sábado, 31 de março de 2012

A ONDA DO PROCESSO




Eu descanso carregando pedras. E o Poeta, fonte de minhas inspirações mais impuras, sabendo disso não me dá trégua. Fui à AGD e encontrei uma postagem do Poeta (Deu nos Blogs; aqui no original), onde ele escreve o seguinte, com o título que mantenho para minha postagem, e nem coloco mais “sic” em nada, pois vocês já sabem onde eles devem estar. Leiam, depois eu volto.

Virou onda agora em Bom Conselho. Tudo que se falar, criticar, sugerir, opinar, será transformado em PRO-CES-SO. Isso mesmo, que você acabou de ler. Já tentaram processar o radialista Geninho Tavares, agora é a vez deste blogueiro. Na verdade, todo profissional que se preza, dever ser processado pelo menos uma vez. Isso não me causa temor. Mais recentemente, teve o caso de um menino embriagado mandando recado, pense! Segundo, o porta-voz, depois da eleição vai processar este blogueiro. Oxe, a hora de processar é agora, faça isso fio de Deus! Ontem, outro ligou falando em processo também. Pelo jeito, vou fazer uma coleção de processos, igual ao grande jornalista Kajurú. Não tem problema, não faltará advogado para nos defender. Uma, coisa é certa, tem politico em Bom Conselho que precisa ler a Lei de Imprensa de cima a baixo. Imagine só, estão querendo sucumbir a liberdade de expressão em pleno século XXI em Bom Conselho? Se elogiar, é por que se vendeu. Se criticar, é por que é contra. Se calar, é omisso. Afinal, o que serve para Bom Conselho? Ser um eterno anônimo? Usar pseudônimos? Interessante, que essas mesmas pessoas que querem processar este blogueiro, também são os mesmos que querem aparecer no blog, dá para entender um negócio desse? Vamos continuar na mesma linguagem informativa. Não existe motivos para mudar o nosso jeito de trabalhar. Não existe pânico. Este blog também tem seu setor jurídico. Está de olho em tudo que está acontecendo. Vamos à luta companheiro!!!

O que pensei logo de cara, para quem viveu em Bom Conselho na época dos coronéis, foi que houve um avanço tremendo em nossa terra e o bardo de Arapiraca e patrão do Xico Pitomba, quis noticiar o fato. Passamos da POR-RA-DA para o PRO-CES-SO. É um avanço e tanto.

Se em Bom Conselho, naquela época aparecesse um Xico Pitomba, ameaçando as senhoras e perturbando a paz das famílias, ele já teria entrado na porrada. Graças a Deus, esta época passou e temos os processos legais com advogados e tudo para dirimir as questões.

Caro Poeta, nem a Lei de Imprensa existe mais, graças a Deus. Certas horas, o apelo para ela era pior do que um porrada. Mas, penso que temos outros instrumentos legais para coibir aqueles que empregam gente, como o Xico, para cometer crimes. E como eu já disse, quem com ferro fere, com ferro será ferido.

Esta coisa de dizer que um profissional precisa ser processado pelo menos uma vez para ser bom, me parece uma bravata de medroso igual aquela que eu ouvia em Bom Conselho de que “cadeia foi feita prá homem”, quando alguém queria fazer como aqueles que ligam para o Poeta para ameaçá-lo com um processo.

A solução para todas as ameaças, caro Poeta, se você não sabe lidar com elas dentro do bom argumento, como eu faço com o Xico Pitomba, é realmente entregar às autoridades e à justiça os ameaçadores, e não ficar tentando inflar a audiência do blog com estas denúncias vazias. E isto, graças a Deus, hoje em minha terra, envolve um processo legal e que inclui advogados de primeira ordem.

Mas, estou chovendo no molhado, porque, o setor jurídico do Poeta já deve tê-lo alertado para estes pontos. O problema do Poeta é o departamento comercial que parece estar sendo chefiado pelo Xico.

sexta-feira, 30 de março de 2012

O lixo Big Brother e o sermão do Dom Henrique - I




Parece até que estou parando com a política em meu sangue, que já disse ser uma cachaça que só largamos quando o câncer de laringe aparece (obrigada Guerrilheiro da Sete Colinas pelo comentário elogioso sobre a frase, mas, até agora não sei se é uma metáfora ou um metonímia, mas vou consultar o Zezinho), e ficando em evidência o outro tipo de sangue que é o da religião. Antes comentei um texto do Diácono Di, sobre a leitura. E hoje já volto à religião e aos homens que a fazem.

Recebi dias atrás um e-mail do Zetinho, meu amigo de fé e irmão camarada, onde havia um texto escrito pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracajú, Dom Henrique Soares, no qual, ele, para demonstrar seus grandes conhecimentos sobre TV no Brasil, faz uma série de considerações, sobre os procedimentos deste veículo de comunicações no Brasil. Eu achei o texto tão estranho que fui ao Blog Carmadélio (aqui), para checar se não havia alguma distorção, como orientada pela frase da minha mãe: “Cada um que conta, aumento um ponto”.

Era o texto mesmo, e eu o transcrevo abaixo para vocês já irem formando uma opinião sobre ele, e eu, lá embaixo dou a minha, de católica e interessada que sou sobre a nossa Santa Madre Igreja e para que não tenha as portas do inferno prevalecendo contra ela.

A situação é extremamente preocupante: no Brasil, há uma televisão de altíssimo nível técnico e baixíssimo nível de programação. Sem nenhum controle ético por parte da sociedade, os chamados canais abertos (aqueles que se podem assistir gratuitamente) fazem a cabeça dos brasileiros e, com precisão satânica, vão destruindo tudo que encontram pela frente: a sacralidade da família, a fidelidade conjugal, o respeito e veneração dos filhos para com os pais, o sentido de tradição (isto é, saber valorizar e acolher os valores e as experiências das gerações passadas), as virtudes, a castidade, a indissolubilidade do matrimônio, o respeito pela religião, o temor amoroso para com Deus.

Na telinha, tudo é permitido, tudo é bonitinho, tudo é novidade, tudo é relativo! Na telinha, a vida é pra gente bonita, sarada, corpo legal… A vida é sucesso, é romance com final feliz, é amor livre, aberto desimpedido, é vida que cada um faz e constrói como bem quer e entende! Na telinha tem a Xuxa, a Xuxinha, inocente, com rostinho de anjo, que ensina às jovens o amor liberado e o sexo sem amor, somente pra fabricar um filho… Na telinha tem o Gugu, que aprendeu com a Xuxa e também fabricou um bebê… Na telinha tem os debates frívolos do Fantástico, show da vida ilusória… Na telinha tem ainda as novelas que ensinam a trair, a mentir, a explorar e a desvalorizar a família… Na telinha tem o show de baixaria do Ratinho e do programa vespertino da Bandeirantes, o cinismo cafona da Hebe, a ilusão da Fama… Enquanto na realidade que ela, a satânica telinha ajuda a criar, temos adolescentes grávidas deixando os pais loucos e a o futuro comprometido, jovens com uma visão fútil e superficial da vida, a violência urbana, em grande parte fruto da demolição das famílias e da ausência de Deus na vida das pessoas, os entorpecentes, um culto ridículo do corpo, a pobreza e a injustiça social… E a telinha destruindo valores e criando ilusão…

E quando se questiona a qualidade da programação e se pede alguma forma de controle sobre os meios de comunicação, as respostas são prontinhas: (1) assiste quem quer e quem gosta, (2) a programação é espelho da vida real, (3) controlar e informação é antidemocrático e ditatorial… Assim, com tais desculpas esfarrapadas, a bênção covarde e omissa de nossos dirigentes dos três poderes e a omissão medrosa das várias organizações da sociedade civil – incluindo a Igreja, infelizmente – vai a televisão envenenando, destruindo, invertendo valores, fazendo da futilidade e do paganismo a marca registrada da comunicação brasileira…

Um triste e último exemplo de tudo isso é o atual programa da Globo, o Big Brother (e também aquela outra porcaria, do SBT, chamada Casa dos Artistas…). Observe-se como o Pedro Bial, apresentador global, chama os personagens do programa: “Meus heróis! Meus guerreiros!” – Pobre Brasil! Que tipo de heróis, que guerreiros! E, no entanto, são essas pessoas absolutamente medíocres e vulgares que são indicadas como modelos para os nossos jovens!

Como o programa é feito por pessoas reais, como são na vida, é ainda mais triste e preocupante, porque se pode ver o nível humano tão baixo a que chegamos! Uma semana de convivência e a orgia corria solta… Os palavrões são abundantes, o prato nosso de cada dia… A grande preocupação de todos – assunto de debates, colóquios e até crises – é a forma física e, pra completar a chanchada, esse pessoal, tranqüilamente dá-se as mãos para invocar Jesus… Um jesusinho bem tolinho, invertebrado e inofensivo, que não exige nada, não tem nenhuma influência no comportamento público e privado das pessoas… Um jesusinho de encomenda, a gosto do freguês… que não tem nada a ver com o Jesus vivo e verdadeiro do Evangelho, que é todo carinho, misericórdia e compaixão, mas odeia o fingimento, a hipocrisia, a vulgaridade e a falta de compromisso com ele na vida e exige de nós conversão contínua! Um jesusinho tão bonzinho quanto falsificado… Quanta gente deve ter ficado emocionada com os “heróis” do Pedro Bial cantando “Jesus Cristo, eu estou aqui!”

Até quando a televisão vai assim? Até quando os brasileiros ficaremos calados? Pior ainda: até quando os pais deixarão correr solta a programação televisiva em suas casas sem conversarem sobre o problema com seus filhos e sem exercerem uma sábia e equilibrada censura? Isso mesmo: censura! Os pais devem ter a responsabilidade de saber a que programas de TV seus filhos assistem, que sites da internet seus filhos visitam e, assim, orientar, conversar, analisar com eles o conteúdo de toda essa parafernália de comunicação e, se preciso, censurar este ou aquele programa. Censura com amor, censura com explicação dos motivos, não é mal; é bem! Ninguém é feliz na vida fazendo tudo que quer, ninguém amadurece se não conhece limites; ninguém é verdadeiramente humano se não edifica a vida sobre valores sólidos… E ninguém terá valores sólidos se não aprende desde cedo a escolher, selecionar, buscar o que é belo e bom, evitando o que polui o coração, mancha a consciência e deturpa a razão!

Aqui não se trata de ser moralista, mas de chamar atenção para uma realidade muito grave que tem provocado danos seríssimos na sociedade. Quem dera que de um modo ou de outro, estas linha de editorial servissem para fazer pensar e discutir e modificar o comportamento e as atitudes de algumas pessoas diante dos meios de comunicação.”

Sim, eu sei, o texto é longo, como deve ser todo sermão de missa de domingo, e que não e muito diferente, daqueles que ouvia em Bom Conselho, muitos anos atrás, sobre a devassidão que o Cine Rex ou o Cine Brasília passava para a sociedade de Bom Conselho.

Hoje, cinema caiu de moda e o tema dos sermões são a TV, como poderiam ser as revistas de nudez, de sexo, etc. etc. Eu, como já disse, sou católica mas não sou ovelha. Não vindo de Jesus e das Escrituras, qualquer coisa que vem da Igreja, mesmo do Papa, meu espírito crítico (poderia dizer cristão) se aguça. E quando vem de um Bispo, ele fica quase sem censura.

O que podemos concluir é que o Dom Henrique é um telespectador dos mais assíduos. Dificilmente ele iria escrever algo desta forma a partir de assessores. O bom pastor tem que está de olho nas suas ovelhas, inclusive quando o Pedro Bial grita: “Meus herois, meus guerreiros”. Eu já não vejo o Big Brother com tanta assiduidade, pois para mim perdeu a graça.

Mas, vamos aos pontos bons e pontos ruins que vejo no escrito nossa eminência reverendíssima. Começando do começo como convém à doutrina.

[continua]

quinta-feira, 29 de março de 2012

O Papa em Cuba




Anteontem, em minha ronda pelos blogs me deparei com uma postagem do Blog do Reinaldo Azevedo que tinha como título: “PAPA EM CUBA - Cubano grita “Abaixo o Comunismo” e toma porrada dos agentes de Raúl Castro. É a democracia de Maria do Rosário”. Alguns céticos poderão pensar que isto é um exagero, mas, vejam o que diz toda a mídia, ou pelo menos aquela que não acompanhará a excursão do conterrâneo Marlos Duarte a Cuba no dia primeiro de maio próximo. Vejam o filme abaixo (que estava na postagem), leiam o restante da postagem do Reinaldo e eu volto:




A população se concentra na praça para ouvir o papa Bento 16. Um homem grita “Abaixo o Comunismo”. Vejam o que pode acontecer na democracia cubana, tão admirada por Maria Rosário, a ministra dos Direitos Humanos Dos Companheiros.

Alguns dos tarados morais que dizem lutar por democracia aqui no Brasil apoiam esse procedimento em Cuba. É um país tomado por agentes a paisana do regime, cuja tarefa é vigiar e reprimir o povo.”

Não só foram estas porradas que levaram os dissidentes cubanos. Segundo outras fontes, a polícia do país, impediu a ida às Igrejas de pessoas das quais se suspeitava que agissem como o homem do filme, além de limitar a entrada de cubanos residentes no exterior.

Na hora em que escrevo não sei se o Papa se encontrou com o Fidel, mas na suposição que sim, eu já prevejo o diálogo possível entre os dois, iniciado pelo comandante da Dilma:

- Meu Papa, seja bem-vindo ao nosso país. Hoje precisamos muito de senhor. O nosso povo, devido ao embargo americano, agora resolveu acreditar que Deus existe e não sei mais o que fazer, senão conciliar seus interesses através de um dos seus representantes. Antes de trazer o Edir Macedo, eu trouxe o seu antecessor, o João Paulo, mas ele exagerou querendo que soltássemos nossos presos políticos. Venhamos e convenhamos, meu Papa, isto nem a Deus cederia.

- Eu gostaria que você me chamasse de Santidade, pois ainda sou o chefe da Igreja e autoridade máxima do meu país.

- Só farei isto se o senhor Papa me chamar de Comandante. Todos me tratam assim, inclusive o Lula, a Dilma e até o Obama, o negão da Casa Branca.

-Mas, o você, segundo seu irmão, não manda mais nada aqui. Só se for comandante de navio.

- Não acredito que o Raul tenha dito isto, mas, para continuar.... Santíssimo, Vossa Santidade poderia dizer às Damas de Branco que parassem com esta estória de soltar presos de consciência, pois aqui não tem nenhum, já estão todos inconscientes?

- Obrigado pelo Santidade, e lhe digo caro Fidel, que a coisa aqui tá preta, não é só pelos prisioneiros, é que o povo tá passando fome mesmo. Na missa, tive que antecipar a hora da comunhão pois a maioria veio comer a hóstia para se nutrir. Isto não pode continuar assim, enquanto o senhor usa uniformes da Nike para se mostrar vivo. Aliás, você permite que eu o belisque para ver se você ainda está vivo mesmo...

Neste momento entrou um auxiliar, desligou um fio na parede e encerrou-se o diálogo.  Mas, dizem que a próxima aparição do Fidel, vai ser diante dos turistas de Marlos no dia 2 de maio, na mesma sala. Nos panfletos da viagem que vi, pela propaganda feita no Facebook, já há uma observação que a ninguém será dado o direito de tocar no Chefe Supremo da Revolução. Dizem que pode dar choque.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Vamos salvar nossa juventude: Comentando o Diácono Di


Bíblia Eletrônica


Parece que esta semana tenho que ficar na linha da imprensa escrita. Ainda ontem pedi desculpas ao Luis Clério por ter me enganado sobre um texto citado no seu jornal e em sua coluna, porque havia sido escrito não por ele, mas pelo meu colega blogueiro, o Roberto Almeida de Garanhuns.

Lá eu nem pedi ao Clério para dá sua opinião sobre o mesmo texto porque sua resposta seria dada, quinze dias depois, pela imprensa escrita. Nestas idas e vindas pelos blogs e sites, parei na Academia Pedro de Lara, e fui ler um texto anunciado no Mural, pelo Diácono Di, meu excelente professor de datilografia e que hoje é um servidor de minha amada Igreja.

Pela importância dos seus conselhos, sem pedir permissão (penso ser apenas um pecado venial se ele não gostar) o  transcrevo aqui in totum  e depois faço uns breves comentários sobre o seu assunto principal, que é a importância da leitura:

O QUE SE FAZ COM OS “INDIFERENTES”?

Diác. Edjasme Tavares Lima

Não sabemos como colaborar com as pessoas indiferentes, principalmente aquelas, por mais que se explique, não tem interesse pelo que é importante para si e para a sociedade. Santo Deus, como nos amargura.

Dentre dezenas e dezenas de motivações, vamos dá um exemplo. É retratar o que víamos e aprendíamos há cerca de sessenta anos atrás. O gosto pela leitura. Atualmente, vamos tolerar que o advento da TV, Internet e mesmo o cinema, destronou aquele tipo de lazer. Porém, como já havia dito em outros artigos, não se perdoa o gosto pela leitura de jornais. O jornal serve a nós por vários motivos. Estamos bebendo de suas páginas as notícias nacionais e internacionais, artigos escritos com tremenda boa vontade para vários gostos, o mundo dos esportes, etc. Como é o nosso caso, temos aqui em Bom Conselho, um jornal muito bom, e muito bem confeccionado. Sua apresentação satisfaz e concorre com quaisquer outros de outras cidades interioranas. Qual seria a nossa obrigação com papacaceiro de boa cepa? Sairmos da acomodação e desfrutarmos de uma boa leitura. Ali, bem confortável na dependência de seu lar, ler com calma as boas notícias que enchem o nosso coração de alegria e prazer. Nem só do pão vive o homem, está escrito lá nas Sagradas Escrituras. A irrisória taxa anual, nada pesa no nosso bolso por um produto tão útil como é esse.

Informamos esse tipo de exemplo, porque numa população como a nossa e tão poucos leitores de jornais. Temos o dever de convencer a todos para a boa leitura.

Aqui está um remédio para esse mal da indiferença. Socorrermos aos professores de nossa santa terrinha. Como já comentamos em outros artigos anteriores. Pedirmos aos professores dos Colégios de Segundo Grau, que em certos e determinados momentos de suas aulas, encaixarem a leitura do jornal, uma vez que nele temos espaços para orientações em todos os tipos de matérias a ser ministrada, principalmente português, geografia, história, etc.

O jovem acostumado a ler jornal, não fica embaraçado em entrevistas , num discurso dentro ou fora de seu educandário; num evento cultural sabe dialogar com as autoridades porque está por dentro de todos os assuntos da atualidade; tira dúvidas relendo o seu jornal que está em casa, porque, consideramos um professor mudo e útil; não deixa a pessoa embaraçada em determinados momentos, por falta de conhecimento. Um exemplo funesto dessas coisas, são destacados empresários ou comerciantes que, sempre tem um intelectual ao seu lado, seja contratado ou amigo para lhe tirar de certos momentos angustiantes, porque só sabe mesmo, comprar e vender, habilmente, administrar sua indústria, sem nenhuma noção do que é o progresso do nosso Brasil.

Os professores diriam aos seus alunos: grandes homens que se destacaram na política e na administração da coisa pública nacional sem nenhum curso superior, foi a leitura frequente de jornais, deleitando-se com os principais acontecimentos que seu dom ou vocação estava impondo naquele momento da leitura. Sem a imprensa escrita na nossa vida, tudo fica vazio, restringindo nosso saber e encolhendo nossa curiosidade perante a sociedade e às vezes nossos próprios negócios. Vamos pelo menos salvar a juventude!

Com a graça de Deus
Diác. Edjasme Tavares Lima”

Eu concordo com quase tudo que aconselha o Diácono, e não quero ser considerada, e não sou, uma indiferente no que diz respeito ao incentivo à leitura para os nossos jovens. Eu talvez seja um exemplo, não de um comerciante ou industrial, mas, de uma dona de casa que tomou gosto pela leitura e hoje consegue até comentar o bom texto de um homem letrado e honrado como o é nosso professor de datilografia, pois sou diplomada no ramo pela Escola Pratt.

Eu enfatizo este pendor do meu ex-mestre na arte de teclar, porque sei que ainda hoje, ele deverá ser um exímio teclador, também nos computadores da vida, talvez, com a exceção dos iPads, como o do meu neto onde ele só usa um dedo, o que chamávamos de “dedógrafo”.  Nós, eu e o Diácono, tenho certeza, usamos os dez dedos. No entanto, eu não, e nem ele, sugeriríamos agora aos nossos jovens uma volta aos cursos de datilografia. Eles simplesmente desapareceram com as máquinas de datilografia que eram a coqueluche até o segunda metade do século passado.

Se há alguma coisa que eu posso discordar um pouquinho do meu ex-mestre é o valor exagerado que ele dar à imprensa escrita. Quando ele diz: “Sem a imprensa escrita na nossa vida, tudo fica vazio, restringindo nosso saber e encolhendo nossa curiosidade perante a sociedade e às vezes nossos próprios negócios. Vamos pelo menos salvar a juventude!” Eu até concordaria com a mesma declaração até um pouquinho depois da máquina de datilografia desaparecer.

Atualmente, a imprensa escrita está fadada a desaparecer, e dizem os “experts” não vai deixar saudades em nossa atual juventude. Talvez, eu, o Diácono e o Luis Clério sintamos isto, mas os jovens não. Hoje, é melhor para o planeta incentivar a leitura em outros veículos de comunicação que estão cada dia deixando mais o papel de lado, o que salvará ainda muitas de nossas florestas. E isto vai ser feito com muito mais rapidez do que já se faz com relação aos cadernos de caligrafia e à escrita à mão, que estão acabando, feliz ou infelizmente.

O que não morrerá mesmo, penso eu e com o risco de está totalmente enganada, é o abandono da escrita e de sua leitura. Se eles vem num pedaço de papel, é apenas um detalhe.

Tomemos como exemplo nossa A GAZETA, onde não sou mais publicada, pelas condições rigorosas do seu conselho editorial, de não permitir que se fale de algumas pessoas. Eu, fui a primeira, quando criamos A GAZETA DIGITAL (AGD), a pedir para o Zé Carlos entrar em contato com o Luis Clério para que expandisse o projeto para acrescer ao jornal escrito, uma parte digital. Por motivos que não vem ao caso o projeto não foi em frente, mas, sempre restou aquela promessa e esperança de que o jornal escrito teria seu braço digital.

Ali eu já tinha ciência dos destinos da imprensa escrita, não só em Bom Conselho, mas em todo mundo. Atualmente, é muito difícil se manter um jornal que se confine somente ao papel. E por um motivo muito simples: É mais caro e hoje o leitor mesmo já prefere o jornal eletrônico ao jornal de papel (Não tenho certeza, por isso pergunto, será que na biblioteca do Menino Jesus de Praga, há exemplares da A GAZETA, ou lá já se prefere a mídia eletrônica?).

Agora, uma coisa eu tenho que me render ao texto do Diácono. Não podemos ser indiferente à necessidade de incentivar nossa juventude à leitura. Eu só não escolheria o meio. Tanto pode ser a A GAZETA escrita como A GAZETA DIGITAL, ou até mesmo o meu blog,  a Academia Pedro de Lara, o Blog do Roberto Almeida, o Blog Chumbo Grosso (menos aos sábados e para um público menos juvenil), o Blog do Tiago Padilha (que ultimamente tem dado umas boas receitas de saúde e é muito ponderado na política). Sem querer citar os blogs partidários como o da Prefeita, do Dr. Filhinho, A Casa da Cidadania, Gilmar Aleixo e outros que promovem seus responsáveis no mundo político. E mesmo o do Poeta, para quem não consegue ler mais do que dez linhas de texto de uma vez.

E aí sim, com esta ampliação de meios eu repetiria o Diácono: “Vamos pelo menos salvar nossa juventude.”

P.S: Eu li não sei onde que alguns padres em outros países já preferem ler uma Bíblia eletrônica num iPad (tablet), do que em papel. Me perdoe o Diácono se eu estiver errada, mas, pelo que meu neto mostra de desempenho neste tipo de máquina, eu só consiguirei levá-lo a uma missa se, debaixo do braço dele ele levar seu tablet com a palavra de Deus. Eu penso que não seria um pecado mortal.

terça-feira, 27 de março de 2012

A GAZETA 307 - Desculpem, o jabuti era do Roberto Almeida




Recebi ontem um e-mail do nosso querido jornalista-mor de Bom Conselho o Luis Clério. Como ele não me pediu sigilo nem nada, e também não há porque fazê-lo, publico abaixo a referida mensagem (inclusive com as ênfases dele), e logo abaixo a comentarei.

Lucinha,

Somos leitores do seu blog. Não deixamos de publicar suas matérias, tão logo tenhamos escritos que não sejam questões com a prefeita, com o filho da prefeita, com o Cláudio André, com o xico... e até com os nossos irmãos: Jodeval, Josenilda e Marlos Duarte, publicaremos, pois estas não interessam aos leitores d´A GAZETA. Aceitamos e defendemos oposição e jamais deixaremos de fazer publicações de matérias assinadas por oposicionistas do governo de Judith Alapenha, cujo comportamento defendemos desde quando se elegeu vereadora e por quatro anos presidiu a Câmara de Vereadores com suas contas aprovadas pelo TCE. Cumpriu com sua obrigação, mas o registro é por conta da grande quantidade da não aprovação. Defendemos a sua candidatura para prefeita e continuamos defendendo a sua gestão por conta da seriedade imposta, e nunca vista em Bom Conselho. Aqueles que sairam/deixaram o governo de Judith fizeram porque trabalhavam na contra-mão das suas orientações. Erros? temos! Todos em condições de serem corrigidos sem comprometer ninguém naquilo que todos defendemos, inclusive você Lucinha, respeito e a correta aplicação do dinheiro público.
Quando o blog de Claúdio Andre voltar a postar notícias que mereçam a divulgação d´A GAZETA isto será feito, mas com o comportamento atual, basta o anúncio do próximo encontro dos blogueiros.
Para encerrar: Na casa dos nossos pais - Lucio e Constança - fomos criados com total liberdade de pensamento. O mesmo fazemos em nossa casa. Defendemos a gestão Judith Alapenha e o nosso filho Carlos Adelmar Monteiro Duarte é correligionário de Renato Curvelo, que juntamente com o mano Murilo trabalharam para eleger Judith e fizeram parte do secretariado, colocou-o como vice de Valfrido Curvelo no diretório do PSD.
Vivemos assim nos respeitando.
Não temos nenhum interesse de polemizar com a amiga. A nossa intenção é somente dizer que o autor da matéria comentada é de Roberto Almeida e nos alongamos.
Abraços,
Luiz Clério Duarte
BC, 26.03.2012”

Nem começo dizendo o clássico Prezado Luis, pois isto não é uma resposta à mensagem, o que soaria como se fosse uma polêmica e respeito a decisão do amigo Clério de comigo não polemizar, e sim, um simples comentário.

Começo pelo meu erro de pessoas, pois pensei, quando li a notícia na A GAZETA, que o escrito que comentei aqui seria da lavra do Clério e não do Roberto Almeida, talvez pela colocação da matéria na página do jornal. Perdão meu Jesus, perdão Deus de amor, perdão Deus clemente, perdoai senhor, e perdão Luis Clério.

Este meu erro não ficou tão sério, pois na mensagem do Luis ele parece não ser contra ao que diz o Roberto Almeida, mas, também não é muito enfático na discordância da candidatura de Emanuel Luna no lugar da prefeita e da rejeição da prefeita, sendo este último aspecto o que mais estranhei. De qualquer forma, sendo assim, tudo o que disse passa a ser o que queria dizer, se substituir o nome do Roberto Almeida pelo o do Luís Clério, pedindo perdão a este último, da mesma forma que pedi perdão ao primeiro quando o último, através de e-mail muito tempo atrás, me mostrou que a prefeita de Bom Conselho havia sim renunciado, e eu cometi a maior “barriga” de todos os tempos no Agreste Meridional. (Achei que a frase ficou confusa, embora, confuso é o assunto mesmo).

Entretanto, algumas coisas são realmente nossas, minhas e do Luis Clério.  E merecem uma melhor análise.

O prestígio do seu jornal talvez me faça, de tão frustrada, reclamar de que nunca mais fui publicada no nosso quinzenário maior. Eu não sabia o motivo, e agora o Clério cita alguns explicitamente, e outros nas entrelinhas apenas, pois o único objetivo de sua mensagem era me chamar a atenção para o meu erro de pensar que fora ele e não o Roberto Almeida que escreve o que comentei, isto é, o jabuti era do Roberto Almeida.

Ele diz que poderia até publicar-me se eu não falasse do Dr. Filhinho, da Mamãe Juju, do Poeta, do Xico (penso ser o Pitomba), do Jodeval, da Josenilda e do Marlos. Eu penso que ele só faltou acrescentar dos vereadores em geral e do vereador Carlos Alberto em particular, para completar todo o espectro político da cidade, para que eu perdesse totalmente as esperanças de um dia voltar a ser publicada pelo seu prestigiado noticioso. Porque atualmente, em ano eleitoral, escrever sobre algo em Bom Conselho que não toque nas pessoas mencionadas, exceto a Josenilda, não porque ela estava no Canadá, mas na Suécia, é quase impossível.

O Dr. Filhinho, que é tão bom filho, que vive de castigo no milho, porque quando sai apronta em Pesqueira ou faz análises políticas, cujas premissas são as mesmas do Luiz Clério de que mainha é boa e o resto é que não presta, somente porque a prefeita não roubou, como se isto fosse uma qualidade e não uma obrigação de qualquer governante, é um poço de política.

A Mamãe Juju, não tiro as qualidades dela que o Luiz Clério diz que ela tem, de respeitar e usar corretamente o dinheiro público (embora neste último caso eu o usaria com outras prioridades), mas não posso deixar de falar da relação tumultuada que o seu governo teve desde o início com quase todos seus secretários e com seus parentes e aderentes, e que levou a hoje ter que apelar (e isto é uma das verdades do texto do Roberto Almeida que eu pensavam, burramente, ser do Luíz Clério) para o supersecretário Emanuel Luna, para tentar manter o seu clã no poder. Isto tudo é política.

Quanto ao Jodeval, um dos melhores jornalistas de Pernambuco e do Brasil, não discuto isto, mas, quer provar que ama Dilma mais que o Lupi, e, me desculpe, mas se perde nisto, pois hoje está difícil alguém defender um governo como o atual, que depois de um ano e meio, a única façanha foi ter botado os ministros de Lula para fora. Mas, isto é política.

O Marlos, talvez não tenha as mesmas ideias sobre o governo da Dilma que tem o Jodeval. Pois o caso dele é com o Fidel Castro. O amor que ele sente pela ditadura cubana é uma coisa patética. Isto também é política.

E resta apenas falar do Poeta, que não é político, mas, apenas um comerciante de notícias que saiu tão rápido do apoio a Mamãe Juju que ainda não se habituou e vive forçando a barra, com o que ele chama de oposição, posando para fotografias e entrevistando qualquer um que esteja disposto a falar mal do “governo do povo”, e para quem tem um comportamento assim, o Clerio diz que ele não volta à A GAZETA tão cedo (“...mas com o comportamento atual, basta o anúncio do próximo encontro dos blogueiros”). Mas, isto também é política.

Resta apenas o comentário sobre a liberdade de pensamento de sua família, cujo pai eu acho até que vi um dia lá em Bom Conselho, homem sério e respeitado por todos, da mesma forma que todos os seu filhos e os seus netos. Pessoalmente, eu não conheço ninguém, e agora estou mais longe de conhecer, pois, agora sei que o motivo de não ser publicada na A GAZETA, é falar destas pessoas em meus textos, politicamente, é claro. E eu tenho meus motivos, com base até no Direito Natural, com base no direito à sobrevivência de ficar falando, pelo menos de quando em vez, de algumas delas.

Eu tentei já, por muitas vezes, esquecer aqueles que quiseram me destruir, dizendo que eu era um simples pseudônimo do Zé Carlos (o que serviu apenas para insuflar o ego deste, e me desculpe a franqueza caro amigo), mas isto é impossível pela recorrência da ideia. Aqueles que não tem argumentos para um debate franco e honesto recorrem sempre ao quase bordão: Ela é homem, ela é travesti ou ela não existe. Isto não me preocupa pelo que eles dizem mas sim pela dúvida que se impregna nas cabeças de outrem que não me conhecem, com seus argumentos falsos, que apenas revelam suas faltas de argumentos.

Sei que existem homens sérios e decentes que não ligam para isto e soube que o Luis Clerio é um deles (e eu agradeço) e com estes posso discordar às vezes, mas com os outros que querem me homicidiar eu já começo discordando. E em termos políticos é muito difícil ficar a favor deles, porque seus pecados originais sempre são ruins para qualquer gestão pública.

De uma forma ou de outra, quero agradecer o comentário do Clério, descobrindo uma coisa comum entre mim e ele, mas sem nos comparar jornalisticamente pois ele está no céu e eu nem sai da terra: sua prolixidade. Eu também só queria pedir desculpas pelo erro de considerar dele algo que era do Roberto Almeida, e olhem onde já vou. O texto poderia ser apenas: "Quem andava com o jabuti debaixo do braço era o Roberto Almeida e não o Luiz Clério, mas o jabuti estava lá nas palmeiras imperiais do Colégio."

Mas, pelo menos fico com a promessa do administrador da A GAZETA de que, quando eu deixar de ser política, ela voltará a me publicar. Pelo jeito que anda a política no Brasil em geral, e em nossa paróquia em particular, se fosse pela minha família, eu já sairia no próximo número, fazendo como a Ana Diva, publicando uma receita de "bode na brasa" que sei preparar como ninguém. Mas, política é uma cachaça que a gente só deixa quando tem câncer na laringe. Cruzes!

segunda-feira, 26 de março de 2012

A GAZETA 307 - O jabuti do Luis Clério




Chegou a mim a A GAZETA 307. Sempre que posso comento o jornal, apesar dele não mais me publicar,  mas com a minha responsabilidade jornalística, não há espaço de para fazer pirraça, e dizer que não comento o quinzenário da cidade, só porque não tenho mais vez nele. Isto é coisa do Poeta.

Devido à minha premência de tempo, pois estou ainda abrindo as malas de mais uma passagem por Gravatá, eu me fixei na coluna política do Luís Clério. Depois que soube que nosso jornalista-mor também é o “ghost writer” do Blog da Mamãe Juju, sempre vou verificar, em sua coluna se há algo de novo sobre a administração da cidade. Vejam o que encontrei lá e eu volto abaixo para comentar.

Emanuel Luna pode ser o nome em Bom Conselho.

Os candidatos à prefeitura de Bom Conselho este ano ainda não estão totalmente definidos, tanto por parte do governo com pela oposição. A prefeita Judith Alapenha tem direito à reeleição, porém alguns políticos  da cidade desconfiam que ela irá preferir não se arriscar, por ter uma gestão muito questionada, com forte rejeição. A solução da governante, se especula, pode ser a candidatura do engenheiro Emanuel Luna, atual Secretário de Governo e Infraestrutura do Município. Ele é jovem, competente e filho do ex-prefeito e ex-deputado Manoel Luna, um dos homens mais íntegros que já passou pela política desse Agreste. Filiado ao PV, Luna poderia ter o apoio de todo grupo governista e de setores não simpáticos a Judith, como do ex-prefeito de Olinda, José Arnaldo Amaral, hoje totalmente integrado a vida dos bonconselhenses.
Na oposição a situação é complicada porque nomes fortes como dos ex-prefeitos Gervásio Matos e Audálio Ferreira esbarram na Lei da Ficha Limpa. Dr. Zenício, que poderia unir todo mundo, não quer saber de política. Daniel Brasileiro, caso possa se candidatar, passa a ser a aposta mais forte, porque tem condições de ganhar novamente uma eleição. Caso, no entanto, Judith Alapenha, decida apoiar Luna, em vez de tentar a reeleição, poderá atrair setores oposicionistas.”

Semana passado fiz uma análise política em cima de uma enquete da AGD que simulava uma eleição para prefeito e que deu o Dr. Daniel Brasileiro na cabeça (vejam aqui).  Se A GAZETA não fosse escrita muito antes desta minha postagem eu poderia até dizer que o Luís Clério leu o meu texto e fez algumas firulas, de quem está mais de perto, naquilo que leu lá. No entanto, eu sei que ele nem me lê mais e nem daria tempo pois eu não mandei nenhum cópia antecipada para ele.

Lá na minha análise o Emanuel Luna faz parte do Clã da Mamãe Juju, que de qualquer forma, tendo a caneta na mão, é uma das concorrentes fortes ao pleito, mas, com as mesmas ressalvas feitas pelo Luis Clério, sobre o questionamento da gestão da atual prefeita, para mim ela não tem chance, pessoalmente. A chance maior, como diz o jornalista, seria a indicação de alguém do seu clã para concorrer. Suas chances aumentariam, menos que este alguém fosse, como foi noticiado numa “perua” do Blog do André Bernardo, o Dr. Filhinho. Se ela fizesse isto, simplesmente, seria um recado para a oposição claro e firme: “Olha, agora é com vocês.”

Apenas um parêntese sobre as pretensões políticas do Dr. Filhinho, e com minhas antigas ideias de renovar a Câmara Municipal, por os vereadores atuais estarem um pouco cansados de viajar, eu até apoiaria sua candidatura a vereador, só para ele descobrir realmente que não é do ramo e partir definitivamente para a medicina. Bom Conselho ficaria mais tranquilo. Fecha parêntese.

O que ele (Luis Clério) não fala é sobre o Clã dos Curvelos. Há até um anônimo gaiato que diz que eu sou deste clã. Injustiça anônima não é melhor nem pior do que injustiça com RG ou CPF. Mas, dói do mesmo jeito. Apenas, conhecendo a atuação do Dr. Renato como advogado na questão do anonimato (neste ponto eu me comporto como uma fisiologista, pois, indiretamente, ele defendeu o meu anônimo preferido, o Diretor Presidente,  é até um que não é, mais é um grande colega, o Zezinho de Caetés) no Encontro do Poeta, eu digo que alguém com tal sensibilidade jurídica pode muito bem ser um bom concorrente à prefeitura. E ainda continua achando assim, principalmente, se qualquer análise colocar o papel do governador e de outros de fora nela.

Mas uma coisa que não mencionei em minha análise passada foi a qual clã pertenceria o ex-prefeito de Olinda o José Arnaldo. Não foi por esquecimento, apenas eu estava falando sobre aqueles que estavam mais em evidência nos resultados da enquete, na qual o filho do Arnaldo Amaral, também um dos bons políticos da terra, esteve presente em sua primeira parte, mas não passou para o pódio final.

Embora ele tenha se lançado e submergido outra vez no silêncio sepulcral em que vinha antes do Diretor Presidente publicar aqui sua pretensão, eu até espero que ele não tenha desistido do seu intento, pois faria muito bem à Casa de Dantas Barreto, eu também não o mencionei na análise porque ainda tenho a “boca torta” de quem vive em cidade grande onde os partidos funcionam, pelo menos um pouco, e eu pensei que o apoio à candidatura do Emanuel Luna, por o José Arnaldo ser o presidente do PV (embora eu não tenha encontrado seu nome ainda na relação da justiça eleitoral), fosse automático.

O que esqueci foi da história política de Bom Conselho, onde já houve muitas escaramuças entre os pais dos citados jovens no passado, e nada, por este histórico dissesse que houvesse um apoio espontâneo (não partidário) do José Arnaldo ao Emanuel Luna. Mesmo voltando ao presente, eu até hoje não entendi, porque o Emanuel Luna foi atracar no governo da Mamãe Juju. Só uma coisa explica isto: Preparar o rapaz para salvar a gestão dela e, se possível, ela eleger o seu sucessor, como prevê a análise do Luis Clério.

E como alguém dizia, não me lembro quem: “Se você encontrar um jabuti em cima de uma árvore, pode chegar logo a conclusão de que alguém o colocou lá”, no caso da A GAZETA, e da coluna do Luís Clério, eu já estou esperando uma postagem do Blog do Poeta dizendo: “Grande jornalista de Bom Conselho foi encontrado com um jabuti debaixo do braço, se dirigindo para uma das palmeiras do nosso Colégio N. S. do Bom Conselho. Logo depois os bombeiros encontraram o pobre animal, no topo de uma delas com uma faixa amarrada no pé que dizia: Eu voto em Emanuel Luna para prefeito.”

Por essas e outras o Poeta não aparece mais na A GAZETA, “qui nem eu”. Quem manda ir para a oposição?!

domingo, 25 de março de 2012

"NEGRO BURRO!"




Por Nelson Rodrigues (*)

Contei o episódio da escola pública, com a professora caçando nos meus cabelos. Eis a verdade: — os piolhos me humilharam e as lêndeas, não. Várias gerações já rolaram. E, até hoje, acho “lêndea” um nome bonito, como se fosse de madre-pérola. Foi mais ou menos por essa época que eu tive um dos grandes medos de minha vida.

Apontava a primeira estrela. Cheguei na janela e vi, em cima do meiofio, dois meninos descalços. Um deles era filho de uma viúva, que passava e lavava para fora. Minha tia Yayá já me soprara: — “Não brinca com aquele menino, não”. Ainda fiz meu espanto. — “Por que, Yayá?”. Eu a chamava de Yayá e não de titia. Enfiando a linha na agulha, suspira: “É doente. Doente”. Entre parênteses, a mãe do menino era a única magra da rua. E ele tinha numa das faces uma mancha feia, cor da orquídea e da gangrena.

Na tarde de uma única estrela, o garoto estava dizendo: — “Eu não sou leproso. Mamãe me disse que eu não sou leproso”. Eu estava quieto, na janela; e, de repente, comecei a ter medo. Na minha infância, tudo que acontecia parecia um vaticínio contra mim. Certa vez, eu saí com meu irmão Roberto. E vimos na rua São Francisco Xavier, rente ao meio-fio, um garoto atropelado. Lá estava, a seu lado, a chama de uma vela. Em volta, gente espiando. Uma folha de jornal cobria o atropelado da cintura para cima, tapando o rosto.

Senti, então, que meu destino estava ali. Voltamos para casa, eu e Roberto. Era como se a chama estivesse sonhando por mim. Cheguei em casa e aquilo não me saía da cabeça. Fui para o quintal; junto ao tanque, imaginei que um dia eu estaria no asfalto, rente ao meio-fio. Quando ouvi o menino — “Não sou leproso” — achei que ali estava insinuado também um vaticínio para mim. (E a mãe, que lavava e passava para fora, repetindo: —
“Você não é leproso, meu filho”.)

Eis o que eu queria dizer: — nunca, na minha vida, tive tanta vontade de ser amigo de alguém. Falei em medo; mas foi outro sentimento, talvez de espanto ou nem isso. O que doeu em mim, espantosamente, foi a vergonha do menino, a vergonha de ser leproso. Agora sei que não tive medo, nenhum, nenhum. Uma pena tão grande, tão dilacerada.

Depois o menino, sozinho, voltou para o quarto (a mãe morava num quarto de casa de cômodos). Nunca mais o vi. Na minha infância, as pessoas sumiam, como se jamais tivessem existido. Lembro-me de mendigos, cegos, meninas, que eu via uma vez e para sempre desapareciam. Só mais tarde eu soube que a viúva, mãe do menino, casara-se com um preto, o Tião. Do garoto nunca mais se falou.

O preto Tião trouxe de volta a pergunta de Sartre — “E os negros? Onde estão os negros?”. Já expliquei que temos um, o Abdias do Nascimento. Dirá alguém que há outro, o Pelé. Engano. É o menos preto dos brasileiros. Ao vê-lo sentado, ao lado do ministro Magalhães Pinto, no Itamaraty, senti uma ilusão visual. Ninguém mais branco do que Pelé e cada vez mais branco. Eu ouço brancas lindas, dizendo: — “Com Pelé, eu me casava”. O próprio craque podia dizer, como na anedota: “Eu também já fui preto”.

Quando ele se casou, o Abdias do Nascimento veio falar comigo. Arrancou das próprias entranhas o protesto inútil: — “Devia ter-se casado com uma preta”. Mas, se Pelé não é negro, quem o será, além do Abdias? Enquanto Sartre cuspia mais um caroço de jabuticaba, alguém poderia informar: — “Parece que houve aí um preto, um tal de José do Patrocínio”. Anterior ao Abdias, não teve, como este, a explosão do ódio racial. Pelo contrário. A cor só lhe interessava como retórica. Sim, Patrocínio a punha a serviço de suas frases.

Houve, porém, um momento em que era vantajoso ser negro. Falo de toda a campanha da Abolição. O negro era então a moda obsessiva. De mais a mais, nunca se viu uma época tão oratória. Por tudo se fazia um discurso, por tudo se fazia um comício. Lembro-me de uma das tiradas mais bem sucedidas de Patrocínio. Eis o que ele soluçou: — “Deus deu-me sangue de Otelo para ter ciúmes de minha pátria!”. A cor fazia um fundo ideal para a retórica. Era um negro, filho de escrava, que berrava isso. O efeito plástico e auditivo foi total.

E, durante toda a campanha, o “Tigre da Abolição” foi um negro confesso. De vez em quando, porém, Patrocínio tremia. (No fundo, e mesmo em pleno triunfo verbal, era um preto contrafeito e ressentido.) Nas suas depressões raciais, os amigos, perdidos na massa, faziam-lhe as provocações estimulantes. Um. deles, Bilac, gritava: — “Negro burro!”. E um outro: — “Negro sem-vergonha!”. E um terceiro: — “Com saudades do chicote, hein, negro?”. A humilhação era o afrodisíaco verbal infalível.

Ah, o bom crioulo! Andava sempre atrás do efeito cênico. Um dia, fez o seguinte quadro plástico: — caiu de joelhos, aos pés da princesa Isabel, e beijou-lhe a mão, chorando. (Não sei se chorou; mas vá lá.) Houve um estarrecimento nacional. Ninguém lhe aplaudiu o arrebatamento (a não ser os presentes, por vil adulação). Seu ato não pareceu, a ninguém, sublime. O negro aviltara a sua raça, ao portar-se com essa humildade de cachorro velho.

A Abolição foi uma catástrofe para o pobre Zé do Patrocínio. Sumia o pretexto histórico para a sua fúria tribunícia. Era o “Tigre” sem função, sem destino. E, assim, veio de queda em queda, até a miséria feroz. Um dia, Coelho Neto decide: — “Vou visitar Patrocínio”. Tomou um trem e lá se foi para o subúrbio, onde o velho ruminava as suas nostalgias inúteis. O “Zé do Pato” era o diretor de jornal sem jornal, era o orador sem comício, o orador que emudecia antes de morrer. Coelho Neto voltou e tão impressionado que escreveu um artigo patético. Descreveu as privações do “Ex-Tigre da Abolição”. Não tinha uma moeda no bolso. Com pouco mais, teria de viver de esmolas como um ceguinho. Que se saiba, a única conseqüência prática do artigo de Coelho Neto foi esta: o padeiro de Patrocínio cortou-lhe o crédito.

A morte daria ao velho negro o seu último momento de grande homem. Foi um enterro gigantesco, pago pelo Estado. Era a época em que o fato de morrer promovia qualquer um. A vida eterna ainda não estava liquidada; e um caixão de quinta classe era cumprimentado com a mesma solenidade. O enterro desfilou lentamente, teve um itinerário caprichoso, contornando as praças, atravessando as avenidas principais, por debaixo das sacadas apinhadas. Ah, Patrocínio foi o cadáver de cor mais velado, mais chorado, mais florido do Brasil.

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(*) Publicado no Livro: O Óbvio Ululante - Primeiras Confissões [19/12/1967] 

sábado, 24 de março de 2012

Querem dar uma pisa no Poeta. Cruzes!!!


Imagem que ilustra o texto do Poeta em seu Blog.


Ontem escrevi apenas um recado no Mural da AGD sobre as ameaças que, segundo o Poeta, pairam sobre ele. E, mesmo não tendo tido tempo de escrever ontem, com mais detalhes sobre o episódio, eu copiei e colei seu texto e o transcrevo aqui, pois minhas considerações envolvem certos detalhes que serão expostos logo em seguida. Leia a poesia do Poeta:

“BLOGUEIRO DE BOM CONSELHO É DISCRIMINADO E AMEAÇADO DE LEVAR UMA PISA

Ultimamente tem chegado comentários ofensivos não somente para este blogueiro, mas, para outras pessoas amigas e próximas, justamente pela maneira que estamos trabalhando, mostrando a realidade de Bom Conselho, sem maquiagem. Não vamos temer a ameaças [sic] de pessoas covardes que se escondem em anonimato. As medidas cabiveis já foram tomadas, as precauções também. Já descobrimos de onde estão saindo estes comentários. Vamos continuar trabalhando firmes e fortes. Jamais pensaremos em agradar a todos, jamais seremos covardes em parar de informar os acontecimentos de Bom Conselho. Os covardes que continuem assim, nossa maneira de ser para com as pessoas, não mudará. Sabemos que nosso blog, incomoda, sabemos que jornalismo não é para gente medrosa, as agressões por palavras, não vai [sic] nos fazer parar. A discriminação que estamos tendo de forasteiro, extrangeiro [sic], etc, não mudará a nossa maneira de pensar e escrever neste blog. As ameaças que chegam para este blogueiro, já serão oficializadas às autoridades. Sabemos que são dois ou três que acham que a verdade deve ser sucubida [sic], são pessoas que não sabem conviver com a liberdade de imprensa e preferem viver na época do coronelismo. Este blog não vai parar suas atividades por causa de discriminação ou ameaças. Sabemos da audiência do blog, por isso o incômodo. Pessoas que veemente [sic] são contra  o anonimato, hoje são os que mais usam este tipo de expediente. Interessante, que este blogueiro não é politico, nem imagina um dia ser, tem deixado pessoas incomodadas, simplesmente pela maneira de informar os acontecimentos do dia-a-dia. Estamos atento a tudo. Pelo jeito, nesta aldeia, a palavra DEMOCRACIA não é uma bem vinda [sic].

CLÁUDIO ANDRÉ O POETA”

Primeiro do que tudo eu quero dizer que [sic] não é um soluço do Poeta ao externar suas mágoas com umas duas ou três pessoas que se converteram ao anonimato, e sim  algo  que se intercala numa citação ou se pospõe a esta para indicar que o texto original está reproduzido exatamente, por errado ou estranho que possa parecer. E neste caso apenas os usamos nas palavras que nos parecem erradas do ponto de vista formal da língua da língua portuguesa.

E quanto a isto eu não teria nada a dizer se o Poeta fosse apenas um comentarista eventual de blogs ou de murais, como é o Ronaldo Dias lá no Mural do SBC e que a Ana Diva, num gesto de falta de educação o mandou procurar os “sites de português”, como agora tem um engraçadinho lá (Observador) fazendo a mesma coisa (eu estou indo lá, mas a baixaria está tão grande que não se torna lugar apropriado para uma senhora frequentar, apesar de não me considerar moralista; se todos que foram considerados idiotas por lá realmente o fossem seria difícil encontrar alguém em Bom Conselho diferente). Mas, em se tratando de um homem que está à frente do grande complexo de Comunicações Web Poeta, ele deveria estudar mais o português ou pelo menos mandar o Xico Pitomba fazer uma revisão neles antes da publicação.

E é exatamente sobre o Xico Pitomba que quero falar. Todos de Bom Conselho sabem quem é o indigitado meliante. É um contratado pelo Poeta para ajudá-lo a tocar o seu grande estabelecimento “comunicatório”. Além de suas funções normais, em suas horas de folgas, sua missão básica era me perseguir tanto aqui no Recife, quanto em meus momentos de folga em Gravatá. Eu tomei minhas precauções, mas, não pude evitar (talvez seja um pouco de paranoia) de ficar com um medo danado de ir à minha própria terra.

Isto sim foi uma violência, que não chegou a se tornar física, mas esta não é a única forma de violência. Eu não sofri o que o vereador Carlos Alberto sofreu, num episódio que o Gustavinho me descreveu quando ainda falávamos pelo Facebook, mas, mesmo hoje não tenho coragem de passar nem perto de Bom Conselho, e tive até que mudar de endereço e de hábitos.

Como disse antes, e lembro do Carlos Sena falando em seus belos textos sobre a lei do retorno, que quem com ferro fere com ferro será ferido e violência gera violência. Tudo isto para mim é lastimável e jamais poderia concordar com o procedimento dos anônimos que o Poeta diz saber quem são, e que deveria dar os seus nomes, pelos seus malfeitos.

E por falar em anônimos e anonimatos, eu até pensei no início que o Xico Pitomba fosse um pseudônimo do próprio Poeta. Entretanto, como sei que ele organizou um Encontro de Blogueiros sobre anonimato, e cuja estrela (dele) era o Dr. Filhinho por ser veementemente contra o anonimato, me levaram a crer que seria impossível ele adotar um pseudônimo para ameaçar senhoras indefesas, e logo vi que o Xico Pitomba era realmente um ser vivente (talvez não com este nome) e cuja característica básica era a violência. Jamais eu pensaria que o próprio Poeta se transformasse num covarde (como um bom número de pessoas chama os anônimos, e que eu discordo) falando por trás do Xico Pitomba.

Agora seu império de comunicações está ameaçado por anônimos, que ele diz existirem. Mas, estes anônimos são como pés de cobra, ninguém vê, pois ele não os nomeia e nem publica seus comentários. Fica apenas me arranjando epítetos que não me afetam ou chamando o Zé Carlos de travesti. Tudo fica parecendo que estes anônimos não existem e não passam de golpe publicitário para alavancar a audiência do seu blog.

Eu já disse que audiência de blog é pior elemento para se julgar um blog. O mais importante são os comentários, que nada mais são do que uma ampliação deles. E neste aspecto, o blog do Poeta deixa muito a desejar pelas limitações que ele impõe para se comentar lá. Agora, pelo que vejo, ele deve ter muitos comentários anônimos e que os ameaça de uma pisa, ou falam mal do seu blog. Eu os publicaria para mostrar que não tenho o rabo preso.

Sua ação de entregar comentários anônimos às autoridades sem eles serem publicados é absolutamente inócua, a não ser que ele mostre ou a justiça descubra a origem exata dos comentários. E isto, como foi discutido na AGD por muito tempo e no próprio Encontro, pelos relatos feitos pelo Zé Carlos, é uma tarefa que envolve tempo e custos, que nenhuma autoridade judiciária com bom senso de justiça, aceitaria realizar. Ora, se até agora, o vereador Carlos Alberto espera uma definição de quem o maltratou tanto, como as autoridades vão punir quem ainda nem bateu no Poeta? E que me socorra o grande advogado Dr. Renato Curvelo, sobre o caso, pois sou um absoluta leiga, e o que sei aprendi com ele, nos seus artigos sobre o tema.

Portanto,  por mais lamentável que seja, se forem verdadeiras, as ameaças feitas ao Poeta, elas, sem a publicação de comentários ou um fato concreto ficam parecendo que o Poeta não quer é receber críticas de nenhuma espécie ,e ele merece e muitas, não pelo que ele diz em termos políticos, mas, pelas críticas ácidas que anda produzindo e que não o faz político profissional, mas, não deixa de serem atitudes políticas, e quem entra na chuva é para se molhar, e não adianta pedir guarda chuva às autoridades, pois eles já tem mais o que fazer. Pensem nisto!

P.S.: Escrevi este texto ontem e fiquei esperando uma réstia de conexão aqui em Gravatá para publicá-lo. Chegou agora e eu o faço. Amanhã já havia programado um texto do Nelson Rodriguei que penso vale a pena ler. Antes se vejam os comentários ao texto do Poeta onde ele diz que há anônimos correndo atrás dele dizendo: "Ah, se eu te pego, ah se eu te pego. Que delícia, que delícia!"

sexta-feira, 23 de março de 2012

A enquete da AGD como um pré-lançamento de canditados




Ontem, como sempre, fui á AGD e começo logo vendo o Mural, depois vou à seção “Deu nos Blogs”, onde agora eles estão colocando muito mais notícias, e, olhando para o lado esquerdo, coisa que não gosto de fazer muito em termos políticos, porque me sinto um pouco idiota, vi que a enquete mais longa da história deste país, finalmente, estava encerrada. Fui verificar os resultados, para saber, como anunciou Eliúde, quem será o futuro prefeito de Bom Conselho.

Assim fazendo, me deu vontade, antes que o “murista” Zé Carlos o faça, de cometer uma análise fria e calculista dos resultados. E eu não estou interessada aqui em discutir se houve burla ou não houve, porque da mesma forma das eleições normais, os perdedores sempre dizem que houve, enquanto os vencedores juram sobre a Bíblia que isto é intriga da oposição.

Os resultados eram os esperados para mim que acompanhei a enquete anterior que a AGD dizia que era para escolher um pódio. A minha surpresa foi apenas o vereador Gilmar Aleixo ter ficado no pódio, depois da “farra das diárias”, como ficou conhecido o episódio noticiado pelo Diário de Pernambuco, e por mim também comentado (veja aqui), em que a câmara municipal de Bom Conselho abiscoitou o décimo lugar no Estado em gastos com diárias, e ele também recebeu desta verba. No entanto, não me surpreendeu a inclusão do Dr. Petrúcio, por não ter ido se qualificar. Não sei o que há com este povo, mas, pensando bem, ele preferiu Barrabás a Jesus. Desculpem a ironia.

Entretanto, se este foi o pódio possível, vamos à sua análise. O que vejo, com meu faro político, é que há seis clãs em Bom Conselho e que foram representados nos resultados da enquete. Chama-los-ei para não escrever muito de: Clã dos Brasileiros, Clã da Mamãe Juju, Clã dos Curvelos, o Clã dos Soares, o Clã dos Borges e o Clã dos Santos.

O Clã dos Brasileiros é formado pelo Dr. Daniel, o Daniel Filho, o Audálio  e o Gervásio. Dos 480 votos eles abiscoitaram 168 votos ou 35%. O que é um número expressivo de votos para que ele, sem divisão, enfrente as urnas reais em outubro. O fato de colocar 3 ex-prefeitos juntos, me dá um arrepio na espinha mas, eu li num blog uma declaração do Gervásio dizendo que sem esta união não há salvação.

O Clã dos Soares é composto pelo Alípio Soares e pela Ana Soares (que não sei se existe algum parentesco entre eles) e que tiveram 78 votos na enquete ou 16% dos votos. Não há ex-prefeitos neste clã mas há um filho de um ex, o Valmir Soares. O que ainda nos deixa com o coração mais apertado, pois ex é ex.

Pelo que li antes, e até comentei (aqui) no blog do Poeta, o Clã dos Curvelos, apesar de não ter o Dr. Washington Azevedo (pois não alcançou votos suficientes na primeira fase para ir para o pódio), tem o Dr. Renato Curvelo e o Dr. Fabrício Benjoino, e pelo andar da carruagem, já que ele é muito amigo do vereador Carlos Alberto, eu incluo nele o vereador Gilmar Aleixo. Sendo assim este clã obteve 50 votos ou 10% deles.

Além destes, temos o Clã da Mamãe Juju cujos membros são a prefeita Judith Alapenha e o supersecretário Emanuel Luna, de cujo pedigree consta o de prefeito e de ex-prefeitos. Este clã obteve 58 ou 12% do votos.

Finalmente, fiquei em dúvida se colocaria o Dr. Petrúcio entre um destes clãs mencionadas ou se criava um clã para ele. Pelo que sei da família Borges, eles tem tradição na política de Bom Conselho, e agora, nas últimas enquetes o Dr. Petrúcio vem sendo bem votado. Alguns dizem que foi porque ele evitou se qualificar com as verbas das diárias, eu já penso que foi pelo projeto que tirou aquele ferro velho da Praça Pedro II nas festas natalinas. E eu decidi criar o clã dos Borges. E vejam que o Dr. Petrúcio, sozinho e Deus, ficou com 79 ou 16% dos votos.

Restou apenas o clã dos Santos, formado exclusivamente pelo Zenício Santos, que já foi vice-prefeito, e eu o coloco fora do Clã do Brasileiros, pela sua obstinação, revelada em várias declarações de não querer mais saber de política. Pelo que me falaram dele, é realmente uma pena, para política, mas, para a saúde do povo de Bom Conselho, já que ele é médico será bom. Eu sou espero que o Dr. Filhinho não queira trocar de profissão, fazendo o caminhão inverso, pois para a política ele já provou que não tem vocação nenhuma, e como analista político, ainda é um estudante de medicina. De qualquer forma o Zenício levou 42 ou quase 9% dos votos, sendo um expressiva votação, podendo até influir na eleição se ele se arrepender do que se arrependeu.

Então ficamos com cinco clãs válidos e com bom potencial se houver plena transferência de votos entre as pessoas caso elas, por algum motivo (como inelegibilidade, por exemplo) não quiserem concorrer diretamente. Para que eu não fique doida e nem vocês também, vamos reduzir os clãs a pessoas que, pela minha opinião dentro dos grupos poderiam serem candidatos viáveis.

No Clã dos Brasileiros, como soube que os ex-prefeitos tem problemas com a justiça eleitoral (e aqui estou vendendo o peixe como se compra no mercado, enrolado em papel de jornal), o chefe do clã será o Daniel Filho. No Clã dos Soares, será o Alípio Soares. No Clã dos Curvelos, pelo desempenho na enquete, será o Renato Curvelo (com a possibilidade do Washington Azevedo fundar seu próprio clã, mas, não vamos complicar por enquanto). No Clã da Mamãe Juju, também pelo desempenho, será o Emanuel Luna. E, finalmente, no Clã dos Borges será o Dr. Petrúcio Borges.

A única coisa que não pode existir numa análise política é haver apenas um opção. Nem tampouco, serem analisadas todas elas. O Dr. Filhinho tentou fazer isto para o caso dos vereadores, um tempo atrás, e surtou completamente, tendo melhorado muito depois que está mais comedido em seu blog. Sendo assim, analisarei aqui apenas uma hipótese de cinco candidaturas sem rachar os clãs. E para mim, se eu fosse o Ernesto Geisel, o Fidel ou o Hugo Chaves que criavam os partidos e escolhiam os candidatos, eu escolheria estes cinco que representam forças políticas diferentes no município.

O motivo de minha afeição por este grupo de candidatos é que não teremos ex-prefeitos no próximo ano sentado na cadeira do coronel. Cada um deles, a seu modo, seria uma espécie de renovação para aquela cadeira, até pelas suas idades, além da formação intelectual de todos, embora não conheça a do Alípio Soares. Eu tenho minhas preferências, mas não irei revelá-las agora, pois tem muita água a correr pelo Riacho Papacacinha, principalmente, com o Açude da Nação ainda arrombado. Mas, está aí posta uma análise da enquete da AGD, feita nesta sexta-feira, enquanto arrumo as malas para subir a serra, para brigar com minha péssima conexão.

Como vocês viram, eu nem falei em partidos, nem em governador e nem mesmo no Isaltino. A análise está incompleta, é claro. Vocês pensam que nossa vida é fácil? Mas, temos tempo. Enquanto isto, meditem e rezem pelo melhor para Bom Conselho.

quinta-feira, 22 de março de 2012

A existência de Jesus e outros pontos



Anteontem escrevi sobre a oportunidade ou não de termos crucifixos nos tribunais e também noutros lugares públicos (vejam aqui). Recebi um comentário, como sempre bem escrito e de profundo teor do conterrâneo Roberto Lira. Eu já agradeci o comentário lá e disse que o meu tempo era um pouco curto para servir a dois senhores, em termos de temas para escrever: a religião e a política. Se não leram o texto principal, clique no link acima para lê-lo e também ao comentário do conterrâneo que transcrevo abaixo, voltando em seguida para tentar salvá-lo das brasas infernais.

“Conterrânea LP, boas tardes!

É verdade que estou meio sumido. Para ser mais preciso, estou sumindo aos pouco para deixar algum vestígio nesse mundo louco (essa é outra historia).

Lucinha eu também recebi o email enviado pelo conterrâneo Valfrido, que trata do texto Tempos apocalípticos do Paulo Brossard. E, para não sumir sem deixar um pouco do meu rasto eu o respondi agradecendo pelo email e ao mesmo tempo me desculpando pelas dúvidas que levanto sobre o fato em que se baseia o Paulo Brossard para escrever o referido texto.

Em um trecho da minha resposta para o Valfrido eu assim manifestei:
“... a opinião do grande jurista Paulo Brossard, se baseada numa verdade histórica, com certeza é muito pertinente. A dúvida que até hoje eu carrego é se, de fato, essa história do Cristo é verdadeira. Há muito venho procurando evidências da existência do referido personagem e até o momento não encontrei nada que tenha evidenciado essa verdade. Se pesquisarmos na historia da humanidade entre os principais inspiradores/fundadores de religiões e/ou doutrinas filosóficas mais difundidas, tais como: Cristo no cristianismo, Buda (Sidharta Gautama) no budismo; Maomé no islamismo; Confúcio no confucionismo, entre outros; encontraremos algumas dúvidas quanto à existência dos mesmos. Ou melhor, dos ora citados apenas o inspirador da religião cristã é o único que se questiona sua real existência. Isso, no meio historial, que busca evidências para comprovar os fatos históricos. Os demais há provas irrefutáveis das suas existências. Por isso, meu questionamento sobre a pertinência da manifestação do Brossard.”...

Quanto ao seu texto vou fazer uma breve observação sobre a frase: “No entanto, a abertura de todos diante dos valores religiosos de todos, que me desculpem os amigos ateus e agnósticos, é um caminho para verdadeira paz, neste mundo, porque no outro seremos recebidos pelo mesmo Deus, que único.”. Como amigo, como agnóstico, como conterrâneo, você merece todas as desculpas. Nem precisava nem pedi-las, ESTÁS DESCULPADA. Apesar de desculpável, está sua frase carece de respaldo histórico. Nas minhas observações eu tenho visto as religiões como as principais propulsoras das guerras em toda a História da Humanidade. Sinto sinceramente Lucinha não concordar com você. As religiões não promovem a paz, elas colocam os homens uns contra os outros, uma fé contra a outra e isso em todos os tempos e em todas as partes. Isso é um fato incontestável. O discurso de paz dos representantes das religiões é só para fazer proselitismo. A possível paz entre os homens não está nos símbolos, não está nos livros sagrados, não está nos rituais de nenhuma religião. Ela só poderá surgir quando o homem compreender sua própria essência, ou seja, quando ele descobrir a unicidade da sua espécie, a Unicidade de Deus, enfim, a unicidade da vida. Mas, lamentavelmente, são poucos os que realmente desejam a paz entre os homens.

Vamos deixar essas bobagens prá lá. Vamos nos concentrar na próxima novela da “Grobo” (kkkkk), pois nesta o que não dá pra rir dá pra chorar.

Abração, tô suminnnnnnnndo!

Roberto Lira”

Foi auspicioso saber que o conterrâneo Valfrido Curvelo, que me parece ser católico, pelo menos por algumas fotos que vi dele junto ao Padre Nelson, ande espalhando seus inteligentes e-mails com pessoas de várias crenças e até sem crença nenhuma como o Roberto. E já disse várias vezes, o conhecendo apenas pelos debates com o Cleómenes Oliveira, que este é, talvez o seu único defeito. No entanto, como eu aprendi a conviver com o Oliveira que era muito mais defeituoso do que o Roberto neste campo, nunca brigaremos ao ponto de nos separar.

Continuando minha leitura do seu comentário, encontro a questão muito séria sobre a existência histórica de Jesus. Eu penso até que já escrevi sobre isto um pouco, mas, não estou com tempo de ir pesquisar minhas obras (que breve devem ser transformadas em patrimônio cultural de Bom Conselho, em mais um pleito do vereador Carlos Alberto), para ver o que escrevi.

O que penso é que evidência histórica é algo tão relativo que a questão parece até ser falsa. Será que Hitler morreu? E o Elvis? Quem assassinou John Kennedy? Era o nariz de Cleópatra grande ou pequeno? E Saddam Hussein morreu ou era apenas um sósia que foi enforcado em seu lugar? E o Tiradentes, foi enforcado mesmo ou foi tudo uma farsa, como dizem alguns historiadores? Será que o Santos Dumont inventou mesmo o avião ou, como diz meu historiador favorito, o Leandro Nardoch (que o Altamir Pinheiro, o Guerrilheiro das Sete Colinas, odeia porque ele me ajudou a tirar a estrela de sua boina guevariana), que tudo não passou de invenção?

 E assim por diante. Diante disto eu me lembro daquele quadro da Escolinha do Professor Raimundo com o Rolando Lero (penso que era este), quando o professor perguntasse quem foi Jesus, ele perguntaria por uma foto dele morrendo na cruz, além da lança que o soldado romano cravou em seu peito. Mas, penso, que mesmo diante da negativa sobre a existência destes objetos, a observação do Paulo Brossard seria pertinente, pois seria ainda uma história de injustiça plausível de ter acontecido.

E eu ainda continuaria dizendo que deveríamos ter o crucifixo na cruz pelo que a história de Jesus representa, da mesma forma como acho saudável que nas escolas se exponham imagem dos personagens de histórias infantis, mesmo sabendo que eles não existiram, mas geram bons valores para nossas crianças. E como o Brasil todo, ou quase todo acredita que Jesus realmente existiu como homem e que foi injustiçado, nada melhor do que sua história para fazer o mesmo (difundir bons valores) no tribunal. E talvez em todas as repartições públicas, para mostrar que , mesmo que Jesus tenha morrido entre dois ladrões, ele nunca usou de tal prática, então pelo menos respeitem o entorno da cruz, o que não vem acontecendo nos últimos tempos.

Quanto à frase que o Roberto cita sendo de minha lavra eu a confirmo, embora ele não tenha citado tudo que escrevi que foi o seguinte: “Eu sei que por causa da tentativa de se mostrar que “nossa” religião é a verdadeira, muita gente já morreu em guerras e ainda morre, e que está longe desta união em torno de Deus. No entanto, a abertura de todos diante dos valores religiosos de todos, que me desculpem os amigos ateus e agnósticos, é um caminho para verdadeira paz, neste mundo, porque no outro seremos recebidos pelo mesmo Deus, que único.”

Ora, se só lermos a frase em negrito, sem dizer o que penso da “abertura de todos diante dos valores religiosos”, é muito fácil dizer o que o Roberto falou de que as religiões sempre brigaram umas com as outras, por se acharem, cada uma, a verdadeira, e é o que eu digo na frase inicial. É a tentativa muito moderna por sinal, em direção do ecumenismo que eu proponho na frase seguinte, ou seja, talvez o que o Roberto chama de a “Unicidade de Deus”, no qual o judaísmo foi o pioneiro, e aí teremos uma só religião e um só Deus, que para mim ainda é o Deus de Isaac, de Davi e de Jacob dentro da Igreja do seu filho unigênito, que foi oferecido para fosse injustiçado mas pudesse salvar a humanidade do pecado e de suas consequências.

Eu sei que é muito difícil a salvação de um agnóstico ou de um ateu, embora seja mais fácil quando eles são da qualidade do Oliveira e do Roberto, mas, continuo rezando por eles para sua conversão. Dizem que São Paulo era muito pior, apesar de jogar tênis. Não suma Roberto, Deus está lhe vendo, como espero que esteja vendo o Cleómenes lá pela Amazônia.

quarta-feira, 21 de março de 2012

O Poeta e a união das oposições em Bom Conselho


Foto do Blog do Poeta


O patrão do Xico Pitomba escreveu uma vez que ele é minha inspiração. Estava corretíssimo. Sempre me dirigo ao seu blog, o Blog Mais, segundo o Dr. Filhinho, me dá uma vontade danada de comentar suas postagens. Mas, não vou comentar lá, apesar de ter uma Conta Google como ele exige, eu seria uma comentarista solitária por muito e muito tempo. Ou seja, ninguém que o ler, procura comentários, pois para fazer isto é necessário RG E CPF.

Outro dia ele publicou a seguinte postagem, que me inspirou a escrever, e penso deve ter inspirado também o Dr. Filhinho, mas, este deve está em fase de milho. Leiam e se inspirem, que depois eu volto, também inspirada:

“A UNIÃO JÁ COMEÇOU...

Renato, Washington e Fabricio
Já deram o ponta-pé inicial.
E você?

A grande pergunta é: estarão os três juntos num só palanque? É possivel, sim! Ambos [sic] sabem que a única palavra que está acima de qualquer vaidade, chama-se Bom Conselho. É processo natural sempre mudar de lugar, de opinião, de presidente, de governador, de prefeito, etc. A mudança faz parte do nosso dia-a-dia, até mesmo não querendo. Quando compramos uma roupa, um carro, um computador, etc, e depois vemos que não está rendendo o que esperávamos, ou não caiu bem a roupa ou a situação ou o computador não funcionou, é natural querermos algo novo. Bem assim é a politica. Quando vemos que o voto que foi dado, não foi suficiente para acontecer a mudança, se faz necessário fazer outra escolha. A oposição de Bom Conselho, para o próximo pleito, dará um grande exemplo, que politica não se faz com vaidade ou com sonho individual, tem que se pensar no coletivo. Tem que se olhar para frente. Tem que se pensar grande. Seguir o horizonte. Nesta filosofia, as coisas já começaram acontecer em nossa aldeia. Sonhar sozinho não tem graça, mas, sonhar juntos, buscar juntos, pensar juntos, mudará até a rota do vento. Pense nisto!”

Para ficar claro, a primeira frase é a legenda de uma foto que eu coloco ilustrando esta inspirada matéria. O Dr. Renato, o Dr. Washington e Dr. Fabrício abraçado e irmanados no que o Poeta chama de União possível para tirar do trono a Mamãe Juju. Todos para mim, pessoas capazes de sentar naquele trono, os dois primeiros, porque já sentaram bem juntinhos e o terceiro por eu ter ouvido na RadioWebPitomba, e ter me parecido ter boas ideias.

Pelo que sei são pessoas ligadas todas a partidos políticos nos quais eu não votaria de forma nenhuma. Entretanto, eu sei que, em termos de eleições municipais, o partido só conta para cumprir a legislação eleitoral. E é com este contexto que se deve analisar uma eleição em Bom Conselho. Todos sabem que hoje são todos do PDG (Partido Do Governador), e a oposição tem que se fazer nestes termos, vendo as pessoas e não seus partidos. Isto se aplica também a Mamãe Juju.

Talvez esta hegemonia do PDG em Bom Conselho seja prejudicial à própria cidade. Eu vejo de todos os lados as reclamações a respeito do mau governo da Mamãe Juju, mas, venhamos e convenhamos, o exemplo da união dos três da foto tem lá sua culpa na situação. Se é verdade o que ouvi do Murilo Curvelo outro dia na Pitomba’s Radio, sua ligação com o governador mais prejudica do que beneficia seu grupo político, pois pelo que me parece muitas coisas poderiam terem sido feitas para Bom Conselho, com o prestígio de ambos os irmãos Curvelo, um presidente do mesmo partido do governador e outro um seu próximo colaborador.

A explicação de que porque isto não foi feito é uma necessidade para aqueles que pensam a política do município. Para ser justa, o único que eu vi seu contra o governador em alguma fala foi o supersecretário na audiência com os vereadores (vejam aqui), quando ele dizia que a maioria das coisas não terminadas em Bom Conselho era culpa do governo do Estado. Pelo menos por um momento colocaram a culpa no coronel Eduardo, o que foi deveria ser considerado um ato de bravura.

Entretanto, com sempre ocorre eu já vou me estendendo demais na minha inspiração poética. Primeiro o poeta diz que “ambos os três” jovens doutores têm como objetivo Bom Conselho acima de tudo. E isto é muito bom. Se é verdade, eles pensam igual a mim, mas, eu desafio encontrar algum político em Bom Conselho que ouse dizer o contrário. O problema do Poeta é que ele é um poeta e muitas vezes exagera nos adjetivos sem meias palavras. Diante de alguém que era o “governo do povo” no céu e os mortais na terra, como o ele próprio poucos meses atrás, algo soa mal.

E vejam até onde vai a poesia. Ele comparou o “governo do povo” a uma roupa fora de moda, a um carro enguiçado e a  um computador sem a placa mãe, ou seja que não funciona e não tem conserto. Eu fico só imaginando os fatos que fizeram este amor, que era tão lindo, tranformar-se neste terrível ódio. Só pode ter sido a influência do meliante Xico Pitomba.

Nem eu, que levada pelas atitudes do Dr. Filhinho enveredei pela oposição, fui tão longe. Penso até que o “governo do povo” teve algo de positivo, como por exemplo, termos a primeira mulher na prefeitura e a correção no trato do dinheiro público, embora gasto de forma errada e muitas vezes inconsequente quanto às prioridades. Mas, da forma como o Poeta está batendo no “governo do povo”, pode até prejudicar a própria oposição, que ele diz que agora se une, fazendo a Mamãe Juju de vítima.

Eu só fico me perguntando, e minhas fontes que me informem dos motivos reais do amor entre o Poeta e sua Mamãe Juju (epíteto criado pelo próprio Poeta em um de seus momentos de ternura para com ela). Terão sido as altercações com o Dr. Filhinho ou com o supersecretário?

Eu termino, pois já me excedi em minha inspiração, parafraseando o Poeta: “O jornalismo de Bom Conselho, para o próximo pleito, deverá dar um grande exemplo, que ele não se faz com vaidade ou com sonho individual, tem que se pensar no coletivo. Tem que se olhar para frente. Tem que se pensar grande. Seguir o horizonte.” Pense nisto!