quarta-feira, 31 de julho de 2013

Exercendo o contraditório no Facebook.




O conterrâneo Carlos Sena, como bom escritor que é, tem a capacidade e a sensibilidade de despertar o contraditório nas pessoas, principalmente quando nos aprofundamos no que ele escreve, esquecendo a forma, que é perfeita. Eu diria até que seus textos são para serem percorridos com os olhos, sentindo sua beleza, mas, sem abrir as nossas mentes, porque eles podem despertar os mesmos instintos que o Zé Dirceu despertava no Roberto Jefferson, na época do mensalão.

Eu sempre exerço este contraditório aos seus textos no Facebook, quando necessário. Na maioria das vezes fico entre aqueles que só os leem já prontos para dizerem: “Texto maravilhoso”, e normalmente, estão certos, pois eles o são. Ao exercer um tom mais crítico em relação a alguns escritos seus, me torno até pretensiosa, pensando que ele escreve, sem dizer meu nome, se dirigindo a mim. E esta pretensão me leva a vestir a carapuça, sem mesmo saber se ela cabe em minha cabeça. Vejam o texto que ele produziu:

“Reflexão (a quem interessar possa)

Quando vemos tanta gente contra o MAIS MÉDICOS respeitamos. O respeito é o combustível das relações e, como se diz no popular “é bom e eu também gosto”. O que dói é que muitos dos que hoje condenam esse programa não demonstram argumentos. E até demonstram, mas aqueles argumentos que por si só se perdem ao vento. Há argumentos importantes, mas todos eles ignorando os milhões de cidadãos que precisam de atendimento médico. Porque na hora de se colocar no lugar do outro, poucos tem essa condição. Então a gente vê que uma coisa é falar e outra e agir, arregaçar as mangas e fazer algo por quem está distante. Então a gente vê que todo mundo é bom, mas a lua falta um pedaço. No frigir dos ovos “qualquer desculpa serve” quando se quer manter privilégios, quando se defende a permanência de “caixinhas intocáveis” como essas que nutrem a categoria médica. É bom que saibamos (isso repito sempre) que há muitos médicos maravilhosos e que não comungam do “contra o Mais Médicos”... Melhor deixar o tempo correr. Se o governo se der bem na proposta o tempo fará a leitura correta. Se não, espero que esses que hoje não compreendem façam alguma coisa em seus diversos níveis de atividade...”

Como eu sou uma que é contra o MAIS MÉDICOS, e não necessariamente uma defensora do MENOS MÉDICOS, eu me interessei, vesti a carapuça e fui à luta. E lá escrevi o seguinte quadrado (no Facebook tenho que escrever quadrado porque não sei como colocar parágrafos, aqui, liberta, eu abri alguns parágrafos):

“Passei algum tempo sem vir ao Facebook e foi bom. O Carlos Sena assumiu o lulo/petismo e seu discurso ficou mais claro, embora eu dele discorde. E como o melhor escritor de minha terra, é um perigo. Ele usa as frases e palavras tão bem, que quando chegamos ao fim do seu texto a tendência é concordar com a beleza delas e deixar o conteúdo de lado.

Por isso resolvi comentar somente em sua última postagem para ter certeza do seu pensamento. Achei um horror, quando li o último sobre o Mais Médico. Basta um argumento para mostrar que o programa foi mais um traque do Padilha e do Mercadante e colocando a culpa do fedor na Dilma: seu grau de autoritarismo, ao lidar com a classe médica (para não falar das besteiras que nele imperam).

 Mas desta vez o meu conterrâneo vai mais longe e quer meter o Papa Francisco [outro texto do Facebook não reproduzido aqui, pois já tenho fama de prolixa em minhas postagens] na enganação petista por estes 10 anos. Dizer que se tem raiva porque pobre anda de avião é tão consistente quando dizer que o Papa Francisco está fazendo demagogia quando usa um carro simples e beija crianças. O texto citado pelo Sena sobre o porquê se quer detonar a Dilma é de uma falta de conhecimento absoluta e só merece figurar em panfletos do PT. Só como exemplo, dizer que se criaram mais universidades, sem falar em suas infraestruturas e sem falar que o PROUNI não passa de um enriquecedor de empresários da educação, é no mínimo um absurdo. É como falar no Mais Médicos, dizendo que ele vai trazer mais médicos, como se isto resolvesse alguma coisa, sem que haja a devida infraestrutura hospitalar que está à míngua há 10 anos. Ou será que o Sena vai culpar outra vez o FHC por isso?

Eu sou apenas uma curiosa dona de casa, sem títulos universitários e sem palavras bonitas para dizer. Mas, dizer que ignoramos, ao sermos contrários ao tal Programa do Padilha/Mercadante, ou somos indiferentes à situação dos que não tem médicos, não me parece sensato. Pelo contrário, gostaríamos que todo mundo tivesse seu médico particular, que a relação fosse 1 prá 1. Mas, devemos respeitar os nossos recursos para fazer isto, sem escravizar os médicos, para que o Padilha seja governador de São Paulo ou a Dilma se reeleja. Porque o programa é tão pobre, que só isto pode ser pensado.

Ora, daqui a pouco teremos o Mais Não sei o Que, que poderá resolver tudo. Por exemplo, por que não o Mais Carros? Ora, é muito simples, basta, para iniciar, proibindo que as pessoas tenham dois, tirando um e dando ele a cada um componente da classe média do Lula. Basta editar uma MP e pronto. Tomar os carros rapidinho, fazer as doações antes que o Congresso decida e pronto. Só alguém que tem muita saudade do chamado “socialismo real” e que ainda hoje adora Cuba e Coreia do Norte, pode achar isto correto.

Não lutamos contra a ditatura militar para cair numa ditadura petista. Graças a Deus, o próprio povo já não cai mais nestes engodos totalitários. E, caro Carlos Sena, o Papa Francisco quer o bem dos pobres, mas, não falou mal dos mais ricos, a não ser que eles deverão ser solidários. Já se foi o tempo da fatídica Teologia da Libertação, que queria transformar Marx em um santo católico. Simplesmente não deu certo.”

Lá, no Facebook, eu ainda tinha um parágrafo onde escrevia sobre a “crocodilagem” do conterrâneo Marlos Duarte, que não podendo responder meus questionamentos sobre seu amor a Cuba, desistiu de ser meu amigo. Agora ele ficou com o silêncio dos túmulos da concordância de cabresto. Espero que o Carlos Sena não faça o mesmo, mostrando que ainda tem raízes em Bom Conselho.

Porém, o que mais me chamou a atenção foi um texto que o Sena citou, de alguém que nem eu nem ele conhecemos, mas, suspeito que seja um militante petista, e talvez mesmo o Zé Dirceu, e que pelo os elogios dele (Sena) ao texto, foi que eu deduzi que ele finalmente a aceitou o lulo/dilmismo/petismo/padilhismo em toda sua plenitude. O texto poderia ser um panfleto do partido em qualquer comício que a presidenta falasse para, como sempre, não dizer nada, e ser aplaudida. Eu o reproduzo abaixo, e o que vem em vermelho é de minha autoria. O restante é do Sena e do autor do que ele achou de magnífico texto:

“Refrescando a Memória de muitos

NÃO SEI QUEM FEZ ESTE TEXTO...MAS MEUS PARABÉNS...MAGNÍFICO!

"Vamos detonar a DILMA, pois o PT propiciou as condições para geração de 18 milhões de empregos e isso não pode!!!:

As condições para geração de emprego foram criadas no governo FHC que fez as reformas mais importantes para que o Lula  aproveitasse a maré alta da economia mundial.

Vamos detonar a DILMA, pois o PT reduziu os impostos e isso não pode...

Reduziu impostos de um grupo de produtos para evitar uma recessão que antes era uma marolinha e já chegou por aí, ao mesmo tempo que não cortou os gastos, o que trouxe a inflação de volta.

Vamos detonar a DILMA, pois o PT é vergonha internacional e somente 60 países vem buscar com o PT, no Brasil, subsídios para administrar seus países...

Principalmente a tecnologia eleitoral do Bolsa Família e quejandos, sendo que estes países são quase todos de regimes ditatoriais e veem nela uma forma de se manter no poder.

Vamos detonar a DILMA, pois este PT, decidiu criar os direitos para empregadas (os) domésticos (as), e isso é um sacrilégio.

Mesmo se tivesse sido o PT que tivesse criado o “direito” das empregadas domésticas, este foi um tiro no pé das regiões menos desenvolvidas onde este tipo de emprego era o ganha pão de milhares e milhares que agora vem para serem favelados nas grandes cidades. É realmente um sacrilégio.

Vamos detonar DILMA, pois o PT, tirou mais de 40 milhões de pessoas da pobreza e isso não pode...

Se ganhar 70 reais por mês e com a obrigação de votar no PT é sair da miséria, estamos mal na fita.

Vamos detonar a DILMA, pois o PT trouxe 6000 médicos cubanos, para atender onde os Mauricinhos e Patricinhas se negam a trabalhar.

Até a Dilma desistiu disto, quando viu, que se trouxesse os cubanos eles teriam que enviar 90% do que aqui ganhariam para o governo castrista. Mesmo assim se enrederam com o MAIS MÉDICOS, que através de Medida Provisória (porque jamais passaria num parlamento sério), ainda vai gerar menos médicos, da forma açodada como vem sendo implementado, com medo que o Congresso vote a medida. Ou seja, estão tentando gerar um fato consumado, de forma ditatorial, para que os congressistas analisem os custos que serão causados pela sua implementação de afogadilho. Tudo isto de forma planejada e sorrateira aproveitando o recesso parlamentar.

Vamos detonar a DILMA, pois com o PT no governo mais de 1,5 milhões de trabalhadores, viraram doutor com o PROUNI e isso não pode...

E vários empresários do ramo da Educação ficaram ricos levando para suas universidades, quase sem testes, aqueles que não conseguiram passar na universidade pública. Sem generalizações burras, mas, as pessoas que hoje saem das universidade privadas, deixam muito a desejar em sua competência.

Vamos detonar a DILMA, pois ela o LULA e o PT, criaram mais de dois milhões de casas para os pobres e isso não pode...

O programa Minha Casa Minha Vida, pelo número de casos de corrupção e pela promessas não cumpridas, mesmo em termos quantitativos, já é chamado pelos empresários do setor: Minha Corrupção, Minha vida.

Vamos detonar a DILMA, pois ela, baixou os juros (na era FHC, 1999 era de 44%, hoje de 8%) e isso não pode...

Já está subindo de novo porque o Dragão inflacionário está fungando no seu cangote. E vai subir mais ainda. Talvez mais do que na época do FHC, que nem comparação tem com a época atual. Coisa mesma de panfleto de comício de interior.

Vamos detonar a DILMA, pois ela, o LULA e o PT, baixaram os preços da energia elétrica, e, isso não pode...

À custa dos contribuintes como um todo, correndo o risco de desorganizar totalmente o setor elétrico brasileiro, por um capricho presidencial. Vai subir outra vez ou vai para o apagão.

Vamos detonar com a DILMA, pois ela o LULA e o PT, estão realizando a copa do mundo no BRASIL, e isso comparando o investimento e o retorno terá um retorno de mais de 600%, e isso não pode...

Desculpem, eu não sou de colocar isto nos meus textos, mas, é o jeito: KKKKKKKKK KKKKKKK! Parece até brincadeira, do cara que escreveu. Ele esperava que ninguém lesse esta porcaria até aqui. Retorno? Só se for em matéria de manifestações e baixa da popularidade da DILMA.

Vamos detonar a DILMA, pois, ela o LULA e o PT, reduziram a inflação e reajustaram em mais do que o dobro o salário mínimo, dobrando o poder aquisitivo, e isso não pode...

Estão sem saber o que fazer para baixar os reajustes do Salário Mínimo, pois tiraram esta prerrogativa do Congresso. E este ganho está pressionando a inflação que será o acompanhante principal do enterro de DILMA , LULA e PT. Só espero que não seja lá no Santa Marta. Lá, só o Dominguinhos.

Vamos detonar a DILMA, o LULA e o PT, pois eles estão quase finalizando a duplicação da BR 101 sul, e isso não pode...

Enquanto no Norte ela mata nossos jovens, como aconteceu recentemente. E a malha rodoviária é de quarto mundo em todo o país.

Vamos detonar a DILMA, o LULA e o PT, pois estes criaram meia centena de universidades federais. E mais de 250 extensões universitárias, e isso não pode...

Basta observar a precariedade com que algumas destas recém criadas escolas funcionam para ver o que é eficiência petista, ou o jeito petista de governar. Dizem que no curso de Medicina de Garanhuns, além da falta de professores, que vem de fora, não havia nem cadáveres para estudos. Talvez, estejam esperando os cadáveres do PT, a partir de 2014.

Vamos detonar a DILMA, pois ela, o LULA e o PT, facilitaram o acesso dos pobres à internet. E isso não pode, já viram dar direito a pobre de reclamar alguma coisa ou opinar?? Isso é inadmissível...

E eles estão reclamando à beça. Talvez o PT seja o único partido no mundo que fez um país onde quanto mais a barriga cheia mais se reclama. Esta história gerado pelo Lula, o apedeuta-mor, de quanto mais, mais reclama, é uma de suas tiradas que não colam mais.

Vamos detonar a DILMA, o LULA e o PT, pois estes criaram o bolsa desconto do IPI, na compra de veículos, e isso não pode...

Para entupir nossas estradas e não resolver a crise, pois nosso PIB está parado há muito tempo, enquanto não podemos andar em nossas cidades, até que os bancos tomem os carros dos financiadores em 100 meses.

Vamos detonar a DILMA, o LULA e o PT, pois estes falam com os pobres. E isso é coisa do demônio, quando é que pobre teve direito de conversar com Presidente Da República...

Lula e Dilma só falam com os pobres quando se tratam no Sírio-Libanês e vestem roupas de grifes e gastam mais de 3000 reais para arrumar o cabelo para aparecer na TV. Me engana eu eu gosto.

Vamos detonar a DILMA, o LULA e o PT, pois estes, fizeram com que brasileiros, pobre viajassem de avião por todos os estados do BRASIL e até para o exterior e isso antes era só coisa de ricos...

Meu Deus! Os pobres do Brasil agora só vivem no Beto Carreiro World e em Foz do Iguaçu gastando o dinheiro do Bolsa Família. Foi abolida a pobreza no Brasil. Votem em DILMA em 2014 e poderão ir a Disneyword. Eu já estou quase concordando com a conclusão do Carlos Sena que pode ser lida a seguir. Eu que não quero que este panfleto me represente. NUNCA, NUNCA E NUNCA. Cruzes!


POR ISSO QUE DIGO ESSES REVOLUCIONÁRIOS GOLPISTAS EXTREMAMENTE DE DIREITA NÃO ME REPRESENTAM NUNCA. NUNCA, NUNCA.”

terça-feira, 30 de julho de 2013

Onde nasceu Dominguinhos? Que a justiça histórica seja feita.




 Ao contrário do Roberto Almeida, eu ando por todos os blogs da região meridional e mantenho o link do blog dele no meu, mesmo depois que ele retirou o meu do dele, a pedido do Dandan. Vi uma sua postagem tentando mostrar uma mini-biografia do Dominguinhos (aqui). Escreve, escreve e escreve e não diz onde nasceu o músico. É uma tentativa vã de esconder o local do seu nascimento, que uma parte da mídia eletrônica de Bom Conselho noticiou. Que o cantou nasceu em Bom Conselho no distrito de Barra do Brejo.

Neste caso (me perdoem se erro por não ter os links de todos os blogs da cidade) apenas os Blogs do Emmanuel (aqui) e o do Vereador Carlos Alberto (aqui), noticiaram o fato que já foi aqui por mim abordado dias atrás (aqui). A mídia eletrônica da base alugada do Dandan, não fez referência ao fato; não que eu saiba. E isto inclui a base alugada em Garanhuns que envolve os blogs do Roberto Almeida e Ronaldo César.

Durante todo este tempo, talvez por nossa culpa mesmo, o noticiário sobre a morte do Dominguinhos sempre trouxe o sanfoneiro como sendo de Garanhuns, sem ao menos tocar no nome de Bom Conselho (com exceção de um filme da AB TV que não consigo mais abrir). Digo culpa nossa porque  os dois blogs citados acima ficaram de pesquisar mais a fundo a questão e até agora não o fizeram. E “mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa”, eu também não tive tempo de me aprofundar na questão. Embora já dei a solução a ser seguida para aqueles que vivem na cidade: uma simples entrevista com o Basto Peroba. Afinal de contas o filme mostrado e que deu base à minha dúvida, o envolvia, mas não esclarecia tim-tim por tim-tim, onde o sanfoneiro nasceu.

Até agora os blogs de Garanhuns e outros veículos dizem que o Dominguinhos nasceu em Garanhuns como o dizem do Lula, sem a exatidão necessária para se concluir onde realmente, sua mãe sofreu as dores do parto e o pariu o apedeuta. Quando se trata do senador Radolfe Rodrigues, cuja família era de Bom Conselho, mas, nasceu em Garanhuns por falta dos nossos serviços de saúde, eles dizem que era um garanhunense (será assim o gentílico?) da gema. Com Dominguinhos não dizem que é de Bom Conselho, como eu penso que é.

E, pensando bem, talvez nem seja, mas, não podemos continuar com nosso complexo de vira-lata em relação a Garanhuns, para sempre. Eu me lembro que o quente da minha época não era estudar no Ginásio São Geraldo e sim nos colégios de Garanhuns, o Quinze e o Santa Sofia, para citar os mais conhecidos. Minha mãe vestia meia fina para ir comprar coisas em Garanhuns que poderia comprar em Zé Correntão ou no Vuco-Vuco. No entanto, era chique pobre pegar a "sopa" e ir a Garanhuns tomar sorvete por lá. Eu até gostava, quando ia, mas sempre achei melhor o da Sorveteria Danúbio que era do pai de Alexandre, que conta causos contados pelo seu pai como se estivesse presente. Que Domingão não me ouça.

Precisamos tirar isto a limpo e ver realmente onde Dominguinhos nasceu, e se, os de Garanhuns, quiserem enterrá-lo por lá, entremos na briga. Afinal de contas eles não tiveram ainda nenhum Pedro de Lara. E pelo que até agora apurei, mesmo entre aqueles que já querem fazer estátua do sanfoneiro na Avenida Santo Antônio, ninguém disse ainda onde Dominguinhos nasceu.

No meu outro texto o Carlos Sena, nosso escritor maior, deixou lá um comentário que não entendi e outro que entendi. Dizia ele: “Dominguinhos é do Brasil”. Um anônimo foi ao ponto e disse: “Dominguinhos é do Mundo, Mas, onde ele nasceu?”. E eu acho que isto é o que interessa para Bom Conselho.

Já disse e repito que o local de nascimento é importante e passa a ter uma importância muito maior quando as pessoas são reconhecidas socialmente. Tanto para o bem como para o mal. Dantas Barreto nunca trouxe nada de bom para nossa cidade, por a ter relegado como mostrei antes. Já Pedro de Lara nos trouxe muito orgulho pela sua determinação em dizer que era da terra. Porém, é fazer justiça histórica, dar aos mortos os verdadeiros locais de nascimentos, sem só querer lucrar com suas famas.

Vamos então cumprir as promessas e procurar a verdade histórica. Se ele for de Bom Conselho, ou não, vamos homenageá-lo como grande artista que foi. Nem mais nem menos. E que façam as estátuas e os museus, mas, consertem-se as placas onde contarão sua biografia. O que espero que lá tenha: “Dominguinhos grande músico, nascido em Bom Conselho”. No futuro, se o senador Randolfe Rodrigues merecer uma homenagem em nossa terra, que seja dito: “Nascido em Garanhuns, por falta de condições do sistema de saúde de Bom Conselho”.

Eu, mesmo depois de morta, virei puxar o pé de todos aqueles que, ao se lembrarem de mim e disserem que eu nasci noutra cidade a não ser em Bom Conselho, onde gostaria de me enterrar. Será difícil porque sou classe média (antes do Lula) e a família não vai poder fazer o translado do corpo para o Santa Marta. E sendo eleita vereadora deixarei por escrito que não aceito que a Câmara pague o minha passagem. Temos que ser coerentes na vida e na morte. Principalmente nesta, quando estaremos sendo julgados.

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P. S.: Já havia escrito o texto acima quando vi um link do Blog do Ronaldo César (que é o Bardo de Garanhuns), publicando um depoimento do Lula sobre Dominguinhos e dizendo o seguinte:

“AGORA COMIGO: A nota acima foi divulgada no dia do falecimento de Dominguinhos, e acreditamos ainda ser atual para publicarmos. Tratam-se dos dois maiores nomes contemporâneos da história de Garanhuns. Um Presidente da República e o outro, um dos maiores músicos do mundo, herdeiro de um reinado!

Politicamente nunca andaram juntos, tinham visões diferentes, mas esta terra, sempre enaltecida por ambos, foi a interseção para que os dois, mesmo saindo daqui em busca de uma vida melhor, retornassem trazendo as marcas de seus triunfos, servindo de exemplo a milhões de pessoas e melhorando a vida das pessoas, principalmente as mais necessitadas.

Não se trata de política, e sim de reconhecimento histórico.” (grifo nosso)


Minha pergunta é ainda: Onde o Dominguinhos nasceu? Quanto ao Lula, eu não tenho o menor interesse, isto é coisa para o Zezinho de Caetés, o Rafael Brasil e o Hadriel. Pelo que sei, por eles, ele teria nascido em São Paulo.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

A Brasil Foods e os Desejos de Minha Terra




Por Diretor Presidente (*) (**)

Todo dia leio as matérias que chegam ao Blog da CIT. Normalmente o faço duas vezes. Antes de publicar e depois. Certas horas, como apreciaria só ler depois. Este desejo é maior quando há notícias que não gostaríamos de ver divulgadas.

Certa vez, o Príncipe Charles, herdeiro do trono inglês - se algum dia a rainha morrer e, antes dele - reclamou da imprensa sobre sua mania de só divulgar notícias ruins: desastres, crises, quedas de aviões, guerras, doenças, fome, e por aí vai. Um editor de um determinado jornal resolveu então satisfazer o Príncipe tentando realizar o seu desejo. No dia seguinte, seu jornal, por ele orientado, procurou publicar apenas boas notícias. Manchete de primeira página: A Rainha morreu! Viva o Rei Charles! Toda a edição descrevia a morte da rainha em detalhes e a coroação de Charles com pompa e circunstância. Assim que leu o referido jornal, o que fazia todos os dias à mesma hora, imediatamente, ligou para o editor.

- Aqui é o Príncipe Charles. O que você fez, matando minha mãe, de mentira, é imperdoável. Vou processar este jornaleco de quinta categoria e vou lhe mandar para a cadeia. Isto foi um absurdo.

Disse o Príncipe com aquele inglês que é o único que entendemos quando vamos à Inglaterra, ficando confiante no nosso conhecimento da língua, até ouvir o encanador. Então, calmamente, respondeu o editor:

- Majestade, eu estava apenas tentando lhe agradar, publicando boas notícias.

- Caro senhor, V. Sa. pensou que eu iria ficar alegre com a notícia falsa da morte de minha mãe!?

- Majestade, pensei que meus jornalistas eram melhores e iriam convencer a todos que a rainha morreu mesmo, e inclusive o senhor também acreditaria. Se o senhor pensou que era só uma notícia falsa, nos desculpe, foi falha nossa. Quando ela morrer de verdade publicaremos a boa notícia para o senhor, agora não é possível.

E continuou a publicar suas notícias ruins, enquanto o Príncipe esperava pelas notícias boas.

Sinto-me como o editor. Doido para o Blog da CIT publicar somente notícias boas sobre Bom Conselho mas, isto nem sempre é possível. Gostaria que o título desta minha crônica fosse: A Brasil Foods é inaugurada em Bom Conselho. A matéria, enviada por nossos repórteres, e ilustrada com fotos de Niedja Camboim, se esmeraria em descrever a alegria daquele povo diante do palanque das autoridades, enquanto o Presidente Lula acionava uma alavanca para produzir a primeira salsicha industrializada do Agreste Meridional. Antes disso, o Presidente chamaria o Governador e a Prefeita para juntos fazerem este acionamento. Emocionado, como sempre fica nestas situações solenes ele dedicaria esta primeira salsicha a seu Júlio Porqueiro, o produtor das melhores linguiças de Bom Conselho, antes da Brasil Foods. Em seu discurso, após a primeira salsicha pronta, não mencionaria o nome de sua candidata para 2010, e o nosso Governador ouviria isto com se não significasse outra coisa, negando ter conversado com o presidente sobre candidaturas. E por aí iria a matéria dos sonhos do povo de nossa cidade.

Infelizmente, fora o fato de que seu Júlio produzia a melhor linguiça da região, tudo era desejo. Quem sabe ele um dia se realiza? Promessas para inaugurar todo o projeto apresentado à cidade, anteriormente, há muitas, como demonstram os jornais. Entretanto, será que estes jornais não estarão querendo publicar só notícias boas, como nós? Nunca é demais duvidar um pouco.

Em nosso capitalismo, durante séculos, as empresas vivem esperando pelas benesses dos governos, tenham sido eles de direita, direita, direita ou direita. Não tivemos outro tipo. Os que se elegem pela direita continuam em sua mão, os que se elegem pela esquerda usam a mão inglesa e continuam indo da mesma forma e na mesma direção. E as empresas fazem as adaptações dos veículos e estradas. Todos ganham, menos quem não está nas empresas nem nos governos. Uma fábrica apenas levaria mais alguns de nossa cidade para as empresas ou para o governo. Mesmo assim, como nos habituamos a sonhar baixo, seria importante a inauguração de todos os projetos que foram prometidos desde a época da Perdigão. Como diz o Cleómenes Oliveira: será um desastre para Bom Conselho continuarmos a ser a Cidade do Leite, cedendo para Vitória de Sto. Antão o título de Cidade da Salsicha. Passamos quase um século para mudar de Cidade das Escolas para Cidade do Leite. Será que precisaremos o mesmo tempo para mudar de novo?

O que fazer? Apelar para quem? Falar com quem? Como agir? Resposta para isto não se deve encontrar dentro do município, somente. Começar uma campanha: A Salsicha é Nossa, não daria resultado, vejam o caso da Petrobrás, já querem privatizá-la outra vez. Não coma a pizza da Brasil Foods, também não, elas são muito boas, mesmo engordando. O lema: Bom Conselho unido jamais será vencido, talvez desse resultado, mas esta cidade não se une desde Frei Caetano, que teve de ameaçar com o fogo do inferno para conseguir construir o nosso Colégio N. S. do Bom Conselho. Mandar cartas e e-mails para os envolvidos e que tenham algum poder de decisão só iria gastar os nossos bytes e papéis. Fazer um bonecão, seguindo a onda da Rede Globo, e chamá-lo João Perdigão, sustentando um placa: Inauguração Já, dificilmente dará resultado, pois não teria divulgação na TV, devido a esta já está faturando com a Brasil Foods nas palavras da atriz Marieta Severo: ...o mundo com mais sabor, sem completar: ...e Bom Conselho na mesma. Apelar para Deus seria usar seu santo nome em vão. Não vislumbramos uma solução plausível até o momento.

Por isso o Blog da CIT, atendendo aos anseios de toda população de Bom Conselho e adjacências por boas notícias, me autorizou a escrever uma crônica cujo título será: Sequestrado o Presidente! Valor do Resgate: Inauguração do projeto completo da Perdigão. Só preciso de jornalistas convincentes. Acuda-me Luis Clério.

(*) As fotos foram obtidas no site de Bom Conselho ilustrando um texto cujo começo era o sequinte:

“A Perdigão assinou nesta segunda-feira (17/09/2007) protocolo de intenções com o governo de Pernambuco e a prefeitura de Bom Conselho para a implantação de um complexo agroindustrial naquele município, localizado a 287 quilômetros de Recife. Em uma área de 100 hectares, serão construídas duas fábricas — uma da Batávia para o processamento de laticínios e outra da Perdigão para a industrialização de embutidos de carnes —, além de um Centro de Distribuição (CD).”

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(**) Publicado em 23.05.2009 no Blog da CIT. Uma das coisas que faço com prazer é reler o Blog da CIT. Uma parte de minha história como escrevinhadora e blogueira está lá. E de vez em quando encontro textos, que podem ser meus ou de outros que gostaria que outras pessoas lessem. Um exemplo é este que transcrevi acima, do nosso Diretor Presidente, que, confesso, não sei onde está habitando agora, depois de sua crise depressiva causada por um médico que hoje faz residência no Hospital do Açúcar, depois de levar sua mainha à derrota, por inabilidade política. Mas, quem leu o texto do DP, sempre dá vontade de atualizá-lo. Eu não o farei por falta de tempo. Mas, só direi que agora Inês é morta e a probabilidade dos embutidos da Perdigão irem para Bom Conselho é zero. E o pior é que, nem Cidade do Leite somos mais, pois a seca acabou nosso rebanho. Que não nos epitetem como Cidade do Forróbom, pelo amor de Deus, merecemos mais. (LP)

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Lula de volta




Por Mary Zaidan (*)

Longe do ringue desde o quase nocaute desferido pelo escândalo Rosemary Noronha, e mais sumido ainda depois das manifestações juninas, o ex-presidente Lula reapareceu. E, ainda que zonzo, sentindo o golpe de não ser mais a voz máxima das ruas, reencontrou-se com o seu melhor estilo: o de reinventar a história.

“Na Europa, os protestos são para não perder o que conquistaram. No Brasil, protestos são para conquistar mais”, disse Lula na tarde de quinta-feira, durante palestra na Universidade Federal do ABC (UFABC), em São Bernardo do Campo. Repetiu o que já publicara no dia anterior na sua coluna mensal no jornal The New York Times e que sua pupila Dilma Rousseff, bem ensaiadinha, passou a dizer nos últimos dias.

Vítimas das alegorias marqueteiras, que a cada dia produzem uma ideia nova para fazer de conta que se está atendendo às demandas dos protestos, eles não se emendam. Fazem qualquer coisa para tentar tirar o monstro do cangote do Planalto.

Se invencionices do tipo Constituinte exclusiva e plebiscito para uma reforma política urgente urgentíssima não deram certo, agora é a vez de tentar atrair a plateia com o avesso do avesso, repetindo a tática que Lula usou para se reerguer quando o mensalão o jogou na lona.

O novo bordão preconiza que a grita só está acontecendo agora porque os governos do PT “reduziram drasticamente a pobreza e a desigualdade”; que jovens que nada tiveram hoje têm e desejam mais. Um raciocínio ainda mais tortuoso do que “recursos não contabilizados”, expressão imortalizada por Delúbio Soares, vulgo caixa 2, utilizado por Lula para safar os seus dos crimes do mensalão.

 Tal desfaçatez não é a única, mas uma das fortes razões para o crescente repúdio à política, não só entre os jovens.

Lula também tratou dessa ojeriza ao falar aos estudantes do ABC. Abusou de expressões de baixo calão, em uma tentativa burlesca de se aproximar do palavreado que imaginou fazer sucesso naquele público. Mas mesmo com linguajar chulo - nada apropriado para quem presidiu o país por oito anos e é visto como exemplo por muitos - foi veemente em seus conselhos para que os jovens não neguem a política.

Acertou no teor, errou na forma.

E fica longe de qualquer acerto quando, sabendo que atenta contra a lógica e, pior, falta com a verdade, pretende convencer que os que hoje reivindicam só estão nas ruas depois do condão de seu governo.

Desrespeita os milhares de manifestantes, faz ouvidos moucos. Erra no teor e na forma.

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(*) Publicado no Blog do Noblat em 21.07.2013. A Mary, a Zaidan, e não a Rose do Lula, vai ao ponto, outra vez. O Lula voltou e andaram escrevendo para ele outra vez, mas, só pode ser ditado por ele. Tanta bobagem junta só deve partir dele. Dizer que os jovens devem se dedicar à política é um conselho de valor, agora, se aliar aos políticos que o Lula se aliou, tem o valor daquilo que o gato enterra. E dizer que só agora o Brasil se manifesta porque houve melhoria no país é uma insensatez, que se fosse noutra época eu diria: A 51 correu solta outra vez. Mas, isto seria impensável depois da doença que a “marvada” lhe causou.

Então só posso apostar no desespero mesmo, ao sentir, que o poder escorre por entre os nove sobrados dedos. Não há outra explicação. As atitudes da Dilma, que não acerta uma desde muito tempo, aliada à barafunda em sua base alugada, que se mexe como galinha no vôo, e agora, o Lula perdendo as estribeiras em um palestra em uma universidade, onde usou e abusou de termos chulos, só podem ser o princípio do fim.


Eu quero estar viva para ver se até 2014 não aparecerá alguém que me desperte o entusiasmo para ser presidente. Os que estão aí postos me agradam muito pouco e Joaquim Barbosa, diz que não quer. Se a Marina não cair da rede e prometer que se for para o segundo turno não vai com o PT, melhorando um pouco seu radicalismo verde, pelo menos eu não votarei em branco. Sem isto, e sem um novo nome, eu tenho ainda muito que assuntar. Vamos em frente” (LP).

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Onde nasceu Dominguinhos?


Basto Peroba e Dominguinhos


Ontem, além de ir falar contra o programa Mais Médicos no Facebook, indo contra a opinião do amigo Carlos Sena, que, deve ter ficado muito decepcionado com o anúncio da dupla Padilha/Mercadante dizendo que reverão o programa (isto é só a primeira modificação e virão outra para aos poucos limpar a defecada feita por ele mesmo e ficou fedendo nas mãos de Dilma para sempre), eu, lá mesmo nesta rede social, encontrei um link do também amigo na rede, o Mábio Tenório, onde ele dizia que Dominguinhos, nosso grande músico, nasceu em Bom Conselho e não em Garanhuns, como é apregoado, em 100% dos necrológios que eu li e ouvi até agora.

Eu, como boa bom-conselhense e admiradora do Dominguinhos e de suas músicas, assuntei, e lá mesma escrevi uma porção de notas onde tentava dizer da importância de se restabelecer a verdade histórica. Muitas até já opinaram que não importa o lugar de nascimento, e sim sua música maviosa. Que tanto faz ele ser enterrado no Santo Amaro como no Santa Marta, que dá no mesmo, etc. etc.

Para mim não. O local onde a gente nasce é importante, e mesmo que não possa seguir o enterro do Dominguinhos para o Santa Marta, se ele nasceu realmente em Bom Conselho, deveria ter lá, no portão uma placa dizendo: Bem-vindo, nobre bom-conselhense! Isto não diminuiria em nada as qualidades do morto, a não ser que ele, igual ao Dantas Barreto, tenha renegado sua própria terra. E aí a placa deveria ser: Fique por aí mesmo, não tão nobre bom-conselhense.

Em relação ao local de nascimento, o nosso caso mais emblemático é este do Dantas Barreto que, segundo alguns,  nasceu em Bom Conselho e saiu batendo as botas para tirar até a poeira da cidade e nunca mais voltou. Sobre isto leiam o que escreveu Jordalino Cavalcante Neto, professor de história, na Academia Pedro de Lara do SBC:

“O Ilustre Emídio Dantas Barreto nasceu em Bom Conselho,  PE, em 22 de março de 1850, com apenas 15 anos de  idade, alistou-se como voluntário combatente na Guerra do  Paraguai, onde obteve medalhas por sua atuação. O seu  próximo passo e dado em 1868 onde foi promovido a  oficial. No fim da guerra, voltou ao Brasil e concluiu o curso  de artilharia na Escola Militar do Rio de Janeiro. Fez parte  da investida a Canudos, tendo sido seus esforços coroados  com a promoção a Coronel. Em 1910 era general-de-divisão. Foi ministro da  Guerra de Hermes da Fonseca. Demitiu-se para assumir o governo de  Pernambuco (1911-1915), Estado que o elegeu senador (1916-1918).  Participou do chamado salvacionismo, movimento do qual se desligou mais  tarde. Reformou-se como Marechal-de-Exército em 1918.  Embora recebesse sempre importantes encargos militares e políticos,  Dantas Barreto era um homem muito culto, na realidade um Intelectual,  dedicando-se também à literatura, tornando-se conhecido por suas crônicas,  romance e peças de teatro, não esquecendo também de sua participação como  colaborador na Revista Americana do Rio de Janeiro e no Jornal do Comércio  de Porto Alegre.

Logo após a sua chegada da Guerra do Paraguai, conta-se que ao  chegar a Bom Conselho sua terra natal, encontrou sua mãe passando fome e  morando nas ruas como uma mendiga, sem ter auxilio de ninguém da  comunidade e acabou morrendo por adquirir tuberculose. Tomado de grande  indignação Dantas Barreto ao sair de Bom Conselho, bate os sapatos na saída  da cidade e em voz alta diz: “Tiveram por minha mãe um enorme desprezo,  não vai ficar assim, enquanto eu tiver vida não pisarei nesta cidade e nem ajudarei em nada que for de meu alcance, esquecida está Bom Conselho  da minha memória!”. É infelizmente também existem esses tristes episódios,  por outro lado uma coisa ele falou, eu quanto tiver vida, hoje existem  homenagens feitas ao Marechal na cidade, A Praça Dantas Barreto com o seu  busto, Escola Marechal Dantas Barreto, querendo ele ou não, era de Bom  Conselho isso não podia negar.”

Eu não conheço, em profundidade a história de Dantas Barreto e me guiando apenas por este texto eu não gostaria que nossa câmara de vereadores tivesse como nome o de Casa de Dantas Barreto. Como já quiseram até mudar o nome da cidade para Dantas Barreto, eu fico mais em dúvida ainda.

Por isso é necessário investigar onde Dominguinhos nasceu, e, se foi em Bom Conselho, o que ele realmente pensava do seu local de nascimento, antes que algum vereador proponha mudar o nome de nossa Câmara Municipal, para Casa do Mestre Dominguinhos. E não me venham com esta de ele nasceu onde se registrou porque não cola. Conheci muita gente registrada em São Paulo e que nasceu, também na Barra do Brejo, como dizem o Dominguinhos nasceu.

Eu, realmente, gostaria que o Dominguinhos fosse nosso conterrâneo e que não tivesse falado mal da terra, porque isto seria bom para nossa cidade, que produziu outro grande músico que é o Basto Peroba, e que, pode, segundo as redes sociais, ter nascido no mesmo lugar, incluindo tendo sobrenomes iguais. Ele poderia esclarecer esta questão. Que nossa imprensa investigue e dê versão concreta sobre o fato.


Já estão querendo, em Garanhuns, mudar o nome da Praça Guadalajara, para Praça Mestre Dominguinhos, e o Roberto Almeida, que hoje é correspondente de nossa prefeitura naquela cidade, iria adorar que ela se chamasse: Praça Mestre Dominguinhos de Bom Conselho. Eu também.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Mais saúde, com menos médicos. Vai prá casa, Padilha!




Nos últimos dias, além de me informar sobre a vinda do Papa Francisco, mesmo em Gravatá, com conexão pior do que péssima, eu fui ao Facebook comentar alguns escritos do nosso grande escritor Carlos Sena. Neles o competente sociólogo louva o programa Mais Médicos e, para ele, o Alexandre Padilha é Deus no céu e ele (ministro) na terra.

Como todos já sabem minha posição sobre o referido programa, que digo não passar de um factoide dilmesco/padilhesco/mercantesco para enganar os bobos, mesmo que não seja na casca do ovo, eu me manifesto contrariamente ao Carlos. Muitos dizem que eu falo mal das pessoas, mas, quem me conhece e ler meus textos, sabe que apenas discordo delas, quando muitos não tem vontade ou coragem de fazê-lo, de forma explícita como eu faço. E aqueles que acham que discordância é ofensa pessoal, sobem nos cascos e tentam, me atingir de algum forma, além das discordâncias.

Com o Carlos Sena, isto nunca aconteceu, pois além de escrever bem, ele foi bem educado por D. Pretinha, que não conheci, e nem me lembrava do seu nome, que só vi no Facebook. Mesmo assim, eu continuo dando minhas opiniões e que o Padre Marcelo Protázio me proteja lá em Bom Conselho, porque no geral eu peço a proteção do Papa Francisco.

Esta conversa foi para transcrever uma carta aberta ao ministério da saúde (foi publicada no Blog do Noblat em 22.07.2013), de um médico, que é mais um testemunho do erro que vai se cometer neste país, em relação à Saúde Pública, com o simples e canhestro intuito de ganhar eleições. Principalmente, o Ministro da Saúde que quer alavancar sua candidatura em São Paulo, colocando em risco a saúde do povo brasileiro com um programa que só daria certo sem imprensa livre e com muita propaganda, vendendo gato por lebre. Leiam a carta e tirem suas próprias conclusões. Eu já tirei as minhas: “Vai prá casa, Padilha!”

“Carta aberta ao ministro da Saúde

Sou médico e trabalho no SUS em dois hospitais do Rio de Janeiro. Sou natural de Salvador. Conheço praticamente todo o interior do Brasil.

Gostaria de relatar minha indignação com as medidas adotadas pela presidente Dilma Rousseff e seu ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Está claro que o ministro não conhece a realidade do país e seus médicos.

Diz o ministro que temos 1,98 médicos para cada mil habitantes. Pode ser que esse dado seja exato, mas há muitos países com menos médicos por habitante (Chile, Equador, México, Austrália...) com sistemas de Saúde Pública melhores que o nosso.

O que nos falta são locais adequados e com infraestrutura para um bom atendimento; e remuneração digna para os profissionais, com plano de carreira.

O ministro diz que não se importaria de pagar a um médico a mesma coisa que um juiz do interior recebe. Um juiz no interior da Bahia, por exemplo, tem salário de R$30.000,00. Por que não oferecer o mesmo salário ao médico?

Isso, aliado a uma boa infraestrutura - um médico, sem a aparelhagem necessária para a realização de exames diagnósticos, ambulâncias para possíveis transferências, uma farmácia bem equipada, etc., não pode fazer nada - proporcionaria uma distribuição muito melhor de profissionais do que a que temos hoje.

Cito como exemplos a situação dos ambulatórios médicos de Canavieiras, (Bahia); de Codó (Maranhão) e de São José dos Ausentes (RS), locais onde os postos de saúde são como barracos de favela, com o chão de terra batida. Neles não há sequer um aparelho de radiografia.

No caso de São José dos Ausentes, até sem luz elétrica! Será que poderíamos considerar essas situações, que são comuns no interior do país, a regra e não a exceção, dignas tanto para os pacientes quanto para o profissional? A resposta é não.

Acredito que o ministro desconheça essa realidade já que desde estudante, de acordo com sua biografia disponível na internet, ele estava mais preocupado em liderar movimentos estudantis e atuar como coordenador nacional de campanha do PT (tendo Lula como candidato) do que a se dedicar efetivamente à profissão.

Ele ainda deve explicações sobre seu diploma de especialização: há evidências de ter sido forjado. Sei que não é necessário ser médico para ser ministro da Saúde, mas se há mentira nesse detalhe, será que podemos crer que no discurso oficial não haja outras inverdades?

Acho muito fácil qualquer pessoa dizer que sabe o que é melhor para o SUS, quando essa pessoa não trabalha ou usa o sistema. E tenho certeza que tanto nosso ministro quanto nossa presidente contam com planos de saúde privados.

Não sou contra a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil, desde que:

1º - seja resolvido o problema da infraestrutura sucateada ou praticamente inexistente no interior do país;

2º - haja melhor remuneração para os profissionais, com instituição de plano de carreira nos moldes do nosso sistema judiciário;

3º - que as vagas sejam ofertadas em primeiro lugar aos profissionais brasileiros, uma vez resolvidas as etapas anteriores;

4º - que os profissionais estrangeiros sejam submetidos ao exame nacional Revalida.

Não consigo entender o esforço que o ministro faz para que isso não seja feito, uma vez que a Lei diz que os profissionais estrangeiros têm que revalidar seus diplomas obtidos em qualquer lugar do mundo.

O ministro gosta muito de citar o exemplo da Inglaterra, dizendo que 40% de seus médicos são estrangeiros.

Bem, eu conheço o sistema de saúde inglês. Lá, os profissionais estrangeiros (40% do total) são em sua maioria indianos que tiveram de revalidar seus diplomas. Essa também é a realidade na França, na Alemanha e nos EUA.

Por que nosso sistema de avaliação deve ser diferente? Somos piores que esses países?

Outro dado que o ministro não cita: 70% dos processos por erro médico na Europa são contra médicos estrangeiros. Isso apesar deles terem se submetido ao Revalida local. Imagine-se então num país (Brasil) onde não precisariam se submeter ao exame para exercer a medicina.

O ministro diz que o exame como é feito hoje é muito difícil, só que esse exame já foi ministrado em faculdades de medicina do Nordeste e SP e teve quase 80% de aprovação em alunos do sexto ano (dado pode ser confirmado no site do CFM).

Enfim, acho que temos aqui uma inversão de valores. Não se constrói um prédio sem antes construir uma fundação forte e sólida. Vejo nessas medidas do governo uma tentativa de construir uma casa começando pelo teto.


 Jayme Ramos de Almeida Filho, cirurgião geral no Hospital Miguel Couto e cirurgião vascular no Hospital Souza Aguiar, ambos no Rio de Janeiro”

P. S.: Este texto já estava escrito quando eu vi um depoimento do Ciro "Boca Suja" Gomes, que envolve tanto a Dilma quanto o Programa "Mais Médicos". Desta vez ele diz verdades contundentes e merece ser aqui reproduzido. Ele não o disse explicitamento, mas, disse de forma oculta: Vai prá casa, Padilha!

terça-feira, 23 de julho de 2013

Dilma: ESQUECERAM DE MIM




Ontem vi a chegada do Papa ao Brasil e fiquei emocionada pela simplicidade do sumo pontífice, e o seu despojamento em relação à segurança. Fiquei com o coração na mão quando aquela multidão cercou seu carro e ele continuou bravamente com o vidro aberto mostrando grande coragem. Foram momentos de tensão realmente, mas, pela sua expressão quando do carro desceu era de felicidade.

Com aquele sorriso de felicidade ele conseguiu até que a presidenta continuasse fingindo para o povo que era feliz. Se tivesse um pingo de povo naquela ocasião teríamos uma nova vaia, que seria uma vaia papal. O Nelson Rodrigues dizia que o carioca é tão impertinente que vaia até minuto de silêncio no Maracanã. Talvez, este mesmo povo pedisse permissão à Sua Santidade e começasse o grito que a presidenta merece.

Na solenidade no Palácio do Governo, a festa mais cara de quer se teve notícias (falaram que se gastou R$ 800 mil reais para 600 pessoas, o que dá uns R$ 1300,00 por pessoa, e que daria para alimentar umas 20 pessoas por mês no Bolsa Família) e a Dilma continuou com o sorriso nos lábios, porque sabia, que pela educação do Sumo Pontífice, ele jamais pediria para ela fazer o Sinal da Cruz, o que ela, se fosse o caso, faria com a mão esquerda.

E foi no discurso que ela destoou mais. Fez um comício, com um texto escrito pelos assessores de Lula. Aquela estória de que as manifestações tiveram como causa o progresso do Brasil na era Lula é de uma desfaçatez sem tamanho. Graças a Deus o Papa não entende bem o português e ela não falou em búlgaro. O problema é que o PT não tem limites quando se trata do poder. É o antigo ardor revolucionário que está embutido em um grupo que se acha deus e pensa que sabe o que é bom para todos, sem deixar qualquer brecha para dissidência. É o totalitarismo em estado puro.

O totalitarismo eu critico até em minha própria Igreja, pois, como sempre digo, sou católica mas não sou ovelha. E o que vejo no Papa Francisco é um homem aberto e generoso que pode fazer a reforma que Ela precisa, como tanto ansiei e anseio que seja feito no Brasil, para aprofundar nosso, ainda criança, regime democrático.

Por falar em criança, quando meus filhos eram ainda adolescentes e crianças, eu assisti a um filme chamado “Esqueceram de mim”. Era a história de uma criança de uma grande família que foi esquecida em casa numa viagem de seus pais. Lembrei da fita quando o Joaquim Barbosa, meu super-herói, foi cumprimentar os donos da festa o Papa e a Dilma, cumprimentou o Papa e esqueceu da Dilma, que só não ficou com uma cara de tacho maior, porque olhou para o sorriso do Papa Francisco de olhos naquele afrodescendente, todo garboso e chefe de um poder da República.

Eu fiquei encafifada do porquê o Joaquim esqueceu a Dilma. Será problema de óculos vencido? Será que ele pensou em dar o troco pelas grossuras que a Dilma aprontou em sua posse? Será que foi um aviso, dizendo que ela se tornou um “pato-manco” (lame duck) na presidência, como a rainha da Inglaterra, que reina mas não governa? Ou simplesmente não gostou daquele tailleur que ela usou na missa durante a campanha quando precisou da assessoria para fazer o Sinal da Cruz?

Eu não sei, mas que foi o grande ponto da manifestação, isto foi. E encontrando o filme do momento, coloco-o ai abaixo para que vocês mesmo deduzam as intenções do Joaquim. O que posso antecipar é que pode até ter sido puro esquecimento, mas, foi bem feito. Ou seja, o Joaquim pode até nem saber porque estava dando, mas, tenho certeza a presidenta sabia porque estava apanhando. É o “Esqueceram de mim” tupiniquim.


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Vem aí o Papa Francisco... Será que ele fala búlgaro?




Segunda-feira, dizem, dia da preguiça e já estou no batente, ansiosa para ver o Papa Francisco no Brasil. Mesmo aqueles que hoje se insurgem contra a Igreja Católica não podem negar que receber a visita de um Papa é um acontecimento histórico.

Eu vivi um momento destes ao receber o João Paulo II aqui no Recife, anos atrás, e, só não fui para o Rio porque Deus nos fez finitos, e, para que não soframos tanto, ele nos faz velhos, para quando desta vida partir, não soframos tanto. Mas, tive muita vontade. É um verdadeiro acontecimento.

Hoje, e por alguns dias, o assunto será o Papa Francisco, mas, não esqueçamos que vivemos num país, onde a presidenta não sabe nem fazer o Sinal da Cruz, e que, na certa, aproveitará a visita do Papa Francisco para tentar, mais uma vez, enganar à voz rouca das ruas, como vem fazendo há quase um mês.

Já leio, em alguns blogs, a presidenta vai falar de pobreza com o Papa, porque ele está sendo chamado de O Papa dos Pobres, e ela quer ser chamada aqui da Mãe dos Pobres como o  Lula o foi de Pai dos Pobres. Espero que tenha alguém perto da conversa para esclarecer o que vem a ser isto,  de a Família dos Pobres para que não corramos o risco de que o Papa em sua boa fé (isto parece até redundante) não acredite nestas mentiras, principalmente, quando ela vier com a velha estória de que a “a pobreza acabou no Brasil” e hoje todos são classe média ao ponto de agora, a moda ser pedir mais, porque todos querem serem ricos, igual ao Eike Batista.

Não há forma maior de desfaçatez do que esta alardeada atenção do PT com a pobreza quando todos os seus dirigentes vivem colocando dólares na cueca e usufruindo das mordomias em viagens e passeios pelo Brasil e pelo mundo.

Alguém tem que alertar ao Papa Francisco que, quando a presidenta disser que fez “opção preferencial pelos pobres”, ela está querendo dizer opção pelos que recebem o Bolsa Família enquanto eles estão em seu curral eleitoral. Alguém tem que avisar que a malfadada história de dar mais médicos para os pobres, não passa de uma manobra para esconder o fiasco do governo em lidar com o sistema de saúde pública de forma adequada. Tem que avisar que o tal de financiamento público de campanha, que vem com o rótulo de moralização do processo eleitoral não passa de mais um golpe para se manterem no poder.

Nossa, preciso parar a lista, porque senão vou cair no pecado da prolixidade. E isto não é bom em dias de Papa. Soube hoje que ele não fala português. Agora tenho certeza de que  ele nunca pensava em ser papa, porque argentino só aprende a falar português, quando é jogador de futebol. Porém, pensando bem, se ele não fala português e Dilma também não fala, quem sabe eles falarão em búlgaro, que é a língua oficial da presidenta.


Falando sério, hoje vai ser um bom momento para refletir sobre nossa vida, e quanto a religião é importante nela, mesmo para aqueles que não a tem, e devem a ela um pouco de nossa civilização. Que seja bem-vindo o Papa Francisco, mesmo sendo argentino, pois, como sempre digo, nada é perfeito. 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

As viagens do governador




Ontem eu estava lendo a página Deu nos Blogs, lá na AGD, o que sempre faço devido a me economizar tempo, ou pelo menos não perdê-lo quando as postagens são bobas, e li, num link do Blog do Inaldo Sampaio, o seguinte:

“A oposição está no seu papel ao resolver pedir informações ao Palácio das Princesas sobre o fretamento de aeronaves por parte do governo estadual. Segundo o Portal da Transparência, foram gastos nos últimos 18 meses apenas com esse fretamento mais de R$ 5 milhões. Se isso é muito ou pouco para um Estado como Pernambuco, é questão que se pode discutir. Mas não se pode cobrar de um governador, seja ele quem for, que viaje regularmente em avião comercial.

Governante que depender de avião de carreira para se deslocar pelo Brasil ou mesmo pelo estado que governa ficará refém do fator “tempo”. Teria que chegar ao aeroporto com uma hora de antecedência, fazer “check-in”, despachar bagagem, etc. E no aeroporto do destino teria que esperar pelo menos 30 minutos pela liberação das malas. Por aí se vê que é inviável depender de avião de carreira para deslocar-se, sem contar o tempo que perderia com esse tipo de operação.

Governador quando chega a Brasília não tem hora para ser liberado pelo presidente da República ou pelos seus ministros. Se ficasse na dependência dos aviões de carreira, que têm hora marcada para decolar, sacrificariam bastante a administração dos seus estados. É por isso que todos viajam em aviões alugados. Pode até não ser mais barato, mas é muito mais racional.”

Eu não me dei ao trabalho de procurar a postagem original, pois não achei necessário. Fiquei apenas assuntando sobre o conteúdo deste trecho. O que o jornalista diz é que os governadores não podem perder tempo com seu contactos, fora dos seus estados, e é muito mais racional gastar vultosas quantias com aeronaves fretadas, ao invés de usarem os aviões de carreira.

O que o jornalista não faz é a pergunta certa: “Por que os nossos governantes viajam tanto?”. Como vimos nos últimos tempos, há várias respostas todas com o mesmo peso ético: Assistir a jogos de futebol, ir a casamentos dos amigos, visitar parentes,  inaugurar obras, fazer propaganda deles próprios, etc. e aqueles com outros pesos éticos como, ir a reuniões de trabalho, atender a chamados importantes de outras autoridades, enfim, coisas que valem a pena serem feitas, dentro do papel constitucional de cada um.

Quanto aos primeiros motivos, eu nem comentarei, e deixo para a voz roucas da rua cobrarem as passagens, em relação ao Disk-FAB, espero, de saudosa memória. Os outros, ditos justos motivos é que me detém aqui, nesta sexta-feira modorrenta aqui em Recife, já me preparando para ir ao supermercado comprar sal, coisa mais importante para mim, do que encontrar com a Dilma ou com o Lula, por exemplo.

E por isso mesmo fico pensando. Para mim, comprar sal é uma atividade fundamental, pois não o tendo, meus afazeres ficam comprometidos. E tenho que sair de casa, enfrentar um trânsito horroroso para fazê-lo e gastar o meu suado dinheirinho. Por que eu não vou de helicóptero, então? Dizem que o Sérgio Cabral, vai. Por que não eu? O nosso governador, se tivesse o mesmo problema, usaria uma aeronave fretada. Qual a diferença entre eu e eles? Importância da tarefa? Claro que não, pois comida insossa para mim e para eles é tudo igual e o povo de cada um não aprovaria.

Há muitas diferenças, mas, apenas uma eu comentarei aqui. O dinheiro para comprar sal, no meu caso, é meu e no caso deles, o dinheiro é meu também. E ambos temos que zelar por ele, porque se não o fizermos o povo tem obrigação de se manifestar (espero que sem queima de pneus, pois daqui a pouco não conseguiremos mais respirar).

Ora, mas se queremos o sal, temos que comprá-lo, e,  da forma mais eficiente. No meu caso, seria, telefonar para o mercadinho e o entregador vir trazê-lo. No caso dos governadores é usar a tecnologia à sua disposição e parar de zanzar por este país gastando o meu dinheirinho suado.

Por que o Eduardo tem que ir a Brasília para dizer bom dia a Dilma. Pois tenho certeza que eles não chegam a conversar mais do que isto, e quando o fazem, é para Dilma dizer: “Olha, Dudu, o Lula pediu para você ficar na sua, por um pouco mais de tempo. Você está muito açodado com este negócio de candidatura. Cuidado na vida, meu rapaz!”. E o Eduardo não teria nada o que responder. Então porque não usar o telefone? Só porque o Obama os escutariam?

Se, quiserem olhar olho no olho, usem o Skipe. Eu já converso com meus filhos e dou bronca neles usando esta nova tecnologia comunicativa, eficiente e barata. E para eles ainda há as vídeos conferências. Para que usar aeronaves e outros meios para o deslocamento?

O que sei é que poderíamos economizar uma fábula do nosso dinheirinho, se ao invés desta turma ficar viajando por aí, mesmo correndo o risco das escutas do Obama, conversasse cada um de onde está. Mesmo porque, o Brasil não em muito o que esconder do Estados Unidos. Eles é que tem que esconder de nós, como por exemplo, com que chapinha a Michele faz aquela franja. Eu já tentei de tudo e não consigo.

Falando com Vilma, minha faxineira, que tem que usar o ônibus para se deslocar para o trabalho, e perfeita conhecedora da utilidade do seu celular, ela me perguntou algo que matou toda a charada de nossas autoridades viajarem tanto:

- Dona Lucinha, se o governador não for falar com a presidente, como ele poderá tirar um foto com ela?


Eu ainda pensei eu falar sobre foto montagem e outros recursos, mas, terminei aceitando que este talvez seja o grande motivo de tantas viagens, e do fogaréu com o nosso dinheirinho. E viva o Brasil!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

O HOMEM DE AÇO e os mensaleiros. Sonhando acordada.




Neste último fim de semana, no qual choveu mais no Recife do que em Bom Conselho em um ano, meus familiares me fizeram uma proposta tentadora, e eu a aceitei, de pronto. Convidaram-me para ir ao cinema. E além disso, me disseram que o filme era de Superman.

A prontidão do aceite não foi nem para ir ao cinema e sim pelo filme ser de Superman. Naquela época onde grassava o preconceito sobre a sexualidade, muitas de minhas amigas e colegas no CEP, me olhavam enviesado por eu gostar mais de filmes de Superman do que da Mulher Maravilha. Talvez elas pensassem que eu queria ser “macho”, e não estivesse satisfeita com minha sexualidade. E eu ficava certa que não tinha nada de errado comigo porque eu não sonhava ser o Superman e sim namorar com ele.

O tempo foi passando, os preconceitos amainando (não para todos, veja o caso do Pedro Feliciano, lá de Bom Conselho, que tentou atingir o Zé Carlos com a invenção de que ele escreve por mim, e ele teria tendências femininas) e meus familiares sabem minhas preferências cinematográficas, sem pensar nestes pormenores bobos.

Mas, o que me deixou ficar mais alegre ainda, é que eles disseram que este Superman era novo e era em 3D. Adorei a ideia do 3D, que ressuscitou, porque eu já tinha visto a técnica no Cine Rex, há muitos anos atrás. No entanto, o motivo de minha grande alegria foi um pensamento, daqueles que às vezes tenho, que parecem puro devaneio. Como por exemplo, o Lula não se candidatar mais a nada neste país.

No presente caso, eu pensei, por que, sendo novo o Superman, os americanos não podem ter dado uma de Ariano Suassuna e criado um Superman negro, como o nosso escritor fez com Jesus Cristo? Será que eles nunca ouviram falar no Joaquim Barbosa, nosso Superman tupiniquim? Quem sabe, né? E marchei para o cinema, com minha roupa de missa, mas, sem o missal.

Ao lá chegar, pelos cartazes, vi logo que meu sonho não era real. O Superman era branco, e não fiz nenhum protesto para não ser enquadrada na Lei Afonso Arinos. Entretanto, continuei sonhando, que durante o filme ele poderia ter uma grande transformação e se apresentar como nosso herói nacional, para desbancar, de uma vez, o Macunaíma.

A história do nascimento de Superman é a mesma de filmes que eu já tinha visto, contada com muitos mais recursos tecnológicos. No planeta Kripton, que estava em piores lençóis do que o Brasil de Dilma, usaram tão mal e porcamente os recursos naturais que o planeta explodiu. Antes que isto acontecesse o pai de Superman o salvou mandando para outro planeta distante, que, por coincidência era a terra. Foi no lançamento da cápsula que meus sonhos se acenderam outra vez e eu pensei. Agora, eu sei porque o super-herói vai ser de outra estirpe. Sua cápsula vai cair no Brasil e vai ser encontrada pela mãe do Joaquim Barbosa.

Dentro de dez minutos estava outra vez decepcionada. Nem o Superman era negro nem foi para Brasília. Esperei ainda que durante o filme ele viajasse para o Brasil, e tomando um sol muito forte, fosse parar, com a cor alterada, no STF, sendo o ator substituído pelo Denzel Washington. Fui perdendo as esperanças, quando vi que ele ficaria mesmo era nos Estados Unidos, continuou branco. Estes americanos não tem mesmo muita imaginação.

Porém, e sempre tem um porém em meus sonhos, notei que o General Zott, que é o vilão do filme, e vive o tempo todo perseguindo o Superman, é a cara do Zé Dirceu, quando ele fez plástica em Cuba para se safar da repressão. E fiquei alegre porque o Superman, numa luta grandiosa, vence o Zé Dirceu, digo, o General Zott, no final. Saí satisfeita do cinema, na esperança de que nossa luta no mensalão seja vencida pelo nosso super-herói, Joaquim Barbosa.


Em tempo, para ser justa com sempre tento ser, há uma mudança em relação aos filmes anteriores: O filme chama-se “O homem de aço”. Antigamente, o homem de aço era o Capitão Marvel, que eu também adorava. Quem sabe o Joaquim não seja o Capitão Marvel? Agora basta dizer: Shazam!!!! e colocar os mensaleiros na cadeia. Alvíssaras!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Os donos do povo




Por Mary Zaidan (*)

Donos das ruas, dos movimentos sociais, da esquerda, do “progressismo” e do “politicamente correto”, o PT e seu governo se veem cada vez mais enrascados por atos que chamam de espontâneos, que repudiam seus cabrestos.

Quase não conseguem esconder o ódio – como as manifestações iniciadas pelo Movimento Passe Livre (MPL) bem mostraram - de qualquer coisa que possa ter sido gerada fora de suas hostes. E metem os pés pelas mãos quanto tentam politizá-las à sua maneira.

Por pouco não criaram mais um caroço no já grosso angu na quinta-feira, na manifestação nacional convocada pelas centrais sindicais. Ainda que sem o êxito esperado pelos seus líderes – até porque é difícil protestar contra um governo aliado -, o Dia Nacional de Lutas conseguiu interditar rodovias e incomodar o trânsito de grandes cidades.

Os petistas foram previamente contidos. Mas queriam porque queriam defender o finado plebiscito para a reforma política, ideia marqueteira defendida por Dilma, sepultada um dia antes pela Câmara dos Deputados.

Todos aqueles que receberam votos – governantes e parlamentares de todas as esferas -- atropelaram-se a correr atrás dos prejuízos que pareciam não enxergar antes da grita das ruas. Alguns mais desarvorados.

Na base da tentativa e erro – sem jamais admitir erros –, o governo Dilma arriscou de tudo um pouco. Cinco pactos requentados, Constituinte exclusiva, plebiscito, importação de médicos, extensão do curso de Medicina para oito anos, com atendimento compulsório no SUS. Tudo isso em menos de três semanas, como se o mandato tivesse começado ontem e terminasse antes do amanhecer.

Governar de fato, planejar políticas de investimentos e executá-las, impedir a gastança e o desperdício, nem pensar.

No Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) travestiu-se de paladino da ética. Na Câmara, o também peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN) assumiu a mesma tarefa. Acredite-se ou não, ambos poderiam ter tido algum sucesso não fosse a folia com voos da FAB. Como sempre e mais uma vez, as mordomias falaram mais alto do que qualquer voz da rua.

É onde mora o perigo. O País acorda, clama, protesta. Os governos atendem com presteza à reivindicação imediata. Congelam as tarifas de transportes urbanos – com custos severos para todos os contribuintes - e o resto torna-se difuso, sujeito a todo tipo de manipulação dos que se sentem proprietários da vontade popular.

E mais: como são tantos e todos os dias, os protestos começarão a incomodar, a atrair antipatias.

Ao final e ao cabo o PT e os seus farão o que puder para que tudo se resuma aos 20 centavos. É nisso que apostam os que se acham donos do povo.

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(*) Publicado em 14.07.2013 no Blog do Noblat. Eu sempre transcrevo aqui a Mary Zaydan pela sua objetividade. O PT está mais enrolado do que os dois neurônios da Dilma, que não se falam há muito tempo. Dizem que um se chama Mercadante e o outro Padilha. Eles brigam, brigam e brigam pelo governo de São Paulo, mas, quando se aliam tornam as opiniões de sua dona um verdadeiro “pum”.

No entanto, se você conversar com um petista, ele vem sempre com a conversa fiada de que o Brasil agora é outro. Vivemos num paraíso na terra e que estes índices de desenvolvimento humano, de educação, de saúde que se mostram pelo mundo, são coisas das “elites” americanas, que nos espionam para roubar nossas riquezas. O povo está comendo muito e se falta algum saneamento em mais da metade das cidades brasileiras, para que o povo expila o muito que come, tudo é culpa do FHC. Este é o verdadeiro criminoso. O mensalão só existiu porque ele deixou os cofres, para fazer negociação no congresso, totalmente vazios. O Zé Dirceu teve que encher.

E tem gente que acredita. Uns por ignorância e outros por conveniência. Por que a Vilma minha faxineira iria desacreditar? Tem seu Bolsa Família garantido para comprar o smarthphone da filha, tem escola pública onde as crianças, de vez em quando até merendam, e este negócio de aprender e se educar com qualidade, para que? O Lula foi presidente sem precisar disto. E assim caminha o Brasil.


E o pior de tudo é que, do jeito que as coisas estão em relação a nossas oposições, este partido vai terminar ficando no poder. Com o Lula, pois a Dilma já deu o que tinha que dar. Imaginem que li ter o José Serra cogitado de ser candidato a presidente pelo PPS. Direito dele, mas, direito meu nunca mais votar nele. Para ser um Zé três quedas e dar a vitória ao PT, só tendo pretensões de voltar ao Ministério da Saúde para gerir o programa Mais Médicos. Cruzes! (LP)

terça-feira, 16 de julho de 2013

A GAZETA 339 - Construindo a história de Bom Conselho




Vejam como estou atrasada! Lendo jornal do mês passado: A GAZETA 339. Logo na capa vejo o São João em Bom Conselho, que começa no FORROBECO. Eu não conheço os organizadores, mas, o jornal fala num Grupo Bem Viver, que está resgatando algumas festa tradicionais da cidade como carnaval e São João. Nesta época, em que festa na cidade se tornou coisa para estrangeiro ver, isto é muito importante.

Mas deixa para lá a capa e adentremos o nosso melhor jornal escrito. Antes, na capa, vejo uma chamada para a página 3, da qual reconheci a letra: era minha. Nesta chamada o editor do quinzenário retirou o melhor do meu texto, tanto que, vale a pena ler de novo este trechinho do meu artigo lá reproduzido, que tem como título: “O Blog do Dandan e os 100 dias de governo”.

“Eu não gosto muito de unanimidade. Comungo com o Nelson Rodrigues que ela é burra ou emburrece. E a unanimidade, muitas vezes é formada pelo silêncio dos outros. E em relação aos feitos de Dandan, pelo menos os malfeitos, agora há um silêncio tumular. Tivemos 3 candidatos concorrendo ao mesmo posto. Não sei se tinham as mesmas propostas do Dandan, ou se o Dandan conseguiu, em 100 dias fazer todas elas. Pelo silêncio, parece que sim. Ou, pelo menos pode se estar imbuído daquela opinião errada e nociva de que candidato derrotado tem que meter a língua em algum lugar e não falar mais nada.”

Hoje ainda penso assim, e a única coisa que mudaria neste parágrafo seria explicitar onde os candidatos derrotados parecem meter a língua. O resto continua na mesma.

O que me alegrou nesta edição, além, é claro da publicação do meu artigo, foi sua  publicação acima do daquele que se diz um jornalista pernambucano indignado com a Celpe. Penso que poderia ser qualquer um que já escreveu alguma coisa na vida, e que mora em Pernambuco. Se alguém tivesse o poder de mandar pernambucanos que não gostam do desempenho da Celpe atirarem a primeira pedra, o Palácio das Princesas viraria escombros em um minuto. Eu estaria na linha de frente.

Aliás, aquela rimazinha popular que eu ouvia em Bom Conselho vem a calhar, para a situação de alguns serviços públicos em Pernambuco: “De dia falta água, de noite falta luz, na casa que não tem insatisfeito (a palavra era outra, mas, zelemos pelos bons costumes), é milagre de Jesus”.

Cito isto para ser totalmente contrária ao restante da apresentação do Ruy Sarinho, quando diz que é indignado pela sua privatização (da Celpe), pois a Compesa não foi privatizada e é também uma grande porcaria em termos de eficiência. A culpa não é da privatização nem das elites (até hoje não sei o que é isto; penso que ele se refere aos que estão no governo, como Lula e sua criatura, a Dilma e todos que usam o Disk-FAB), e sim, do que fizeram com a privatização.

Todas  as agências reguladoras, organizações de Estado de suma importância para fiscalização das companhias privatizadas, foram aparelhadas pelas “elites” petistas/peemedebistas/pcdobeistas.  Eu não conheço o jornalista de Olinda, mas, fico em dúvida se ele não será um assessor de comunicação da Compesa. Mas, pelo menos, desta vez, em seu artigo, que sabiamente o Luiz Clério botou abaixo do meu, eu concordo com alguma coisa que ele diz. Alvíssaras.

Nesta mesma página, leio um texto do Sebastião Gomes Fernandes, cujo título deve matar o Zetinho de raiva: Academia Pesqueirense de Letras e Artes. Como todos sabem, o Zetinho, é o grande incentivador de um Academia de Letras em Bom Conselho. Seria a nossa ABL papacaceira. Isto há mais de 10 anos, penso eu, pois desde que comecei a escrever nos blogs e sites (ah que saudades do tempo do mural do Site de Bom Conselho, onde debatíamos tantas coisas e hoje está às moscas pela necessidade de aparecer de alguns) ele lançava esta ideia, inclusive com Regimentos e Estatutos. Lembro que até O Andarilho, de saudosa memória, queria entrar nela (com sua morte ele queria deixar seu “cavalo”, que também nunca mais apareceu, mas foi proibido).

 Lembro do Alexandre Correntão dizendo que não poderia haver um Academia se em Bom Conselho ninguém tinha livros publicados. E projeto não prosperou. Hoje o mesmo Alexandre tem 2 livros publicados, e parece que tem 122 no prelo ou projetados para breve, não é mais contra a criação da ABL (Academia Bom-conselhense de Letras), mas, diz que só pode entrar nela quem tem livros publicados e que falem de Bom Conselho. Como só ele tem isto, o projeto parece que não prosperará de novo, pois teríamos a AA (Academia do Alexandre).

Enquanto este debate prospera, ficamos sentindo inveja de Pesqueira e exportando nossos intelectuais para sua Academia como o Tião Fernandes (pois ele não tem livros que fale de Bom Conselho, penso eu. Terá?  E o Carlos Sena, tem?). Se fizermos uma Academia que inclua os escritores nas mídias eletrônicas, penso que seria bom, mas, é temeroso. Já pensou o Poeta, recebendo o título de cidadão bom-conselhense, e concorrendo à academia? E o vereador Carlos Alberto? Seria um desastre linguístico de grandes proporções. Qual a solução então?

Eu penso que vão dizer que por ser católica, estaria puxando a brasa para minha sardinha, mas, não é. Tenho visto que em Bom Conselho, temos um novo vigário, que é meu leitor assíduo, além de meu amigo no Facebook, o Padre Marcelo, que vem realizando um bom trabalho de mistura a cultura com a religião, e que poderia levar á frente uma ideia antiga (parece que do próprio Zetinho) de usar a Casa Paroquial como um ponto de reunião, para, pelo menos começar a discutir a ideia. Quem sabe ele topa?! (Meu Deus, ao reler este parágrafo contei tantos “que” que lembrei do Florisbelo Villanova, que tinha uma coluna na A GAZETA, chamada reflexões sem “que”. Aquilo é que era escritor. Será que ele tinha livros publicados sobre Bom Conselho?)

Quando, em 2016 eu já for uma vereadora diplomada, meu segundo projeto de lei (o primeiro como todos já sabem e é minha plataforma eleitoral é limitar os salários dos meus colegas e, o meu, a um salário mínimo), vai ser a criação da ABL e ceder o espaço da Casa de Dantas Barreto para suas reuniões, com a presença obrigatória dos vereadores, que levariam caderno e lápis para, pelo menos, entrarem na versão culta da língua portuguesa.


E, já vendo que estou me tornando prolixa, nada tenho mais a declarar sobre mais este número da A GAZETA, a não ser, parabenizar o editor por publicar a foto dos 5 jovens heróis que se manifestaram no dia 20 de junho, não deixando Bom Conselho ficar fora da história do país.