quarta-feira, 28 de março de 2012

Vamos salvar nossa juventude: Comentando o Diácono Di


Bíblia Eletrônica


Parece que esta semana tenho que ficar na linha da imprensa escrita. Ainda ontem pedi desculpas ao Luis Clério por ter me enganado sobre um texto citado no seu jornal e em sua coluna, porque havia sido escrito não por ele, mas pelo meu colega blogueiro, o Roberto Almeida de Garanhuns.

Lá eu nem pedi ao Clério para dá sua opinião sobre o mesmo texto porque sua resposta seria dada, quinze dias depois, pela imprensa escrita. Nestas idas e vindas pelos blogs e sites, parei na Academia Pedro de Lara, e fui ler um texto anunciado no Mural, pelo Diácono Di, meu excelente professor de datilografia e que hoje é um servidor de minha amada Igreja.

Pela importância dos seus conselhos, sem pedir permissão (penso ser apenas um pecado venial se ele não gostar) o  transcrevo aqui in totum  e depois faço uns breves comentários sobre o seu assunto principal, que é a importância da leitura:

O QUE SE FAZ COM OS “INDIFERENTES”?

Diác. Edjasme Tavares Lima

Não sabemos como colaborar com as pessoas indiferentes, principalmente aquelas, por mais que se explique, não tem interesse pelo que é importante para si e para a sociedade. Santo Deus, como nos amargura.

Dentre dezenas e dezenas de motivações, vamos dá um exemplo. É retratar o que víamos e aprendíamos há cerca de sessenta anos atrás. O gosto pela leitura. Atualmente, vamos tolerar que o advento da TV, Internet e mesmo o cinema, destronou aquele tipo de lazer. Porém, como já havia dito em outros artigos, não se perdoa o gosto pela leitura de jornais. O jornal serve a nós por vários motivos. Estamos bebendo de suas páginas as notícias nacionais e internacionais, artigos escritos com tremenda boa vontade para vários gostos, o mundo dos esportes, etc. Como é o nosso caso, temos aqui em Bom Conselho, um jornal muito bom, e muito bem confeccionado. Sua apresentação satisfaz e concorre com quaisquer outros de outras cidades interioranas. Qual seria a nossa obrigação com papacaceiro de boa cepa? Sairmos da acomodação e desfrutarmos de uma boa leitura. Ali, bem confortável na dependência de seu lar, ler com calma as boas notícias que enchem o nosso coração de alegria e prazer. Nem só do pão vive o homem, está escrito lá nas Sagradas Escrituras. A irrisória taxa anual, nada pesa no nosso bolso por um produto tão útil como é esse.

Informamos esse tipo de exemplo, porque numa população como a nossa e tão poucos leitores de jornais. Temos o dever de convencer a todos para a boa leitura.

Aqui está um remédio para esse mal da indiferença. Socorrermos aos professores de nossa santa terrinha. Como já comentamos em outros artigos anteriores. Pedirmos aos professores dos Colégios de Segundo Grau, que em certos e determinados momentos de suas aulas, encaixarem a leitura do jornal, uma vez que nele temos espaços para orientações em todos os tipos de matérias a ser ministrada, principalmente português, geografia, história, etc.

O jovem acostumado a ler jornal, não fica embaraçado em entrevistas , num discurso dentro ou fora de seu educandário; num evento cultural sabe dialogar com as autoridades porque está por dentro de todos os assuntos da atualidade; tira dúvidas relendo o seu jornal que está em casa, porque, consideramos um professor mudo e útil; não deixa a pessoa embaraçada em determinados momentos, por falta de conhecimento. Um exemplo funesto dessas coisas, são destacados empresários ou comerciantes que, sempre tem um intelectual ao seu lado, seja contratado ou amigo para lhe tirar de certos momentos angustiantes, porque só sabe mesmo, comprar e vender, habilmente, administrar sua indústria, sem nenhuma noção do que é o progresso do nosso Brasil.

Os professores diriam aos seus alunos: grandes homens que se destacaram na política e na administração da coisa pública nacional sem nenhum curso superior, foi a leitura frequente de jornais, deleitando-se com os principais acontecimentos que seu dom ou vocação estava impondo naquele momento da leitura. Sem a imprensa escrita na nossa vida, tudo fica vazio, restringindo nosso saber e encolhendo nossa curiosidade perante a sociedade e às vezes nossos próprios negócios. Vamos pelo menos salvar a juventude!

Com a graça de Deus
Diác. Edjasme Tavares Lima”

Eu concordo com quase tudo que aconselha o Diácono, e não quero ser considerada, e não sou, uma indiferente no que diz respeito ao incentivo à leitura para os nossos jovens. Eu talvez seja um exemplo, não de um comerciante ou industrial, mas, de uma dona de casa que tomou gosto pela leitura e hoje consegue até comentar o bom texto de um homem letrado e honrado como o é nosso professor de datilografia, pois sou diplomada no ramo pela Escola Pratt.

Eu enfatizo este pendor do meu ex-mestre na arte de teclar, porque sei que ainda hoje, ele deverá ser um exímio teclador, também nos computadores da vida, talvez, com a exceção dos iPads, como o do meu neto onde ele só usa um dedo, o que chamávamos de “dedógrafo”.  Nós, eu e o Diácono, tenho certeza, usamos os dez dedos. No entanto, eu não, e nem ele, sugeriríamos agora aos nossos jovens uma volta aos cursos de datilografia. Eles simplesmente desapareceram com as máquinas de datilografia que eram a coqueluche até o segunda metade do século passado.

Se há alguma coisa que eu posso discordar um pouquinho do meu ex-mestre é o valor exagerado que ele dar à imprensa escrita. Quando ele diz: “Sem a imprensa escrita na nossa vida, tudo fica vazio, restringindo nosso saber e encolhendo nossa curiosidade perante a sociedade e às vezes nossos próprios negócios. Vamos pelo menos salvar a juventude!” Eu até concordaria com a mesma declaração até um pouquinho depois da máquina de datilografia desaparecer.

Atualmente, a imprensa escrita está fadada a desaparecer, e dizem os “experts” não vai deixar saudades em nossa atual juventude. Talvez, eu, o Diácono e o Luis Clério sintamos isto, mas os jovens não. Hoje, é melhor para o planeta incentivar a leitura em outros veículos de comunicação que estão cada dia deixando mais o papel de lado, o que salvará ainda muitas de nossas florestas. E isto vai ser feito com muito mais rapidez do que já se faz com relação aos cadernos de caligrafia e à escrita à mão, que estão acabando, feliz ou infelizmente.

O que não morrerá mesmo, penso eu e com o risco de está totalmente enganada, é o abandono da escrita e de sua leitura. Se eles vem num pedaço de papel, é apenas um detalhe.

Tomemos como exemplo nossa A GAZETA, onde não sou mais publicada, pelas condições rigorosas do seu conselho editorial, de não permitir que se fale de algumas pessoas. Eu, fui a primeira, quando criamos A GAZETA DIGITAL (AGD), a pedir para o Zé Carlos entrar em contato com o Luis Clério para que expandisse o projeto para acrescer ao jornal escrito, uma parte digital. Por motivos que não vem ao caso o projeto não foi em frente, mas, sempre restou aquela promessa e esperança de que o jornal escrito teria seu braço digital.

Ali eu já tinha ciência dos destinos da imprensa escrita, não só em Bom Conselho, mas em todo mundo. Atualmente, é muito difícil se manter um jornal que se confine somente ao papel. E por um motivo muito simples: É mais caro e hoje o leitor mesmo já prefere o jornal eletrônico ao jornal de papel (Não tenho certeza, por isso pergunto, será que na biblioteca do Menino Jesus de Praga, há exemplares da A GAZETA, ou lá já se prefere a mídia eletrônica?).

Agora, uma coisa eu tenho que me render ao texto do Diácono. Não podemos ser indiferente à necessidade de incentivar nossa juventude à leitura. Eu só não escolheria o meio. Tanto pode ser a A GAZETA escrita como A GAZETA DIGITAL, ou até mesmo o meu blog,  a Academia Pedro de Lara, o Blog do Roberto Almeida, o Blog Chumbo Grosso (menos aos sábados e para um público menos juvenil), o Blog do Tiago Padilha (que ultimamente tem dado umas boas receitas de saúde e é muito ponderado na política). Sem querer citar os blogs partidários como o da Prefeita, do Dr. Filhinho, A Casa da Cidadania, Gilmar Aleixo e outros que promovem seus responsáveis no mundo político. E mesmo o do Poeta, para quem não consegue ler mais do que dez linhas de texto de uma vez.

E aí sim, com esta ampliação de meios eu repetiria o Diácono: “Vamos pelo menos salvar nossa juventude.”

P.S: Eu li não sei onde que alguns padres em outros países já preferem ler uma Bíblia eletrônica num iPad (tablet), do que em papel. Me perdoe o Diácono se eu estiver errada, mas, pelo que meu neto mostra de desempenho neste tipo de máquina, eu só consiguirei levá-lo a uma missa se, debaixo do braço dele ele levar seu tablet com a palavra de Deus. Eu penso que não seria um pecado mortal.

Um comentário:

  1. Oi, começo te parabenizando pelo blog! Não li muita coisa pois tenho muita coisa da faculdade pra fazer mas assim que tiver tempo voltarei para ler concerteza! Sou de Bom Conselho tb! Não conhecia esse blog ate que procurando no google o titulo "O SAMBA DO CRIOULO DOIDO" me deparei com uma postagem sua e comecei a ler e percebii que vc era daqui! Crítica, irreverencia e informação acompanhada de seus comentarios e sua ótima maneira de escrever me chamaram muita atenção! Eu tenho 17 anos e tenho um blog tb que não divulgo pq o tenho mais como diaário! Poucos conhecem! Terminei o Ensino Médio ano passado e estou fazendo Letras na UPE, literatura me fascina! Pois é e a partir de agora sou também sua seguidora!


    Abraço :D

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