quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Voltando ao "Mais Médicos", com menos médicos




Ontem li na blogaria pela qual rondo todo dia (só sei fazer destas rimas inconvenientes) que a presidenta já conquistou a “base alugada” no Congresso, através da liberação de emendas parlamentares, para que ela vote “sim” na MP que lançou o programa Mais Médicos no país. E, eu, que já não levo muito em  boa conta este nosso parlamento, perdi as esperanças de que se evitasse, através dele, um incentivo à volta da escravidão para uma categoria profissional.

Ora, dirão os áulicos de plantão, só se inscreve no programa quem quer, e, portanto, está se vivendo em plena liberdade. Tudo bem, se não tivessem sido levantadas suspeitas, como as que vi o presidente do Conselho Federal de Medicina declarar, que algumas inscrições legítimas estão sendo refugadas pelo sistema do Ministério da Saúde.

Então, a mosca, que estava atrás de minha orelha, começou a me incomodar. Isto porque acompanho o Padilha há muito mais tempo, que é um médico especialista em “atenção básica” a políticos paulista para cacifar sua candidatura ao governo de São Paulo. E desde muito, junto com seus “companheiros” sua intenção básica era ajudar o governo cubano a obter dólares no envio dos seus médicos escravos, dos quais cobra 90% do que eles recebem. Logo, ao mesmo tempo que lançaria um programa de impacto, cumpriria a meta de governo de ajudar à ditadura cubana, cujo objetivo hoje é apenas deixar o Fidel morrer sem acabar como o Zé Dirceu dentro de uma cela, ou, no “paredón”.

Quando houve uma grande reação à ideia da vinda dos cubanos, e com a pressão das ruas, a Dilma, sem nenhuma proposta para enfrentá-la lança o Mais Médicos, que é uma forma autoritária e burra para resolver um problema sério, que é a falta de médicos em algumas regiões do país. E é neste ponto que gosto do Ciro “Boca Suja” Gomes quando ele diz que “ele [o programa] veio de uma equipe de quinta categoria que ela tem e que aproveitaram e diz: o que é pode se dizer prá negrada?” (Reproduzo o vídeo abaixo, o que já tinha feito aqui). No entanto, penso que, o objetivo maior ainda era trazer os cubanos, e parece que vão conseguir. Veja um trecho de um informativo do Ministério da Saúde:

“ESTRANGEIROS – Como definido desde o lançamento do programa os brasileiros têm prioridade no preenchimento dos postos apontados. As vagas remanescentes serão oferecidas primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e em seguida aos estrangeiros.  Durante a primeira etapa de inscrições, 1.920 candidatos com registro profissional de 61 países manifestaram interesse em participar do programa.

Até quinta-feira (8), os médicos que se formaram no exterior terão que selecionar os municípios com vagas não ocupadas por brasileiros e apresentar os documentos exigidos nos postos consulares. Do dia 10 a 12, os candidatos que cumprirem estas etapas devem homologar a escolha do município onde vão atuar. A lista com os médicos e respectivos locais de atuação será divulgada no dia 13 e após essa data eles poderão se encaminhar às embaixadas para solicitar a emissão do visto.

 Em setembro, após chegada no Brasil, esses profissionais devem iniciar o primeiro módulo da especialização em Atenção Básica em instituições de ensino do Brasil. Serão três semanas de aulas com carga horária de 120 horas, em que passarão por avaliação e curso sobre a rede pública de saúde e língua portuguesa. Em caso de reprovação, o médico será imediatamente desligado do programa.”

Vejam que a prioridade é para os brasileiros que cursaram Medicina no exterior (Cuba, por exemplo) e espera-se que num curso de três semanas, eles estejam aptos para cuidar dos nossos pobres. Em caso de reprovação o médico será desligado do programa. Vocês acreditam que haverá algum desligamento? A nota diz que 61 países tem candidatos interessados, então não é só para cubanos. E você acreditam que um iraniano, chinês ou coreano aprenderá português em três semanas, para se comunicar com os brasileiros doentes? Eu até já imagino o possível diálogo:

Doutor: **@@@$$%%%!!*&&&&&&&&&?

Paciente: Tou cum dor de barriga, doutor.

Doutor: (Pegando uma caixa de remédio amostra grátis) !@@!$#%@&&&&&”####!

E o paciente saiu satisfeito com o atendimento levando no bolso sua caixa de remédio. Pela teoria dos placebos, ele, ficará bom e elogiará o médico. Os outros que morreram da consulta foi porque Deus quis.


Eu penso ainda que este programa é algo, não para inglês ver, e sim para cubano ver. Pois serão os únicos que, como escravos, que já são aceitarão suas condições. E concluo dos comunicados do Padilha que sempre bate na tecla de que a prioridade é para brasileiros, e pela baixa demanda (verdadeira ou criada?) eles vão se voltar para os estrangeiros e cubanos. Mas, como uma otimista inveterada, mas, não doida, espero para ver.



P. S.: Já escrito o texto anterior, já li hoje que a formação de uma comissão para apreciar a MP do Mais Médicos foi adiada pelo desinteresse da "base alugada". Ou seja, a medida tem tantos problemas que nem a o Planalto está conseguindo pagar pela sua aprovação. Enquanto isto o Padilha apressa a turma para trazer os estrangeiros, se não vierem, então, tremam, lá vem os cubanos.

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