sexta-feira, 29 de novembro de 2013

100.000 acessos




São tantas coisas sobre o que escrever que me embaraço na escolha, e tanta dificuldade para publicar que quase entro em depressão. É Zé Dirceu maleiro de hotel. O Genoíno dizendo que teve um enfarte, sem ter. É um texto maravilhoso do Felipe Alapenha sobre o programa Mais Médicos. Agora eu nem chamo ele mais de Dr. Filhinho. Depois eu comento seu texto. Pois o que quero hoje é comemorar.

O meu reloginho, lá embaixo no blog, atingiu a marca dos 100.000 (cem mil) acessos. Isto o verdadeiro, porque o “fake” já passou dos 2 milhões, para entrar no concurso dos melhores blogs de Bom Conselho, organizado pelo Poeta.

Para mim é motivo de comemoração pelo evento e uma dificuldade para fazê-lo pela situação em que me encontro, na perspectiva de não mudar mais para o Recife e tendo que viajar para publicar meus textos.

De uma forma ou de outra estou fazendo o que posso. Como mulher, vinda de uma costela do homem (oh Deus, porque não nos fez de outra parte?) tenho que seguir o meu marido. Isto tem me custado muitos aperreios. Mas, como católica, e agora sabendo que o Papa Francisco é mais tradicional do que se mostrou aqui no Brasil, eu suporto tudo pela minha fé.

Então, minha alegria é interna, e hoje me vi brindando os cem mil acessos com um copo de água de coco que é o que temos mais para beber, por aqui. Deixo a sugestão aos amigos leitores: vamos brindar com água de coco, é melhor do que champanhe francês. Vejam o que aconteceu com o Lula que só brindava com pinga 51.

Já estou sentindo falta do Recife e dos netos, principalmente, então vem um pouco de tristeza. Minha incerteza quanto à minha campanha lá em Bom Conselho. Nunca mais vi uma sessão da Casa de Dantas Barreto, para ver se o Dandinho está fazendo outra coisa além de tolher a liberdade de expressão das pessoas.

Sinto saudades do Mural da AGD onde me comunicava de forma melhor, mas, a pedido, não falarei muito sobre isto. Continuarei até quando puder, servindo aos meus leitores daqui desta lan house, embora de forma precária. Depois de 100.000 acessos tudo é lucro.


Obrigada a todos!

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A democracia de Dilma




Por Mary Zaidan (*)

Os aeroportos do Galeão, no Rio, e de Confins, região metropolitana de Belo Horizonte, leiloados na sexta-feira, alcançaram valores recordes superiores a R$ 20 bilhões. Mais: ambos foram arrematados por gente para lá de experiente.

Os alemães vão tocar o de Minas, e o da Ilha do Governador, hoje em frangalhos, será operado pelo mesmo grupo que gerencia o aeroporto de Cingapura, tido como o melhor do mundo.

Melhor, quase impossível.

Um contexto que não comporta o azedume da presidente Dilma Rousseff. Em vez de conectar o sucesso do leilão com serviços de primeiro mundo que os usuários poderão ter no futuro, a presidente preferiu a revanche: “todos aqueles pessimistas, aqueles incrédulos, hoje vão ter um dia de amargura, porque não deu errado".

Não que o dito de Dilma tenha surpreendido. Torcer contra está no DNA do petismo. Retorceram o nariz para a Constituição de 1988, espinafraram o Plano Real, demonizaram as privatizações, esconjuraram o ajuste fiscal.

 E medem todos pela mesma bitola. Creem, fielmente, que os críticos ao governo que ocupam há 11 anos querem que o Brasil naufrague. Assim como apostaram na derrocada do País antes de chegarem ao poder.

Têm dificuldade de imaginar que a maior parte das pessoas, mesmo aquelas que discordam dos métodos petistas para se perpetuar no poder, quer apenas ter serviços melhores, que compensem a fortuna paga em impostos e taxas – as da Infraero, caríssimas.

No caso dos aeroportos, torcem mesmo é para se livrar da ineficiência do governo. Dos apagões, de saguão sem ar condicionado, banheiros quebrados, sem papel ou descarga, cena cotidiana do Galeão; dos puxadinhos intermináveis de Confins.

E é didático lembrar. Depois de deixar de ser do contra – e hoje, sabe-se, de passar a fazer o diabo – o PT chegou lá. E foi incapaz de mudar o que diziam discordar na Constituição. Rezam pelo evangelho que acusavam ser neoliberal, e, para o bem do País, privatizam e concessionam bens e serviços públicos. Dizem-se pais da estabilidade econômica, a mesma que estão colocando em risco.

Aqui mora o perigo. O êxito do leilão dos aeroportos é muito bem-vindo, mas não conseguirá esconder a inflação que insiste em bater no teto na meta, muito menos o descalabro das contas públicas. Alertar para isso, ao contrário do que quer fazer crer a presidente, é torcer a favor e não contra.

Talvez por ser avessa a privatizações e ter sido obrigada a se render a elas, ou por não entender o mundo fora da dicotomia do “nós”, os bons, e “eles”, o resto que não nos apoia, Dilma perdeu a chance de pelo menos parecer que governa para todos e não apenas para aqueles que com ela concordam.

Na democracia de Dilma, quem não se alia a ela está contra o País.

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(*) Publicado em 24.11.2013 no Blog do Noblat. É quase impossível não transcrever a Mary Zaidan. O que ela fala do PT e da Dilma é música para os meus ouvidos. E nesta situação de carência de internet, seus textos são um achado para que eu publique alguma coisa.

Não há meio termo, igual à saúva, ou retiramos o PT do poder ou o PT acaba com o Brasil. Sempre fizeram tudo que o FHC fez de forma dissimulada, inventando aquela estória de que pagaram o FMI e que retiraram o país da miséria. Só não contam que jogaram o Brasil na miséria moral, hoje transitada em julgado no STF. Os líderes do PT estão no xilindró e até agora não foi mexida uma palha pelo partido para os expulsarem como mandam seus estatutos.

Ao invés disto, simplesmente, tentam solapar as instituições dizendo que houve um julgamento de exceção. Só se eles se referem à exceção histórica de mandar políticos corruptos para cadeia, o que não é bem o comum neste país, onde não se prenderam nem os índios que comeram o bispo Sardinha.

E, pasmem, o Zé Dirceu, vai trabalhar num hotel de Brasília. Como já todos podem desconfiar, já que ele de hotel talvez saiba apenas lavar as latrinas, ali ele montará seu escritório político para receber seus apaniguados.


Esta é a democracia da Dilma, que vem correndo a passos largos. Cuidado como votam em 2014. (LP)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Mensaleiros presos e a piada de salão




Semana passada, última vez que fui à lan house, eu vi uma notícia que excita a maior parte do meu ser em particular, e do ser humano em geral: a imaginação. Li que, mal chegou na cadeia o Zé Dirceu já quer mandar nos outros, como o fez em toda sua vida política. Dizem que ele foi o escritor do bilhete que dizia serem eles, os mensaleiros, presos políticos em vez de políticos presos e que o STF teria agido como um tribunal de exceção. Aliás, eu nunca vi algo tão mal escrito. Penso até que foi o Genoíno numa de suas crises de hipertensão. É simplesmente desrespeitoso com as instituições democráticas.

Então, minha imaginação começou a funcionar e colocar em meu cérebro uma reunião de bandidos tipo Fernandinho Beira-Mar, Marcola, Zé Dirceu, Delúbio, Genoíno e outros menos conhecidos. Com os aparatos tecnológicos à disposição da bandidagem pode-se até imaginar uma vídeo conferência entre eles.

Zé Dirceu – Alô companheiros. Estamos chegando para melhorar a qualidade de vida desta gente deste estabelecimento prisional. Conto com vocês para melhorarmos a qualidade de vida dos detentos pobres, que são 99,999999% do total, com o qual contamos com o apoio e o voto deles.

Marcola – Qualé, meu irmão!? Tá me estranhando? Nem bem tudo chega e já está querendo movimentar o pedaço? Aqui, amigão, antiguidade é posto, depois do dinheiro, é claro.

Zé Dirceu – Calma companheiro Marcola. É porque o político aqui sou eu. Você é traficante.

Marcola – Peraí meu irmão. Aqui somos todos iguais perante o crime. Se tu tás trancafiado aqui é porque boa tu não fizesse. Aqui tu é criminoso igual a nós. E se tu é político mesmo porque perdeu, meu irmão?

Zé Dirceu – Marcolinha, você sabe que em nossa atividade não podemos dizer tudo pois sempre tem alguém acima de nós. Desta vez deram para trás, mas o que vou fazer. Temos que nos unir, companheiros.

Fernandinho Beira-Mar – Nesta eu tou com o Marcola. Vocês são novos aqui. E temos o controle da situação. (Alô, atendendo o telefone: Oi Jefferson, estamos te esperando)

Zé Dirceu – Tá certo Fernandinho. E o que devemos fazer? Jogar dama, dominó ou truco? Temos que movimentar a massa, e não só aqui de dentro, mas de fora também. Ontem recebi um telefonema de Pizzolato da Itália. Aquilo sim é que foi inteligente, se safou. Querem trocar ele pelo Battiste, mas os italianos não querem. Eu ainda pensei ir para Cuba, mas o comandante não aceitou e não me dou tão bem com o Raul. Agora que eles querem ser capitalistas, diz que eu lá só atrapalharia, porque iriam dizer que rico é socialista. Eu não posso reclamar.

Delúbio – Posso contar uma piada?

Zé Dirceu – Não Delúbio aquela coisa de que o mensalão era uma piada de salão o Quincas matou. Então fica quieto fazendo aí nosso Caixa 2.

Genoino – Eu concordo com o companheiro Dirceu. Mas, estou doente e não posso comandar nada, e nem correr, com o fiz na Guerrilha do Araguaia.

Marcola – Um jeito bom seria fazermos uma eleição em nível nacional para verificar quem fica no comando. Eu já tenho cabos eleitorais em todos os presídios e já digo que sou candidato. Quanto a vocês, se virem!

Zé Dirceu – E eu sou candidato também e acho justa a proposta de eleição. Delúbio, com que dinheiro poderíamos fornecer bolsa família às famílias dos presos?  Duvido que alguém ganhe de mim, se disserem que eu sou a pai dos pobres detentos.

Delúbio – Agora posso contar uma piada?

Todos – Não!

Fernandinho Beira-Mar – Mas temos que esperar que o Jefferson chegue. Na certa ele vai querer ser candidato também, e o homem é bom de papo. E ainda ficou com 4 milhões que não disse para onde foi. Se ele quiser negociar talvez até eu vote nele.

Zé Dirceu – Está bem assim, mas, vou fazer campanha antecipada, igual ao Lula está fazendo para Dilma. Só tem que pagar 5000 reais, e eu já estou preso mesmo!

Delúbio – Pelo amor de Deus, deixa eu contar uma piada.

Marcola – Tá bem, Delúbio, conta a piada!

Delúbio – O Lula não sabia de nada!

Todos – KKKKKKKK kkkkkkkkk KKKKKKKKK kkkkkkkkkkk ....


É realmente de morrer de rir, a piada de salão do Delúbio, mas minha imaginação cansou e não sei o que invente mais para comprar, e, indo a cidade, possa publicar meus textos. Não prometo regularidade mas estarei sempre aqui, para meus fiéis leitores.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

"O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota"




Dias atrás recebi a visita de um amigo, que me trouxe um livro chamado: “O mínino que você precisa saber para não ser um idiota”. É do Olavo de Carvalho, autor que já leio a alguma tempo, mesmo não entendendo algumas coisas que ele diz. O homem é um filósofo e com uma bagagem cultural que não sei como cabe aquilo tudo numa cabeça só.

Estou me deliciando com a leitura pois ele coloca os pontos nas letras sobre o socialismo e que tanto tem me preocupado, em vista do chamado Socialismo do Século XXI que Chávez, antes de virar passarinho queria que fosse implantado na América Latina e que os governantes atuais acham que o passarinho ainda pia, mas, já sei que ele caiu do galho porque estava maduro.

Nesta fase de indecisão da minha vida, onde existe mesmo a possibilidade de não voltar a morar em Recife, e ficar confinada em outra parte do litoral, e ainda de outro Estado, tenho escrito alguma coisa, mas o trabalho para publicá-lo em meu blog, numa lan house de quinta, tem sido insano. Então falei no livro do Carvalho, porque nele tem partes que merecem serem lidas, exatamente, pelo que o seu título expõe. Existem outras, que, apesar de, ao contrário do Lula gostar muito de ler, eu leio,mas, continuo idiota. Mas, isto é só um desafio para aprender mais.

Devo publicar esta postagem na sexta-feira, pois é quando for fazer a feira e me desloco de onde me escondo e tenho acesso aos bens como a internet. É uma espécie de enxerto para que meus leitores não me esqueçam. Tive tantos acessos na série sobre o socialismo que vi que o esquecimento está longe, por parte de meus leitores cativos. Como aqui onde estou, não há netos, e só um marido, cujo meu trabalho é alimentar, tentarei a partir de alguma dia na próxima semana, colocar alguns capítulos do livro a que me referi acima, aqui no blog, para tentar sanar a idiotice, que, atualmente, é quase geral no Brasil.

O mural da AGD continua suspenso e já sei o porquê. É uma pena, mas não posso, por promessa, dizer os motivos. Era onde Bom Conselho extravasa seus pruridos oposicionistas. Agora, quem o faz?

Estou fazendo tudo possível para que, se ficar por aqui mais tempo, arranjar uma internet decente. Dizem que é possível mas é caro, e como vocês sabem só somos classe média, depois do Lula, os que pagam o Bolsa Família.

O que mais me preocupa é minha candidatura a vereadora. Nunca mais tive a chance de ver as sessões da câmara, nem como o Dandinho e Dandan vêm se comportando. Quem sabe meu marido desiste desta loucura de se mudar. Já não aguento mais de saudade dos meus netos, embora com uma promessa que eles venham me visitar na próxima semana. Já estou ansiosa. E o pior é que eles vão adorar o lugar.


Bem, chega de tentar preencher a sexta-feira com meus problemas, desculpem. Até breve.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

De punhos cerrados



Por Mary Zaidan (*)

Vítimas da elite, ícones da luta democrática, guerreiros do povo, heróis injustiçados. Foi assim, com a mesma desfaçatez com que chamou o mensalão de caixa dois ou piada de salão, que a tríade petista José Dirceu-José Genoíno-Delúbio Soares se apresentou para iniciar o cumprimento das penas impostas pelo STF. Um tiro de risco, próximo da culatra, que atende parte da militância e esbofeteia todo o resto.

Se os punhos cerrados e as estocadas na Suprema Corte agradam parcela dos petistas, inflam a indignação dos que passam longe dela. Pior: posam de democratas, mas agridem a Justiça, um dos pilares da democracia, considerando sua instância máxima tribunal de exceção.

A reação do trio pareceu ensaiada. Na sexta-feira, logo após a expedição do mandato de prisão, Delúbio publicou vivas ao PT em artigo no site Brasil247. Genoino, por meio de nota, e Dirceu, em o que chamou de “carta aberta ao povo brasileiro”, se colocaram como presos políticos, como se o País vivesse dias de chumbo.

E ambos jogaram farpas na mídia, culpando-a pelo resultado do julgamento, como se houvesse conluio entre o STF as elites, sabem-se lá quais. Não devem ser as mesmas que fizeram de Dirceu um dos consultores mais bem pagos do país, queridinho da nata empresarial.

A carta aberta de Dirceu é um primor. Inverte-se a lógica, inventam-se argumentos, culpam-se outros, mente-se. Descaradamente.

O ex-ministro diz que vai cumprir tudo que a Justiça e a Constituição determinam. Mas, muito além de lamentações admissíveis em um condenado que apela por inocência, faz acusações gravíssimas ao STF. Afirma que foi condenado “sem ato de oficio ou provas, num julgamento transmitido dia e noite pela TV, sob pressão da grande imprensa.” Que sua condenação teve como base a teoria do domínio do fato, “aplicada erroneamente pelo STF”.

Chega ao absurdo de comparar a prisão de agora, fruto da condenação por malversação do dinheiro público e apropriação do Estado em favor de seu partido, com a da luta contra a ditadura. No caso dele, é bom lembrar, uma luta não em prol da democracia, mas por outra ditadura, a do proletariado. Ainda assim, pratica com destreza o ludibrio ao dizer que esta será a segunda vez na vida que pagará com a prisão por cumprir seu papel no “combate por uma sociedade mais justa e fraterna”.

Em favor de Dirceu, diga-se, sua prisão contribui, sim, para uma sociedade mais justa, em que poderosos e não só pobres vão para a cadeia.

Em um País que tarda e falha em honrar a balança e os olhos vendados da deusa Têmis, a prisão dos mensaleiros é colírio.

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(*) Publicado no Blog do Noblat em 16.11.2013. Faz tempo que não vejo um texto tão consiso, preciso e abrangente. Todas as feridas dos mensaleiros e dos brasileiros estão nele. Todos os mensaleiros seguiram a cartilha do PT: mentir até que se aceitem as mentiras como verdades. Não estamos ainda aceitando o Lula?

Agora só tenho um átimo de tempo para ler na internet. Copio, colo e depois comento, dando o meu maior sacrifício, mas, neste caso com o coração rejubilado de alegria. Vejo as notícias na TV de 14” que agora desfruto, mas, fico muito mais satisfeita. Quando eu vi aqueles punhos cerrados, tal o qual os panteras negras naquela olimpíada, deduzi a orquestração do ato. Para o PT a ditadura boa é a deles, ou que eles chamavam do proletariado, e hoje eles mesmos estão confusos qual será, se uma sindical ou uma chavista.

O respeito por parte desta corja aos princípios democráticos de um estado de direito é quase nenhum, a não ser que os beneficiem. Lula, o oportunista, tirou o corpo fora com um telefonema dizendo: “Estamos juntos!” E os esqueceu. A Dilma, nem isto fez. O presidente do PT lançou uma nota para que o PT se manifeste. Vocês viram alguém na rua, a não ser uns gatos pingados lá na Papuda, mais por curiosidade do que por interesse na causa?


Eu sei que o dia 15 de novembro foi comemorado da forma mais expressiva pela atitude do meu herói Joaquim Barbosa, mandando os mensaleiros para o xilindró. Dizem que ele vai se candidatar a presidente da república, o que não acredito. Mas, se for, já tem meu voto. Ele renovou a esperança num Brasil mais justo. (LP).

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Prisões




Por Luiz Fernando Verissimo (*)

Quando os figurões do governo Nixon envolvidos no escândalo de Watergate começaram a ir para a cadeia, um cômico americano imaginou-os liderando um motim entre os presos, batendo nas mesas do refeitório com seus talheres e pedindo “Montrachet! Montrachet!” ou outro vinho da mesma estirpe para acompanhar a comida.

Se a prisão dos acusados do mensalão estiver mesmo inaugurando uma nova prática jurídica no país, o encarceramento de condenados sem distinção de nível social ou importância política, uma das consequências disso pode ser uma melhora dos serviços penitenciários para receber a nova clientela.

Prevejo duas coisas: uma que quando exumarem esse processo do mensalão daqui a alguns anos, como agora fazem com os restos mortais do Jango Goulart, descobrirão traços de veneno, injustiças e descalabros que hoje não dão na vista ou são ignorados. O que só desgravará alguns dos condenados quando não adiantar mais nada. Outra profecia é que, mesmo sem “Montrachet”, a comida das penitenciárias certamente melhorará.

Prisões mais humanas e democráticas serão um avanço, mas nossa meta deve ser o que acontece na Suécia, como li há dias. Lá vão fechar algumas penitenciárias por falta de detentos. Diminuiu a população carcerária na Suécia, abrindo imensos espaços ociosos até para — por que não? — importarem presos de países onde há superpopulação carcerária.

Não se imagina uma campanha de incentivo à criminalidade na Suécia para reabastecer suas penitenciárias igual a campanhas de incentivo à fertilidade que havia na França, onde as pessoas eram premiadas por ter filhos.

Na Itália havia, e acho que ainda há, uma crise educacional grave, não por falta de lugar nas escolas, mas por excesso de lugar: simplesmente não existiam crianças suficientes para encher as salas de aula e fazer o sistema funcionar normalmente.

A solução era animar a população: façam filhos, façam filhos! Ou, no caso da Suécia: roubem! Matem! Enganem o fisco! Temos uma cela quentinha para você!

Especula-se que os programas de reabilitação de presos nas cadeias sejam responsáveis pela diminuição da criminalidade na Suécia e que... Mas do que adianta sonhar com outra realidade quando a nossa, nesse assunto, ainda é medieval?

Mesmo que melhore a frequência nas nossas cadeias ainda estaremos longe do ideal. Ou, no mínimo, do escandinavo.

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(*) Publicado no Blog do Noblat em 17.11.2013. Como todos meus leitores sabem, estou em regime de escrever e publicar, pelas minhas condições de internet. E hoje, vindo a minha lan house (o contrato que fiz com o dono é escorchante) vejo este do Veríssimo, atualíssimo, pois tenho certeza, ontem o Zé Dirceu deve ter dado algum “piti” na Papuda, por não tinha o seu vinho favorito. Chamou seu advogado e deu a ordem: “Procurem o Joaquim e digam a ele para definir o que é “regime semi-aberto”, pois este aqui junto com o Delúbio é um horror. O homem não para de contar piada de salão.

Pois é meus amigos, justiça é como chuva de janeiro, tarda mas não falta, pelo menos a justiça divina. E vimos pela TV um avião cheio de bandidos com destino à cadeia.  Se fossem pobres iria a pé e não em burrico. E o meu super-herói Joaquim Barbosa, voltou a brilhar e o vilão Lewandowski continua fazendo seu papel. Será que este filme não termina nunca?

O Verissimo fala na situação da Suécia, onde estão faltando presos. Que tal um convênio com aquele país para levar alguns daqui para lá? O Zé Dirceu iria adorar e Fernandinho Beira-Mar também.

E agora vamos esperar o término do processo. Pensando bem, pelo número de embargos, quando ele terminar poderá não ter mas nenhum preso desta leva. Talvez o Marco Valério se não se valer da delação premiada e levar o “chefe” para o lugar onde ele merece está. (LP)

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Médicos cubanos - sustos trabalhistas




Por José Pastore (*)

Li nos jornais que o governo se assustou ao saber que o subterfúgio da "bolsa-formação" a ser usado para remunerar os médicos cubanos não está isento do recolhimento das contribuições previdenciárias. O aviso veio da Secretaria da Receita Federal. O órgão alertou que a importância mensal paga aos médicos constitui salário e, como tal, está sujeita ao recolhimento ao INSS de 11% pelos contratados e de 20% pelo contratante. Para o governo, a despesa mensal subiu de R$ 10 mil para R$ 12 mil por médico.

Como se trata de salário, haverá sobre ele incidência de todos os encargos sociais (FGTS, seguro acidente do trabalho, salário-educação, descanso semanal remunerado, férias, abono, aviso prévio e outros) que somam 102,43% do salário. É isso que diz a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O governo, que previa gastar R$ 511 milhões para contratar 4 mil médicos cubanos por quatro anos, terá de reservar mais de R$ 1 bilhão só para essas despesas. Não estão nessa conta os gastos com transporte e acomodação dos médicos no Brasil, nem tampouco os adicionais por insalubridade e periculosidade a que muitos farão jus.

Há que se considerar ainda que, mais cedo ou mais tarde, os médicos cubanos conhecerão o alcance das nossas leis trabalhistas, que, se não forem cumpridas, detonarão ações judiciais - individuais ou coletivas - com vistas a receberem atrasados e reparar danos morais. Eles saberão que, ao contrário de Cuba, as portas dos tribunais do Brasil estão permanentemente abertas para todos os cidadãos que aqui trabalham. Basta acioná-los.

Por isso, a conta pode subir muito. Todos sabem que, no campo trabalhista, quem paga mal paga duas vezes. Pagamentos realizados por força de sentenças judiciais são sujeitos a elevadas multas e pesada correção monetária.

Suponho que os competentes advogados da União tenham prevenido os nossos governantes sobre os riscos a que estavam submetendo a Nação. Tudo indica, porém, que a urgência para montar um programa eleitoral falou mais alto, e venceu. Agora, o bom senso recomenda fazer provisões para o desfecho, que pode ser desastroso.

Tenho estranhado o silêncio do Ministério Público do Trabalho. Da mesma forma, intriga-me o mutismo das associações de magistrados do trabalho. Mais surpreendente ainda é a indiferença das centrais sindicais, que, sendo contrárias à necessária regularização da terceirização no Brasil, assistem pacificamente a um tipo de contratação que tem tudo do trabalho escravo. Basta lembrar que os médicos cubanos não podem trazer seus familiares; estão impedidos de sair do Brasil; se pedirem asilo, será negado; e ainda têm 70% do seu salário confiscado e remetido ao governo cubano, que nada pode fazer para os brasileiros. Situações mais brandas que essa têm sido denunciadas pelas centrais sindicais como "análogas ao trabalho escravo". Neste caso, "ouve-se um sonoro silêncio". Não me deterei nesse aspecto, pois o assunto já foi bastante comentado pela imprensa. Não comentarei tampouco a insinuação de que os recursos que vão para Cuba acabarão voltando para o Brasil - não se sabe para quê.

A minha preocupação está na área trabalhista, porque, a julgar pela conduta rigorosa da Justiça do Trabalho, a conta dessa contratação pode se tornar colossal, o que vai demandar recursos que poderiam ser aplicados na própria solução eficaz do problema da saúde em prazo médio.

Para dizer o mínimo, a fórmula escolhida pelo governo agrediu o interesse nacional. Por mais nobres que sejam os propósitos do Programa Mais Médicos, nada justificava afrontar o nosso ordenamento jurídico de forma tão contundente. Afinal, tudo poderia ser feito seguindo as regras vigentes, como, aliás, ocorre com os médicos que vêm da Argentina, Portugal, Espanha e de outros países que aqui estão para ajudar a aliviar a dor dos brasileiros. Até quando nossos governantes poderão desperdiçar o dinheiro do povo impunemente?

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(*) José Pastore é professor de Relações do Trabalho da FEA-USP e membro da Academia Paulista de Letras. Publicado no Estado de São Paulo em 05.11.2013. Mais uma confusão envolvendo este tresloucado programa eleitoral. Faz algum tempo, diante de minha vida, hoje atribulada, que não posso ir ao Facebook para saber o que o conterrâneo Carlos Sena ainda está achando do programa. Se ele continuar com a alma petista ainda o achará uma maravilha.

O José Pastore é um dos mais brilhantes juristas do nosso país e mostra o descalabro do programa junto à Justiça do Trabalho. A servidão em que a Américana Latina se mantém com Fidel Castro é descomunal. No intuito de ajudar àquele regime caquético, e dirigentes idem, se agride de maneira acintosa o interesse nacional, e com o objetivo escuso de eleger o Ministro Padilha governador de São Paulo. Como ele diz, a justiça considerou casos mais brandos do que este como trabalho análogo à escravidão.

E os escravos chegaram aqui felizes,  cantando e contando vantagens. Alguém já sabe quem são as médicas que vieram para Bom Conselho, pelo programa? Já perguntaram quanto elas vão ganhar da fortuna que o governo brasileiro está pagando ao governo cubano? São casadas, tem filhos? O que se sabe mesmo é o genérico, porque o médico lá quando está empregado ganha 40 dólares por mês para gastar nas bodegas governamentais de Cuba, onde cada um tem direito a 200 gramas de feijão para duas pessoas.


Se não sabem o que são as consequências do socialismo, leiam minha série de postagens anteriores (Para não esquecerem de mim), para saberem um pouco e espero que não esqueçam de mim e desculpem minha irregularidade em escrever para o blog. São coisas da vida. (LP)

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Se roubar, faça




Por Mary Zaidan (*)

Obras sem projeto ou com projetos precários, caras, superfaturadas, com contratos aditados por uma, duas e sabe-se lá por quantas vezes. Boa parte delas atrasada, postergada, paralisada. Ano após ano, o governo joga nos bolsos de alguns poucos os bilhões de impostos dos muitos que trabalham e produzem riqueza, e que quase nada têm de volta. Algo de dar engulho, de alimentar a desesperança.

Mas a indignação da presidente Dilma Rousseff é o avesso disso. “Eu acho um absurdo parar obra no Brasil”, disse, ao comentar a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) ao Congresso Nacional de suspender a remessa de recursos para sete obras, todas elas com vícios graves, em que a roubalheira corre solta.

Para Dilma, o que importa é concluir o que for possível antes das eleições de 2014. Até porque o máximo que ela conseguir entregar será muito menos do que o prometido no palanque de 2010.

Em tom de desafio, de quem faz mesmo o diabo, garantiu: “De qualquer jeito, essa obra vai ficar pronta. E nós vamos inaugurá-la”. Uma variante do clássico “rouba, mas faz”, tão popular na política brasileira.

A presidente se referia à BR-448, extensão de 22,5 quilômetros entre Porto Alegre e Sapucaia do Sul, essencial para aliviar o tráfego saturado da BR-116 na região metropolitana da capital gaúcha. Em abril, a obra custaria R$ 530 milhões. Agora, já passa de R$ 1 bilhão. O TCU diz que R$ 91 milhões são originários de falcatruas. Mas Dilma afirma que vai inaugurar a obra assim mesmo.

As terras do sul esperam outra obra que já nasce atiçando pulgas por detrás das orelhas: a nova ponte sobre o Rio Guaíba, promessa de campanha, que teve seu edital publicado na quinta-feira, 7. Como não saiu do papel, a travessia ainda não é alvo do TCU. E, se não sofrer embargos, deve ficar pronta em 2020.

A estimativa em 2011 era de que a obra custaria em torno de R$ 400 milhões. Hoje, ultrapassa R$ 900 milhões. Isso para erguer uma ponte de menos de dois quilômetros. Mais de R$ 450 milhões por quilômetro, valor quase três vezes superior ao do quilômetro da maior ponte do mundo, de 42 quilômetros, construída entre Qingdao-Hiawann, na China.

Sobre as outras seis obras – esgoto em Pilar (AL), ferrovia Caetité-Barreiras (BA), Avenida Marginal Leste, Teresina (PI), Vila Olímpica de Parnaíba (PI), ponte sobre o Rio Araguaia (TO-PA) e ferrovia Norte-Sul –, Dilma não bateu de frente. Afinal, não tem chance de vê-las concluídas.

Podem apostar: a culpa por promessa não cumprida será do TCU, jamais de Dilma. Por sua vez, ela vai correr para acelerar o que der a qualquer custo. Não pode correr o risco de seu governo ser taxado como “rouba e não faz”.

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(*) Publicado no Blog do Noblat em 10.11.2013. É, realmente, a faxineira ética já acabou há muito tempo. O que temos agora é uma faxineira ilegal. Ou seja, pega a sujeira e coloca para debaixo do tapete e coloca o Lula em cima para ninguém levantá-lo. A coisa brasileira do “rouba mas, faz” já está sofrendo as devidas mutações, faz tempo. Tendo como baluarte o Ademar de Barros em São Paulo e tendo como sucessor moderno o Maluf, agora se transmuta com “rouba, e não faz”.

Depois que o PT entrou no poder, no planalto e nas províncias, o número de escândalos com o dinheiro público chegou aos píncaros. Basta pensar no mensalão, cuja desculpa é que os ladrões não roubavam para eles e sim para arranjar apoio no Congresso para os seus projetos. Quais? Roubar mais no futuro?


A afronta ao TCU feita por Dilma, por maldade ou desconhecimento das leis (penso ser este o caso) é brutal e nos faz pensar, como pôde, uma mulher tão despreparada para o cargo, galgar o cargo de presidenta? Isto é triste, mas, mais triste ainda é ver que ela pode continuar por mais quatro anos no governo. Será que o Brasil aguenta? Eu só sei que não aguentarei, e irei ser monja budista lá no Tibet, junto da Joia Rara, porque, pelo meu karma, para ser tão sofredor, eu sou a reencarnação de Caim (Meu Deus me perdoe). (LP)

P.S.: Devido estar publicando de uma lan house, estou usando imagens do meu arquivo no Blog. Embora a imagem acima seja boa para o texto, com se fosse "cego guiando cego", ou desculpem, "deficiente visual guiando deficiente visual", para ser politicamente correta.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

'O socorro do Brasil a Maduro'




Publicado no Estadão desta quinta-feira (*)

O governo petista resolveu socorrer o regime chavista da Venezuela, que faz água por todos os lados. E, claro, essa generosidade correrá por conta do contribuinte brasileiro.

Sob ameaça de sofrer um duro revés nas eleições municipais de 8 de dezembro, vistas como uma espécie de referendo de seu desastroso governo, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu ajuda ao Brasil para contornar a crise de desabastecimento no país, o mais sério dos inúmeros problemas de sua administração.

A intenção de Maduro é garantir o fornecimento de alimentos e outros produtos do varejo até a eleição. Como tudo o que tem pautado o tal “socialismo do século 21″, esta será mais uma medida paliativa e desesperada, lançada apenas para mitigar por um breve período os efeitos permanentemente deletérios da insanidade econômica chavista.

O modelo estatista feroz, com preços controlados e hostilidade à produção privada, esvaziou as prateleiras dos supermercados venezuelanos. As imensas filas para comprar os mais diversos produtos de primeira necessidade – o papel higiênico é o símbolo desse calvário – tornaram-se a marca do governo Maduro.

Em vez de admitir os erros de sua administração e procurar resolvê-los de modo racional, o presidente venezuelano optou pelo caminho típico do chavismo: atribuiu a escassez à “sabotagem” de capitalistas e disse que agora trava uma “guerra econômica” contra esses “agentes do imperialismo”. A “guerra” inclui impedir que a imprensa noticie o desabastecimento, porque, segundo sua versão tresloucada, é isso que leva pânico à população e gera corrida aos supermercados.

É em nome desse combate imaginário que Maduro pediu ao Congresso “poderes especiais” para governar – poderes cujo escopo, obviamente, deverá ir muito além da emergência econômica.

Para o governo petista, porém, Maduro e sua equipe sabem o que estão fazendo. “Eles têm consciência dos problemas em curto, médio e longo prazos no país e estão muito preocupados em enfrentar, de forma clara e estratégica, as dificuldades históricas da economia venezuelana”, disse ao jornal Valor o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

Ao considerar que a crise da Venezuela faz parte de “dificuldades históricas”, Garcia quer fazer crer que a situação atual resulta de problemas antigos, estruturais, e não das evidentes lambanças chavistas. É provável que Garcia considere também que a importação emergencial de alimentos seja parte, conforme suas palavras, de um planejamento “claro e estratégico” para enfrentar a crise.

Esse “planejamento” conta com a bondade brasileira. Como faltam dólares na Venezuela para realizar a importação, graças ao controle do câmbio, o Brasil pretende usar o Programa de Financiamento às Exportações (Proex), do Banco do Brasil, num acordo com o Banco de Venezuela. Segundo essa solução, ainda a ser detalhada, o Banco de Venezuela receberia o dinheiro do financiamento e quitaria a importação diretamente aos fornecedores brasileiros, sem ter de passar pela Cadivi, o órgão venezuelano que regula o câmbio. O Banco de Venezuela pagaria o financiamento ao Banco do Brasil em suaves prestações.

Com tal garantia, a expectativa do governo é de que os empresários brasileiros superem a crescente desconfiança em relação à Venezuela – convidadas a incrementar as exportações àquele país nos últimos anos, seguindo a orientação da agenda Sul-Sul do governo petista, muitas empresas nacionais enfrentam agora grandes atrasos no pagamento. Como resultado, as exportações para a Venezuela no primeiro semestre do ano foram quase 16% inferiores às do mesmo período de 2012.

Em outras palavras, se as negociações prosperarem, o risco de calote dos importadores venezuelanos seria assumido pelo Banco do Brasil – em nome do compromisso ideológico do governo petista com o chavismo, com cujas agruras o contribuinte brasileiro não tem rigorosamente nada a ver.

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(*) Eu copiei e colei o texto acima do Blog do Augusto Nunes em 07.11.2013. Eu, no lugar onde estou jamais poderia ler o editorial do Estadão. Estou reproduzindo-o aqui porque acabei de publicar uma série postagens sobre os malefícios do socialismo real em geral, e em particular o chamado pelo homem que virou passarinho, o Chávez, de “socialismo bolivariano”. E, se vocês leram bem a matéria, somos nós, pobres brasileiros, que vamos tirar do caos aquilo que está se passando naquele país.

Pobre do povo venezuelano que vai ter que aguentar mais um tempo um presidente que fala com um passarinho e diz que é Chávez, e que antecipa o Natal para dar mais felicidade a seu povo. Ele chegou mesmo a criar um Ministério da Felicidade. Embora ele tenha chegado um pouco cedo, pois pelo que vi o Lula falar do Bolsa Família ontem nas propagandas petistas, este ministério já chegou aqui faz tempo. O alarde sobre o programas sociais, que só funcionam nas propagandas, é apenas um arremedo do que se fez na Venuzuela com o homem passarinho.


E, se este governo do PT for reeleito não esperem muita coisa diferente nos próximos quatro anos. Como diria o Zezinho, nós ainda nos tornaremos uma imensa Venezuela. Eu apenas digo cuidado com o socialismo bolivariano. É o mesmo, piorado.(LP)

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Para não esquecerem de mim (17)



Hoje eu termino de escrever sobre as peripécias do socialismo real. Infelizmente, ainda não posso dizer que esta praga passou já para a História. Alguns países continuam a adotando e tentando convencer outros de que tudo foi muito bom, apesar de saberem com cair dela. Por exemplo, vejam Cuba. Graças a Deus a grande maioria tomou consciência do verdadeiro genocídio praticada por aqueles que esperavam transformar o homem a partir de um partido. E aqui cito o Narloch sem comentários, esperando que vocês já tenha comprado o livro, pois faltalmente eu voltarei a ele nesta viagem.

“31.

Outra constante dos países socialistas é o desespero dos cidadãos para fugir do regime e ingressar no território capitalista mais próximo. Foi assim da China para Hong Kong, do Camboja para a Tailândia, de Moçambique para a África do Sul, é assim de Cuba para a Flórida, da Coreia do Norte para a Coreia do Sul. Na Alemanha, após a Segunda Guerra, as autoridades comunistas enfrentavam um problema: era muito fácil fugir para o enclave capitalista. Com Berlim dividida entre o setor soviético, o britânico, o francês e o americano, bastava aos cidadãos atravessar a rua e pular alambrados. Até 1961, mais de 3 milhões de pessoas (ou quase 20% da população da Alemanha Oriental) tomaram essa decisão. Para conter a migração, o governo comunista teve uma ideia com a qual nós nos acostumamos, mas que nem por isso é menos absurda: construir um muro de 160 quilômetros. Muros ao redor de cidades ou entre países são comuns na história, mas servem como defesa, para evitar que indesejados entrem. Barreiras para evitar as pessoas saírem eram usadas somente em prissões.”

“32.

O Muro de Berlim ficou pronto em 1961, mas nem assim os cidadãos deixaram de fugir para o capitalismo. Até 1989, mais de 4 mil pessoas o venceram, mas cercda de 250 foram mortas aos serem flagradas pelos guardas. O muro exigiu planos de fuga mais criativos. Em 1963, quando os guardas ainda estava desavisados, uma família teve uma ideia simples e genial. Arranjaram um carro baixo, o conversível Austin-Healey Sprite, e arrancaram-lhe o para-brisa. A mãe escondeu-se no porta-malas. Na hora de entregar o passaporte no posto da fronteira, o motorista simplesmente acelerou e abaixou a cabeça, passado por baixo da cancela.
No mesmo ano, o acrobata Horst Klein percorreu de mão em mão, um fio de alta tensão desativado que atravessava o muro. Vinte anos depois, dois amigos, um encanador e um eletricista, armariam uma espécie de tirolesa. Primeiro, dispararam um cabo de náilon entre os dois lados da cidade usando arco e flecha. Depois, passaram um cabo de aço pelo náilon. Com um walkie-talkie, se comunicaram com um cúmplice no lado ocidental, que amarrou o cabo de aço num carro. No fim da madrugada os dois deslizaram, com roldanas, rumo à sensatez.
A fuga mais famosa ocorreu em 1979: duas famílias construíram um balão de ar quente usando pedaços de lona e lençóis. Os dois casais, com quatro crianças, atingiram 2.400 metros de altura, conseguindo pousar tranquilamente no lado capitalista. Pelo menos não se pode acusar os governos comunistas de não desenvolverem a criatividade dos cidadãos: eles armaram os jeitos mais imaginativos para fugir do regime.
Apesar de todas essas histórias que ultrapassam de longe as estripulias da Coreia do Norte e as crueldades nazistas, o comunismo segue firme hoje em dia. Seus seguidores defendem a ideologia com brilho nos olhos. Formam grupos de estudo e de propagando financiados por universidades públicas. Propagam as ideias de Marx com vigor, são aplaudidos em palestras com fiéis defensores dos pobres e da liberdade. No países mais tristes, os comunistas ainda ocupam prefeituras, secretarias e ministérios.”


Não me controlo em fazer um simples comentário. Hoje ninguém defende o comunismo pura e simplesmente, por causa de histórias como estas que acabamos de transcrever e porque os países totalmente comunistas ainda existentes, estão em petição de miséria, e os outros que estão se modificando (vide China) partem cada vez mais para o capitalismo e como consequência para liberdade política. Enquanto nós, aqui no Brasil, flertamos com o socialismo bolivariano do Cháves, que, se Deus quiser, cairá de Maduro.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O Dr. Filhinho falando grosso




Todos que me leem sabem  que sempre tive um viés ao olhar para o Felipe Alapenha (a quem chamava carinhosamente de Dr. Filhinho, pelo amor exagerado que ele twm por sua mãe, o que eu até admirava e até invejava um pouco) porque ele tentou provar a minha não existência. Depois de mostrar que “se penso, logo existo”, hoje não tenho mais mágoas e nem rancores, e a partir de hoje para mim ele voltará a ser o Felipe.

Ontem, tive que sair do socavão onde me encontro e que meu marido diz que é uma casa de praia, para ir ao lugarejo mais próximo fazer feira. E isto acontecendo, aproveito para ir à lan house, onde só tem dois terminais, mas foi suficiente para ver alguns blogs. Encontrei na AGD (sessão Deu nos Blogs) um texto do Felipe, que, se for verdade, o Dandan deve botar as barbas de molho.

Ele simplesmente diz que os bom-conselhenses vão nascer em outras cidades por falta de obstreta. Isto não é nada bom. Já vimos que perdemos um senador, o Randolfe Rodrigues, que andou levando uns socos do mequetrefe Bolsonaro, talvez pelo mesmo motivo. Foi nascer em Garanhuns.

Então ele pergunta: “Isso é cuidar da nossa gente?”. É uma pergunta e tanto para quem habita hoje o Palácio do Coronel responder. Afinal de contas já se passaram uns 200 dias de quarentena, e pelo que vejo no site do Prefeito, tudo vai às mil maravilhas.

É uma pena que eu esteja socada neste fim de mundo quando há tantos assuntos interessantes de minha terra para comentar. Como gostaria de ouvir a entrevista completa da Judith, mas, não tenho como fazer isto com a pobre estrutura que tenho de internet. Fico até imaginando o que ela deve ter dito e que sempre cobrei porque ela estava muito calada.

Queira ou não, a Judith é uma das forças políticas de Bom Conselho e tem quase como obrigação, por coerência, ser oposição e se não quiser se lançar para recuperar a cadeira do Coronel em 2016, eu lembro que o Felipe, por este tempo, já deve ter terminado sua residência, e, salvo alguns erros plenamente corrigíveis, parece que leva jeito para a coisa.

Estou quase dizendo “meu reino por uma conexão”, mas, como sou católica praticante o casamento é para sempre, e devo seguir meu marido. Sempre que fizer feira eu tentarei publicar qualquer coisa para não esquecerem de mim (acho que vou criar outra série, pois aquela sobre o socialismo, como diz meu neto mais velho: “bombou”)


P.S.: E o Mural da AGD ainda nada. O que estará acontecendo? Talvez seja bom, pelo menos para mim. Eu estou aprendo a escrever textos mais curtos em meu blog, mas, sinto saudades.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Para não esquecerem de mim (16)



Tenho recebido e-mail me parabenizando por reproduzir aqui um capítulo do livro do Leandro Narloch (Guia Politicamente incorreto da História do Mundo), e para não melindrar o autor porque não pedi autorização a ele para isto, eu apenas faço uma propagandazinha para o livro dizendo aos meus leitores que o comprem porque tem muita coisa boa nele.

Continuemos com a saga que infelizmente está acabando e me divertiu muito durante esta viagem familiar. Embora os erros do socialismo real ainda não acabaram pois existem alguns países cujos dirigentes enganam ainda seu povo.

“29.

Enver Hoxha, ditador da Albânia, foi mais longe nas intromissões do governo na moda. Preocupado com as influências ocidentais e qualquer mostra de individualismo dos cidadãos, o ditador proibiu viagens ao exterior, máquinas de escrever, televisão em cores, cores berrantes, arte, a banana e todas as importações (criando um autoembargo que os socialistas tanto criticam). Baniu até mesmo a esquerdíssima barba, pois a considerava uma atitude anti-higiênica de individualismo. Que pena Hoxha não dirigiu uma faculdade de Ciências Sociais no Brasil.”

Não foi por causa do Hoxha que o Lula tirou a barba, é mais provável que ele tenha deixado só o bigode por causo do de Stalin. Desculpem, intriga da oposição.

“30.

A Coreia do Norte é um modelo de sensatez se comparado à psicopatia do Khmer Vermelho, qu reinou no Camboja entre 1975 e 1979. Lá, não só o corte de cabelo, mas o uso de certas roupas e acessórios rendia condenação à morte. Em apenas quatro anos, o governo comunista do Camboja não só matou 21% da população como separou famílias e desalojou quase todos os habitantes. O líder Pol Pot acreditava que o páis deveria voltar à vida rural na qual os camponeses viviam em igualdade, por isso teve uma ideia: proibir as cidades e quase tudo o que havia nelas. Com o objetivo de purificar a sociedade da classe dos burgueses urbanos, Pol Pot eliminou o deportou a campos de trabalho forçado qualquer pessoa que parecesse urbana, rica ou educada. Phnom Penh, a capital, perdeu mais de 90% dos habitantes. Nessa perseguição, uma atitude dava pena de morte: usar óculos. Se uma pessoa usava óculos, é porque sabia ler, e quem sabia ler costumava pertencer à classe do burgueses urbanos. Portanto, vala comum.”


O que espero é que aqui no Brasil o PT não comece proibir o uso de óculos para que os seus eleitores não leiam que não foi o Lula que criou o Bolsa Família, e que até foi contra estes programas sociais no início. Mas, pelo que eles estão fazendo em termos de marquetagem, se continuarem no pode o Pol Pot não vai ficar sozinho.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Uma e outra coisa




Por Mary Zaidan (*)

O deputado José Genoíno (SP) ainda presidia o PT quando lançou a pérola – “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa” – para tentar explicar as inexplicáveis tramoias do mensalão.

Anos mais tarde o STF condenou petistas ilustres, incluindo o próprio Genoíno, demonstrando que, ao contrário do que o parlamentar dizia, aquela coisa era a mesma coisa. Ou coisa pior. Ainda assim, a frase continua fazendo sucesso.

Na sexta-feira, foi usada pelo ministro Alexandre Padilha para reduzir o impacto da reprovação de estrangeiros do Mais Médicos no Revalida. "Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, repetiu.

E oficializou o médico de segunda classe, que, como a jabuticaba e a tomada elétrica da ABNT, só existe no Brasil. “Os médicos do Mais Médicos estão aqui para cuidar da atenção básica; o Revalida é para quem quer operar, quem quer fazer procedimentos de alta complexidade".

No mesmo dia, questionada sobre o imbróglio da disputa estadual na Bahia, onde o aliado Geddel Lima (PMDB) tende a se unir aos tucanos, a presidente Dilma Rousseff lançou mão de uma variante do dito, aplicando sobre ele a sua linguagem, raciocínio e lógica ímpares: "O que vale é a política nacional e a política de alianças nacional. Se houver problemas que podem interferir na aliança nacional, ele vai ser tratado como uma questão nacional. O que é regional tem de ser resolvido regionalmente".

Diante da impossibilidade de a disputa regional ser uma coisa e a nacional outra, a fala da presidente é uma farsa tão grotesca quanto à que Genoíno quis fazer o País crer.

Ao contrário. Dilma e o PT estão diante de um jogo intrincadíssimo na composição de palanques regionais. Só com o PMDB, principal aliado, o embate se espraia por 11 estados onde estão nada menos do que 68% do eleitorado do País (O Globo).

O tudo por Dilma não é consenso nem dentro do PT, que teme reduzir de tamanho, ter poucos candidatos próprios aos governos estaduais, perder senadores e deputados federais em nome da manutenção da aliança e de uma presidente que não o anima.

A presença mais ativa de Lula, com agenda e palanques independentes, é uma bênção para essa turma que quer manter o poder e os cargos, mas torce o nariz para a quantidade de concessões que lhe é exigida, para o estilo ou a ausência de estilo da candidata. Para eles, uma coisa é pedir votos ao lado de Dilma, outra coisa é subir ao palanque com Lula.

Mas o que temem mesmo é a quebra do maniqueísmo que sempre alimentaram. Sabem que uma coisa era o “nós x eles”; outra coisa será o “todos x nós”.
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(*) Publicado no Blog do Noblat em 03.11.2012. Só neste domingo consegui ir a uma lan house e ler alguns blogs, ao ponto de transcrever este texto da Mary Zaydan. Vou ser curta e grossa nos comentários porque tenho pouco tempo. É uma fortuna uma hora de internet. No caso só uso o dito dito pela Mary está na boca dos políticos: “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. Amanhã já está programado o resto da historio do socialismo real e depois seja o que Deus quiser.

A frase acima, ela diz que foi dita pelo Alexandre Padilha, sim, aquele mesmo que quer ser governador de São Paulo mostrando que o programa Mais Médicos será a redenção da saúde do Brasil com a introdução dos médicos cubanos, que vem aqui para se alimentarem e dar a “atenção básica” a nossa população pobre. Ele poderia dizer que um programa sério é uma coisa e um programa que tenta tratar nossos pobres com médicos incompletos é outra coisa.

Cada vez mais que leio e ouço notícias sobre este programa eu me convenço que ele é Bolsa Família renovado e que veio para manter o PT no poder por mais algum tempo. Graças a Deus eu já soube que a classe médica brasileira está reagindo, como deveria ter reagido sempre e não vaiando cubanos em aeroportos, e vem alertando a população para os perigos que ela corre ao acreditar que alguém porque veste um jaleco branco é médico de verdade.

E aqui cabe o dito: “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. Cuidado com a outra coisa (LP).


P.S.: O que está ocorrendo com o Mural da AGD. Parada geral. Zé Carlos, por que parou? Parou por que?

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Para não esquecerem de mim (15)



Hoje publico mais de uma história porque envolvem direta ou indiretamente a Coreia do Norte, que é o exemplo “moderno” para nos arrepiarmos quando falamos no socialismo que ainda nos assola.

“26.

A Coreia do Norte vem assustando o mundo ao exibir imagens de mísseis intercontinentais. O governo diz que as armas são suficientes para destruir os Estados Unidos num único golpe e transformar em cinzas a cidade de Seul, na Coreia do Sul. Pouca gente leva a ameaça a sério: os mísseis são de mentirinha, chapas de ferro cilíndricas que sequer encaixam nos lançadores. Mais uma vez, essa maluquice não é novidade da Coreia do Norte. Em 1998, um relatório de um ex-engenheiro russo revelou que mísseis nucleares exibidos em Moscou, durante os enormes desfiles militares dos anos 60, eram pura cenografia. Ocos e inofensivos, serviam apenas para assustar os Estados Unidos. O líder soviético Nikita Kruschev chegou a dizer que a União Soviética fabricava mísseis como quem faz salsicha. Os americanos podem ter se assustado com a declaração, mas os russos devem ter entendido o contrário. Afinal, salsichas também eram um produto em falta na União Soviética.”

“27.

Após a Segunda Guerra, o controle de Moscou sobre os países do Leste Europeu era tão intenso que motivou outra piada com papel higiênico:
- Por que, apesar de todo o racionamento, o papel higiênico da Alemanha Oriental tem duas camadas?
- Porque tudo o que os alemães fazem precisam mandar um cópia para Moscou.”

Qualquer semelhança com o que Dilma faz em relação a Lula aqui no Brasil, é mera coincidência. Não sei se ela usa camada dupla....

“28.

Em 2004, o governo da Coreia do Norte lançou uma campanha de educação estética intitulada Vamos cortar o cabelo de acordo com o estilo de vida socialista. As autoridades estavam preocupadas com cortes não alinhados à ideologia. De acordo com uma série (hilária) de propagandas na TV, era preciso cortar sempre o cabelo pois “o comprimento excessivo tem efeitos negativos sobre a inteligência humana. Cabelo comprido consome nutrientes demais e, assim, pode roubar a energia do cérebro”. A campanha pediu aos cidadãos que cortassem o cabelo a cada 15 dias e seguissem os 18 modelos de corte femininos ou os dez masculinos que haviam sido aprovados pelas autoridades.

Assista ao vídeo da campanha de TV clicando aqui


Vejam a que ponto chega um sistema socialista do tipo que existiu e existe. Os jornais são oficiais, a comida é oficial, tudo é oficial, inclusive o corte de cabelo. E depois que o Lula rapou a barba um político pernambucano rapou também a sua. Não foi reconhecido nem pela esposa e deixou apenas uma sombra no rosto. Perdeu a eleição para prefeito mas continua venerando o chefe e breve deixará só o bigode. Cruzes!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Ainda viajando




Ainda continuo viajando enquanto rolam estas postagens sobre o socialismo real que provam, pelo menos, que meus leitores não esqueceram de mim. Pois a audiência esta em alta.

E agora, parei no litoral de um estado vizinho ao nosso. Beira mar e brisa, mas, sempre tem um mas, um porém, um todavia ou um contudo, conexão com a internet quase zero. Na cidade mais próxima há uma lan house que estou usando agora para enviar esta postagem para o meu blog.

Facebook, redes sociais, mensagens nem pensar. Fiquei um pouco deprimida, mas, minha condição de mulher e esposa ainda não emancipada leva a me habituar. Portanto, caros leitores não esperem muita regularidade nas minhas postagens nem nos meus contactos. Faço o que posso.

Vi que até o Mural da AGD está restrito e nem recados curtos meus o Zé Carlos publicou. Será que ainda é aquele imbróglio com o Dandinho. Cruzes!

Aqui só tenho direito a me informar pela TV e por um rádio que chia mais do que a praga de grilos que assola o Agreste de Pernambuco. O Dandan deveria criar um posto de “catador de grilos”, como na China criaram o de “catador de pardais” (Vejam aqui).

E o que vejo na TV não é bom. Estão depredando e saqueando e a polícia parece que está perdendo a luta contra os bandidos Black Blocs, que nada mais são do que bandidos. É uma pena que as manifestações de junho tenham deixado como consequência este rastro de violência e destruição. Não há justificativa séria para um comportamento assim.

Vi que a Lei do Mais Médicos foi aprovada e agora nossos pobres estão à mercê de pessoas cuja qualificação não sabemos. Mas, pensando bem para receitar Elixir Paregórico, até minha mãe receitava. E assim caminha nosso governo para a exploração eleitoral de mais um programa dito social, mas, que deveria se chamar programa eleitoral. É muita desfaçatez.

Vi também que, na Venezuela foi criado um Ministério da Felicidade. O objetivo principal é fazer com que as pessoas visitem o Hugo Cháves, quando chegarem ao céu. Para que isto aconteça elas tem que ficar vendo os discursos do Maduro, e contarem quantas vezes apareceu o passarinho em que o Comandante do Socialismo Bolivariano reencarnou, e enviar no número para o Ministério.

E eu continuo vendo minhas novelas, agora com mais liberdade, pois estou sem a companhia dos netos (que saudade). E vejo que a autor de Amar à Vida não tem mais o que dizer nem o que mais abordar. Agora o Félix voltou para o armário, o que deve ter revoltado meus amigos da PAPACAGAY. Só falta mesmo ele colocar o Dr. Lutero no programa Mais Médicos, para ajudar o governo na propaganda.

E nesta fase quase só televisiva tenho até ido dormir mais tarde para assista à Mulher do Prefeito. É engraçado mas extremamente irrealista. Uma prefeita usa uma das Arenas construídas na cidade (talvez para a Copa do Mundo) para assentar os sem tetos. Talvez a ideia se torne mais realista depois de 2014.


Por hoje é só, continuem lendo o blog, até quando eu puder mantê-lo. Se a ideia do meu marido de comprar um casinha neste final de mundo vingar, vocês não perderão só o blog, mas Bom Conselho perderá um excelente vereadora.