Ontem li na blogaria pela qual rondo todo dia (só sei fazer
destas rimas inconvenientes) que a presidenta já conquistou a “base alugada” no Congresso, através da
liberação de emendas parlamentares, para que ela vote “sim” na MP que lançou o programa Mais Médicos no país. E, eu, que
já não levo muito em boa conta este
nosso parlamento, perdi as esperanças de que se evitasse, através dele, um
incentivo à volta da escravidão para uma categoria profissional.
Ora, dirão os áulicos de plantão, só se inscreve no programa
quem quer, e, portanto, está se vivendo em plena liberdade. Tudo bem, se não
tivessem sido levantadas suspeitas, como as que vi o presidente do Conselho
Federal de Medicina declarar, que algumas inscrições legítimas estão sendo
refugadas pelo sistema do Ministério da Saúde.
Então, a mosca, que estava atrás de minha orelha, começou a
me incomodar. Isto porque acompanho o Padilha há muito mais tempo, que é um
médico especialista em “atenção básica”
a políticos paulista para cacifar sua candidatura ao governo de São Paulo. E
desde muito, junto com seus “companheiros”
sua intenção básica era ajudar o governo cubano a obter dólares no envio dos
seus médicos escravos, dos quais cobra 90% do que eles recebem. Logo, ao mesmo
tempo que lançaria um programa de impacto, cumpriria a meta de governo de ajudar
à ditadura cubana, cujo objetivo hoje é apenas deixar o Fidel morrer sem acabar
como o Zé Dirceu dentro de uma cela, ou, no “paredón”.
Quando houve uma grande reação à ideia da vinda dos cubanos,
e com a pressão das ruas, a Dilma, sem nenhuma proposta para enfrentá-la lança
o Mais Médicos, que é uma forma autoritária e burra para resolver um problema
sério, que é a falta de médicos em algumas regiões do país. E é neste ponto que
gosto do Ciro “Boca Suja” Gomes quando ele diz que “ele [o programa] veio de uma equipe de quinta categoria que ela tem e
que aproveitaram e diz: o que é pode se dizer prá negrada?” (Reproduzo o
vídeo abaixo, o que já tinha feito aqui).
No entanto, penso que, o objetivo maior ainda era trazer os cubanos, e parece
que vão conseguir. Veja um trecho de um informativo do Ministério da Saúde:
“ESTRANGEIROS – Como
definido desde o lançamento do programa os brasileiros têm prioridade no
preenchimento dos postos apontados. As vagas remanescentes serão oferecidas
primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e em seguida aos
estrangeiros. Durante a primeira etapa
de inscrições, 1.920 candidatos com registro profissional de 61 países
manifestaram interesse em participar do programa.
Até quinta-feira (8),
os médicos que se formaram no exterior terão que selecionar os municípios com
vagas não ocupadas por brasileiros e apresentar os documentos exigidos nos
postos consulares. Do dia 10 a 12, os candidatos que cumprirem estas etapas
devem homologar a escolha do município onde vão atuar. A lista com os médicos e
respectivos locais de atuação será divulgada no dia 13 e após essa data eles
poderão se encaminhar às embaixadas para solicitar a emissão do visto.
Em setembro, após chegada no Brasil, esses
profissionais devem iniciar o primeiro módulo da especialização em Atenção
Básica em instituições de ensino do Brasil. Serão três semanas de aulas com
carga horária de 120 horas, em que passarão por avaliação e curso sobre a rede
pública de saúde e língua portuguesa. Em caso de reprovação, o médico será
imediatamente desligado do programa.”
Vejam que a prioridade é para os brasileiros que cursaram
Medicina no exterior (Cuba, por exemplo) e espera-se que num curso de três
semanas, eles estejam aptos para cuidar dos nossos pobres. Em caso de
reprovação o médico será desligado do programa. Vocês acreditam que haverá
algum desligamento? A nota diz que 61 países tem candidatos interessados, então
não é só para cubanos. E você acreditam que um iraniano, chinês ou coreano
aprenderá português em três semanas, para se comunicar com os brasileiros
doentes? Eu até já imagino o possível diálogo:
Doutor:
**@@@$$%%%!!*&&&&&&&&&?
Paciente: Tou cum dor
de barriga, doutor.
Doutor: (Pegando uma
caixa de remédio amostra grátis) !@@!$#%@&&&&&”####!
E o paciente saiu satisfeito com o atendimento levando no
bolso sua caixa de remédio. Pela teoria dos placebos, ele, ficará bom e
elogiará o médico. Os outros que morreram da consulta foi porque Deus quis.
Eu penso ainda que este programa é algo, não para inglês
ver, e sim para cubano ver. Pois serão os únicos que, como escravos, que já são
aceitarão suas condições. E concluo dos comunicados do Padilha que sempre bate
na tecla de que a prioridade é para brasileiros, e pela baixa demanda
(verdadeira ou criada?) eles vão se voltar para os estrangeiros e cubanos. Mas,
como uma otimista inveterada, mas, não doida, espero para ver.
P. S.: Já escrito o texto anterior, já li hoje que a formação de uma comissão para apreciar a MP do Mais Médicos foi adiada pelo desinteresse da "base alugada". Ou seja, a medida tem tantos problemas que nem a o Planalto está conseguindo pagar pela sua aprovação. Enquanto isto o Padilha apressa a turma para trazer os estrangeiros, se não vierem, então, tremam, lá vem os cubanos.
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