ímpeto transgressor, a ostensiva arrogância na hora de burlar todos os ordenamentos, inclusive os legais?

Quem negará que a já lendária morosidade processual acentua a ganância daqueles que consideram não ter a lei braços para alcançar os autoproclamados donos do poder?

Quem sobriamente apostará na punição exemplar dos responsáveis pela sordidez que enlameou gabinetes privados e administrativos, transformando-os em balcões de tenebrosas negociações?

Essa pecha de lentidão recai sobre o Judiciário injustamente, já que não lhe cabe outro procedimento senão fazer cumprir a lei, essa mesma lei que por vezes o engessa e desmoraliza, recusando-lhe os meios de proclamar a Justiça com efetividade, com o poder de persuasão devido.

Pois bem, se aqueles que deveriam buscar o aperfeiçoamento dos mecanismos preferem ocultar-se por trás de negociatas, que o façam sem a falsa proteção do mandato. A República não suporta mais tanto desvio de conduta.

Ao reverso do abatimento e da inércia, é hora de conclamar o povo, principalmente os mais jovens, a se manifestar pela cura, não pela doença, não pela podridão do vale-tudo, que corrói, com a acidez do cinismo, a perspectiva de um futuro embasado em valores como retidão, dignidade, grandeza de caráter, amor à causa pública, firmeza de propósitos no empenho incondicional ao progresso efetivo, e não meramente marqueteiro, do País.

Ao usar a voz da urna, o povo brasileiro certamente ouvirá o eco vitorioso da cidadania, da verdade ─ que, sendo o maior dos argumentos, mais dia, menos dia, aparecerá.

Àqueles que continuam zombando diante de tão simples obviedades, é bom lembrar que não são poucos os homens públicos brasileiros sérios, cuja honra não se afasta com o tilintar de moedas, com promessas de poder ou mesmo com retaliações, e que a imensa maioria dos servidores públicos abomina a falta de princípios dos inescrupulosos que pretendem vergar o Estado ao peso de ideologias espúrias, de mirabolantes projetos de poder.

Aos que laboram em tamanhas tolices, nunca é demais frisar que se a ordem jurídica não aceita o desconhecimento da lei como escusa até do mais humilde dos cidadãos, muito menos há de admitir a desinformação dos fatos pelos agentes públicos, a brandirem a ignorância dos acontecimentos como tábua de salvação.

Incumbe a cada eleitor perceber que o voto, embora individualizado, a tantos outros se seguirá, formando o grande todo necessário à escolha daqueles que o representarão.

Impõe-se, nesse sagrado direito-dever, a conscientização, a análise do perfil, da vida pregressa daqueles que se apresentem, é de presumir – repito – para servir com honestidade de propósito e amor aos concidadãos, dispostos, acima de tudo, a honrar a coisa pública.

O Judiciário compromete-se com redobrado desvelo na aplicação da lei. Não haverá contemporizações a pretexto de eventuais lacunas da lei, até porque, se omissa a legislação, cumpre ao magistrado interpretá-la à luz dos princípios do Direito, dos institutos de hermenêutica, atendendo aos anseios dos cidadãos, aos anseios da coletividade.

Que ninguém se engane: não ocorrerá tergiversação capaz de turbar o real objetivo da lei, nem artifício conducente a legitimar a aparente vontade das urnas, se o pleito mostrar-se eivado de irregularidades.

Esqueçam, por exemplo, a aprovação de contas com as famosas ressalvas. Passem ao largo das chicanas, dos jeitinhos, dos ardis possibilitados pelas entrelinhas dos diplomas legais.

Repito: não haverá condescendência de qualquer ordem. Nenhum fim legitimará o meio condenável. A lei será aplicada com a maior austeridade possível – como, de resto, é o que deve ser. Bem se vê que os anticorpos de que já falei começam a produzir os efeitos almejados. Esta é a vontade esmagadora dos brasileiros.

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(*) Palavras pronunciadas em maio de 2006 pelo Ministro Marco Aurélio Mello, do STF, por ocasião de sua posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Infelizmente, uso esta palavra que é a mesma com a qual o Ministro Marco Aurélio usa para começar seu belo discurso que vocês acabaram de ler (se não leram, voltem e leiam), não há previsão para o comportamento humano, quando se trata de sua saúde. Li há pouco que a Ação Penal 470, que já decidiu levar o Marcos Valério à cadeia, vai ter um paradeiro devido à doença do meu e nosso super-homem, o Min. Joaquim Barbosa.

Penso que todo o Brasil responsável, o que só não inclui o PT e algumas figuras que estão tão atreladas à farra da república dos últimos anos, gostaria que o julgamento terminasse e todos fossem devidamente apenados, já que foram condenados. Se eu lá estivesse, mesmo sem toga, eu aconselharia, na dosemetria, 13 anos para o petistas envolvidos. Seria uma “trezemetria” para o povo brasileiro lembrar que estamos no limiar de uma nova era, o que me lembra o Charleston Heston, como Moisés entregando os Dez Mandamentos para o seu povo.

Soube que o ministro Marco Aurélio Mello contou no voto final do processo um “bastidor” de 2006, quando avisou ao presidente do Senado que seria melhor o presidente Lula não ir à posse dele na presidência do Tribunal Superior Eleitoral porque no discurso daria um forte “recado”. E é fato que, mesmo sem saber do conteúdo do discurso, Lula, que voltava de uma viagem ao Chile e já havia posto a posse de Marco Aurélio na agenda, achou melhor não ouvir e desistiu de ir.

Como ficou claro, todo o discurso foi feito para o ex-apedeuta-mor, mas ainda apedeuta, Lula, e só pensando nele e no seu governo que se revelou o mais corrupto da história do país, com atestado passado em cartório do STF. E hoje, é este homem que vive a correr o país tentando eleger prefeito, mesmo com um câncer na garganta. Por que? Simplesmente medo de que o Procurador Geral da República o vejo sentado acima do Dirceu, dando as ordens, e o entregue na mão do super-homem Joaquim Barbosa (para quem, mesmo sem ofícios pomposos como os do vereador Carlos Alberto) eu desejo pronto restabelecimento e que volte logo, para colocar o restante do time mensaleiro atrás das grades. (LP)

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Comentando um comentário. Desculpem!





Eu tenho recebido alguns comentários sobre minhas atividades aqui neste blog que estão deixando minha filha preocupada, pela dúvida que tem em publicá-los ou não. Minha orientação a ela, quando não posso lidar diretamente com eles, é: publique desde que não firam a moral e os bons costumes. Podem ser anônimos ou não. Mal escritos ou não. Verdades ou mentiras (desde que estas sejam iguais as mentiras petistas de que criaram o Bolsa Família).

Não estou com saúde suficiente para comentar a todos os comentários, embora, quando sem assuntos melhores eu o faça. E para alguns eu os prestigio ao ponto de elevá-los à categoria de postagem e aqui reproduzi-los, mesmo, que me xinguem e me maltratem, mas que sejam úteis para alguns esclarecimento.

Eu escrevi uma postagem (além de várias outras, vejam aqui) sobre a não eleição do vereador Carlos Alberto, e eis que me chega, além dos inúmeros acessos aos quais agradeço, o comentário seguinte, que faço questão de copiar e colar sem corrigir nenhum erro de português, já que o Poeta também não corrige os dele (a campanha continua: Um dicionário e uma gramática para o Bardo de Arapiraca). Leiam o comentário e depois eu volto:

“Anônimo24 de outubro de 2012 13:21

PARABÉNS AO NOBRE EDIL CARLOS ALBERTO POR ESTE REQUERIMENTO DE VOTOS DE APLAUSOS e JÚBILO ao Senhor Dr.Ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES pela conquista da Presidência do Supremo Tribunal Federal,bem como para sua Ética, Honestidade e Coragem no julgamento do mensalão,agora cabe a nois que somos leitores desse bloguezinho ficamos envergonhados de atitudes pequenas como essa da senhora lucinha que zomba das atividades de um parlamentar que sempre exerceu as reais atividades de um vereador.Legislar,fiscalizar,cobrar e propor ou estou errado ? ah lembrei-me na visão da senhora lucinha as atividades de um vereador seria comprar votos,roubar o povo,vender votos aos deputados,criar um blog anonimo e falar mau do povo e vira as costas para o povo durante 3 anos e 6 meses né lucinha peixoto ?”

Eu penso que anônimo das 13:21 (e digo, apesar de não usar nem cuidar do expediente, eu não abomino o anonimato, é um recurso válido para quem gosta) não diz a verdade quando escreve que eu tento zombar das atividades do nobre parlamentar. Eu apenas disse que se, Sua Excelência (ou seria Sua Senhoria?) fosse menos formal, talvez tivesse convencido mais eleitores e tido mais do que 180 votos, o que achei muito pouco, para seu esforço parlamentar.

Disse que alguns desses esforços foram errados do meu ponto de vista, como a proposição do feriado no Dia Internacional da Mulher, apesar de agradecer a Sua Excelência pela a homenagem ao meu gênero, mas, os outros títulos e homenagens talvez tenham sido corretos. Apesar de eu achar que o vereador propôs tantos dias para homenagear categorias que não haveria dias no ano para caber todas.

Eu sei muito bem o papel dos vereadores principalmente o de fiscalizar e cobrar dos outros poderes, e deles próprios,  suas obrigações, e estarei a postos, nesta nova legislatura, para, como cidadã bom-conselhense, mesmo não eleita, fazer o papel de “vereadora ad hoc” do povo, inclusive para cobrar dos meus pares a devida conduta, coerente com os princípios da moral e dos bons costumes políticos e sociais.

Sei que meu trabalho aumentou, pois agora são 11 vereadores, que precisam mostrar a que vieram na Casa de Dantas Barreto. O que espero é que mostrem que não foram eleitos somente para receber um salário nem fazer cursos de aperfeiçoamento e sim legislar e fiscalizar o executivo. E não precisam serem tão formais quanto o vereador Carlos Alberto. Quando quiserem elogiar alguém, que o façam com moderação. Pois já sabem que excesso de formalidade não dá votos. Penso que nem o comentarista anônimo votou no vereador, pois ele lê este “bloguezinho” e já estava avisado.

Aos outros meus leitores, minhas desculpas por comentar um comentário tão besta,  mas, as vezes falta assunto.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Benditas ou malditas as heranças?





Por Ateneia Feijó (*)

Petistas fanáticos são mais irritantes para as esquerdas do que para a direita conservadora. Por quê? Porque desqualificam realizações de adversários partidários (e de ex-aliados), mesmo quando se embasam nelas para seus programas de governo.

Por exemplo: o Bolsa Família. Não é preciso ser petista para festejá-lo; tampouco inimigo para fazer alguma crítica. Porém, não é justo e nem honesto não levar em conta os 13 programas anteriores de combate à miséria de FHC, que foram coordenados por sua secretária de Estado de Assistência Social Wanda Engel. Geógrafa e doutora em educação.

Ela colocou o ovo de Colombo na mesa ao apresentar o conceito do “núcleo duro da miséria”. Mostrou que sem quebrá-lo não se mudaria o Brasil, porque esse núcleo seria a matriz da pobreza extrema. E da perpetuação das gerações de miseráveis; com seus filhos analfabetos continuando a ter filhos analfabetos. Progressivamente.

Para romper esse círculo perverso havia de se quebrar preconceitos. Como o da entrega do dinheiro público direto na mão da mulher chefe da família miserável. Junto com escola.

Engel foi a primeira a enxergar a erradicação da pobreza como estratégia. Seu trabalho não era filantrópico, ora. Chegou a declarar que não considerava a fome como prioridade porque não faltava alimento no país. Na época, foi um prato cheio para os petistas.

A ministra de Desenvolvimento Social, Tereza Campello, reconhece Wanda Engel como uma das pioneiras na política de transferência de renda. Mencionou-a ao discursar na cerimônia em que a presidente Dilma instituiu o Sistema Único de Assistência Social.

Em entrevista a Sergio Lirio, na revista Carta Capital, a ministra credita o sucesso do Bolsa Família ao cadastro único de beneficiados: “é a nossa grande tecnologia”. Ou seja, é uma “tecnologia” que permite mapear a pobreza e reorganizar a oferta de serviços públicos.

Entusiasmada, Campello propõe que se faça uma “verdadeira reforma do Estado brasileiro”. Entretanto, sua proposta tem sido rejeitada.

 “Parte da esquerda rejeita qualquer discussão sobre a reforma do Estado por associá-la a uma bandeira do neoliberalismo”, queixa-se. E explica que defende um Estado mais efetivo; nada de Estado mínimo...

O fato é que a partir de tecnologias conquistadas no passado está sendo possível aprimorar sistemas informatizados que permitem maiores avanços sociais. Hoje o poder público acessa e cruza informações inimagináveis. Qual será o próximo mapa? (Ou herança?)

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(*) Publicado no Blog do Noblat em 23.10.2012. Eu adoro os artigos da Ateneia. São curtos e finos. Sua delicadeza às vezes irrita, mas cativa. Dizer que foi no governo FHC que surgiram os programas sociais encampados pelo PT é chover no molhado, e todos sabemos disso. Como sabemos que o Lula passou quase o tempo de seus dois mandatos aproveitando a base que lhe deu o Fernando Henrique.

No entanto, o que não se faz normalmente é mostrar as distorções dos próprios programas sociais no governo petista, para se tornarem verdadeiros instrumentos eleitorais e com finalidades muito diferentes daquelas originais. Todos sabem que não se elimina a pobreza cevando os pobres. Ao pobre tem que se ajudar e ao mesmo tempo dando-lhes condições de caminhar com suas próprias pernas. Isto vinha sendo feito através do Bolsa Escola e acabou com a unificação dos programas.

E o que temos? Um programa que tem a entrada mas não tem saída. Uma vez no Bolsa Família tem-se que morrer nele. E isto vem causando enormes distorções na vida social de muitas cidades no Brasil. Eu recebi um e-mail no qual se contava um caso, parece-me que em Fortaleza, de um treinamento de pessoas, com cursos e tudo para trabalhar numa empresa, e depois de terminado o curso, a empresa quis contratar todos os participantes e ninguém quis ser contratado. Por que? Porque perderiam o Bolsa Família se tivesse suas carteiras assinadas.

Este absurdo está ocorrendo em muitas regiões do país, fazendo com que o programa Bolsa Família seja um conservante para a miséria e pobreza no Brasil. É o formol da miséria. O “antes pouco do que nada” está viciando os nossos cidadãos e assim fazendo com seus filhos perdendo-se gerações para votar no PT. E Lula elegendo seus comparsas.

Esta é a verdadeira herança petista, junto com a corja do mensalão que, se houver justiça, vai terminar todo mundo em cana. (LP)

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Bardo de Arapiraca expande seu império até Alagoas?


Gracilianos Ramos (imagem do Blog do Poeta
e do site ALAGOAS NA NET)


Já hoje, quando ia escrever sobre uma receita de bolo que a Vilma me trouxe,  fui aos blogs, entrei na página DEU NOS BLOGS na AGD e o Zé Carlos havia colocado uma postagem do Blog do Poeta, entre outras, que me fez refrear meu impulso culinário para a escrita. Mesmo porque a novela Avenida Brasil terminou e eu nem fiquei com saudades da Nina e seus quitutes.

Neste pedaço de postagem, ao lê-lo, fiquei alegre e pimpona. Segui o link. Até que enfim o Bardo de Arapiraca havia comprado um dicionário e uma gramática e já estava escrevendo sobre Graciliano Ramos, o grande escritor alagoano. Fiquei igual a Baleia querendo comer o papagaio, como em Vidas Secas. Apesar de ser um texto muito mal escrito, eu pude ler mais de dois parágrafos sem erros de ortografia ou gramaticais. Isto, para os padrões do Poeta, seria um vitória e tanto.

Será que ele ganhou mesmo um “pai dos burros” no Sarau Literário do Menino Jesus de Praga? Será que até que enfim o Diretor do Educandário foi chamado a atenção pelos pais dos alunos por patrocinar um blog onde não se escreve português, mas um dialeto de tipo “nos pega o peixe”e resolveu comprar ele mesmo os preciosos livros?

Fique pensando que, pela proximidade do evento, seria quase impossível o Bardo ter assimilado tanta informação importante e ter mudado tão significativamente sua maneira de escrever. E como dizem aí  que “esmola muita tanto o padre como o santo desconfiam”, eu resolvi analisar o texto direitinho, e, pasmem, não fora o Poeta quem escreveu o texto.

Até aí nada demais. Eu mesma cito aqui, por extenso, textos e mais textos que considero importantes para mim. Porém, há uma grande diferença entre a minha atitude e a do Bardo de Arapiraca. Eu cito o autor do escrito e ele não. Tudo está em seu blog como se o autor fosse ele. Eu nem sei se isto é um crime, mas, se não for é pelo menos uma falta de ética muito grande.

Teria sido esquecimento do Poeta? Teria sido uma falha da redação do Blog? Teria sido o texto escrito pelo Xico Pitomba, o meliante? De qualquer forma o Poeta, o administrador do grande império da comunicações deve uma explicação aos seus leitores e ao autor do texto original.

Vamos aos fatos colhidos pela minha equipe de jornalismo investigativo (desculpem os jornalista da Veja). Ela encontrou num site chamado Alagoas na NET um postagem assinada por Sérgio Campos (aqui), escrita em 19.10.2102, que é igual ao texto que o Poeta publicou em seu blog no dia 21.10.2012 (aqui), até os pontos e as vírgulas. Vão lá e comparem.

Como eu sempre gosto de ser justa e ética gosto de me achar errada para não culpar os outros de forma injusta. Então fiquei me perguntando. Não seria o Sérgio Campos um pseudônimo do Poeta, como às vezes ele me acusa de ser uma criação do Zé Carlos (o gênio da raça)? Então nada demais que ele escrevesse no site de Alagoas e repetisse em seu blog. Mas, por que não disse isto, mesmo que não revelasse sua identidade secreta? Até hoje eu desconfio, embora não possa provar que ele também é quem escreve pelo Xico Pitomba.

Será que o Bardo ia citar o nome do autor, mas, na pressa, como ocorre com nós jornalistas em geral e blogueiros em particular, esqueceu? Neste caso penso não ser verdade pois o texto não é citado de forma completa e o fecho dele é diferente em ambos. Enquanto o Poeta termina o texto dizendo:

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“Graciliano nasceu em Quebrangulo, mas, somente conheceu a fama, quando se mudou para Palmeira dos Índios, onde chegou a ser prefeito. Quer saber um pouco mais da história deste quebrangulense? Visite a Casa Museu Graciliano na cidade de Palmeira dos Índios, agreste de Alagoas.”

O Sergio Campos termina o seu dizendo:
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“Dois anos após ter tomado posse como prefeito de Palmeira dos índios, Graciliano Ramos enviou um telegrama ao governador Álvaro Paes comunicando a sua renúncia.

Quanto à decisão tomada, Graciliano Ramos declarou:

“Perdi vários amigos, ou indivíduos que possam ter semelhante nome. Não me fizeram falta. Há descontentamento. Se a minha estada na Prefeitura por estes dois anos dependesse de um plebiscito, talvez eu não obtivesse dez votos”.

Alagoas, nos últimos anos, virou manchete nacional por muitas denúncias de desvio de recursos públicos. Foram denunciados: vereadores, prefeitos, deputados, e até governadores. Enquanto isso, Graciliano foi o único caso, do qual se tem notícia na história de Alagoas, de ter renunciado por não suportar a pressão dos que não desejou [sic] o desenvolvimento da coletividade. Graciliano abdicou do mandato pelo fato de querer fazer funcionar a coisa pública corretamente e não encontrar guarida.”

Como vocês podem ver, os texto são diferentes e dificilmente os dois escritos teriam o mesmo objetivo. Enquanto o Sérgio parece querer mostrar as dificuldades do Graciliano em administrar um município pequeno, o Bardo de Arapiraca parece querer fazer propaganda da Casa Museu Graciliano. Será mais uma parceria do Blog do Poeta?

Bem, tudo pode ter acontecido. Mas, quaisquer que sejam os fatos, penso que o Bardo deve uma explicação aos leitores, pelo menos para dizer que agora o seu império de comunicações está se expandindo também por Alagoas, onde ele usa o nome de Sérgio Campos.

Como já vivo com medo do que pode acontecer a Bom Conselho pela condição do candidato eleito, fico com mais medo ainda, se não houver um explicação, de que o candidato sem saber destes fatos, com um explicação na ponta da língua ele nomeie o Poeta como seu assessor de imprensa na prefeitura. Aí haveria muito mais coisas para explicar.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O vereador Carlos Alberto e o excesso de formalidade



Foto da Casa da Cidadania


Depois que vi os resultados das eleições em Bom Conselho (vejam aqui um resumo) eu fiquei me perguntando o porquê do vereador Carlos Alberto obter apenas 180 votos.

Durante este ano eu falei muito sobre o vereador Carlos Alberto e tudo pode ser encontrado neste blog. Desde a chamada pela imprensa “Farra das Diárias”, (vejam aqui, aqui, aqui... por exemplo) até suas discussões com comentaristas e citações do meu nome, além da querela sobre o proposto Dia da Mulher (aqui) que, graças a Deus não foi à frente. Mas, pelo que ele declarava em seu blog dizendo que fora o vereador mais produtivo da câmara, eu fiquei encafifada que ele tivesse tão poucos votos igualando-se ao Sóstenes, de quem nunca ouvi falar.

Ontem no meu périplo pelos blogs vi o blog do vereador voltar à vida depois de muito tempo e fui lá. Encontrei a seguinte matéria (pode ser vista aqui), que tem como título: “VOTOS DE APLAUSOS AO INSIGNE MINISTRO JOAQUIM BARBOSA”. Leiam o texto e eu volto, como sempre, lá por baixo:

“Requerimento

                      Requeiro à Mesa, depois de ouvido o Plenário e cumpridas às formalidades regimentais que seja enviado, VOTOS DE APLAUSOS e JÚBILO, ao Insigne Senhor Dr. JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES – MD Ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, pela memorável e merecida conquista da Presidência do Supremo Tribunal Federal, e em tempo VOTOS DE APLAUSOS para sua Ética, Honestidade e Coragem, exemplo de decência e honradez na magistratura do STF, contra atos de corrupção na Câmara dos Deputados, oferecendo as futuras gerações de brasileiros, a oportunidade de orgulha-se da classe política, destinada a servir o povo brasileiro e promover o bem comum, e não locupletar e obter vantagens ilícitas, à custa da miséria de um povo sofrido, que míngua por dias melhores.

                      Da decisão desta Casa, e do inteiro teor desta proposição, dê conhecimento ao agraciado na Insigne pessoa do Exmo. Senhor Dr. JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES – MD Ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, na Praça dos Três Poderes - Brasília - DF - CEP 70175-900. A Exma. Senhora DILMA VANA ROUSSEFF - MD Presidenta da Republica do Brasil, no Palácio do Planalto. Ao Exmo. Senhor Dr. CARLOS AUGUSTO AYRES DE FREITAS BRITTO – MD Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal do Brasil, na Praça dos Três Poderes - Brasília - DF - CEP 70175-900. Exmo. Senhor Marco Aurélio Spall Maia – MD Presidente da Câmara dos Deputados, Palácio do Congresso Nacional - Praça dos Três Poderes - Brasília - DF - CEP 70160-900. E por fim ao Exmo. Senhor José Ribamar Sarney de Araújo Costa - MD Presidente do Senado Federal, Praça dos Três Poderes - Brasília DF - CEP 70165-900.

JUSTIFICATIVA ORAL                         

Sala das Sessões, em 17 de outubro de 2012.

Carlos Alberto Pereira de Oliveira
Vereador”

Depois de ler o requerimento, e relembrar o que discuti no passado com o vereador, sobre o excesso de formalidade dos políticos, e, principalmente sua formalidade ao discutir o assunto das diárias (vejam aqui), eu descobri a causa do vereador não ter sido eleito: Excesso de formalidade.

Eu lembrei até da piada do vereador que ao viajar de avião, ao término daquela conversa fiada do comandante sobre o voo, ele levantou e começou:

- Em nome dos passageiros quero agradecer ao nobre comandante....

É muita formalidade para saudar o meu super-homem, Joaquim Barbosa por ele ter cumprido sua obrigação como juiz. E não foi só ele, e sim todos que compõem o STF, o fizeram. É assim que a justiça dos homens é feita, apesar do Lewandowsky.

Quanto à última parte do requerimento onde ele diz: “... oferecendo as futuras gerações de brasileiros, a oportunidade de orgulha-se [sic] da classe política, destinada a servir o povo brasileiro e promover o bem comum, e não locupletar e obter vantagens ilícitas, à custa da miséria de um povo sofrido, que míngua por dias melhores”, eu diria que não esperemos pelas futuras gerações, já agora, mostrando como foram gastos as verbas com passagens recebidas no ano passado, sem muitas formalidades.

Eu tenho certeza que foi este excesso de formalidade que levou o vereador Carlos Alberto a ser  entendido apenas por 180 eleitores. Estes talvez não tenham lido o seu blog nem sabido dos seus requerimentos.  E o que é pior, se isto algum dia chegar aos ouvidos da presidente Dilma ela vai ficar uma fera, porque não quer nem saber de mensalão. Afinal de contas, se o Lula sabia, ela também sabia. Sem contar, se ela souber que o vereador propôs um feriado municipal para o Dia Internacional da Mulher, e se ela pensar como eu (o que é difícil), que mulher não deve ser usada como desculpa para não se trabalhar, aí o vereador não terá nenhuma resposta.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Desocupada, mas, cuidando do meu povo



Foto do site do Dandan


Hoje nem iria escrever em meu blog. As atribulações pelas quais passo ainda não terminaram. Estou me poupando, ainda não sei para que, mas, acho que vai haver alguma turbulência por aí. Preciso está preparada.

Não estou com muito tempo para ler os comentários, entregando a tarefa de moderá-los a minha filha, que entre uma ida à escola do Júlio e uma mamada do César, meus netos, está me ajudando nesta tarefa de esclarecer o povo de Bom Conselho, povo de quem sou escrava e que não será escravo de ninguém. Sabem de quem é esta frase? Do Getúlio, que ao invés de mentir dizendo que não tinha nada a ver com o que seus asseclas faziam, como faz o ex-apedeuta-mor, Lula, deu um tiro no peito. O Lula antes tomava um “goró”, hoje depois do câncer, xinga FHC e o Serra, seu esporte predileto, e só solta rojões nas festas, muito longe do peito.

Estava eu teclando, posta em sossego, quando chega minha filha e diz:

- Mamãe, tem um comentário aqui chamando a senhora de “desocupada”, eu publico?

Eu pedi para ver o comentário e autorizei a publicação, e até, para dar mais evidência ao “anônimo” ou “anônima” que comenta eu o reproduzo aqui, pois ele foi feito numa postagem já escrita há muito tempo (aqui). Depois eu volto lá embaixo, para comentar o comentário.

“EU CHEGUEI UMA CONCLUSÃO VC LUCINHA DEVE TER ALGUMA COISA CONTRA A FAMÍLIA DE DANILO PORQUE VC FALA MUITO MAL DELE NINGUÉM ATIRA PEDRA EM OUTRA PESSOA SENÃO TIVER UM MOTIVO E PELO QUE EU VEJO EU SINTO MUITO RANCOR NAS SUAS PALAVRAS QUANDO SE REFERE A DANILO MOTIVOS VC TEM FICA SE PREOCUPANDO COM A VIDA DELE POIS BEM A VIDA PARTICULAR DE DANILO NÃO LHE DIZ RESPEITO E NÃO É DE SUA CONTA FICA O TEMPO TODO FALANDO NESSE CRIME COMO SE FOSSE DA SUA CONTA POIS FIQUE SABENDO QUE DANILO VAI ASSUMIR E NÃO VAI FICAR 4 ANOS NÃO ME QUERIDA VAI FICAR 8 ANOS PARA O SEU DESESPERO E O DESESPERO DE QUEM ESTÁ TORCENDO CONTRA ELE E SE NÃO GOSTOU PROBLEMA SEU FAZ O SEGUINTE VEM PARA CÁ PORQUE AQUI TEM UM MONTE DE ROUPAS PARA LAVAR DE PREFERÊNCIA AZUL QUE É DA COR DO CÉU E DE DANILO DESOCUPADA.”

Em primeiro lugar, nem vou comentar os erros do português ruim do anônimo ou anônima, pois isto eu já faço com o Poeta, para quem já criei a campanha para comprar livros que o ensinem a língua pátria. Afinal de contas ele é dono de um complexo de comunicações e, ao contrário do Lula, que só fala, deveria aprender a escrever.

Em segundo lugar, só quem é um asno em estado avançado de burrice viu em meus escritos até agora qualquer coisa contra à família do Dandan. Muito pelo contrário, vi no rosto de sua mãe o sofrimento dela naquele vídeo tentando fazer o seu papel de defender o filho da acusação de assassinato. Eu sou solidária com ela na dor, e esperando em Deus, que seu filho não tenha feito o que dizem que ele fez.

Em terceiro lugar, a ideia de que a vida particular do Dandan não me diz respeito é a maior fonte do desmandos que existe na vida pública deste país. Ora, senhor anônimo ou senhora anônima, se a vida particular do Dandan não me diz respeito, por que diz para você? Por um motivo, meu caro ou minha cara: Como candidato a um cargo público ele se tornou um homem público que terá influência de uma maneira ou de outra em minha vida e na sua. Talvez, por aumentar os meus impostos e talvez por lhe dar um cargo na prefeitura para você mamar nas tetas do meu dinheirinho. Por isso, eu tenho a ver com toda a vida do Dandan, a pública e a privada (sem trocadilhos, por favor, mas, até na privada e seu ver que ele não lavou as mãos antes de usá-la agora eu vou escrever a respeito, pois como candidato eleito ele deveria dar exemplo de higiene ao seu povo).

Principalmente, quando ele se envolveu (segundo a justiça da Paraíba e de Alagoas) em processos sejam criminais ou administrativos, e que são públicos. E eu só torço contra o Dandan na medida que torço a favor de Bom Conselho e do seu povo. Se ele realmente for empossado, esclarecendo na próxima audiência (lembre Dandan, dia 18.12.2012, às 9 horas em João Pessoa), e se conseguir fazer um bom governo para Bom Conselho, que fique até 12 anos, se as leis assim o permitirem. Entretanto, se ficar no governo através das “chicanas jurídicas” de que se valem os advogados, sem explicar tim-tim por tim-tim sua atuação nos crimes de que é acusado, isto não será bom para a nossa cidade. São Paulo que o diga em relação a Maluf. Então estarei a postos para cobrar mais explicações do que as que tenho, como uma bom-conselhense interessada no bem estar do nosso povo.

E aí termino por precisar de um descanso, dizendo que, hoje até me sinto desocupada mesmo por não poder fazer tudo que fazia antes, com lavar roupas, por exemplo, e talvez, só nisto, o anônimo ou anônima tenha razão. E tenham um dia ocupado, depois de ler-me, é claro.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Que o Menino Jesus de Praga dê uma bolsa de estudos ao Poeta!





Quando me falta inspiração para teclar eu vou ler o Blog do Poeta. Lá de uma forma ou de outra eu encontro assunto. E isto já ocorre há muito tempo, e, infelizmente foi difícil falar bem do que escreve o “Bardo de Arapiraca”. Ele deve lembrar quando o seu assunto predileto era a pobre de uma jumentinha em posição pouco confortável, acossada por um estuprador de burrinhas indefesas. Tudo me leva a crer que aquele na foto era o Xico Pitomba, se não fosse o próprio Poeta, então mais magro.

Ele agora virou um fiscal do Facebook. Agora ele diz para o que esta rede social digital foi criada, e, segundo ele, não foi para “pessoas se gladiarem, falar da vida do outro, marca[sic] encontros para vias de fato, acusações levianas, etc.”  e vai em frente, atropelando, cada dia mais, a língua pátria.

Ele não consegue escrever uma linha onde haja menos de dois erros gramaticais ou de grafia, mas, não estou aqui para julgar isto. Embora que, ao não seguir o meu conselho para comprar um dicionário e uma gramática, o blog presta um grande desserviço ao público que o acessa, principalmente, os jovens que são por ele ludibriados com estórias mal contadas. Realmente, Bom Conselho não é mais a cidade das escolas. Se o fosse ele estaria numa delas aprendendo a escrever.

O que me estranha é que há um educandário que patrocina este assassinato da língua portuguesa, o Menino Jesus de Praga. Eu vi até a foto do seu diretor outro dia no blog. Então eu lhe peço encarecidamente que dê, pelo menos, um dicionário e uma gramática ao Poeta, ou, senão, retire o patrocínio. Seus alunos não merecem ler tais coisas, se deseducarem enfim.

Vejam abaixo a matéria orgânica do Poeta, completa, e vejam o que é um exemplo do novo jornalismo de Bom Conselho. Jodeval e Luis Clério devem ficar chorando depois de lê-lo, enquanto Florisbelo se reviraria no túmulo.

“BAIXARAM O NÍVEL

Já citamos aqui no blog que o Facebook não foi criado para as pessoas se gladiarem, falar da vida do outro, marca encontros para vias de fato, acusações levianas, etc. Podemos ver que certas e determinadas pessoas que se dizem ser da classe alta, por achar que tem uma educação melhor, estão se declinando de um jeito que dá pena. Pobres de espirito!
A campanha politica já terminou há dias, porém, o comportamento de determinados bonconselhenses, através do Facebook, mostra claramente que não tem preparo nenhum, está se tornando caso de policia e as vezes coisas de mundiça. Minha gente, vamos ser civilizados, vamos ser educados, vamos ser democráticos, vamos pensar grande  e no melhor. Já existe uma "bolsa de apostas" para que as coisas não deem certo. São mentes camufladas em gema de ovo. Se um dia a Bom Conselho foi tida como a "terra das escolas", o que dizer sobre pessoas com comportamentos "tacanhos"? É bom lembrar que somos do tamanho que pensamos. Se pensarmos pequenos, pequenos seremos, se pensarmos grande, grandes seremos. Já pensou se esse tipo gente chegasse ao poder?”

É o chamado “jornalismo” de araque. Letras sem sentido algum em forma de notícia. Ele fala em “bolsa de apostas” para que as coisas não deem certo. Que bolsa? Quem está apostando? O que é dar certo ou errado? Será que dizer que o candidato eleito, o jovem Dandan, poderá ser preso é apostar que as coisas não darão certo, ou, é uma premonição?  E ele diz que “São mentes camufladas em gema de ovo”. O que diabo ele quer dizer com isto?

E, agora eu o parafraseio dizendo: Se um dia Bom Conselho foi tida como “a cidade das escolas”, o que dizer hoje com o surgimento do Blog do Poeta, com seu comportamento jornalístico tacanho? É bom lembrar que, se somos do tamanho do que pensamos, o Poeta deve ser um anão. E até hoje o único movimento que ele fez para pensar grande foi tentar me intimidar através de seu funcionário meliante, o Xico Pitomba.

E vou além, perguntando: Já pensou, se a gente que poderá chegar ao poder em janeiro, levar com ela o Xico Pitomba e o seu patrão? Nunca mais Bom Conselho será a Cidade das Escolas. Com um poeta assim será sempre a cidade dos versos dos pés-quebrados, ou a “cidade da mundiça”.

E ele, ainda exorta o povo a ser democrático e civilizado, como se depois de uma campanha se acabasse a política. Isto seria ótima para os eleitos e eles se perpetuariam no poder, o que não seria nada democrático. Eu sempre pensei em enfrentar a política de Bom Conselho e foi por causa de ameaças de gente que pensa assim que me afastei este ano. Ou seja, só aceitam a política do “louva-deus”. Fiz oposição ao governo que está nos estertores, pelos seus erros, e já comecei a fazer oposição ao que foi eleito, pelo erro de não explicar para o grande público, de forma convincente, quem matou o Morceguinho. Terá sido o mesmo assassino do Maxwell?

Eu continuo minha campanha, e agora, espero, com a ajuda do Educandário Menino Jesus de Praga e com a ajuda daqueles que representam o jornalismo da terra:  “Poeta, compra um dicionário e uma gramática!”. 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

50.000 acessos! Quem matou o Max?





Este fim de semana foi tão atribulado para mim que nem percebi que meu blog havia atingido os 50.000 acessos. Não tive nem tempo de abrir um pacote de Q-Suco para brindar aqui em casa.

Esta “acessada” toda é apenas uma prova de que nosso blog está noticiando, informando e tentando tornar nossos leitores mais felizes. Eu agradeço penhoradamente aos meus leitores e comentaristas.

Por falar em comentaristas, como é minha filha que está liberando os comentários, certas vezes eu não os leio todos, e nem os respondo a todos, mas agradeço a todos. Ela me diz que não está censurando quase ninguém, a não ser aqueles que extrapolam o limite do bom senso. Por exemplo, ela disse que tinha um que dizia que Lula não sabia nada sobre o mensalão. Ela me mostrou o teor do comentário. Concordei com ela por achar o comentarista um imbecil completo. Quem já viu alguém, nesta altura do campeonato, achar que o Lula não sabia da quadrilha que assaltava o Brasil para manter a governabilidade do seu governo?!

E vejam que o julgamento do mensalão está terminando e também a Avenida Brasil. Nunca vi parecerem tanto, e até já fiz um analogia aqui. Agora o autor deu uma guinada e o tema básico da novela é: Quem matou o Max?  Que nunca vi mais parecido com o Zé Dirceu. Um e outro tinha uma Carminha a seguir e dar-lhes ordem. O correto mesmo para encaixar mesmo os dois roteiros seria perguntar: Que era o chefe do Max?

E vejam a que ponto chegamos neste governo de petistas. Li que uma mulher morreu por ter recebido café com leite na veia. Cruzes! Será que estão voltando a implantar o Fome Zero? E agora seria na veia? Eu fico encafifada com uma coisa destas. Para onde vai este país se não conseguirmos neutralizar os efeitos devastadores da gangue do PT?

Lembram do lema antigo que dizia: Ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil. O nome da saúva agora é PT. Vejam que em São Paulo está se travando uma batalha que poderá respingar para o Brasil inteiro. Mais uma vez São Paulo será decisiva na história do país. Caros paulistas, façam como em Pernambuco. Aqui em Recife estão evitando até andar de vermelho ou com estrelas. Dizem que o Náutico agora só joga de branco e o Sport de Amarelo para evitar a cor do PT. E o Santa Cruz virou o Central de Caruaru com um uniforme preto e branco.

Porém, sentei aqui para comemorar meus 50.000 acessos, e de tão alegre esqueci até da audiência do Dandan no próximo dia 18 de dezembro. Graças a Deus ele terá uma chance de se explicar e tranquilizar o povo de Bom Conselho. Eu vi os resultados eleitorais dos distritos, dados pelo Blog do Poeta. Dandan ganhou em quase todos. Como ele não informou o resultado da sede, tenho certeza que o Dandan perdeu.  A sede é mais informada. O Poeta, como todos sabem não dá ponto sem nó. Ainda bem que seu império de comunicações está em baixa. Ninguém merece.

Agora vou comemorar os meus acessos com meus familiares e, talvez, com o Zezinho que prometeu passar aqui. Ainda não estou recuperada de tudo mas vou tentando recuperar minha forma física, porque a mental nunca saiu de forma. Quem matou o Max foi o Lula. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Resposta de uma brasileira à Miruna Genoíno




Por Maria Helena Rubinato (*)

Embora solidária com seu sofrimento, como uma das cidadãs a quem sua carta é dirigida, não posso me furtar a respondê-la com muita franqueza.

Estranho seria se você, que teve um pai amoroso e que vê esse pai ser um avô dedicado e apaixonado por seus netos, não o defendesse.

Mas pare e pense: você acredita mesmo que nossa Imprensa odeia o governo Lula apenas porque esse cidadão era um operário? Você realmente acha que todos os membros da Imprensa nacional são aristocratas que odeiam a plebe? Será que você não se lembra da força e da torcida da maior parte da Imprensa pela anistia e do prazer com que ela relatou a volta dos exilados?

É à Imprensa, aos seus jornalistas e repórteres, que devemos, em grande parte, a maior parte, aliás, a queda da Ditadura. Se nossos jornalistas não encampassem a luta contra os militares, nós ainda estaríamos sob seu jugo.

Ainda há alucinados que gritam Selva! Mas veja você que a grande Imprensa não lhes dá guarida.

Seu pai cometeu um grave erro: seguir cegamente uma ideologia e acreditar que o PT seria o partido certo para implantar essa ideologia. E não perceber que estava seguindo dois homens que tinham um interesse apenas: o poder pessoal. A qualquer preço.

Você já se perguntou para que eles queriam esse poder? Convive com eles? São homens probos tal qual seu pai? Vivem vida simples e regrada como seu pai e sua família? Eles se dispuseram a inocentar seu pai, confessando, em juízo, que ele foi vítima de um esquema tenebroso?

Não lhe passa pela cabeça que seu pai foi muito ingênuo?

Sinto muito pelo seu sofrimento. Mas penso que sua carta deveria ser destinada ao Lula e ao José Dirceu.

Atenciosamente,

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa

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(*) Publicado no Blog do Noblat em 10.10.2012. Depois de um fim de semana tumultuado devido  ao mal que ainda me aflige, eu, ontem voltei ao bom hábito de blogar e encontrei o texto acima da Maria Helena. A princípio eu não entendi bem, porque não sabia a que carta ela estava se referindo, até que, de blog em blog, a encontrei. Não escrita, mas falada.

Lida na tribuna do senado pelo senador Suplicy, aos prantos como vocês poderão ver nos vídeos abaixo. A carta é até bonita e também fiquei tocada por ser mãe e avó igual ao José Genoino é pai e avô. No entanto, eu faria minhas as palavras acima da Maria Helena e vendo o vídeo e choro do Suplicy agora sei porque a Marta o deixou. O homem é um verdadeiro idiota. Não pela sua emoção mas pela desfaçatez de querer defender o petista da tribuna do senado apelando para o amor filial. Juro que me lembrei do Dr. Filhinho.

Eu coloco um filme abaixo o qual revela o Suplicy de verdade, vestindo uma cueca por cima das calças a mando da Sabrina Sato. Meu Deus, pela história do Genoíno nas guerrilhas (apesar de muitos acharem que ele amarelou certas vezes) eu ficaria feliz que o Suplicy fosse preso em seu lugar. Seria menos um ridículo na política e no senado brasileiro.



sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A grande chance para o Dandan



Geninho e Dandan (Blog do Poeta)


Sempre que eu falo sobre os processos que envolvem o Dandan, vem uma leva de seus correligionários dizer que eu não largo do pé dele. E é para largar? Até agora não soube de nenhuma explicação sobre o que realmente aconteceu na Paraíba, quando da morte do Morceguinho. A não ser o que a justiça e a imprensa dizem até agora.

E já que não recebo notícias, eu corro atrás para livrar o nome dele deste estigma, e por tabela, o risco que Bom Conselho corre de ter um prefeito preso. Seria uma vergonha para todos nós. Então recebi notícias  e como obrigação profissional (além de dona de casa interessada em política, eu também me considero jornalista, perdão Jodeval e Luis Clério) tenho que contar o que já estufa minha caixa de mensagem.

Eu soube que está marcada uma nova audiência para os três acusados de matar o Morceguinho, o Dandan e mais dois jovens, no dia 18.12.2012, às 9h, em João Pessoa. É uma chance ímpar, antes dele ser prefeito, para esclarecer de uma vez por todas esta quizumba morceguística, e deixar seu eleitorado tranquilo de que teremos um prefeito que durará pelo menos 4 anos no Palácio do Coronel.

Fui informada que seu advogado poderá fazer manobras jurídicas e a audiência poderá não ser realizada. Eu não creio que o Dandan, que se mostrou tão bem para o povo de Bom Conselho ao ponto de ganhar as eleições quase de ponta a ponta, queira usar seu cargo para enganá-lo. Claro que não. E mesmo, seu advogado sabe disto,  que se continuar a procrastinação, o juiz pode decretar novamente a prisão dele, e dos outros jovens acusados.

Não seria prudente para ele esta procrastinação (eu gostei deste termo), pois isto não o deixaria bem com o seu eleitorado, e apesar, eu sei, da pressão de quem o apoia para assumir, o Dandan não seria capaz de uma coisa destas.

E se ele, não ouvindo meus conselhos de mãe, for na onda dos outros e conseguir adiar ainda mais a audiência, o que ocorrerá?

Como um dos indiciados foi eleito prefeito, se / quando ele assumir o cargo, o processo será desmembrado. O dele irá para o Tribunal de Justiça da Paraíba, que é o foro competente para julgar prefeitos acusados em processos penais. Ocorre que a 5ª Turma Criminal daquele tribunal já aceitou a denúncia, por unanimidade, quando o advogado deles recorreu. Assim também, o Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, negou o pedido da defesa, também por unanimidade.  Só no STF o habeas corpus foi concedido, porque estava faltando um folha no processo, e Joaquim Barbosa o fez condicionalmente.

De uma forma ou de outra, o processo continuará até que o crime do Morceguinho seja esclarecido. Vejam que o mensalão durou quase 10 anos, e a justiça tardou mas não faltou. Mutatis mutandis, penso que a justiça será feita no caso do Dandan também, e eu espero e rezo todos os dias que ele seja considerado inocente. Não rezei para o Zé Dirceu e vejam o que aconteceu.

Portanto, Dandan, não perca sua grande chance de explicar tudo isto no dia 18 de dezembro, sem o uso do cargo para empanar a justiça, que virá a seu favor, se você tiver a consciência tranquila. Seus eleitores e correligionários agradecerão, a não ser que estejam mal intencionados.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Eu no secretariado do Dandan. Quem sabe?





No Blog do Roberto Almeida ontem havia uma postagem (aqui) na qual ele prometia entrevista com o Dandan, o jovem que foi eleito no último dia 7 prefeito de nossa cidade, a ser publicada no Jornal 7 Colinas, penso, editado pelo próprio. Lendo-a, me informei, e fui à seção de comentários, encontrando um deles que me citava nominalmente e ao Sr. Ccsta, nomeando-nos como secretários do Dandan.

Vejam o referido comentário, um meu e um que veio após o meu. Eu volto depois deles:

Anônimo10 de outubro de 2012 14:44
Godoy já tem os seus dois primeiros secretário: Lucinha Peixoto e Zé Fernando. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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Estava eu lendo os blogs e venho parar aqui no do Roberto. Eu não sei como ele está vendo a situação de Lula, depois do mensalão, mas, isto não interessa muito aqui. Comecei a escrever devido a citação do meu nome para secretária do Dandan (como chamo carinhosamente o candidato eleito de Bom Conselho), num comentário acima.

Sei que é uma brincadeira devida à minha posição (junto com Sr. Ccsta que me ajudou bastante na parte jurídica) quanto a candidatura do Dandan a qual achei uma temeridade para o povo de Bom Conselho diante do risco de termos um prefeito que vá algemado para a Paraíba, caso se confirmem as suspeitas da justiça de lá. Mas, não teve jeito o jovem foi eleito e agora vamos ver se ele vai ser diplomado e toma posse. Eu não sei os meandros jurídicos para o caso, o que acontecerá se ele for considerado culpado pela morte do Morceguinho (para aqueles que não sabem, este é o assassinado que, segundo a justiça paraibana, o foi por três jovens de Bom Conselho, um deles sendo o Dandan).

O que tenho medo é que ele fique como o Maluf, que não pode sair do país porque será preso, enquanto o Dandan não poderia se ausentar do município, pelo menos para Paraíba e em Alagoas onde também ele tem processos pendentes.

E confesso que não aceitaria ser secretária do Dandan, a não ser que ele me explicasse tim-tim por tim-tim, o que aconteceu lá na Paraíba e em Alagoas. Como não posso ir a Bom Conselho por ter sido ameaçada por um meliante de lá, não posso conversar com ele.

Eu nem mesmo posso dar o endereço ao Roberto para que ele me mande o7 Colinas, devido a minha condição de procurada por meliantes. Quem sabe algum blog de Bom Conselho não publica pelo menos a explicação que o Dandan dará ao Roberto sobre os crimes. Sendo assim talvez até eu aceite entrar no secretariado, isto se for verdade o que ele diz que os ex-prefeitos não mandarão em nada. Confesso que toda noite eu rezo para ser mais crédula, no entanto, ainda não consegui acreditar nisto.

Se ele passar por todas estas barreiras legais e for empossado eu rezo para que faça um bom governo. Pelo menos melhor do que o da Mamãe Juju. Se não passar, que venha a Dona Zefa, que não pode nem dizer que os ex-prefeitos não mandarão pois é casada com um deles. Pelo bem de Bom Conselho eu gostaria de estar errada em tudo isto.

Lucinha Peixoto (Blog da Lucinha Peixoto)

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Anônimo10 de outubro de 2012 19:34
DONA LUCINHA PEIXOTO, PERGUNTO A SENHORA, PORQUE A SENHORA AINDA PESISTE EM FALAR SOBRE ESSE CRIME? QUAL SEU INTERESSE NESTE CASO? A SENHORA JA PROCUROU SABER TAMBEM POR ACASO A PROCEDENCIA DESTE MORCEGUINHO? DE UMA DE DETETIVE E BUSQUE PROVAS DE QUE O MEU PREFEITO ELEITO PELO POVO DESTA CIDADE, O QUAL É UM HOME INTEGRO , TEVE PARTICIPAÇÃO NESTE CASO HORRIVEL QUE ACONTECEU NA PARAIBA, DEXE A JUSTIÇA TOMAR CONTA DO CASO E VA VIVER SUA VIDA SEM PERSEGUI AS PESSOAS, A SENHORA DEVE SER UMA DESOCUPADA QUE NÃO SABE FAZER OUTRA COISA AO NÃO SER ACUSAR PESSOAS INOCENTES.

Sem contar os erros de português, pois isto é um departamento do Sr. Ccsta, devo me referir ao último comentário para, pelo menos, responder às perguntas que o Anônimo das 19:34 me faz.

Não sou eu que persiste em falar sobre o crime do qual o Dandan é suspeito. É a justiça da Paraíba e sua imprensa. O meu interesse é apenas jornalístico de informar ao povo de Bom Conselho o que se passa. É óbvio que como bom-conselhense castiça da Praça da Bandeira, não gostaria que meu muncicípio fosse comandado por um criminoso ou cúmplice de crime. Tal qual a lenda da mulher de César, para um prefeito não é só preciso não cometer crimes, ele também não pode ser suspeito, pelo menos com tantas tintas como pintou a justiça, no caso de Dandan.

Enquanto o Dandan não se livrar das acusações de uma vez por todos, comparecendo as audiências (por que ele faltou a do dia 27 de setembro? Perdeu uma grande oportunidade de esclarecer os fatos) e explicar tim-tim por tim-tim o que ocorreu na morte do Morceguinho, eu não posso deixar de falar no crime, que é notícia ainda hoje na Globo. Vejam o seguinte vídeo clicando aqui. Nem darei os parabéns a ele, por achar que assim fazendo, estou indo de encontro as interesses de Bom Conselho.

Se viram o vídeo saberão que eu não estou sozinha ao informar o fato. Se o Dandan é prefeito ou não não importa tanto, quanto ele esclarecer o que se passou naquele dia e prestar contas à justiça paraibana. O que não pode é tergiversar dizendo que já foi absolvido por Deus, pelo o padre ou mesmo pelo povo de Bom Conselho. Para a justiça dos homens e para aqueles que pretendem seguir carreira pública, como é o caso do Dandan, o importante é se desenrolar no judiciário.

Não podemos cair nessa de que o povo absolveu, a não ser que queiramos justiça feita no meio da rua como foi feita com Jesus Cristo, com o olhar do Pilatos. E vejam, o povo condenou Jesus e deixou solto o Barrabás. Para absolver o Dandan, e prender o Morceguinho é um passo.

Portanto, e já respondendo a segunda pergunta do Anônimo das 19:34, sobre meu interesse no caso. Meu interesse é político/jornalístico. O político vem por conta de que não gostaria de chegar a 2016 tendo na prefeitura a Dona Zefa, a quem não conheço, mas, apenas sendo mulher de um ex-prefeito, que não se candidatou porque não tem a ficha limpa, já não me deixa muito contente.

Ao Anônimo das 14:44 eu, apesar de sentir a ironia, agradeço por lançar meu nome ao secretariado do Dandan, o que muito me honraria se tivesse certeza de sua inocência, o que até agora não tenho, mas, rezo todo o dia para ter.