segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mineiro só é solidário no câncer. E político também...




Vejam bem como minha vida se conturbou semana passada com o anuncio, por parte de meus familiares, de ir para Gravatá. Eles pensam que o meu único trabalho é ficar vestindo neto e cozinhando. Este foi o pior mal que o Dr. Filhinho me fez quando inventou suas mentiradas sobre o Blog da CIT,  em cuja sede era o meu refúgio contra os excessos familiares. Agora, ficando em casa, não tenho como fugir de certas obrigações.

Fiquei um fim de semana inteiro desconectada da rede mundial e sendo escrava da TV, e de minha horta. É certo que consegui escrever um pouco, mas não é a mesma coisa. Por exemplo, hoje vendo os blogs da região do agreste meridional, não encontrei quase notícia nenhuma sobre a doença do apedeuta. Talvez, eles deixaram para noticiar alguma coisa quando ele estiver curado.

Eu sei que doença sempre é um problema delicado mas, o jornalismo não existe só para lidar com fatos corriqueiros e de preferência que não critiquem nem falem mal de ninguém. O bom jornalismo tem que tratar a notícia da forma como deve ser tratada, ao levá-la ao público, e nunca renunciar a informar, pelo menos.

Entretanto, hoje já acordei bem disposta e fui arrumar a casa, naquilo que ainda posso. Toda arrumação que se preza, da classe C para cima, tem jornal para botar no lixo, e eu encontrei um da semana passada e logo do dia que tem uma coluna que adoro que é a do Márcio Cotrim O Berço da Palavra) da segunda-feira passada e que não posso ficar se comentá-la. Vejam a primeira pérola:

Ter o rei na barriga

Expressão popular que designa a pessoa arrogante, que ostenta empáfia por onde passa. Historicamente, porém, vem dos tempos da monarquia, quando as rainhas - e mesmo as favoritas reais -, quando grávidas do soberano – dizia-se que cheias de vida – passavam a ser tratadas na corte com deferência especial, pois iriam aumentar a prole real e, por vezes, dar herdeiros ao trono, mesmo quando bastardos.

Divertido comentário do escritor Fabiano Melo sobre a expressão: no caso, o problema é com a coroa na hora de expeli-la. Uma verdade que tem seu lado escatológico, não há dúvida, mas que bem define a angustiante situação da futura mamãe.”

Como sou católica e não acredito muito em reencarnação, e, apesar de não criticar, não levo fé nesta coisa de espíritos baixarem, eu digo que talvez tenha sido um anjo que me fez pensar, antes mesmo da faxina, quando escrevi no Mural da AGD sobre a Diva do Itaim Bibi e sobre o Dr. Firilho, que é o filho do Andarilho, e que pelo seu estilo servia de “cavalo” para que ele continuasse se manifestando, mesmo depois de morto (embora não acredite). Mas, quem me veio mais à mente quando li o tópico, foi o Dr. Filhinho, o rei da empáfia. O menino realmente tem um rei na barriga, que no caso dele, deve ser um “prefeitinho na barriga”. No momento ele parou de tentar expeli-lo pois o prefeitinho em sua barriga está, não com uma coroa, mas segurando um cano da COMPESA.

Mas, a outra palavra é muito mais adequada ao nosso panorama nacional, estadual e municipal, politicamente falando. Vejam o diamante:

“Candidato

No latim, o vocábulo candidus significava alvo, puro. Em Roma, quem se apresentava para disputar um cargo público era chamado de candidatus porque vestia a toga candida, a toga branca, capa feita de tecido alvíssimo. Essa brancura tinha valor simbólico. Indicava que a pessoa não apresentava manchas de caráter e que, portanto, merecia o cargo pleiteado. Ao correr dos séculos, o termo cândido assumiu o sentido de puro, ingênuo, enquanto candidato passou a designar a pessoa que postula uma posição pública, independente de suas qualidades morais. Entre nós, a dispensa dessas pré-condições atingiu o limite extremo do cinismo, como sabemos e deploramos. Nossa realidade é precisamente oposta, com as honrosíssimas e raríssimas exceções que confirmam a regra.”

Até penso que o Márcio Cotrim está escrevendo para mim, como o Gildo escreve para Ana Luna. Ou, como dizem, ele levanta a bola para eu cortar. Vejam como as palavras são distorcidas em significado com o tempo. Vocês conseguem imaginar o Sarney com uma toga branca e imaculada? Claro que não.

Mas, pensando bem, talvez tenha sido esta a mensagem que o apedeuta Lula nos quis passar vestindo aquela roupa branca, de tecido alvíssimo, em seu aniversário e em suas andanças pelos hospitais. Eu já disse que não gosto de fazer política com doença dos outros e não vou fazê-lo. Apenas constato. E em relação a isto vi em um blog já hoje que o Fernando Henrique, quando o Lula melhorar, vai ligar para ele e desejar um pronto restabelecimento. A mesma pessoa que escreve sobre isto, arremata citando alguém que “mineiro só é solidário no câncer”, e conclui, e os políticos também. Eu mesma, já rezei e continua
o rezando pela saúde do apedeuta, afinal de contas, quero ser política.

domingo, 30 de outubro de 2011

O apedeuta e o câncer




Aqui estou em Gravatá sem conexão com o mundo, com um laptop quase morto. Volto-me para a TV e vejo: Lula com câncer. Já conhecendo a peça política, minha primeira reação foi pensar que seria mais uma jogada de marketing político para evitar que o associassem com as falcatruas do Ministério do Esporte. Santo Deus, como fui bandida! Ou, melhor dizendo, como Lula me faz bandida e como fez bandidos uma porção de gente neste país, pela sua complacência com os “malfeitos”.

Refeita de meus pensamentos poucos “católicos”, quando o vi sair um pouco abatido de uma biópsia, onde comprovara a existência do tumor maligno, me recompus e pus-me a procurar as notícias em canais diferentes, pois estou impossibilitada de usar o meu mais precioso instrumento hoje, que é a internet. Fiquei com vontade de pedir aos familiares que me levassem à cidade, numa “lan house” para me tornar completa novamente. Desisti, pois se lá fosse, talvez ficasse horas e horas, e além de ler os blogs e sites que gosto, fosse até votar na enquete da AGD, que vi seu lançamento, mas, ainda nem votei.

Eu penso que amanhã (ou hoje, não sei, pois se uma réstia de conexão aparecer eu publico hoje o que estou escrevendo) não faltarão as análises e estudos sobre a doença, igual foi feito na TV, e sua associação com a política que é ainda a profissão principal do Lula, pois a de palestrante é apenas um bico.

Associações serão feitas entre a doença e a vida privada do Lula, pois todos sabem, principalmente, depois do “piripaque” que ele teve em Recife tempos atrás, que Lula não vive uma vida que se pudesse dizer que era sem os pecados mortais da carne. Dizem que o “cara” fumava feito uma caipora, bebia feito gambá e, isso todos sabem, falava mais do que o homem da cobra. Assim, não tinha garganta que aguentasse, e, acacianamente, as consequências vem sempre depois.

Como cristã que sou, jamais eu desejaria que a garganta do Lula, mesmo tendo dito tantas besteiras, tivesse sofrido tanto ao ponto de criar um câncer. Eu hoje falo com muita facilidade esta palavra, mas, quando me lembro da minha infância em Bom Conselho, se os de minha geração lembrarem bem, ninguém nunca morreu lá de câncer. Isto porque, esta doença era tão mal vista, que ao acreditar que ela era apanágio daqueles que mereciam castigo, ninguém falava nem que morreu dela.

Evoluímos nesta matéria ao ponto de saber que nada da vida do Lula pode ter concorrido para o seu aparecimento em sua garganta. Talvez a doença seja apenas genética, e que se isso pudesse ser comprovado, eu garanto, como mulher que sou, que a origem deveria estar no beberrão do pai dele e não em D. Lindu, que igual a Mamãe Juju em Bom Conselho, também não teve culpa de ter o filho que teve, sem querer comparar o Dr. Filinho com o Lula, pois aí, pelo menos pela inteligência política eu preferiria o Lula. São os mistérios da nossa natureza que Deus ainda não deixou revelar.

Como ia dizendo, evoluímos nesta matéria de câncer, ao ponto dela ser hoje uma doença muito democrática, sem distinção de cor, sexo, idade ou mesmo filiação política. Está se tornando quase tão democrática quanto a gripe ou as hemorróidas. E para certos tipos dela, as chances de cura são muito altas. Embora isto já não seja tão democrático assim. Para um pobre isto não é verdade, pois ele terá o SUS como penitência, mas, para quem pode ir ao Sírio Libanês, o câncer hoje parece até um resfriado. Este é um dos grandes problemas brasileiros, igualdade no acesso à saúde. Colocaram milhões de brasileiros na classe C, mais eles continuam na classe E quando adoecem, e na classe Z quando tem câncer.

É óbvio que isto não se aplica ao Lula, e nem vamos usar sua doença para argumentar que ele deveria ir para o SUS,  pois isto seria desejar-lhe a morte, e isto nossa religião não permite fazê-lo. Apenas alertamos para o problema da doença e suas possibilidades de cura pela medicina moderna, a que ele tem acesso e eu, mesmo sendo da classe média, com um plano de saúde, pagando imposto dobrado, talvez não tivesse, mesmo sendo classe C antes do PT. E sei muito bem que o Oswaldo Cruz não chega a ser um Sírio Libanês, embora lá tenha ótimos profissionais. Precisamos melhorar muito ainda, e isto não passa somente pela demagogia de que a miséria vai ser erradicada, porque o pobre ganha uma “esmola” que o coloca na classe de não miseráveis, mas, não tem como curar um câncer, da mesma forma que tem os ricos.

Enfim, o que o Lula vai ter que enfrentar agora, e que já foi enfrentado por muitos já na classe A, por mérito ou por experteza, como o Lugo, o Chaves, a Dilma, o Gianecchine, e outros, é uma bela careca e um rosto de bebê. Tenho certeza que ele não usará uma peruca, pois ficaria ridículo, e, eu ainda iria além sugerindo a ele, já que a barba vai cair mesmo, não deixá-la mais crescer. Isto talvez fosse a influência revolucionária de sua doença na política, pelo menos, na política pernambucana. Vocês já pensaram todos os lulistas sem barba?! O Humberto Costa, ainda falando fino, mas com a carinha de bebê?! O Armando Monteiro sem aquela barba bicolor?! Os palanques ficariam irreconhecíveis. Ficariam todos com a cara do Coronel Eduardo.

Nestas reflexões serranas, não poderia terminar sem dizer que não faço política com doença, com dizem, tentou fazer o Alexandre Garcia com a doença da Dilma. A doença é sempre uma miséria humana e que deveria ser proibida. Deveríamos morrer sempre com muita saúde. E é isto que eu desejo para Lula, com todo respeito que merece uma pessoa humana com o seu mal. Que o apedeuta fique logo bom, e que volte logo para eu falar mal dele, com saúde, é o que eu desejo de coração.

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P.S: Não consegui publicar isto lá da serra. Também não quis modificar aqui na minha volta, onde me sinto outra vez com vida na internet.

LP

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Adivinhe quem vem para jantar?




O título deste escrito pode soar estranho para um jovem que frequenta hoje apenas as salas geladas dos cinemas modernos, que produzem um barulho infernal e nos mostram mais efeitos especiais do que  um bom roteiro. Mas, não deve ser estranho para o Roberto Almeida, meu cinéfilo preferido e meu adversário em política idem.

O título pertence a um filme que ganhou um Oscar em 1968 (melhor roteiro), e que eu assisti no velho e bom Cine Coliseu. Como meus neurônios já estão cansados, mais pelo trabalho do que pela idade (quando digo isto meu marido diz: me engana que eu gosto!), eu sabia que era bom, lembrava do tema principal, que era o racismo mas não me lembrava dos seus detalhes. Nestes casos, em nossa época digital, não há problema, recorremos à nossa memória auxiliar que é a internet.

Na grande memória, digo, rede, encontrei que o filme que conta a história de Joey Drayton (Katharine Houghton), uma jovem branca estadunidense que acabou de começar um romance com o renomado Dr. Prentice (Sidney Poitier ), um médico afro-americano que ela conheceu enquanto estava de férias no Havaí. Os dois planejam se casar e ela irá retornar com ele para sua casa na Suíça. O enredo do filme é centrado no retorno de Joey para a casa de sua família liberal de classe alta em San Francisco com seu noivo e a reação de seus pais e amigos ao saberem da notícia. Obama evitou o problema, e espero que tenha sido por amor.

De acordo com o diretor Stanley Kramer, ele e William Rose (o roteirista) intencionalmente quebraram vários estereótipos étnicos: o personagem do jovem médico foi criado com ideais tão puros e perfeitos para que a única objeção possível para que ele se casasse com Joey fosse sua raça, ou o fato de que se conheceram a apenas nove dias antes dos acontecimentos do filme. Stanley Kramer disse mais tarde que, os atores principais do filme acreditavam tanto na premissa que concordaram em atuar no projeto antes mesmo de lerem o roteiro. Spencer Tracy (o pai de Joey) estava terrivelmente doente e as companhias de seguro se recusaram a cobri-lo; Kramer e Katharine Hepburn juntaram parte de seus salários para que se ele morresse outro ator pudesse ser contratado. As filmagens foram alteradas para acomodar Tracy, que apareceu ao lado da Hepburn pela última vez.

Eu apenas me lembro dos meandros emocionais gerados pelo casamento inter-racial lá nos Estados Unidos, embora, com minha cor, embora não tão escura quanto a do Sidney Poitier, tive alguns problemas, embora o racismo nunca tenham me atingido de forma a poder afirmar que aqui ele exista como lá. Nem tanto ao mar nem tanto à terra.

Porém, alguém pode estar se perguntando ou mesmo afirmando, a Lucinha ficou sem assunto e agora quer imitar o Roberto Almeida em sua boa série sobre filmes. Não, não, meu caro perguntador ou afirmador. Este país está numa fase em que se pode faltar tudo, menos assuntos bons de escrever, pelo menos para quem faz oposição ao PT.

Podem até me acusar de estar associando mal ideias porque o que me levou a pensar no filme acima foi um jantar oferecido anteontem pela presidenta Dilma no Palácio da Alvorada, e: Adivinhem que veio para jantar? Foi alguém que já disse que nasceu com um pé na cozinha porque tinha ancestrais negros e que eu ainda admiro. O Fernando Henrique Cardoso.

Como vimos na mídia em fevereiro, num compromisso social, FHC solicitara à pupila do rival que concedesse audiência a um grupo de anciãos que integra, o “The Elders”, que é um grupo de velhos (eu ia dizer idosos, mas o politicamente correto deve ter seus limites) que vive tentando influenciar o mundo para o bem (embora nem todos, mesmo entre eles, concordem com o bem de cada um). Num gesto estudado com esmero, a presidenta cuidou de aproximar dois eventos,  o encontro dos velhinhos e inauguração de uma obra que o Lula iniciou, a ponte sobre o Rio Negro, e que o próprio apedeuta, antes de partir, mencionou a ela a vontade de estarem os dois juntos no evento, matando dois coelhos com uma cajadada só, acomodando-os na agenda em dias justapostos.

Na segunda, proporcionou a Lula uma inauguração-comício. Permitiu-se posar ao lado dele ostentando um cocar indígena. Nesta terça, franqueou a mesa do Alvorada para FHC e seu grupo de ex-líderes humanitários –do americano Jimmy Carter ao finlandês Martti Ahtisaari.

O que ocorre então? O petismo reage com assombro à aproximação de Dilma com um FHC que, na campanha, a chamara de “boneca de ventríloquo”. O tucanato espanta-se com a “rendição” de FHC à criatura de um antagonista que julga ter descoberto o Brasil em 2003. Alheia aos assombros e espantos, a presidenta empurra para dentro de sua biografia uma matéria prima escassa nos dias atuais: o espírito republicano. À sua maneira, a presidenta durona amacia sua Presidência. Retira de cena o excesso de ódio. Relaciona-se gostosamente com os dois ex-presidentes. Ao dar continuidade a um sem renegar os avanços do outro, Dilma leva ‘Imagine’ à vitrola. Quem poderia imaginar? (trecho ligeiramente adaptado de um do Blog do Josias de Souza).

Eu, que não sou besta nem nada, sei que isto é um jogo da presidenta para se livrar do apedeuta. Para fazer isto ela usa até cocar. Pois sabe o trabalho que vai ter daqui prá frente quando forem descobrindo um por um o que foi feito nos últimos 9 anos em Brasília. Eu não sei como ela vai explicar quando a imprensa voltar com força para a Erenice Guerra. Aí, eu pergunto, neste caso: Adivinhem quem vem para jantar? O Temer? Cruzes!!!
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P.S.: Como brinde para compensar meus leitores, porque neste fim de semana curtirei a serra de Gravatá, deixo-lhes com a música que é sugerida a Dilma colocar na vitrola. Linda!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Alguns ainda continuam com o rabo preso ou com o rabo sujo


Imagem do Blog da Niedja Camboim


Hoje estava eu posta em sossego quando fui à página “Deu no Blogs” da AGD. A Eliúde ou o Zé Carlos parece que querem me matar. Havia uma chamada para o Blog do Dr. Filhinho, com um título que me soou estranho: “O anonimato e a soberba”. Como eu já sabia que ele, o Dr. Filhinho, estava se recompondo de um surto psicótico e que agora está de castigo, depois que levou o André Bernardo a cometer a maior “barriga” do jornalismo do Agreste Meridional, depois da que eu mesma cometi quando publiquei no Blog da CIT, baseada num texto do Blog da Prefeita Mamãe Juju, que ela não tinha renunciado, e fui desmentida por toda a mídia daquela área, e com razão, eu pensei que ele não voltaria ao assunto. E não voltou mesmo. Meteu a viola no saco e foi estudar como deve ser, para não fazer a mamãe passar vexame. Embora eu saiba que ele anda lendo a AGD escondido da Mamãe Juju, mesmo que agora negue. E também lê o meu Blog tenho certeza.

O que havia lá era um texto, pasmem, do Sr. Ccsta. Ele voltou, depois de um silêncio enorme, com a desculpa de que obrigações cotidianas o impediram de ler os blogs. Antes eram as viagens agora são o que ele chama obrigações cotidianas, que todo mundo que acompanha o Blog do Roberto Almeida, que é o único que o atura como comentarista, sabe que é fazer comentário infantis e bobos sobre política pernambucana. Já levou tanta lambada dos anônimos e mesmo de outros que tem documentos,  que resolveu outra vez escrever sobre o anonimato.

E eu, pobre senhora metida a leitora, caí na besteira de ler o texto. Mas, foi bom para recomendar aos leitores que não façam isto, a não ser que estejam sem muito sono e nem um chá de camomila resolva, pois é fatal, no meio do texto se você não tiver dormido, só tarja preta resolve. Eu cheguei a dormir várias vezes. E quando acordava era difícil juntar as partes para pelo menos comentar um pouco. Agora eu sei porque o Dr. Renato disse que comentaria um texto anterior do Sr. Ccsta, com maturidade e não com senilidade.

Enquanto eu lia o texto do Dr. Renato, e mesmo como leiga no assunto, pela sua competência em escrever, eu me sentia em casa, como se diz. No do Sr. Ccsta, parecia que eu estava num deserto de ideias e morrendo de sono.

Ele começa dizendo que não o move o interesse de estimular polêmicas inúteis, como se não fosse ele o maior polemista de causas perdidas da blogosfera pernambucana, e cuja inutilidade só não é maior porque ele ainda consegue citar um livro do século passado em sua área de atuação.

E imaginem senhores que ele diz que leu o artigo do Dr. Renato num dos blogs dos arredores de Bom Conselho, segundo ele, quase um mês depois de publicado na AGD (aqui). É o reflexo da senilidade, e se um comentarista dos blogs onde ele comenta estiver certo, pode ser por ingestão de determinado medicamento, para o qual deve se ter saúde para tomar. As consequências são a lentidão nas respostas, e uma certa confusão mental que transparece toda hora em seu texto, quando conseguimos ficar acordados. E não faltarão blogueiros, como o Dr. Filhinho, que não entendem nadica de nada do assunto, para o publicarem dizendo que o Sr. Ccsta é o Astromar Junqueira da época moderna, como já fizeram.

Eu não sei porque tem um turma, da qual o Dr. Filhinho é o porta-bandeira, o Sr. Ccsta é a “baliza” e O Andarilho era a “contra-mestra”,  que finge não ler as coisas quando não querem falar delas. Todo mundo sabe que eles lêem a AGD e lêem meu Blog com a mesma sofreguidão que liam o Blog da CIT. Como não tem argumentos para um debate civilizado, um diz que vive viajando outro diz que está estudando, como o da Bahia dizia que estava rezando. Todo mundo sabe que isto é mentira, covardia e pretexto para fugir de qualquer debate civilizado. E ainda dizem que é anônimo que é covarde. O Andarilho o era e eu nunca o achei covarde. Era apenas pouco inteligente, igual ao Dr. Filhinho, que como dizem, nem conseguiu passar no vestibular para a UFPE.

No caso presente, do Sr. Ccsta, ele começa a denegrir o texto do Dr. Renato, mesmo antes de qualquer análise dentro da área deles. Vai logo dizendo que o texto é mal-escrito, que ele não sabe o significado das palavras, etc. etc. o que ele diz que num tribunal o juiz não permite fazê-lo então ele o faz aqui, apenas repetindo um comportamento que ele quis condenar no texto do Dr. Renato.

Eu dormi no terceiro parágrafo. Quando acordei lá estava ele dizendo que um advogado que usa a expressão “rabo sujo” é imaturo e incivil. E eu pobre idiota que achava que imaturo e incivil era quem tinha o “rabo sujo” e não quem fala ou escreve as palavras. E ainda continuo achando e concordando com o Dr. Renato: “Quem é contra o anonimato ou tem o rabo preso ou tem o rabo sujo”.

No parágrafo seguinte ele mostra por A mais B que é um leitor assíduo da AGD. Pois, ele não foi ao Encontro de Blogueiros, o Dr. Filhinho também não foi, ambos correram do debate no tempo oportuno e na ocasião própria, este último porque foi avisado antes das lambadas que ia levar. O único que vi reproduzindo esta a cena de alguém que perguntou, quando o Dr. Renato disse que o blogueiro não é responsável pelo comentários anônimos, e alguém questionou sobre a veracidade ou não dos comentários: E se forem verdadeiros? Foi o Zé Carlos quando historiou o Encontro e de uma forma muito clara, legível  e precisa. Mas, nunca admitem isto. Mas, por que o Sr. Ccsta citou o caso, que foi tão bem explicado pelo Dr. Renato? Simplesmente, para poder começar a enrolar o leitor.

Eu não fui ao Encontro, apenas li o que foi publicado e conversei com o Zé Carlos sobre o mesmo, e principalmente sobre a palestra do Dr. Renato. Eu não vi, nestes lugares citados onde ele tenha mencionado que o blogueiro precisa saber se o comentarista está dizendo a verdade ou não. O que eu entendi é que, sendo verdade ou não, o responsável pelo comentário é o comentarista e não o blogueiro, a não ser que se prove que o próprio blogueiro é o comentarista. E que para isto ser feito é preciso que se vá ás autoridades policiais e judiciárias para descobrir, quem foi o comentarista, ou mesmo o blogueiro, no caso dos blogs anônimos.

No exemplo por ele citado, no qual alguém chama um homosexxual enrustido de homossexual e ele se ofende, e ele sabe mais do que ninguém porque o usou, a difamação contra o homossexual enrustido foi feita pelo comentarista e não pelo blogueiro. É aquele que deve contas à justiça, pois “portador não merece pancada”, e isto resume pelo que eu entendi, com o meu curso médio no CEP, e já tendo ido muito além do Lula na educação formal. Quando o Dr. Renato explicou eu entendi até o que é “causalidade”. O que vi salientado pelo Zé Carlos, é o aspecto ético da questão. Eu, em meu blog se vier um comentário anônimo chamando o Sr. Ccsta de homossexual eu ficaria em dúvida se publicaria ou não. A dúvida viria de meus princípios éticos e não dos problemas jurídicos que ainda acho que não me atingem. E isto não significa que eu acredite ou não que o Sr. Ccsta é homossexual ou não  e nem estou interessada nisto. Não tenho preconceitos sobre a preferência sexual das pessoas, e se algum dia eu permitisse o comentário seria para dizer que ele sendo homossexual,  talvez se tornasse uma pessoa melhor do que o que se apresenta nos blogs.

A partir daí, era cada parágrafo um cochilo até que depois de vários chegamos ao penúltimo parágrafo onde o Sr. Ccsta admite o anonimato da fonte jornalística, com a ressalva de que o juiz pode mandar desfazer este sigilo. Eu não sei se isto é verdade no juridicismo brasileiro, ou mesmo se estende ao segredo da confissão, ou ao sigilo profissional. Não sei se é possível que algum juiz possa forçar um jornalista a denunciar suas fontes, nem a advogado ou médico denunciar seus clientes. Se isto for possível será um horror.  Com a palavra o Dr. Renato, que sabe escrever, pois o Sr. Ccsta já mostrou que tem uma gramática impecável mal usada num texto sem conteúdo. Cruzes!!!

E como o objetivo sempre foi intimidar os anônimos e os blogueiros, depois de vários textos onde ele disse que não havia legislação efetiva contra o anonimato, agora ele termina seu texto, conluiado com o Dr. Filhinho dizendo que os blogueiros devem esperar as primeiras ações na justiça, como uma forma de inibir a liberdade de expressão nos blogs, como ele brada sempre onde escreve nos blogs de Garanhuns, e o Dr. Filhinho veio com aquela história fajuta que era um descobridor implacável de IPs, confessando um crime de invasão de privacidade e outro de que não sei o nome, mas, o Dr. Renato deve saber, que é tentar fazer justiça com as próprias mão.

Para mim, o crime principal do Dr. Filhinho e seu advogado o Sr. Ccsta, não foi intimidar àquelas pessoas que sabiam e sabem que ele é um mentiroso, mas, o crime maior foi ter colocado um pavor nas pessoas de Bom Conselho em se expressarem da forma como quiserem exercendo o seu direito ao anonimato, dentro dos padrões éticos aceitos por sua comunidade. Por este crime a sociedade de Bom Conselho já o está cobrando muito e continuará a fazê-lo. Pena que quem vai sofre agora é a sua mainha. Ele, o Dr. Filhinho, já correu depois do surto psicótico enguadrado por ela, e eu pensei que o Sr. Ccsta teria ido com ele. E o homem voltou.

Dr. Renato, não o conheço pessoalmente, apenas pelos seus escritos, mas, sei que é um valoroso jovem de nossa terra, e é desse tipo de jovem que nossa cidade precisa.  Como mais velha, embora não chegue a idade de ser sua avó, eu tomo a liberdade de dizer-lhe que não vale a pena lutar contra a senilidade em estágio avançado, nem contra a “adolescência tardia”. Nem dê trela. Para o primeiro caso o remédio é um abrigo e convivência com os da mesma idade, e para o segundo, umas boas palmadas maternas resolvem.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Quem substituirá o Orlandinho? Pelé ou Daiane dos Santos?




Só Deus sabe como eu tentei mudar de assunto no que irei escrever hoje. Mas, não deu, gente! É Orlandinho prá cá é Orlandinho prá lá o tempo todo. Nunca mais tinha visto uma coisa dessas desde que o Lula foi apanhado de calças curtas, na época do mensalão, e andou dando entrevistas em Paris, dizendo que Caixa 2 todo mundo fazia. E todos depois souberam que ele só teve coragem de dizer isto porque estava no exterior e não corria o risco de ser preso.

Tudo que li e ouvi hoje gira em torno da situação do Orlandinho. Superou até o terremoto da Turquia onde houve milhares de mortes. Eu, com a minha responsabilidade política não poderia simplesmente parar de falar nele, somente porque já escrevi mais de 10 ou 20 vezes sobre o assunto.

Dias atrás eu dizia que o Ricardo Kotscho, apesar de parecer amante do Lula, de vez em quando escreve coisas interessantes e sensatas, que pelo menos não agridem os fatos como alguns jornalistas querem fazer. Ele hoje apenas comprova esta tese, embora não saia de vez dos braços de Lula e da Dilma. Num bom texto ele chega à conclusão de que entre a imprensa e Lula, Dilma fica com Lula e tenta justificar esta conclusão dizendo que apesar de estar pressionada por todos os lados, a presidenta resolveu dar um tempo exatamente para mostrar ao mundo que não decide sob pressão. Ele pondera que o tempo tem limite para que finalmente a presidenta decida defenestrar o Orlandinho e que de um lado, estavam toda a grande imprensa brasileira, a FIFA e a CBF, querendo a cabeça dele de qualquer jeito; de outro, o aliado PCdoB apoiado pelo ex-presidente Lula, que recomendou ao partido e ao ministro para irem à luta e não abrirem mão do Ministério do Esporte.

Ela resolveu lhe dar um voto de confiança segundo segundo Kotscho, mas acrescenta que perdem seu tempo os coleguinhas que a todo momento procuram encontrar divergências entre ela e o apedeuta e acusam Lula de interferir demasiadamente no governo da sucessora. E continua dizendo que ambos se respeitam e são, acima de tudo, amigos fraternos. O Kotscho vai além e diz: “Toda vez que a oposição midiática ou partidária, o secretário-geral da FIFA e o presidente da CBF, e quem mais for, estiverem de um lado, e Lula, de outro, podem ter certeza  de que Dilma ficará com Lula. E a aliança dos dois se fortalece.”

O fato novo de hoje é que o STF, através da ministra Carmen Lúcia, aceitou pedido do Ministério Público para a abertura de inquérito com o fim de investigar irregularidades no Ministério do Esporte. A gestão de Agnelo Queiroz (PT), antecessor de Orlando Silva e atual governador do DF, também está na mira. A ministra Carmem Lúcia pediu ainda ao Tribunal de Contas da União (TCU) que informe se existem processos em andamento sobre convênios firmados na pasta e requisitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que encaminhe ao Supremo inquérito que investiga a participação de Agnelo nas irregularidades.

Será que a Dilma ainda vai ficar com o Lula como prevê o Kotscho? Será que ficando, a aliança entre eles vai se fortalecer cada vez mais? Sei não.

Como também não sei como ficarão os jornalistas como Roberto Almeida e Paulo H. Amorim, e os que dizem que as esquerdas quando roubam tem razão, enquanto quando os de direita o fazem é pura emoção, ao descobrirem que não era só o Civita da Veja que queria derrubar o governo da Dilma. Agora também o STF e a Procuradoria Geral da República fazem parte do golpe de estado. Meu Deus, a quem convence ainda este argumento?

Quando a Dilma vai descobri que, para o bem dela e do Brasil, vai ter que defenestrar todos os ministros que um dia chegaram perto do apedeuta, pois todos estão contaminados com o vírus da condescendência com o “malfeito”, para usar a linguagem da moda? Ela, lá no fundo no fundo, já sabia disto deste que foi lançada candidata por ele há quase 3 anos. Aceitou o jogo, pensando que um dia o inverteria sem atritos maiores com o apedeuta. Só não pensou que tudo começaria logo no primeiro ano de governo.

Eu tenho pena dela, como tenho também pena da Mamãe Juju lá em Bom Conselho, que agora anda vagando de festa em festa, de sopão em sopão para tentar reverter o mau governo que fez, por não saber administrar as influências dos outros, principalmente dos homens. São problemas parecidos, mantendo as devidas proporções. Os homens na vida de cada uma as estão derrubando.  Elas se cercaram de mulheres para ver se conseguiam continuar. Foi um erro maior. O que tinham de fazer era mostrar que eram “mulher macho” e enquadrar os homens maus que a rodeavam. Penso que ambas não conseguirão, embora uma delas tenha um tempinho maior, e responsabilidade também maiores. É realmente uma pena. Não serão as primeiras mulheres que realmente farão mudar o respeito que se tem pelo nosso gênero. Que venham as segundas, as terceiras e assim por diante.

Eu só espero que quando a Dilma defenestrar o Orlandinho não vá chamar a Hortênsia para o seu lugar, só porque é mulher. O Pelé já estaria de bom tamanho. Se não der certo, aí sim, chame a Daiane dos Santos. Se ela não for filiada ao PTdoB, é claro.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A provocação do Wagner Marques, ou, foi o Orlandinho da Garagem?




Outro dia vi um recado do Wagner Marques neste blog (aqui) no qual ele me fazia uma provocação para eu falar do Orlando Silva, não o cantor, mas, o ministro. Lá mesmo eu o respondi nos seguintes termos que os mantenho:

“Caro Wagner Marques,

É até uma honra receber um seu comentário, já que sou fã do seu Blog e sempre o leio.
Eu já escrevi bastante, rodeando o Ministro Orlando Silva, também conhecido agora como Orlandinho da Garagem. Mas diretamente sobre ele não o fiz. Ele hoje não é mais daquela [cor] bonita que eu também tenho no sangue a cor negra, mas já está amarelo, sem querer ofender aos asiáticos.
Quem sabe um dia. Amanhã escreverei sobre os "lençóis maranhenses" em contraposição aos "lençóis pernambucanos" que estão contaminados.
Outra coisa, eu já tentei colocá-lo entre os meus sites nobres mas não consigo pois ele fica sempre lá em embaixo. Com sou neófita no assunto, adoraria que você dissesse o que tenho que fazer.
Obrigada pelo comentário e um abraço.

Lucinha Peixoto”

Hoje escreverei um pouco mais sobre o ministro Orlandinho, como a Dilma o chama, ou “meu comunista preferido”, como o faz o apedeuta Lula, não só pela provocação do Wagner (que até hoje não me disse como coloco o seu blog entre meus sites nobres, sem que ele caia lá prá baixo na lista, e não suba nunca), mas sim porque ele, o Orlandinho, ainda é o assunto do momento.

Vejam que até o Lula e a Dilma, vestidos de índio em Manaus, quer dizer a presidenta e quem dá as ordens na república, continuaram falando dele, e dizendo que se ele fizer mais uma vai para o milho de joelho, igual está hoje o Dr. Filhinho, que teve o mesmo castigo dado pela Mamãe Juju. A única diferença é que o Orlandinho vai para o milho fora do ministério, demitido do cargo, mas, infelizmente, filho não pode ser demitido, às vezes, é karma mesmo.

Quando eu penso no Orlandinho, o que faço até com muito carinho pois ele é um belo mulato e que lembra meu pai, minha mente se volta para um filme do qual não me lembro o nome, mas, para quem gosta de cinema como o Roberto Almeida é fácil de lembrar, e também porque já passou na TV umas tantas vezes. É uma comédia, onde há um policial meio enrolado que sofre um acidente, e, encontrado por um veterinário, salva sua vida fazendo uma operação usando partes de animais. O resultado é que o homem passa a ter alguns comportamentos idênticos aos animais. E é daí de onde vem toda a graça do filme quando ele passa a se comportar como um animal em certas situações, até algumas um pouco pecaminosas, para mim e até para animais.

Porém, se vocês estão pensando que vou comparar o Orlandinho com o policial, dizendo que ele passou a ter um comportamento animal, estão enganados, apesar do comportamento do PCdoB, tentando protegê-lo, depois de tantos anos de glória, seja bem parecido. No filme, o roteiro leva a uma situação onde aparece uma fera atacando os rebanhos dos fazendeiros do local e todos os espectadores ficam pensando que é uma das possíveis ações do policial com suas atitudes animalescas.

Grande parte do filme é uma caçada a esta fera e é aí onde aparece alguém que eu posso associar com o Orlandinho. Todos sabem que o preconceito racial nos Estados Unidos, apesar de toda a retórica pós Martin Luther King, ainda existe e dificilmente se vê casamentos e até outras relações entre pessoas com cores diferentes. Já nós, aqui no Brasil, temos todos os tipos de relação, mas discriminamos pela pobreza. Lá, depois de muita luta, se tornou também, políticamente incorreto a discriminação aberta, pela cor, a não ser por movimentos radicais.

No filme, em toda a situação da caçada aparece um negro, que para proteger alguém da acusação de ser uma fera, ele se confessa culpado. Dizendo, “eu sou a fera que atacou a vaca ou bezerro”. Todos o ouvem com respeito e reverência e a reação é a mesma de todo ato politicamente correto, negar as evidências para não sair mal na fita. Ao final de muitas tentativas de tentar passar como a fera, ele diz, mais ou menos o seguinte:

- O que é que vocês estão pensando? Só porque eu sou negro não posso ser uma fera? Isto é uma tremenda discriminação!

A semelhança com as atitudes do Orlandinho parece está chegando a esta situação, não em relação à cor, nem a raça, mas sim em relação à sua posição na escala política, que para os simplórios vai da extrema esquerda até a extrema direita, e que nem pensam que esta escala é curva e termina unindo suas pontas no final. Querem tanto proteger o ministro que chegam a nos provocar mais suspeitas.

Talvez numa reunião interna dos governistas, da mesma forma que os caçadores da fera, alguém deve ter dito “não, não é possível que o Orladinho fosse capaz de tais atos, ele é de esquerda! E até foi ministro de “Lula 80% de aprovação”. E, ainda talvez, o Orlandinho tenha se levantado e dito igual ao negro do filme:

- O que é que vocês estão pensando? Só porque eu sou de esquerda não posso ser ladrão, como um monte de ministro que estão por aí ainda? Isto é uma tremenda  discriminação!

Ser politicamente correto tem seus limites e a presidenta os está ultrapassando deliberadamente para salvar o Orlandinho, orientado pelo apedeuta esperto, pois este sabe que só se safam desta se a crise econômica não atingir o Brasil até o próximo ano. Mesmo assim, e rogando a Deus para que a crise não venha e mais uma vez nos safemos dela, politicamente, ele sabe que se ficar o bicho pega e se correr o bicho come. Ou melhor, ou diz que o Orlandinho é a fera, e paga o preço por atacar a esquerda, ou age de forma politicamente correta, e diz que ele não poder ser, e a oposição fica com um prato cheio para as próximas eleições.

Talvez a solução melhor para o governo da presidenta seria admitir que não tem nada a ver com isto, pois ela foi forçada a manter o Orlandinho. Quem seria o culpado então? Houve um presidente aqui no Brasil que disse que tinha “aquilo roxo”, eu não sei o que ele tem de roxo, mas pergunto, será que a Dilma tem?
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(*) A charge da foto é da AGD, página Fotos e Vídeos no Cantinho do Jameson.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

"Deu nos Blogs", um comentário em Roberto Almeida e mais mutretas do Orlandinho




Esta coluna ou página da AGD (Deu nos Blogs) está cada dia melhor. E modéstia à parte, pois fui eu quem fui procurar o Zé Carlos para criá-la, a AGD também. Naquela época eu nem sabia que pudesse chegar ao ponto que, por uma mentira do Dr. Filhinho, eu fosse viver uma época, “vagando pela rua triste e desiludida” (penso que quem canta esta canção é o Nelson Gonçalves que agora não está na moda, e sim o Orlando Silva). Mas, encontrei meu espaço, graças a Deus e já sou tão lida quanto o era no Blog da CIT. Obrigada Bom Conselho e adjacências. Mas, eu falava na coluna Deu nos Blogs da AGD.

Hoje li nela um texto do Blog do Josias de Souza (um deles, pois há outro onde há até um vídeo do Orlando Silva, que sei ser coisa da Eliúde),  onde ele citava outro jornalista que esquadrinhou um convênio assinado pela pasta do Orlando Silva (que confusão, agora é o ministro e não o cantor) com um Instituto Pró-Ação, que é uma ONG (o Zé Carlos diria uma ONGdoB), que é realmente um espanto. Pelo menos deve ser para aqueles que pensam como o Roberto Almeida, que continua sendo o melhor blogueiro de Garanhuns, mas, infelizmente é um lulo/petista de carteirinha, comprovando minha já tão provada tese de que ninguém é perfeito, que as esquerdas devem ser perdoadas porque as direitas também roubaram.

Lá ontem (veja aqui) eu fiz um comentário extenso sobre a matéria e que foi por ele publicado, o qual transcrevo abaixo, com alguns concertos simples em erros cometidos pela pressa dos comentários, mas que não mudam sua ideia central. Antes disso eu queria dizer que este texto, até quando fui lá da última vez já havia nele mais de 40 comentários, dos quais pouco se interessaram em mostrar os documentos, e sim ideias sensatas a respeito da postagem, eram anônimos em sua grande maioria. É lendo o Blog do Roberto Almeida, que não tem medo do anonimato, pois não tem o rabo sujo ou preso, que podemos aferir a opinião do povo sobre os fatos. Obrigada Roberto, pela publicação do que se segue:

“Caro Roberto,

Postagens atrás eu fiz um comentário falando sobre seu viés dilmista. Não foi uma acusação e sim uma constatação. Talvez eu devesse ter dito viés lulo/petista, o que inclui a Dilma e também o Coronel Eduardo, aqui no Estado. Mas, sempre sem tentar condená-lo e apenas constatar o que ocorre.

Eu não condeno ninguém por ter suas ideologias, pois eu tenho as minhas e não me acho a pior das mulheres por isso. Apenas não concordamos em tudo. Longe de mim pensar que o que você escreveu acima é dirigido a mim, pois até ficaria envaidecida que a mim você se dirigisse, mesmo com o som discordante da política. Mas, não tenho como deixar de comentar outra vez, agora não o Brizola Neto nem o Paulo Henrique Amorim, que continua achando calhordas, embora não considere o Kotscho como tal, pois até recentemente o citei em meu blog espinafrando o PCdoB, sem acusar ninguém, apenas constatando o óbvio, que não dá mais prá segurar tanta corrupção.

O problema caro Roberto, é que, pelo que está acontecendo hoje, os jornalistas que você citou pelas esquerdas estão errados,  e os que você citou pela direita estão certos. Ou você acha que se dá prá se levar a sério esta história de que a Veja quer é derrubar a Dilma, quando publica denúncias contra um ministro da Dilma, que são comprovadas até por bandidos como é o ongueiro denunciante?

Só o Sr. Ccsta, que continua no blog com os rompantes de sempre, e quem não o conhece até para para ler, acredita numa coisa destas, junto com o Paulo H. Amorim. As provas estão saindo, ao ponto de tornar a situação de tamanha gravidade que ensejou iniciativa inédita: o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, anunciou que pedirá ao Supremo Tribunal Federal abertura de inquérito contra Orlando Silva, ainda no exercício do cargo de ministro, “considerando a extrema gravidade dos fatos noticiados”.

Aí não dá, caro Roberto para citar os jornalista de esquerda que, além de serem de esquerda, simplesmente querem abolir os fatos. Você pergunta onde estão os ladrões de direita? Eu respondo: Estão por aí, lembra do Arruda? Mas, no momento estamos falando nos de esquerda que estão no poder, e já estão aí por quase 10 anos. Você pergunta: Por que todos os bandidos agora estão no campo da esquerda? Eu respondo: Porque o governo que temos é de esquerda, e o apedeuta Lula, contribuiu como ninguém (apesar de apenas fingir que é de esquerda) para a esta situação (lembre dos seus aliados Sarney, Collor, Renan e tantos outros são de direita ou de esquerda?) E não há problema em ser analfabeto, minha mãe era e foi uma santa mulher. Ruim é quando se usa isto para lembrar as pessoas que o estudo não vale nada e que quando se defende que as pessoas devem ser estudiosas e cultas estão sendo elitistas.

Caro Roberto, mil desculpas por estes comentários. Fica parecendo que o estou agredindo em sua própria casa. Mas, eu sei que você, como um democrata que é, sabe bem que discordância, principalmente política, não é ofensa pessoal. No entanto, se você achar que isto é uma agressão a você, não publique este comentário, e ainda seremos os bons amigos e agora colegas blogueiros, de sempre.

Lucinha Peixoto (Blog da Lucinha Peixoto)”

E agora voltemos à denúncia de hoje e de cada dia até a consumação do governo lulo/petista, não por golpe, mas nas urnas, o que começará já em 2012.

O convênio referido acima, segundo o jornalista, foi acertado em 2009, envolvendo R$ 2 milhões. Pelo Ministério do Esporte o responsável pela sua assinatura é Wadson Ribeiro, que é afiliado de qual partido? Acertaram, o PCdoB, e é homem de confiança de Orlandinho (sem querer desrespeitar o cargo, mas apenas para evitar a confusão com o cantor), hoje é secretário de Esporte Educacional, e é um ex-presidente da UNE. (Meu Deus, não se faz mais estudantes universitários como antigamente, deve ser o “efeito apedeuta”).  O convênio está agora na fase de prestação de contas.

Do total, descobriu o jornalista, pelo menos R$ 1,3 milhão foram parar em contas bancárias “multretosas”. E o texto cita alguns fatos escabrosos que nem vou aqui repetir, pois eu ficaria, acacianamente, repetitiva.

O Blogueiro citado conclui seu texto com a seguinte frase: “Como se vê, a análise da prestação de contas da conveniada do Esporte é feita de três elementos básicos: espanto, pasmo e estupefação.” Hoje eu já não concluiria assim. Eu diria que a prestação de contas está dentro da normalidade, sem generalizações descabidas, em quase todas as ONGs abraçadas pelo PCdoB, o que só mancha a história do Partido, por mais que se tente dourar a pílula em programas gratuitos cujo último pareceu uma piada de mau gosto.

E ainda falam que a Veja quer derrubar o governo da Dilma, dentro da mesma linguagem golpista que sempre foi usada pela esquerda desde que o mundo é mundo e antes de surgir o regime político democrático representativo de todos e não só de uma classe ou de um feudo.

E ainda falam que agora só se dar atenção a jornalista de direita como o Reinaldo Azevedo. Ora, eu nem concordo em tudo com ele, mas agora ele pode ser até do PSD, que não é de direita, nem de esquerda nem de centro, ele está certo quanto ao Orlandinho. E digo mais, concordo com ele quando diz que a única solução para evitar os trambiques das ONGs, principalmente, as ONGdoB, é não colocar dinheiro público em nenhuma delas. Mas, isto já é assunto para outro texto.

sábado, 22 de outubro de 2011

O descalabro da Perdigão, "porque hoje é sábado..."





Certo dia o Zé Carlos publicou um texto meu completinho (aqui), no qual eu fazia uma paráfrase de um texto, para mostrar o absurdo que é, em pleno século XXI, com internet e tudo, ser contra o “anonimato”. Segundo ele (o Zé Carlos), esta publicação poupou seu tempo e até me pediu desculpas por não ter pedido minha permissão. Ele sabe que nem ligo para isso e fiquei até envaidecida.

Agora dou o troco. Neste sábado, depois do mercado e “livre” dos netos, tenho tempo, tenho assunto, mas estou com vontade de fazer outras coisas. Então eu disse, já que o Zé Carlos me publicou in totum , porque não fazer o mesmo como ele?

Desde alguns dias estou matutando sobre a mídia de Bom Conselho e sobre o caso do Blog da Perdigão, que parecia ser uma empresa séria, mas pelo que este blog publica não passa de mais um caso para Ministério Público, pelo tanto de denúncias que faz de assédio moral aos funcionários. Basta ver o artigo do Dr. Renato Curvelo na AGD (aqui), para ver o crime que lá se comete, caso sejam verdadeiras as opiniões emitidas pelo Blog.

Vi então o texto do Zé Carlos sobre o caso, e que, como eu, de longe, nada pode fazer nada a não ser alertar a cidade, que parece dormindo. A única manifestação que vi sobre o texto e sobre o tema foi de um blogueiro de Garanhuns, o Guerrilheiro, que já me ameaçou uma vez sobre questões etílicas, em um comentário que fez na própria AGD. Se ele diz que escreve melhor quando bebe, no dia em que escreveu este comentário tinha tomado todas. Muito bom, como, aliás, é quase tudo que ele escreve fora dos sábados.

E a mídia de Bom Conselho, falou o quê? NADICA DE NADA. Nem um piu sobre o assunto. Estou esperando A GAZETA do Luis Clério, que não recebo há séculos (penso ser pela greve dos Correios), para ver se traz alguma coisa a respeito. Quanto aos blogs, nada. Quanto á rádio, não sei, pois faz tempo que não ouço. Parece que tudo não passou de uma dança como aquela executada por um funcionário da Perdigão num filme do referido blog.

Muito pelo contrário, além de não falarem nada, as matérias dos blogs se afastam cada vez mais do assunto. Por exemplo, vi que o Blog do André Bernardo,  aquele que, segundo Roberto Almeida inventou a “perua” da candidatura do Dr. Filhinho, tem uma postagem onde reproduz um recado da Diva do Itaim Bibi, no Mural do SBC, onde ela mantém o mantra de me xingar de “senhor Lucinho”, como se eu fosse um homem, parecendo que ela não considera que tenha mulheres em Bom Conselho que acha que ela canta mal. Meu Deus, caro jovem André Bernardo, deixe as peruas de lado e vá cumprir o seu dever de jornalista na porta da Perdigão. Leve um gravador no bolso e se o Poeta e Luis Clério quiseram ir melhor ainda e tente descobrir o que está por trás das notícias do Blog da Perdigão. Quem sabe você não se redime da “barriga” que você cometeu com a candidatura do Dr. Filhinho? Deixe a “Tereza Cristina” prá lá, que ela faz sua própria “fina estampa”.

Já que não posso, eu mesma, fazer isto, e tenho que viver exilada na base do “faça o que digo mas não faça o que faço”,  publico o texto do Zé Carlos, aí em baixo, e que se quiserem ler no original é só clicar aqui. Tenham um bom fim de semana.

O descalabro da BRASIL Foods em Bom Conselho. Verdade ou Mentira?

Por Zé Carlos

Hoje, na minha prazerosa missão de construir nossa página “Deu nos Blogs”, deparei-me com a seguinte postagem do Blog do Cláudio André, o Poeta:

“ESCÂNDALO: CRIADO BLOG QUE CONTA BASTIDORES DA BRFOODS-BOM CONSELHO

Chegou a redação deste blog o endereço de um blog anônimo, onde declara explicitamente os bastidores de funcionamento da Empresa BRFoods na cidade Bom Conselho. O conteúdo é estarrecedor. Quem fez este blog, conhece mais do que nunca a empresa. Há videos de funcionários dançando, relatos com pornografia, relatos sobre demissões na empresa, enquetes detonando a empresa, declaração de bastidores de reuniões, afirmação de intrigas na empresa, denuncias de produtos vencidos, etc. Quem fez este blog ou já foi funcionário ou é funcionário ainda. As primeiras postagens declarando "escândalos da BRFoods-Bom Conselho", deu-se inicio no dia 06 de outubro. Para tirar qualquer dúvida acesse o seguinte endereço: www.brfbom.blogspot.com
Lamentamos profundamente que pessoas se utilizem de um blog (que é um meio de comunicação on-line) para exercer este tipo de expediente, prejudicando quem trabalha sério e defende o profissionalismo dos blogs. Com a palavra a empresa.”

Esta postagem me fez voltar àquela discussão profícua que aqui mantivemos sobre a questão do anonimato, mesmo que o Cláudio não se refira a ela explicitamente, a questão da missão dos blogueiros.

O que foi discutido e rediscutido no último Encontro de Blogueiros sobre blogs e suas consequências  nos levou, mesmo com a contestação de alguns que já correram do debate, a concluir que o anonimato não é um problema do blogueiro, a não ser que ele seja o anônimo. Isto o Dr. Renato, com sua capacidade de jurista jovem e da época digital, deixou bastante claro.

Ainda com os ecos daquele encontro na cabeça, que não deveria sair também da cabeça de nenhum blogueiro sério, eu fui ao endereço mencionado pelo Blog do Poeta e li o conteúdo do blog que se chama de “br bco bom conselho”. Lemos sua primeira mensagem, que nos pareceu hilária e com teor de suspense pela sua última frase que é um pergunta. Veja a postagem do dia 06.10.2011:

“Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?”

A pergunta também ficou ecoando em minha mente. E eu quis ler as outras coisas para saber que estava no caixão. Até agora, mesmo depois de ler todas as postagens que vão até o último domingo (16.10.2011), não sei quem estava lá. Pelas pistas deixadas, deveria ser um caixão enorme, onde descansava em paz toda a diretoria da BR Foods de Bom Conselho, que nasceu cheia de glória e prometia a Bom Conselho o caminho da vitória. Quem é da minha geração sabe como estas palavras soam bem aos nossos ouvidos, pelo menos para aqueles que estudaram no Ginásio São Geraldo.

A postagem que mais me prendeu (aqui) foi uma intitulado “A BURRICE”. Quem acompanhou a chegada da Perdigão (depois BR Foods) em Bom Conselho sabe da história contada em seu primeiro parágrafo, que transcrevo, com erros de grafia e tudo:

“ Bom Conselho é considerada a cidade mais carente do sertão pernambucano,a cidade que a BRF a multinacional que integra o time Brasileiro entre as treze empresas brasileiras capazes de enfrentar os desafios do cormécio mundial, escolheu para implantar mais uma unidade da empresa. Empresa que tem como missão participar da vida das pessoas, oferecendo alimentos saborosos com qualidade, inovação e preço acessíveis em escala mundial, e visão de ser uma das maiores empresas de alimento do mundo, admirada por sua marcas. Inovação e Resultados, contribuindo para um mundo melhor e sustentável, e seus valores representam a base do desenvolvimento e integridade com base em qualquer relação respeito pelas as pesoas nos faz ainda mais forte, qualidade em produtos e excelência em processo. Localizada as margens da PE 216, no KM 46 de Bom Conselho aréa total de 100 hectare , e área costruida de 69700 metros quadrado , e um empreendimento de 280 milhões e que iria produzir cerca de 6 mil toneladas de embutido, o início da utopia para Bom Conselho e Região.”

Fora os erros de grafia e geográficos não se pode dizer que o Blog esteja mentindo. Já o que vem a seguir na mesma postagem, o autor escreve o seguinte trecho, já não podemos afirmar nada, a não ser lhes dar o benefício da dúvida:

“Hoje 90% dos funcionários da empresa vivem irritados com o descaso e a rigidez que são tratados por seus lideres chefia e gestor e descaso do RH que fecha os alhos para os acontecimentos e é conivente. Unidade com mais de 75% de seus funcionários  trabalhando automático, robotizados, uniformes, sem criatividade, liberdade, cansados e stressados com altos risco de prejuízo a saúde. Ainda encontramos 15%  de funcionários puxando muito o saco, como jurar fidelidade a uma empresa que a qualquer momento demite um funcionário que trabalha a mais de dois anos honradamente conforme as normas da empresa, e coloca em seu lugar um sem noção, ou ainda a namorada do coordenador, ou um puxa saco qualquer da liderança, burrice é se escrever para um processo seletivo que todos já sabem que vai ser escolhido critérios  usados para seleção são sempre os mesmo os funcionários do gerente, ou do  coordenador, ou do RH são sempre escolhidos seleção é um breve ensaio.”

Isto é apenas a ponta do Iceberg das denúncias feitas pelo Blog e que vocês podem ver aqui desde o início do blog. Estes trechos que citei bastam para o que quero argumentar em relação aos blogs e suas responsabilidades.

O Cláudio André termina sua postagem com a seguinte sentença: “Lamentamos profundamente que pessoas se utilizem de um blog (que é um meio de comunicação on-line) para exercer este tipo de expediente, prejudicando quem trabalha sério e defende o profissionalismo dos blogs. Com a palavra a empresa.” E eu não entendi por que o Cláudio lamenta tanto quando se utiliza um blog para denunciar o descalabro (se verdadeiras as denúncias) de uma empresa que surgiu como a grande esperança para região. A BR Foods, pela sua importância na região, e principalmente, por suas promessas aos nossos habitantes, é um caso de utilidade pública. Falar de suas mazelas e sujeiras é tão válido quando falar da sujeira, buracos e dos animais na rua, como o faz tanto o Blog do Poeta, e nem por isso eu o  julgo menos profissional.

Ora, senhores, é porque é a poderosa BR Foods, que patrocina jornais, blogs e mídia em geral, que tornam as denúncias menos profissionais? O que o Blog fez, e aqui tentamos fazer, quando podemos, é jornalismo. Se é preciso que seja um jornalista anônimo que faça uma denúncia como esta, é porque a imprensa que é contra o anonimato não está sendo eficiente. E só podemos louvar a coragem do anônimo que faz as denúncias porque não se importou com a possibilidade de um dia ser descoberta a sua identidade, pois, se verdadeiras as denúncias, está prestando um grande serviço a Bom Conselho, e quem sabe, talvez à própria empresa que é maior do que o ramo de Bom Conselho.

O Cláudio já avançou um pouco dando o “link” do Blog, mas, voltou anos luz atrás quando, ao invés de ir lá na BR Foods, entrevistar pessoas e envolvidos com o descalabro descrito na empresa, fica lamentando que o certo tenha sido feito.

Talvez ele queira dizer que  o expediente utilizado é ruim porque é anônimo. Isto nos remete a um dos grandes momentos do nosso Encontro de Blogueiros, que só não foi melhor porque os seus organizadores pensaram que sairiam de lá com a condenação sumária e os anônimos presos, e descobriram que tanto ética como juridicamente estavam errados.

Certa hora, um dos expositores dizia que o blogueiro não poderia ser responsabilizado pela a opinião de terceiros publicadas em seu blog, pois não haveria uma relação de “causalidade” direta entre a mensagem e o blogueiro. Apenas caberia às autoridades judiciárias, se provocadas, procurarem os autores do escrito. Alguém na plateia, levantou-se e argumentou:

- Mas assim poderemos publicar toda denúncia em nossos blogs sem nenhuma punição! Mesmo sem saber que elas sejam verdadeiras.

O expositor, usando de toda sua experiência jurídica e sensibilidade social libertária perguntou:

- E se as denúncias forem realmente verdadeiras?

Ainda argumentou, e isto foi descrito por mim em outros textos aqui na AGD, que o problema de publicação de determinadas coisas dos outros em nossos blogs é mais ético do que jurídico, quando se trata do anonimato.

O que a mídia escrita, falada, blogada e televisada de Bom  Conselho tem a fazer de mais útil para cidade, para o estado e para o país,  é correr para BR Foods, antes que eles possam limpar a sujeira (se verdadeiras as denúncias), e contar o que está acontecendo naquela que um dia foi julgada a redenção da cidade, e não dizer que é a empresa que tem a palavra.

Eu sempre digo que ganhar dinheiro é também é uma missão do jornalista profissional, o que eu não sou, pois sou apenas um jornalista bissexto, pois neste mundo precisamos sobreviver. Mas é da profissão um pouco da ética sacerdotal para que não se deixe influenciar demasiadamente pelo poder que tem alguns patrocinadores dos seus meios de impedir o bom exercício de sua profissão. Por isso eu ouvi dizer que os departamentos comerciais dos jornais são, ou deveriam ser, separados dos gabinetes dos jornalistas. Sei que nem sempre esta separação é completa,  mas seria o ideal. O jornal sobreviveria e o jornalista poderia olhar os filhos nos olhos ao chegar em casa, depois de um dia de trabalho.

No caso de nós blogueiros, que somos ao mesmo tempo, jornalistas e empresários, devemos pelo menos tentar, fazendo das tripas coração, separar nossa cabeça da nossa barriga.”

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A Vilma e os lençóis de Pernambuco




Meu marido queria porque queria viajar, ano passado. Expliquei e expliquei que não podia pois fazendo parte naquela época do Blog da CIT, simplesmente não poderia me ausentar sem uma razão plausível, como o fazia antes quando ele me comandava em quase tudo. Depois do meu grito de independência eu já não faço mais tudo que ele quer. Estou lembrando isto aqui porque ele queria ir para uns tais de “lençóis maranhenses”, que dizem ser a única coisa no Maranhão onde o Sarney não pôde colocar o nome da família.

E é sobre lençol que vou falar. Sim, aqueles mesmos que o porto do Coronel Eduardo vinha importando há muito tempo, com sua débil fiscalização, e que agora, depois da porta do Agreste têxtil arrombada ele quer dar uma de “machão”, passando uma tarde inteira para falar com o Cônsul Americano no Recife. Lá, pelo menos ele não teve 90% do votos e tomou seu chá de cadeira.

Ontem foi dia de faxina, o que lá em casa já chamamos de “dia da Vilma”, minha faxineira. Ela, penso, pela primeira vez, chegou logo falando, mesmo antes de mudar de roupa de ônibus para a roupa de trabalho. Ainda ofegante do trânsito do Recife, que ela atravessa a pé, foi dizendo:

- D. Lucinha de Deus! Estou tão triste. Eu tinha uns lençóis que comprei lá no centro da cidade e que eram uma maravilha, branquinhos, branquinhos. Eu lavava e eles já estavam quase pronto para usar, não precisava nem ferro. Um tecido tão bom! Quando eu comprei o tecido para fazê-los o vendedor disse maravilhas do tecido. Que era importado dos Estados Unidos e que era a última moda lá. Como o precinho estava bom, comprei uns três lençóis.

- Ôxente, Vilma, e por que a tristeza?!

- Dona Lucinha, quando eu comprei o vendedor me mostrou umas letras no pano, que eu não entendi bem o que era, só consegui entender “hospital”, tava lá “hospital” e eu não sou totalmente burra, eu sei ler isto, mas o resto eu não sabia o que significava mesmo conhecendo as letras. O vendedor disse que era a moda para os americanos, o lençol com letras. Aí eu perguntei porque o “hospital”? Ele disse que era inglês e “hospital” em inglês queria dizer “hóspede”. Era uma espécie de lençol para hóspede. Acreditei, comprei, paguei e usei na cama dos meninos e na minha durante muito tempo.

- Ainda não entendi porque a tristeza Vilma. Tu descobristes que “hospital” não quer dizer “hóspede” e ficastes triste por causa que o vendedor te enganou?

- Pior, Dona Lucinha, muito pior! Isto que a senhora falou eu só estou sabendo agora. É que ontem vi na TV que trouxeram uns lençóis dos hospitais americanos e venderam por aqui, e eu descobri que os meus são iguaizinhos. E dizem que eles tão tudo contaminado. Lá na comunidade tem um porção de gente que comprou dos mesmos lençóis e tá tudo com medo. A comadre Iracema, minha vizinha também comprou e nem eu nem ela usa mais aquilo. Eram tão bonzinhos os danados dos lençóis. Não sei o que é que eu faça, Dona Lucinha.

- Ah, Vilma agora estou entendendo. São os lençóis importados dos Estados Unidos, que disseram que era lixo hospitalar mas descobriram depois que era importação de panos para servir de matéria prima para o setor têxtil de Santa Cruz do Capibaribe. Dizem que o governador está um fera porque agora não vai mais poder falar mal dos “lençóis maranhenses”, pois o Sarney vai dizer que os “lençóis pernambucanos” estão contaminados. E tu já jogastes fora os lençóis, Vilma?

- Estão lá no quintal, eu é que não vou mais usar aquilo! E a senhora dizendo isto que é esta tal de “matéria prima” é que não vou usar mesmo.

- Não, Vilma, tu não deves fazer isto. Não tem mais micróbios neles, a não ser aqueles que eles pegaram lá mesmo em Nova Descoberta. Estão fazendo, depois de não terem cuidado da fiscalização, uma festa com isto para o governador aparecer, com fez com os mergulhos na praia para mostrar que ela era segura. Brevemente, ele vai aparecer enrolado num lençol igual ao que tem em tua casa. Deixa o lençol lá e pode ficar tranquila.

- Graças a Deus Dona Lucinha, o tecido é tão bom que dá até pena! Vou confiar na senhora e vou ficar usando. Olhe que a senhora pode perder um faxineira boa.

E lá se foi Vilma, com um ar de riso, para sua faxina diária, que eu sei que é de primeira. Penso que estou certa ao dizer que agora os lençóis não são mais perigosos para o uso normal. Mas, por via das dúvidas vou ver se o “forro do bolso” da calça jeans que comprei para o meu marido no último São João em Caruaru, tem alguma letra.

Mas continuo acreditando que, se não morreu ninguém até agora, depois de todo este tempo, os lençóis de Pernambuco só podem mesmo é matar o Coronel Eduardo, de raiva.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O Gildo e as Categorias de Pessoas





Ainda nem tinha comentado o texto do Gildo sobre as categorias da pessoas e ele já lançou outro: “O Ativista Quântico”. Eu não entendo esta tal de consciência do guru do Gildo desde que eu me intrometia no sério debate entre o Roberto Lira e o Cleómenes Oliveira, tempos atrás, ainda no finado Blog da CIT.

Para mim há a alma e o corpo, um mortal e outro imortal que prestarão contas no dia do juízo final. É uma questão de fé eu acreditar na ressurreição dos mortos, como católica que sou, e é muito mais fácil acreditar nisto do que acreditar “que é a consciência, e não a matéria, o substrato para tudo que existe”. A relação da consciência com a matéria é apenas a alma que Deus nos coloca no nascimento e que leva com a nossa morte. O resto é história prá boi dormir.

Eu prefiro comentar é o seu penúltimo artigo onde escreve sobre a “categoria de pessoas”.  Ele diz que depois de observar muito, ouvir muito e acompanhar as pessoas, nota que, infelizmente, as pessoas estão se aderindo a três grandes categorias:

-As que querem tudo.

-As que querem, mas, faça por mim!

-As que se autoprojetam

O que fiquei encafifada comigo mesma é que não me senti em nenhum delas. Frustrada, resolvi fazer a mesma pesquisa e verificar, já com o trabalho de categorizar pronto (talvez chegando perto da segunda categoria), quais pessoas do meu círculo de amizade poderiam se enquadrar nas categorias do Gildo.

Uma que conheço e que se enquadra como uma luva na terceira categoria (as que se autoprojetam) é a Diva do Itaim Bibi, mais conhecido como DIB. Vejam a definição do Gildo para tal ente e raciocine comigo para ver se você também a conhece:

As que se autoprojetam. São as que não vivem a sua vida. Autoprojetam-se no outro de maneira negativa. Tudo que o outro faz de bom, é motivo de crítica e de inveja. A sua energia densa não é capaz de reconhecer no outro a si mesmo. Não tem forças externas para manifestar o desejo. Introjeta a maneira de viver. Tudo que o outro faz, surge como agressão, pois ela sempre pensa que quem deveria está (sic) realizando era ela e não o outro.”

Ela não vive sua vida, só vive a vida de um conjunto musical, onde canta. Se autoprojeta em mim de forma negativa. Tudo que eu faço de bom é motivo de crítica e de inveja. A sua energia densa não é capaz de me reconhecer como mulher, que ela é. Não tem forças externas para manifestar o desejo de criar um blog e escrever. Não sei se ela introjeta a maneira de viver e nem sei o que Gildo quer dizer com isto. Tudo que eu faço, surge como agressão, pois ela sempre pensa que quem deveria estar realizando era ela e não eu.

Como vocês viram, coube como uma luva. Parece até que a categoria foi criada para ela, como um artigo anterior do próprio Gildo (EGO) teria sido escrito em sua homenagem. Este Gildo sempre homenageando as pessoas de quem ele gosta. É  um “gentleman”.

Não encontro outra pessoa viva, de minha área de convivência que se enquadre nas outras categorias. Se serve quem já morreu tem O Andarilho que se enquadra como uma luva na segunda categoria, senão vejamos, mais uma vez na descrição do autor:

“As que querem, mas, faça por mim! Estas procuram a maneira mais fácil de trilhar a vida. Não vivem. Sempre ficam na superfície da vida, como diz o mineiro: ”comendo a vida pelas beiradas”. São pessoas superficiais. Não agüentam o tranco que a vida traz. No primeiro momento em que se apresenta uma dificuldade, se desesperam, se lastimam, sempre recorrem aos outros para resolver os seus problemas. Não agüentam a dor. Agarram-se ao problema e ficam ruminando, alimentando a própria “má sorte”, entram em um processo de vitimização que chega ao nível de absurdo.”

Quem acompanhou, no passado as incursões do ente andante na APL (Academia Pedro de Lara) e no Mural do SBC, viu que ele sempre escolheu a maneira mais fácil de trilhar a vida, entrava balançando a pança e tentando controlar a massa através de um discurso religioso anacrônico e antigo, vindo de Concílios caducos de nossa Santa Madre Igreja. Ele não vivia a não  ser para atormentar a quem dele discordava. Era superficial ao ponto de pensar que se alguém dissesse que um prefeito errou isto seria uma trave para desenvolvimento da cidade. Nunca aguentou o tranco dos debates e terminou saindo da vida se lastimando por que o Luís Clério publicava meus textos, além de ficar ruminando dias e dias se fazendo de vítima de uma campanha orquestrada pelos “entrincheirados” da CIT. Se não tivesse morrido teria ficado louco.

Mesmo depois de sua morte ainda baixava em terreiros baianos e ditava textos para um “cavalo” seu, que ainda perturbaram muitas pessoas depois de sua morte. Com as minha rezas e as do povo de Bom Conselho, ele encontrou a luz. Agora, encontrei um seu filho no Mural do SBC, mas parece que ele não é renitente como o pai, apesar de ler meu blog todos os santos dias, como o pai fazia com o Blog da CIT.

Agora na primeira categoria eu ainda não estou certa de ter encontrado alguém de minhas relações mais próximas, embora tenha já um bom candidato que preciso estudar melhor. Agora, de outras plagas, um que se enquadra muito bem nesta primeira categoria é o conterrâneo do meu amigo Zézinho de Caetés: O Lula. Vejamos:

As que querem tudo são pessoas com habilidades mil, resolvem escolher caminhos dobeis (sic) para percorrer. E nesta loucura pensam que vão chegar mais cedo aos objetivos. Armam-se de bagagens e manuais como se isso fosse atenuar a sua jornada e as levassem logo, logo ao pedestal de suas conquistas. Geralmente estas pessoas atropelam tudo e todos a sua volta para atingir o que querem. Ética é uma postura que não está no seu manual de sobrevivência e bem viver.”

Ele adquiriu habilidades mil como sindicalista no sentido de convencer pessoas, e não sei o que o Gildo quer dizer com “dobeis” , pois não conheço a palavra que deve ter sido erro de grafia. E adquiriu a loucura de achar que pode tudo e que cada dia pode mais. Não gosta de ler manuais porque não sabe ler de “carreirinha”, mas quando alguém os lê ele presta uma atenção danada e conseguiu assim chegar até a presidente da república. Neste caminho ele atropelou e continua atropelando tudo e todos para conseguir o que quer. E a última frase do Gildo se encaixa com um sapato de pano na sua descrição: Ética é uma postura que não está no seu manual de sobrevivência e bem viver.

Antes de terminar, eu gostaria de agradecer ao Gildo, pela classificação tão oportuna para uma análise de características pessoais. Mas, ele fica me devendo uma em que eu me enquadre. Devo estar nas sub-categorias, ou, o que é mais provável, eu não tenho categoria. Sou apenas uma mulher, o que já é muito.