sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Tratando a escravidão com educação




É muito difícil mudar de assunto quando vemos a lambança que o programa Mais Médicos já causa e vai causar neste país. Hoje soube de mais uma: Os prefeitos estão demitindo médicos para pegar médicos estrangeiros paridos pelo governo federal. Como todos estão com a corda no pescoço pela queda do FPM e acuados pela Lei de Responsabilidade Fiscal, querem é se safar e fazer a substituição do médico que eles vinha pagando, pelos médicos do programa.

Isto é apenas um dos efeitos colaterais que pode tornar o Mais Médicos em Menos Médicos, que a pressa ao implementá-lo não deixou levar em conta. Existem outros ainda, de caráter legal, mas, o principal é o de caráter moral em relação aos cubanos. Como dizia o Stanislau Ponte Preta, foi proclamada a escravidão, ou pelos menos referendada a escravidão cubana. Uma verdadeira vergonha.

E temos que continuar a criticar como dever cívico. Numa destas minhas idas ao Facebook, rede do qual estou tentando manter distância devido ao seu poder viciante (mas, não resisto), encontrei uma carta de um médico (original aqui), na qual ele diz verdades contundentes, com a educação que todos deveriam ter com os médicos estrangeiros, mostrando que, nossos médicos podem ser educados, e ao mesmo tempo estão empenhados em resolver os problemas de saúde no país. Quem não quer resolvê-los é o Padilha. Quer apenas ser governador de São Paulo.

Eu, que não sou médica, é que digo, sejam bem-vindos os estrangeiros, mas, devemos ter cuidados com os discursos dos cubanos de que vem é “por amor”. Isto não passa de pregação ideológica do regime cubano, e que temos que ficar espertos para suas consequências junto à população. Mas, por hoje fiquemos com educação do Dr. Rodrigo Lima:

“Carta a um médico estrangeiro

Olá, colega. Seja bem-vindo.

Soube que vocês andam preocupados com a recepção que terão por parte de nós, médicos brasileiros.

Imagino que vocês saibam que o Brasil é um país que sempre recebe bem os que buscam contribuir com nossa sociedade. Os japoneses, italianos, alemães, libaneses, entre outras nacionalidades que compõem nossa sociedade podem testemunhar a nosso favor. Não temos conflitos internos que envolvam grupos étnicos, não nos envolvemos em conflitos externos e jamais fomos xenófobos. Pelo contrário. Então fiquem tranquilos, o povo brasileiro os receberá muito bem.

Talvez minha fala não seja muito convincente quando comparada com o que as entidades médicas brasileiras têm dito sobre vocês. Saibam que a maioria dos brasileiros, e arrisco dizer, a maioria dos médicos discordam disso tudo. Não queremos conflitos com vocês. Sabemos que vêm em paz, com o objetivo de trabalhar, e tenho certeza que estarão seguros e tranquilos, no que depender das pessoas que estarão com vocês.

Mas acho que vocês precisam entender o que está acontecendo no Brasil neste momento. Até para poderem contribuir de verdade com as mudanças sociais que nosso país precisa.

A Atenção Primária, (que aqui no Brasil é mais conhecida por Atenção Básica) nunca foi prioridade de governante algum neste país. Por mais que tenhamos observado uma expansão importante da rede de serviços de Atenção Primária nos últimos 20 anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não consegue cobrir nem metade da população brasileira com estes serviços. Isso acontece porque ainda não conseguimos vencer o debate sobre qual a melhor forma de organizar o SUS. Neste debate, entra a discussão sobre a necessidade de mais médicos, e aqui vale apontar alguns de nossos problemas:

1) Sub-financiamento: o Brasil investe, per capita, bem menos que a grande maioria dos países que assumiram o desafio de ter um sistema de saúde de acesso universal). Além de termos pouco dinheiro, pouco dele vai para a Atenção Primária (menos de 10% dos investimentos estatais em saúde);

2) Contratação descentralizada: o Brasil tem 5.560 municípios, e cada um deles precisa desenvolver sua estratégia para atrair bons profissionais, o que gera uma atmosfera que ultrapassa a competição saudável e atinge padrões predatórios, onde quase sempre quem perde é a população;

3) Falta de profissionais médicos, em termos quantitativos e qualitativos: embora estudos mostrem que em duas ou três décadas atingiremos um bom número proporcional de médicos, até lá lidamos com a falta de profissionais mesmo nos grandes centros urbanos. Além disso, não há uma política de estado que direcione a nossa formação para as áreas que mais precisamos, o que piora a distorção;

4) Estrutura precária de trabalho: por não ser prioridade, a Atenção Primária nunca recebe os investimentos necessários para que possa oferecer condições adequadas de trabalho. Lidamos o tempo todo com falta de medicamentos (na unidade de saúde onde trabalho falta Enalapril e Ibuprofeno há quase dois meses, só para citar dois exemplos), de exames (um relato: com frequência o laboratório “esquece” de dosar a hemoglobina glicada das pessoas com diabetes que fazem exames, e só manda os outros resultados) e de consultas com outros especialistas (uma consulta com um cirurgião-geral para resolver uma hérnia inguinal demora cerca de 4 meses, por exemplo).

5) Não existem estratégias de fixação de profissionais nos centros mais afastados: a única iniciativa do estado brasileiro nos últimos 20 anos foi exatamente o programa que trouxe vocês, e sabemos bem que não é suficiente para fixá-los aqui.

A maior parte dos brasileiros que critica a vinda de vocês não é contrária exatamente a vocês, e sim a vinda de vocês sem que sejam dadas as respostas a estes problemas que menciono acima. Vocês são a resposta que pode se aplicar a curto prazo, mas nada além disso. Nem nós, nem vocês conseguirão oferecer a medicina que a população brasileira merece e precisa sem estas respostas. Louvamos a sua disponibilidade em tentar, e esperamos profundamente que consigam alguma coisa. Caso consigam desenvolver uma medicina de qualidade neste cenário ficaremos felizes em aprender a fórmula mágica.

Uma outra crítica que vocês poderão ouvir é em relação ao fato de não terem seus diplomas revalidados. Saibam que o argumento do governo brasileiro é que não vão revalidar seus diplomas exatamente para poder mantê-los “presos” aos municípios que vocês escolheram para trabalhar. Não me parece a estratégia que mais valoriza a autonomia das pessoas, mas se vocês concordam trabalhar nestas condições não cabe a mim julgá-los. Eu não trabalharia, mas enfim.

E se você é cubano e já tem alguma experiência em outros países (como o governo brasileiro tem dito que vocês tem), imagino que já esteja acostumado com o desconhecimento que o mundo tem da realidade cubana. Temos ainda uma polarização ideológica no Brasil que envolve segmentos que louvam a "Revolução Cubana" e outros que demonizam a "Ditadura Cubana". Eu e a maioria dos brasileiros estamos no meio destes dois pólos. Me preocupo com alguns relatos de pessoas confiáveis que viram a realidade de vocês em seu país, mas sei que não existe relato isento e me reservo a não julgar o que acontece com vocês neste momento. Saibam que se fizerem um bom trabalho, vocês serão louvados. Mas atentem para a responsabilidade, pois neste momento muita gente estará torcendo para que vocês façam bobagem para ganhar a mídia dizendo “eu não disse que os cubanos não servem?”. Esta perseguição não é pessoal, mas ideológica, e tende a se acentuar considerando que temos eleições presidenciais ano que vem no Brasil. Desejo serenidade a vocês, e boa sorte.


Termino por aqui. Acima de qualquer coisa está o novo povo, e já que foi esse o caminho escolhido pelo governo brasileiro e por vocês, torço do fundo do coração que vocês consigam ajudar este povo. O debate político continuará, e estará observando vocês de perto. Boa sorte.”

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Uma forma de censura




Por Zuenir Ventura (*)

Como não sou biógrafo e nem pretendo ser, não é em causa própria que defendo a liberdade de um escritor contar a história de uma personalidade pública — político, artista, jogador de futebol, cientista — sem autorização prévia dele ou de seus familiares quando ele não está mais aqui. É o que se faz nas grandes democracias. Só na nossa é que vigora a “biografia autorizada”, um artifício legal que confere ao biografado ou a seus herdeiros o poder de decidir o que deve ou não chegar ao leitor.

Assim, no país que lutou tanto para abolir a censura do Estado, pratica-se nos livros a censura privada, já que, como diz o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Ayres Brito, liberdade de expressão é “antes de tudo liberdade de informação”, e a ela tem direito todo cidadão.

Alega-se que é para resguardar a intimidade alheia. Tudo bem, mas essa dispensa de consentimento antecipado não concede ao autor imunidade, não o isenta de responsabilidade em casos de informações falsas ou ofensivas à honra.

Não se trata de um liberou geral. O que se quer evitar é a proliferação da prática perniciosa de busca e apreensão, ou seja, o recolhimento compulsório de obras literárias para impedir o acesso de terceiros.

Essa restrição caracteriza-se como censura, e censura de natureza artística é constitucionalmente vedada sob qualquer disfarce. Outro efeito nocivo é que a exigência de permissão prévia está criando um “balcão de negócios de valores vultosos”, conforme denúncia dos editores de livros, que há anos vêm se movimentando por meio de seu sindicato para derrubar o que consideram ser uma “ditadura da biografia chapa-branca”.

Eles estão lutando em duas frentes: uma no Congresso, onde tramita um projeto propondo a modificação do artigo 20 do Código Civil, que permite a apreensão de biografias não autorizadas. A outra, no STF, no qual ingressaram com uma ação direta de inconstitucionalidade do tal artigo, com o objetivo de acabar com a necessidade de autorização prévia.Afinal, a Constituição de 1988 garante, junto com a liberdade de imprensa e de expressão, o direito à informação.

Com pedido de liminar, a ação foi distribuída à ministra Cármen Lúcia, abrindo uma perspectiva de luz no fim do túnel. Por sua sensatez, ela costuma ser chamada de “Carmen lúcida”.

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(*) Publicado no Blog do Noblat em 28.08.2013. Reproduzo este artigo do Zuenir porque me lembrei de um caso envolvendo o Roberto Carlos, de que não lembro os detalhes, mas, ele proibiu sua biografia não autorizada porque, se não me engano falava em sua prótese no pé ou na perna. Na época eu achei um exagero do Rei de quem tanto gostei na minha adolescência e hoje só de algumas de suas músicas. Acho até que se se aposentasse a música brasileira não sofreria muito. Aliás, pelo que ouço, são poucos os que ainda me atraem. Fico mesmo é com o Luís Gonzaga e com o Dominguinhos (Não sei em que ficou a pesquisa do ex-vereador Carlos Alberto sobre sua naturalidade. Enquanto isto Garanhuns já está construindo, indevidamente, uma mausoléu)


Mas, não foi só este o motivo. Eu tomei emprestado do Zezinho um livro que é uma biografia não autorizado do Zé Dirceu. É do jornalista Otávio Cabral e, parece que até agora não foi retirada das bancas. Penso que não é por vontade do chefe de quadrilha do mensalão, porque o livro (embora não o tenha terminado ainda) parece ser um espécie de Ascensão e Queda de um aproveitador da república. Depois, eu pretendo fazer um resumo não autorizado do livro, aqui em meu blog, somente para mostrar a que uma ditadura pode levar. No fundo, no fundo, nos chamados anos de chumbo, o que as esquerdas brasileiras tentavam fazer era substituir uma ditadura por outra. (LP).

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A mentira do Padilha




Eu, hoje amanheço o dia indignada. Agora é quase todos os dias. Não consigo tirar da cabeça aquele bando de escravos cubanos, sendo dirigidos para suas senzalas, pelo melhor escritor de nossa terra, o Carlos Sena, vestindo jalecos brancos, indumentária que foi vítima de uma pergunta do meu marido:

- Oxente! Lucinha, e este jaleco não só é para ser usado dentro dos hospitais?

Velho arguto este meu. Também, me escolheu para viver com ele, é porque deve ter miolos. Mas, eu fiquei pensando nas causas de homens e mulheres usarem a indumentária que é para realmente ser usada internamente, até por uma questão de bio-segurança.

Lembrei que, quando eu estudava no CEP nós não usávamos farda, e minha vaidosa preocupação era não repetir as roupas todos os dias. Vaidade das vaidades tudo é vaidade. E eu pensava, ah se tivéssemos uma farda como no Ginásio São Geraldo!

Eu já sabia que a farda é um “esconde pobreza”, certas horas. Sabendo da miséria que se vive em Cuba, onde todos são pobres, por decreto de uns poucos ricos, eu logo matei a charada. Vestindo o jaleco, eles podem usar suas duas únicas mudas de roupas que trouxeram de Cuba, até que alguns dos seus senhores por aqui resolvam aquinhoá-los com mais algumas peças.

E isto não é uma crítica aos médicos cubanos e sim ao regime miserável em que eles vivem. Porém, deixemos os jalecos para lá, pelo menos esperando que eles o lavem à noite, quando chegar na senzala, para não poluírem ainda mais os postos de saúde onde irão trabalhar, sem nenhuma condição digna, e voltemos ao nosso assunto principal.

É que para mim ficou claro que alguém mentiu no lançamento do programa Mais Médicos, quando se dizia que os médicos cubanos não estavam envolvidos no esquema de importação de jalecos. Eu posso até imaginar o Mercadante e o Padilha, se digladiando, para quem levaria o nariz de Pinóquio logo a seguir. Concluíram então, que o Mercadante ficaria com o nariz no caso dos dois anos a mais do Curso de Medicina e o Padilha levaria o nariz de ouro ao explicar a desistência de trazer cubanos para o Brasil, e logo em seguida trazer 4.000 deles.

Este virou mesmo o governo da mentira. Depois de todos os pontos anunciados por Dilma após as manifestações de rua darem errados, agora a única coisa que poderia dar certo era o Mais Médicos. Enquanto a MP é discutida no congresso, e que Padilha abre o bocão para dizer que é Lei e tem que ser cumprida, e o Mais Médico trouxe os primeiros escravos. E se a MP não passar no Congresso? É muita confiança na base alugada.

Eu me surpreendi como pôde haver uma negociação tão rápida com a OPAS para trazer os cubanos num governo que faz séculos que não conclui nada (alguém vê o fim da Transposição do Rio São Francisco? Nem o Papa Francisco viu). E encontrei na mídia um vídeo (vejam aqui), que é um pouco longo, mas merece ser visto (eu agora deixei de ser prolixa nas letras e me tornei prolixa nos vídeos, talvez, menos mal), em que o senador Humberto Costa, sim, aquele mesmo que Recife levou uma coça de criar bicho nas eleições para prefeito, confessar que o programa para trazer médicos cubanos já existia há mais de um ano.

Que mentira que lorota boa do Padilha e do Patriota (que foi defenestrado do cargo por tratar um cidadão boliviano como cachorro na embaixada do Brasil na Bolívia, ao ponto de um seu subordinado não aguentar tanto sofrimento; e, digo, a Dilma deveria ter chamado o Temer e ter saído junto com ele). Para aqueles que não queiram ver o filme todo, veja o que diz o Humberto Costa lá pelos 8min49s:

“Esse programa já vem sendo trabalhado há um ano e meio. Boa parte desses cubanos já trabalharam em países de língua portuguesa, não têm dificuldade com a língua. E, ao longo desse um ano e meio, eles vêm tendo conhecimento sobre o sistema de saúde no Brasil, doenças que existem aqui e não existem lá…”

E imaginar a desfaçatez ou burrice de uma pobre escrava cubana, que vi na TV, dizendo em portunhol que português era o grande problema. Eu ainda não sei se vai algum dos escravos para Bom Conselho, no entanto, espero que, se for, quer seja o Carlos Sena seu instrutor em nossa língua pátria. Esta função para o Poeta ou para o Alexandre não seria adequada.


Para finalizar, já que o Patriota foi, por que o Padilha não vai atrás? A esperança é a última que morre. Com o Mais Médicos (da forma com foi planejado e implementado com mentiras mil) a pobrezinha está nas últimas no Brasil.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O Roberto Almeida e o "MAIS MÉDICOS"




Para não dizerem que não complementei em nada o texto da Mary, [publicado ontem aqui do qual este pode ser considerado uma continuação] eu o faço, com um outro texto sobre o assunto, do Elio Gaspari, publicado no mesmo blog no mesmo dia:

O doutor Luís Inácio Adams informou que os médicos cubanos que vêm para o Brasil não terão direito a asilo político caso queiram se desvincular da ilha comunista. Nas suas palavras: “Me parece que não têm direito a essa pretensão. Provavelmente seriam devolvidos”.

Num país que teve um presidente asilado (João Goulart) e centenas de cidadãos protegidos pelo instituto do asilo, Adams nega-o, preventivamente, a cubanos.

Isso numa época em que o russo Vladimir Putin concedeu asilo a um cidadão acusado pelo governo americano de ter praticado crimes, e a doutora Dilma tem um asilado na embaixada brasileira em La Paz.

Noves fora a proteção dada a Cesare Battisti, acusado de terrorismo pelo governo italiano.

A tradição petista vai na direção desse absurdo. A Polícia Federal já deportou dois boxeadores cubanos durante a gestão do comissário Tarso Genro no Ministério da Justiça. (Eles foram recambiados e fugiram de novo).

O próprio governo cubano já permitiu a saída de cidadãos para a Espanha. A vigorar a Doutrina Adams, o Brasil transforma-se numa dependência do aparelho de segurança cubano.

Para aqueles que se apegam com unhas e dentes a uma democracia e a um estado de direito, que foi pelo qual lutamos, para derrubar um ditadura militar e estamos lutando para evitar uma ditadura stalinista, do tipo da que está em instalação na Venezuela e já em Cuba, a vergonha nos sobe ao rosto. Como se pode ser tão fiel a um regime sanguinolento como o dos irmãos Castro, ao ponto de tentar enganar todo um povo, por motivos ideológicos e eleitoreiros com este programa Mais Médicos?

A segunda coisa que me fez mudar de assunto foi uma postagem que li no Blog do Roberto Almeida, de Garanhuns, e que leio algumas vezes, para verificar a quantas anda seu alinhamento com a prefeitura de Bom Conselho, minha adorada terra. Eu sinto que vão as mil maravilhas.

O título da postagem é “INTERESSES ENVOLVIDOS NO PROGRAMA MAIS MÉDICOS”. Eu admirava o Roberto e o achava um bom jornalista. Hoje o considero apenas um jornalista experiente. Mesmo depois que ele tentou erigir um estátua para o Lula na Avenida Santo Antônio, e eu ainda comentava em seu blog para discordar de tais peripécias ideológicas. Fiquei esperando que ele propusesse uma estátua de Dilma no Castelo de João Capão, mas, parece que depois da queda de popularidade do poste ele não vai botar a mão em cumbuca.

Entretanto, ele nunca deixou sua alma petista de lado e continua sendo parcial, e, pasmem, colocando interesses nos outros para justificar os seus. Eu comento seu texto, abaixo, e quem o quiser no original clique aqui. O que estiver em vermelho é do Roberto o que estiver em azul é meu, para nos relembrar do velho folguedo pastoril.

O programa Mais Médicos, que está importando médicos do exterior para o Brasil, tem o apoio da população, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha. Mesmo assim a gritaria é grande, principalmente com relação aos cubanos.

Quem poderia ser contra a que o povo tivesse acesso a mais médicos? E isto não só inclui, principalmente, os cubanos, e sim pela forma como o regime castrista trata o seu povo. Mas, vamos em frente.

Duas frentes se armaram contra a chegada dos profissionais de Cuba: uma comandada pelas entidades médicas, outra pelo PSDB de Aécio Neves e companhia.

É típico dos escritos ideológicos começarem classificando coisas  com uma precisão que só leva o raciocínio dos leitores para um lado só. Não só são duas frentes que estão contra a chegada dos profissionais de Cuba. Há pelo menos mais uma: Aquela das pessoas que pensam que o trabalho escravo deveria ter acabado em nosso país, e no mundo e que acham e podem até demonstrar (e desenhar para os empedernidos) que os médicos cubanos são apenas escravos, de uma ditadura cruel e sanguinária.

As entidades que representam os médicos não estão pensando no povo pobre e sim em defender seus interesses corporativos. Ora, se os pediatras, ginecologistas e clínicos estrangeiros contratados estão indo para municípios necessitados, lugares rejeitados pelos médicos brasileiros, por que ser contra? É deixar esses grotões sem assistência na área de saúde para não contrariar interesses e ideologias?

Esta a é mãe do argumento ideológico petista. Mexer com coisas sérias, vender facilidades para os mais simples de espírito, mas carentes de informação, como o próprio Bolsa Família. Quem é contra que o povo coma melhor? O problema é quando se usa tais coisas para fins eleitoreiros como provavelmente vai ser feito com o Mais Médicos. Já foi dito acima [ontem no texto da Mary Zaidan] e com muita propriedade que grande parte dos problemas de saúde no Brasil não é por causa da falta de médicos e sim de infraestrutura que este governo está há mais de uma década no poder, e nada fez para melhorá-la. Vários hospitais foram fechados porque o SUS além de pagar pouco por procedimentos, muitas vezes não pagava. E hoje o número de leitos por habitantes é 15% menor do que há dez anos atrás. As entidades médicas e os jornalistas sérios já alardeiam isto faz tempo.

O PSDB está contra porque tem conhecimento da pesquisa do Datafolha e sabe que esses médicos chegando nas cidades pequenas do Nordeste e prestando um bom serviço à população, podem ajudar a recuperar o combalido prestígio do Governo Federal. De quebra ainda pode fortalecer a provável candidatura do petista Alexandre Padilha à sucessão estadual em São Paulo.

Por que esta fixação do Roberto no PSDB, para dizer uma verdade? Eu sei Roberto, que o Governo Federal está combalido e que o motivo do plano é eleitoreiro. Mas, isto não diz respeito só ao PSDB, mas sim, a todos brasileiros que não querem seu dinheirinho utilizado para o uso de programas que apenas fazem o sonho dos petistas para o financiamento público das campanhas política. Enquanto ele não vem, oficialmente, que se usem o Bolsa Família e agora os Mais Médicos.

Como se vê tudo é jogo de interesses, o povão que se exploda.

Nisto eu concordo com o Roberto. São os interesses mesquinhos de quem não quer largar o osso do poder. E o problema dos médicos estrangeiros é o mínimo. O grande problema é o próprio programa e como foi lançado, onde a presidente deu sua maior mancada também do ponto de vista ético. Mas, isto para o PT é fazer política. Se votam no PT, a verdade e o povão que se explodam. Minha tristeza é que nossa classe jornalista, ao invés de tentar corrigir as distorções que existem no programa mostrando seus problemas para a liberdade e para democracia, fazem política para continuarem a mamarem nas tetas do poder.

Os médicos de Cuba não vêm para o Brasil como comunistas, como agentes de Fidel ou Raul Castro. Vêm simplesmente fazer o seu trabalho e muitos que vieram ao país no passado - como uma clínica geral que conheci atuando em Angelim -, deram provas de serem bons profissionais.

Aqui o Roberto é no mínimo simplista e não jornalista. Isto é a força da ideologia tisnando as suas sinapses cerebrais. Por um exemplo de boa médica cubana ele conclui que todos são bom, inclusive os que mataram Chávez e que fazem o Fidel procurar médicos espanhóis e Lula ir para o Sírio-Libanês. Deveria citar o resultado do REVALIDA  para médicos brasileiros formados em Cuba, e que é baixíssimo. E eles não são agentes de Fidel ou Raul Castro, eles são apenas seus escravos. Ou o Roberto iria ser blogueiro em Cuba durante 3 anos, deixando sua mulher e filhas aqui, como garantia de sua volta, sem ser um escravo? E não me venha dizer que eles vieram contentes balançando bandeiras e cantando por ter deixado seus parentes lá. É apenas pela promessa que ao receberem 10% do que o governo brasileiro vai pagar a eles, já representam 10 vezes mais do que eles ganham na ilha dos Castros. Você iria Roberto, se juntar a Yoani Sánchez nestas condições?

O Brasil está mal na saúde. Os hospitais são uma lástima e faltam médicos. Que pelo menos essa última lacuna seja preenchida rapidamente e a população tenha o direito à saúde, assegurado inclusive pela Constituição Federal.

Só com mais médicos? Me poupe, Roberto. E resolver nossos problemas com o sacrifício do próprio povo cubano que vem aqui como médicos apenas para ter uma chance de ganhar uns trocados a mais e respirar um pouco de liberdade é até muita crueldade. Isto só ajuda a ditadura cubana que está nos seus estertores e se vale destes pobres médicos para viver mais um pouco. Alguns dizem que o Mais Médico como foi operado não configura escravidão e somente ilegalidade por terceirizar contrato de trabalho. Isto é apenas um eufemismo para minorar a degradação do trabalho médico em nosso país. É ilegalidade de nossa parte e imoralidade de todos os pontos de vista em se permitir um regime de trabalho como este. Pode até resolver alguns problemas de saúde, mas, nos enche de vergonha pela solução adotada.

Cuba é um país pequeno e mais pobre do que o Brasil. Não é novidade para ninguém que por lá falta até comida – até mesmo para quem tem um diploma de medicina. Que eles venham ganhar o seu dinheirinho (o governo comunista fica com quase tudo), durante um tempo vivam sem tantos apertos e ajudem os pobres brasileiros, principalmente as mulheres, as crianças e os idosos.

E por isso mesmo Roberto, como um jornalista sério que você é (fora algumas estátuas, é claro) deveria denunciar o trabalho escravo a que eles são submetidos em Cuba e não ficar fazendo politicagem falando de partidos e entidades que não tem culpa pelos erros do Fidel. Ninguém seria contra a vinda dos cubanos se eles, com os de outras nacionalidades, fossem avaliados, e pudessem trazer sua família e receber seu dinheiro como homens e mulheres livres, e podendo até pedir asilo político se quisessem. Mas isto não ocorre com os cubanos. Por que Roberto? Por causa do PSDB?

E que os interesses mesquinhos de corporativistas, políticos e ideólogos sejam esmagados pelo povo, se este for atendido em suas necessidade mais imediatas.

E para os cubanos, nem uma palavra de carinho? Aquele povo que vive escravizado há mais de 50 anos, vivendo agora da exportação de gente. Antes exportava guerrilheiros, amigos do Zé Dirceu, agora exporta médicos, “mui amigos” do Chávez. Nem mesmo o Karl Marx conseguiu prever que este fosse o momento superior do socialismo: O tráfico humano.

Um pouco de dignidade é tudo que os brasileiros desejam e precisam.


E os cubanos também, e mais do que nós. Coitados.

P.S.: Depois de terminado o belo folguedo do Pastoril, encontrei o vídeo abaixo que ilustra a festa em torno do pelourinho do pobres médicos cubanos:

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Commodities cubanas




Por Mary Zaidan (*)

Acabam de desembarcar no Brasil os primeiros médicos estrangeiros do polêmico Mais Médicos, carro-chefe da campanha eleitoral do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo do Estado de São Paulo, que nem se preocupa em esconder isso. Até foi ao aeroporto receber quatro deles, sendo dois brasileiros formados lá fora, que apostam na chance de exercer a profissão na terra natal sem o Revalida, teste que no ano passado aprovou apenas 7,5% dos brasileiros com diploma estrangeiro.

Mais do que ninguém, Padilha sabe que a precariedade do atendimento à saúde não reside no médico e que pouco adiantará multiplicar jalecos brancos sem infraestrutura. Mas como luta contra o tempo para dar cara à sua gestão, tenta, a cada dia, costurar um discurso novo para remendar os furos de um programa parido às pressas para lhe garantir palanque.

Em menos de dois meses, criou a extensão do curso de medicina para oito anos, os dois últimos no SUS, e recuou; anunciou que contrataria seis mil médicos cubanos, desistiu e desistiu da desistência. Para tal, assinou o mais rápido acordo bilateral de que se tem notícia na história, permitindo que 400 médicos cubanos cheguem já nesta semana, quatro mil no total.

Exportar médicos é um negócio extremamente lucrativo para Cuba. Dados da BBC mostram que os médicos-commodities rendem algo em torno de U$ 5 bilhões ao ano à ilha. Hoje, há contratos de exportação para mais de 60 países. O maior e mais lucrativo deles, com a Venezuela, rende 100 mil barris de petróleo/dia.

Por aqui, o Ministério da Saúde informa que repassará R$ 511 milhões à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) até fevereiro de 2014, e que caberá à entidade pagar ao governo cubano. Ou seja, aplica-se o modelo bolivariano: o contrato é com o governo Raúl Castro e não com os profissionais, tratados como mercadoria.

É no acordo via Opas que o governo sustenta a legalidade de os médicos não receberem diretamente suas remunerações. Só não alardeiam que o representante da Opas no Brasil é Joaquin Molina, odontólogo cubano. Talvez isso explique a celeridade do acordo.

Há outras janelas. De 2006 para cá, mais de 500 estudantes brasileiros foram admitidos nas faculdades de medicina de Cuba a partir de seleção que teria como critério militância em movimentos sociais ou indicação partidária. Resta saber se trazê-los de volta fez parte do veloz acordo.

Quanto aos cubanos, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, já avisou que o Brasil não concederá asilo a importado algum. Não reconhece que Cuba obriga a exportação, com represálias aos que a ela se negam.

Para o governo Dilma Rousseff, Cuba é aqui.

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(*) Publicado em 25.08.2013 no Blog do Noblat. Hoje estava com vontade de escrever sobre a proibição dos mascarados nas ruas do estado de Pernambuco. No entanto, duas coisas me desviaram do rumo. A primeira foi o texto sensato e preciso da Mary Zaidan que transcrevi acima, e que nem comento, mas resumo em um de suas únicas frases lapidares: “Mais do que ninguém, Padilha sabe que a precariedade do atendimento à saúde não reside no médico e que pouco adiantará multiplicar jalecos brancos sem infraestrutura.” Dito isto, que é pura verdade o resto são tergiversações de petista ou esquerdista arrependidos. 


Confesso que não parei de escrever por aqui. Escrevi mais nesta nota comentando um texto do Roberto Almeida sobre o Mais Médico, que seria a segunda coisa prevista acima.  Mas, está ficando muito grande para um dia só, e estou levando a sério meu tratamento contra prolixidade. Amanhã, ou quando terminar, eu publico o restante.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

E aí vêm os escravos cubanos. Eu já sabia!




Ontem escrevi sobre o programa Mais Médicos do Ministério da Saúde como já o fiz outras vezes (por exemplo, aqui, aqui e aqui) neste humilde blog. Todos sabem que, para mim, o PT deveria, pelo mal que fez ao país, nestes últimos tempos, ser defenestrado do poder no próximo ano. E parece que eles estão realmente com medo de que isto aconteça.

Depois de enganar os brasileiros o tempo todos, ao dizer que não importariam médicos cubanos, o que eu sempre disse que não era verdade, aí esta a realidade que nunca saiu da cabeça deles. E aí vêm os cubanos.

Eu poderia continuar com minha campanha de Fora Padilha, de ralhar o Conto do Padilha (em que até o Carlos Sena caiu, com sua pureza d’alma), com meus textos prolixos. No entanto, hoje, vi na página Deu nos Blogs da AGD um texto de um anônimo que se diz Coronel que eu reproduzo abaixo (o original está aqui). Eu não poderia dizer melhor o que sinto, logo hoje, que tenho que ir ao médico, esperando que ele ainda não tenha aderido ao programa Mais Médicos, a medida mais insensata e errônea que este governo tomou. Leiam e meditem para onde vamos.

“Nosso país deixará de ser uma democracia no exato momento em que os médicos cubanos colocarem o pé em solo brasileiro para trabalhar em condições análogas à escravidão.

Não pensem em correntes. Em algemas. Em porões fétidos. Em gente suja e maltrapilha. Estes são os escravos normalmente libertos das pequenas confecções das grandes cidades, vindos de países miseráveis.

Agora pense em pessoas vestidas de branco. Com diplomas universitários. Que exibem sorrisos simpáticos e uma grande alegria em servir o próximo, como se estivessem em uma missão humanitária. Estes são os médicos escravos cubanos que o Brasil vai traficar, cometendo toda a sorte de crimes hediondos contra os direitos humanos, que só republiquetas totalitárias, a exemplo da Venezuela, ousaram cometer.

E vamos aqui deixar ideologias de lado. E até mesmo as discutíveis competências profissionais. Vamos ser civilizados e falar apenas de pessoas, de seres humanos, de gente.

O Brasil democrático é signatário de uma dezena de tratados internacionais que protegem os trabalhadores. No entanto, o Governo do PT está firmando um convênio com Cuba, um país que está traficando pessoas para fins econômicos. Cuba esta vendendo médicos. Cuba utiliza de coerção, que é crime, para que estes escravos de branco sejam enviados, sem escolha, para onde o governo decidir. Isto é crime internacional. Hediondo. Que nivela o Brasil com as piores ditaduras.

E não venham colocar a Organização Pan Americana de Saúde como escudo protetor destes crimes contra a Humanidade. É uma entidade sabidamente aparelhada por socialistas, mas que, ao que parece, pela primeira vez assume o papel de "gato", o operador, o intermediário, aquele que aproxima as partes, que fecha o negócio, que "lava" as mãos dos criminosos que agem nas duas pontas. Não há como esconder que o Governo do PT está pagando a Ditadura de Cuba para receber mão-de-obra em condições análogas à escravidão, como veremos neste post.

O trabalhador estrangeiro tem, no Brasil, os mesmos direitos de um trabalhador brasileiro. Tem os mesmos ônus e os mesmos bônus. Não é o que acontece neste convênio que configura um verdadeiro tráfico em massa de pessoas de um país para outro. Os escravos cubanos não pagarão Imposto de Renda e INSS. Sobre um salário de R$ 10 mil, deveriam reter mais de R$ 2.700. Pagariam em torno de R$ 400 de INSS. Mas também teriam direito ao FGTS, ao aviso prévio, às férias, ao décimo-terceiro salário. Não é o que acontece. O escravo cubano não recebe o seu salário. Ele é remetido para um governo de país. É como se este país tivesse vendido laranjas. Charutos. Rum. Ou qualquer commodity. A única coisa que o trabalhador recebe é uma ajuda de custo para tão somente sobreviver no país pois, em condição análoga à escravidão, este médico cubano receberá alojamento e comida das prefeituras municipais. Trabalhará, basicamente, por cama, comida e sem nenhum direito trabalhista.

Outro crime do qual o Governo do PT é mentor, é idealizador, é fomentador, é financiador, é concordar com as práticas de coerção exercida por Cuba quando vende os seus médicos escravos. O passaporte é retido pela Embaixada de Cuba no Brasil. A família fica em Cuba, sem poder sair do país. O escravo cubano não pode mudar de emprego, pois se o fizer a sua família sofre perseguição. Existe ameaça. Existe abuso de autoridade. Existe abuso de poder econômico. Existe retenção de documento para impedir a livre locomoção. Existe lesão ao Fisco. Sonegação. E, por conseguinte, sendo dinheiro originário de crimes, remessa ilegal de divisas do Governo do PT para a Ditadura de Cuba.

Este convênio que o Governo do PT está fazendo com Cuba não resiste a uma fiscalização do Ministério do Trabalho e a uma auditoria do Ministério Público. São tantos os crimes cometidos contra a Humanidade e contra os Direitos Humanos que envergonham a todos os brasileiros. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, candidato ao governo de São Paulo, deveria ir a ferros junto com os bandidos mensaleiros do seu partido. A ministra dos Direitos Humanos, Maria o Rosário, está em silêncio obsequioso.

A partir do momento em que 4.000 cubanos botarem o pé no solo brasileiro, nosso país terá se transformando num campo de concentração e numa imensa prisão para escravos políticos. A nossa Constituição será rasgada, pois:

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

(...)

III – ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

Da mesma forma, o Governo do PT está jogando no lixo  o Decreto nº 5.948, de 26 de Outubro de 2006, que trata da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que tem  definições fundamentais sobre o tema:

Art. 2°. § 4o A intermediação, promoção ou facilitação do recrutamento, do transporte, da transferência, do alojamento ou do acolhimento de pessoas para fins de exploração também configura tráfico de pessoas.

Art. 2°. § 5° O tráfico interno de pessoas é aquele realizado dentro de um mesmo Estado-membro da Federação, ou de um Estado-membro para outro, dentro do território nacional.

Art. 2o. § 6° O tráfico internacional de pessoas é aquele realizado entre Estados distintos.

Art. 2° § 7o O consentimento dado pela vítima é irrelevante para a configuração do tráfico de pessoas.

Ou seja: o que determina se existe a escravidão não é o depoimento do escravo, pressionado por dívidas, sem documentos ou tendo a integridade da sua família ameaçada, mas sim o que a sua situação configura, mediante fiscalização.

Com a importação em massa dos médicos escravos cubanos. os acordos internacionais firmados pelo Brasil contra a escravidão serão derrogados. Não seremos mais uma democracia. Se alguém tem alguma dúvida sobre isso, leia o MANUAL DE COMBATE AO TRABALHO EM CONDIÇÕES ANÁLOGAS ÀS DE ESCRAVO, publicado pelo Ministério do Trabalho.

E sinta vergonha, talvez um pouco de medo, de ser brasileiro.

Eu desafio o Governo do PT a exigir que o médico cubano tenha em mãos o seu passaporte.
Eu desafio o Governo do PT a exigir que o médico cubano tenha uma Carteira de Trabalho.
Eu desafio o Governo do PT a depositar o salário do médico cubano em uma conta pessoal, que lhe garanta livre movimentação.
Eu desafio o Governo do PT a garantir todos os direitos trabalhistas ao médico cubano.
Eu desafio o Governo do PT a cumprir a Lei, a Constituição e os Tratados Internacionais.

Alguns dirão que a população não tem médicos e que deveria ter. Vejam a minha postagem de ontem, e ouçam a explicação de um médico que o problema de saúde não se resolve só com os médicos, e muito menos com médicos cubanos que comprovadamente não passariam num teste sério para exercer a profissão no Brasil.


Ou seja, para receitar remédio contra verminoses, o que os cubanos fazem em seu país basta treinar técnicos em enfermagem. Sairia muito mais baratos e não estaríamos incentivando o trabalho escravo, o que só ajuda a manter de pé o mito da socialismo cubano/bolivariano. Realmente, chegamos ao fim da linha.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O "Mais Médicos". Será preciso chorar?




Não precisa saber ler para entender esta postagem. Basta saber ver e principalmente, ouvir. Alem de ter um pouco de paciência pelo seu tempo de duração.

Se tiverem um tempo maior vejam e ouçam uma entrevista com um médico, no filme abaixo.

Se possível vão até o fim, onde eu chorei.

Seria o suficiente ouvir a entrevista do Dr. Miguel Srougi para descobrir que este tal de programa Mais Médico é uma outra falácia do governo Dilma para tentar lidar com o bafo do povo nas ruas.

Mas, talvez, para chegar a esta conclusão, é preciso chorar, como eu chorei.




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P.S.: Já havia programado a postagem acima, quando ontem ouvi a notícia de que seriam importados 4.000 cubanos para suprir o grande número de vagas que os brasileiros e outros estrangeiros não preencheram no programa Mais Médicos, esta atabalhoada medida de um governo que se viu acuado pelas ruas.

Vejam o que disse o Alexandre Paulista, o testa de ferro do programa, sobre esta atitude:

“Hoje estamos encerrando uma importante negociação para reforçar a assistência em saúde nas regiões carentes do Brasil. Vamos, por meio deste acordo com a Opas, ampliar o número de médicos exatamente naqueles municípios em que há maior dificuldade de levar profissionais. Nosso foco é levar médicos para aquelas cidades que não foram selecionadas no programa nem pelos brasileiros nem pelos estrangeiros, mas aguardam por profissionais”

Notem bem, senhores, que a primeira fase do programa não tem uma semana de terminada e, neste período o Padilha já entabulou “importantes” negociações para que os escravos cubanos viessem, por que os homens livres não se sujeitaram às condições miseráveis  da saúde em nossa país. Quanta desfaçatez. E, eu termino este P.S.  citando uma nota do Conselho Federal de Medicina, mostrando o que realmente aconteceu:

"Trata-se de uma medida que nada tem de improvisada, mas que foi planejada nos bastidores da cortina de fumaça do malfadado programa Mais Médicos. O anúncio de nesta quarta-feira coloca em evidência a real intenção do governo de abrir as portas do país para profissionais formados em Cuba, sem qualquer avaliação de competência e capacidade. Estratégia semelhante já ocorreu na Venezuela e na Bolívia, com consequências graves para estes países e suas populações".


É o já conhecido conto eleitoreiro do Padilha, em que até o nosso grande escritor e conterrâneo Carlos Sena caiu. Como já previsto por mim e toda a torcida triste do Náutico na Arena Pernambuco, vêm aí os escravos cubanos. O problema é quem vem com eles.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A Casa de Apoio do Dandan


Casa de Apoio (Imagem do Site do Prefeito)


Neste início de semana houve dois assuntos que dominaram a cena política, e que atingem o Brasil e Bom Conselho. A primeira foi o affaire entre os ministros do STF, no julgamento do mensalão, que parece ter sido vencido pelo Joaquim Barbosa, embora o Lewandowski tenha recorrido ao tapetão para tentar reverter o resultado. Vamos ver hoje, dia em que continua o julgamento, se a Justiça brasileira vai perder ou ganhar, e isto para mim significa se as chicanas vão continuar ou não.

A segundo refere-se mais a Bom Conselho, embora o conceito envolva todos os municípios do país, que foi a inauguração da Casa de Apoio, no Recife, para pessoas que precisem se deslocar para esta cidade e que tenham que pernoitar aqui. Foi um alarido danado, e até a TV Web Poeta foi paga para vir ao Recife, e entrevistar o Dandan e o Dandinho, na porta da Casa. Então o Poeta deve ter sido o primeiro paciente da Casa de Apoio.

Eu reproduzo abaixo a entrevista, já que ninguém de Bom Conselho acessa mais o seu blog do Poeta, muito menos sua TV, que é a única que só faz matérias “ao morto” e nunca ao vivo. Penso que nem mesmo o Dandan nem o Dandinho, que continuam se enganando com a audiência do Poeta em Bom Conselho, a acessam por falta de tempo ou desinteresse.


Eu penso que o Dandan tem o curso superior. Deve saber bem falar o português, mas, deve sofrer do que eu chamo a Síndrome de Lula, que é um mal que o ex-apedeuta-mor espalhou por este país, que mesmo que você tenha cometido o pecado de estudar e aprender o português, tem que esconder isto, quando fala ao povão, porque, se não o fizer, vão dizer que ele é das elites. Então não esperem plurais corretos nem concordâncias verbais, que pode haver uma grande decepção. Eu não esperei e, portanto, não fiquei decepcionada com o português ruim do prefeito. É culpa do Lula.

Numa coisa o Dandan nunca me decepcionou, sempre ele fala em Deus e em alguns santos, o que me sensibiliza muito. No entanto, eu tenho medo, se algo der errado, se ele vai assumir a culpa ou culpar Deus pelos malfeitos. Que Deus o proteja.

Eu começo me perguntando se alguém poderia ser contra a ajuda aos necessitados dos serviços de saúde e que usem a Casa de Apoio. Talvez os únicos que pudessem ser do contra, pelos seus instintos maléficos seriam o Amigo da Onça e o Xico Pitomba. E daí o alarido que surgiu sobre esta iniciativa do Dandan, e que, segundo ele começaria a funcionar, nesta última segunda-feira. Não tive tempo de conferir e nem sei se o Poeta dormiu na Casa para entrevistar o primeiro doente.

E o Dandan vai além em sua iniciativa. Vai arranjar transporte para os doentes. Ou seja, a mordomia vai ser completa. E isto aumenta mais a grandeza de sua iniciativa, alegam aqueles de boa fé e também os áulicos de plantão.

Eu só tenho a boa fé sem ser uma “áulica”, porque habito na oposição, que deve ser responsável mas não ingênua. Como política e dona de casa tenho que agir pensando na economia doméstica.

Desde cedo o político responsável descobre que além de não poder fazer omelete sem quebrar os ovos, não se pode fazer uma receita que exige sal, com o saleiro vazio. Pode-se até fazer, mas, o distinto público não aprovará o gosto, se quisermos fazer a receita inteira.

Quando o sal é pouco, temos que fazer um bolinho ao invés de um bolão, para que o bolo seja comido com gosto. Em outros termos, há um limite de tamanho do bolo quando os ingredientes da receita não são ilimitados. E em termos administrativos o que faz um bom administrador é o gosto final do bolo e não só o tamanho das porções de ingredientes. É na administração das prioridades dos ingredientes que se revelam os bons cozinheiros e os bons administradores.

Em termos municipais, o bolo final é ação da prefeitura como um todo, e para isto os ingredientes têm que ser dosados da melhor maneira possível. Como no Brasil, a realidade de recursos ou ingredientes não é nada favorável, e que o diga o Dandan, que até agora não parou de viajar atrás deles, há algo que é muitas vezes esquecido: As prioridades. Esta é a palavra mágica que faz a diferença entre os bons administradores e o governantes “perebas”.

Então, a pergunta fundamental para se avaliar a Casa de Apoio é: de onde vêm os recursos para custeá-la? Imaginem que, para que ela exista tenha-se que se tirar, todo mês, a merenda escolar de algumas crianças. Será que valeria a pena a Casa de Apoio? Imaginem, se os recursos vem da retirada dos subsídios dos vereadores, o que poderia levar o Dandinho a tomar umas doses a menos de Pitu. Será que valeria a pena? Isto é só para argumentar, que mesmo que o Dandan sempre seja ajudado por Deus, suas ações são aqui na terra onde, para se administrar bem, tem que se ater a conclusão que governar é escolher e para isto tem que se ter prioridades.

O que muitos governantes tentam fazer é iludir o povo, mesmo com ajuda de Deus, para melhorarem suas popularidades e serem eleitos. E as prioridades são construídas visando apenas os votos e não o bem comum. E num sistema democrático o papel da oposição é desmitificar certos tipos de ações, que tentam vender gato por lebre, ou pelo menos abrir o saco e verificar se há lebres ou gatos dentro dele. E, pelo que tenho notícia, em Bom Conselho, oposição é um artigo de luxo, principalmente, em termos de mídia, pela cooptação da blogaria quase toda oficial. E isto é péssimo para a democracia em geral e para Bom Conselho em particular.

E, neste caso da Casa de Apoio, meu colega Zezinho de Caetés, meu mestre em muitos assuntos, um dia desses lá no mural da AGD, falou sobre fazer uma Casa de Apoio para Caetés lá vizinha ao Sírio-Libanês em São Paulo. Há alguém que possa ser contra a ideia de todos os caeteenses (inclusive os colegas Rafael Brasil e o Hadriel) terem o direito de se tratar naquele maravilhoso hospital, já que um dos seus filhos, o Lula, só se trata por lá, sendo vivo o suficiente para não ir para Cuba? É claro que não, e nem mesmo eu seria se tivéssemos a produtividade dos americanos, cujos pobres ganham mais do que nossa classe média depois do Lula. No entanto, outra resposta poderia ser dada, ao sabermos que para que o Lula se trate na Casa de Apoio do Sírio-Libanês, 200 crianças de Caetés ficaram sem a merenda escolar, ou algumas mil ficaram sem a vacina contra sarampo, para que o Lula se tratasse do câncer, as custas do nosso dinheirinho.

Mesmo assim, eu espero que os recursos para Casa de Apoio de Bom Conselho tenham sido uma boa prioridade, e eu, qualquer dia irei lá, de supetão, para entrevistar alguns dos seus internos. Espero também, que ao chegar lá, eles me respondam que o governo do Dandan está tão bom que os professores estão tão satisfeitos com seus salários, que não tem necessidade de usar a o apoio da Casa, e nem falte merenda nas escolas para que os futuros usuários não sejam as vítimas da desnutrição infantil. Isto para me fixar na área social que envolve outros níveis de governo.

Para mim, quando, se Deus quiser (já falo como o Dandan), for eleita vereadora a partir de 2016, além do meu projeto para que meus colegas edis ganhem um salário mínimo, vou propor outro que deveria ser a fundamental prioridade para a prefeitura (com recursos próprios o alheios) seja o saneamento básico. Com ele, a necessidade de Casa de Apoio diminuiria muito. Infelizmente, ninguém quer ser entrevistado num esgoto, principalmente, pelo Blog do Poeta, que ainda é uma fossa de notícias.

Nossa, quem chegou até aqui nesta postagem, além de provar que sabe ler, já deve ver com outros olhos certos factoides, e deve pensar com faz falta uma oposição vigilante.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Acima da razão




Por Mary Zaidan (*)

Ninguém é dono da razão. E aqueles que teimam em sê-lo são os que mais frequentemente a perdem. Por descuido, inépcia ou, mais comumente, por soberba.

O governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), réu confesso quanto aos males de o poder lhe ter subido à cabeça, que o diga. Mas nesse quesito poucos são os que escapam.

A presidente Dilma Rousseff é hors-concours: ela sempre sabe mais, sempre tem todas as certezas. Quando erra, o equívoco sempre é dos outros, nunca dela. Mas, imitando a ficção, mais cedo ou mais tarde a arrogância costuma se voltar contra o protagonista.

O dedo em riste da presidente até era tolerado nos tempos de farta popularidade. Agora, pouco consegue, nem mesmo nos raros momentos em que teria a razão como companhia. Uma das provas disso é a aprovação do orçamento impositivo na Câmara dos Deputados.

O exemplo mais acabado do estrago que a soberba causa à razão vem do presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. Ainda que na maioria das vezes tenha a razão ao seu lado, ele é expert em perdê-la.

A história se repetiu nesta semana quando, com linguajar impróprio, Barbosa jogou no lixo a correta acusação que fazia de que o ministro Ricardo Lewandowski estaria protelando o julgamento dos embargos do mensalão. Mais do que perder o embate, o presidente da Corte Suprema deixou escapar a razão, substantivo que pode fazer uma falta imensa nos movimentos seguintes do caso.

O sentimento de ser proprietário da razão também dominou as manifestações que chegaram a ser a maior aposta de mudanças no país. Após o sucesso de junho, manifestantes de diferentes origens passaram a se sentir acima de tudo e todos. E, assim, romperam os ditames da razão.

A invasão da Câmara Municipal do Rio mostra isso com absoluta clareza. Se justiça há em se rebelar contra a contaminação por vereadores governistas da CPI para investigar contratos da Prefeitura com empresas de ônibus, nada justifica a ocupação do plenário e, muito menos, os atos de vandalismo.

Goste-se ou não, os vereadores foram eleitos. A não ser que se queira derrubar o regime em vigor, um grupo – ainda que carregue a razão nas suas reivindicações – não substitui o voto da maioria.

Por definição, razão é bom senso. É a faculdade de compreender, de raciocinar. Não raro, é prudência. Algo que, obrigatoriamente, deveria ser observado por aqueles a quem o país delegou responsabilidades.

Na matemática, razão é a relação entre quantidades, conceito também aplicável à democracia, regime em que a razão da maioria é expressa pelo voto. Fora daí, nada é nem mesmo razoável.
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(*) Publicado em 18.08.2013 no Blog do Noblat. Quase sempre transcrevo aqui os textos da Mary Zaidan, e, quase sempre concordo inteiramente com eles, pela sua concisão e objetividade, o que nem sempre acontece com os meus. Hoje, não concordo com tudo.

Não concordo que o Joaquim Barbosa ter usado uma linguagem imprópria com o Lewandowski. A não ser que ela se refira que ele “pegou” muito leve com o chicaneiro-mor. Não há uma pessoa neste país, e que se interesse pelo julgamento do mensalão e por suas consequências políticas, que não tenha, no mínimo, pelo menos, desconfiado das intenções chicanistas do Lewandowski. O que então o Joaquim poderia dizer a ele diante de sua renitência ao fazer chicana. Nada? Dizer que ele poderia falar até a consumação dos séculos, amém?

Soube também que ele o chamou de “moleque”, já nos bastidores do julgamento. E agora o caso é mais grave, porque foi o Lewandowski, segundo a imprensa, que perguntou: “Você está pensando que eu sou moleque?”, e o Joaquim apenas respondeu que o “achava, sim!”. E quem já se viu, como eu, pela minha cor, ser tratada de “moleca” por brancos sem noção, sabe quanto isto é grave, e nos aflora tanto sentimento, desde antes da Princesa Isabel. Por isso acho que o agressor é o Lewandowski, que vem tentando provocar os instintos mais baixos do Joaquim, com a perguntra, e ele apenas está reagindo à agressão.

Dizem que Lula escolheu o Joaquim como ministro do STF, não pelo seu saber jurídico, mas, sim por ser negro. Vindo de um apedeuta-mor como o Lula eu até admito que seja passável se ele realmente ele fez isto. Mas, de um ministro do STF, este tipo de provocação é um achincalhe e mereceu as respostas que vem tomando na cara.


O que espero é que os outros ministros não decidam fazer chicanas apenas para ser solidário com o chicaneiro-mor, e que mostrem ao Brasil que o Joaquim, ao chamar o Lewandowski de moleque, está mesmo é lhe fazendo um elogio, e assim agindo com toda razão. Pelo menos o grande público acha assim. Nas pesquisas ele já tem mais eleitores do que o Coronel Eduardo, que tem os olhos azuis. (LP)

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O panfleto do Dandan - Erros e acertos




Recebi, por e-mail da semana passada, uma cópia do panfleto que foi distribuído pelo Dandan em comemoração dos seus 250 dias de governo. E a primeira coisa que minha fonte chamava atenção é que o jovem prefeito ainda não havia completado este tempo sentado na cadeira do Coronel (digo sentado, no sentido figurado porque o que Dandan mais fez neste tempo foi viajar por este país, segundo ele, pedindo obras para Bom Conselho).

Eu, imediatamente, como boa aluna do Seu Clívio no Ginásio São Geraldo, fui logo fazendo as contas, na ponta do lápis. Descobri que o panfleto só deveria ser lançado, para ser preciso nas contas, no dia 7 de setembro. Talvez, o lapso da equipe do Dandan tenha sido devido ao esgotamente de fatos relevantes em sua administração, fora da mídia, nos 100 e 200 dias de governo. Segundo dizem, até agora ele apenas termina obras começadas no governo da Mamãe Juju (por onde anda a Judith? Será que o Dr.Filhinho precisa de tantos cuidados no Hospital do Açucar que ela não pode mais se envolver com política? Ou será que desistiu de vez?).

Eu acho que minha fonte deve ser citada de forma completa, porque ele se diz apaixonado por mim, o que leva qualquer mulher a se sentir lisonjeada, mantendo o respeito, que todas merecemos:

“senhora lucinha bom dia,

Sendo leitor de seu blog e um admirador incondicional do seu trabalho, estouy  enviando para a senhora escaneado o panfleto de 250 dias do atual prefeito de Bom Conselho.

fazendo as seguintes observações
Primeiro;O ano ainda não transcorreu os 250 dias, se tiramos os domingos, sábados e feriados temos 152 dias uteis aproximadamente
no grosso teremos  220 dias
portanto os editores erram nos dias
segundo.falta o expdiente do projeto: A empresa de comunicação responsável , os editores, a quantidade de exemplares. A falta de claresa lesa a populaçãom, pois nõa sabe qu eo dinheiro publico ta sendo jogado no ralo.

peço discrição pelas minhas informações e espero seus comentarios do blog.

um grande abraço”





Mantive os erros da mensagem para dar-lhe mais evidência e pelo que li não é só coisa de um homem apaixonado. No cálculo ele está certo e quanto ao que ele chama de “expediente”, também é uma falha gravíssima, se realmente a informação sobre gasto com o panfleto não puder ser obtida com facilidade.

Virou moda no Brasil os governos fazerem propaganda como se fossem empresas comerciais, vendendo suas realizações em troca de votos presentes ou futuros. Esta atitude chega às raias da insanidade, em certos casos, porque desvirtua o processo democrático através de propaganda enganosa. Por exemplo, para o governo federal atual, o Brasil é uma ilha da fantasia, onde todos o pobres ficaram ricos e apenas um rico, o Eike Batista, ficou pobre. Onde todos os presos pobres foram soltos das cadeias e apenas um rico, o Zé Dirceu, vai entrar. Onde todo mundo está na classe média e apenas um, o Lula, é da elite, etc. etc.

O mais importante é que isto é dito e feito com o dinheiro público, o nosso dinheirinho suado, e que não foi fruto de propaganda. O panfleto do Dandan, pelas fotos que reproduzo ao longo deste texto, parece de alta qualidade e deve ter custado uma nota para ser produzido. Só não sei é se o povo de Bom Conselho vai acreditar nisto tanto quanto não acreditou nos panfletos distribuídos na campanha sobre o envolvimento do jovem prefeito num crime lá na Paraíba.

Talvez sim, o povo acredite. Eu não acredito muito, porque já havia visto isto no site do prefeito que é outra fonte de propaganda, feita com o meu dinheiro. E não acredito, por quê?

Porque, não acredito em mula sem cabeça, não acredito que o Lula não sabia do mensalão, nem acredito que o Coronel Eduardo vá se candidatar à presidência, nem acredito que o Zé Dirceu é inocente, e, principalmente, não acredito que nos últimos tempos, depois de tantos prefeitos passados, foi logo o Dandan que resolveu todos os problemas de Bom Conselho em 250 dias (incompletos até agora).



Cliquem nas imagens e tentem ler o que há nos panfletos. Eu me fixarei apenas numa frase que o finaliza:

“Os cuidados do Governo com a Nossa Gente é (sic) retribuído no sorriso do nosso povo no sorriso do nosso povo, no carinho das crianças e no crescimento do nosso município.”

Bem, pelo menos há alguma coisa a fazer ainda por Bom Conselho, se a equipe que fez o panfleto é de lá. É melhorar o ensino de português. Que tal o Menino Jesus de Praga fazer um cursinho para panfleteiros e blogueiros e até escritores recalcitrantes? Poderia até ser com financiamento da prefeitura, eu nem iria reclamar e até poderia assistir às suas aulas, para não dar algumas derrapadas em nossa flor do Lácio inculta e bela.


 Quanto aos fatos ou factoides que o panfleto aborda, pela minha distância, não tenho o que comentar. Mas, uma coisa me deixou encafifada, porque escrevi muito no passado sobre o caso da morte do Morceguinho lá na Paraíba. No panfleto há um lutador de karatê com o peito cheio de medalhas que me lembrou o pequeno mamífero voador. Eu, de início pensei que fosse uma homenagem póstuma, pela semelhança das figuras. Porém, não, não, a propaganda não chegaria a tanto.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

90.000 acessos e muitas lutas




Quando cheguei ontem a Gravatá, depois de arrumar meu matulão, beijar os netos e aguar minhas plantinhas, procurei por uma conexão decente. Não encontrei. Encontrei uma indecente, como sempre foi a minha aqui na serra. É mais lenta do que o raciocínio da presidenta. Mas, são elas que tenho, e tento me adaptar. Pelo menos à conexão. Quanto aos improvisos da Dilma, eu não me acostumo nunca.

Mesmo assim deu para perceber que já havia passado da data de festa, que sempre faço quando meus acessos chegam  a alguma dezena de milhar. No presente caso foram 90.000 acessos, bem vividos e de sucesso. Não sou de me gabar muito quanto a isto, pois sei que o número de acessos depende de tantos fatores que os blogs “caça-níqueis” deveriam ruborizar ao dar tanto importância a ele, geralmente, tentando enganar os incautos.

Para mostrar isto eu criei dois relógios para medir o número de visitas ao meu humilde blog, que continua sendo o mais lido de Bom Conselho, pelo menos pelas pessoas que sabem ler. Um, que é o que comemoro hoje mais de 90.000 visitas, e outro que já ultrapassou mais de 2 milhões de visitas. Eu prefiro o primeiro por uma questão de lógica: Bom Conselho não tem tanta gente conectada para que este número seja atingido e estes acessos, se realmente existissem, viriam de outras fontes que não o puro e singelo desejo de ler e se informar.

Outro dia vi o Bardo de Arapiraca, sim, aquele que é o patrão do Xico Pitomba, cantando loas sobre ter atingido 2 milhões de acessos, como se isto fosse um grande feito. E até o seria se estas almas penadas que visitam seu blog (eu não conto porque sou apenas uma jornalista investigativa no encalço da jumentinha erótica) tivessem o que ler, além de bobagens alienantes. Como se diz na canção: “Blogueiro ruim, na conversa vende algodão por veludo, e não tem bronca porque nesse mundo tem bobo pra tudo”.

Mas deixemos os entulhos de lado e comemoremos o relógio de menor número. É uma forma de extravasar nossa alegria e ao mesmo tempo mostrar que não é através de violência que me vão derrubar. E não é por mim. É por meus princípios de seriedade e honestidade naquilo que faço. E não digo nem modéstia à parte porque eles deveriam fazer parte da consciência de todos nós.

Muitas vezes recebo e-mails, uns elogiosos, outros nem tanto dizendo que sou muito briguenta, que gosto de “ser do contra”. Fico apenas triste e como não sou imutável, faço meu exame de consciência, e quando encontro algum pecado corro logo ao meu confessor que me perdoa, em nome de Deus, e tenta me orientar. No entanto, está para aparecer a briga em que entrei, os pecados que cometi, que não fossem no intuito de servir melhor minha comunidade e o meu próximo. Sou apenas uma lutadora que não desiste nunca (sem querer me comparar com aquela propagando do Ronaldo, hoje, o gordo, que era em coisa do PT querendo fugir do mensalão). E assim vou levando.

E hoje, aqui em Gravatá, comemoro estes 90.000 acessos e já partindo célere para os 100.000, o que nunca esperei, quando iniciei minha carreira solo como blogueira. Se o Dr. Filhinho não tiver mais tanto ódio de mim, irá comemorar também. No fundo, no fundo eu já o perdoei e espero que ele seja um bom médico quando sair do Hospital do Açúcar. Não o perdoo é por ele ter se tornado um mal filho, ter parado blog, sem defender sua mainha das acusações do Dandan. Digo acusações, porque recebi um panfleto de 250 dias de governo (depois comentarei) que, se verdadeiro, a Judith passou 4 anos só ocupando uma cadeira e colocando o Dr. Filhinho de castigo, no milho. O Dandan parece está fazendo 5 anos em 250 dias. E ninguém diz nada. Filho ingrato!


Bem, mas, eu já estou me estendendo demais nesta comemoração. Obrigada a todos e: Tim-tim!

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P.S.: Recebi a imagem, que ilustra esta postagem, do amigo Jameson Pinheiro, com uma linda mensagem.Que fôfo, Jameson! Obrigada, de coração.