Hoje eu termino de escrever sobre as peripécias do
socialismo real. Infelizmente, ainda não posso dizer que esta praga passou já
para a História. Alguns países continuam a adotando e tentando convencer outros
de que tudo foi muito bom, apesar de saberem com cair dela. Por exemplo, vejam
Cuba. Graças a Deus a grande maioria tomou consciência do verdadeiro genocídio
praticada por aqueles que esperavam transformar o homem a partir de um partido.
E aqui cito o Narloch sem comentários, esperando que vocês já tenha comprado o
livro, pois faltalmente eu voltarei a ele nesta viagem.
“31.
Outra constante dos
países socialistas é o desespero dos cidadãos para fugir do regime e ingressar
no território capitalista mais próximo. Foi assim da China para Hong Kong, do
Camboja para a Tailândia, de Moçambique para a África do Sul, é assim de Cuba
para a Flórida, da Coreia do Norte para a Coreia do Sul. Na Alemanha, após a
Segunda Guerra, as autoridades comunistas enfrentavam um problema: era muito
fácil fugir para o enclave capitalista. Com Berlim dividida entre o setor
soviético, o britânico, o francês e o americano, bastava aos cidadãos
atravessar a rua e pular alambrados. Até 1961, mais de 3 milhões de pessoas (ou
quase 20% da população da Alemanha Oriental) tomaram essa decisão. Para conter
a migração, o governo comunista teve uma ideia com a qual nós nos acostumamos,
mas que nem por isso é menos absurda: construir um muro de 160 quilômetros. Muros
ao redor de cidades ou entre países são comuns na história, mas servem como
defesa, para evitar que indesejados entrem. Barreiras para evitar as pessoas
saírem eram usadas somente em prissões.”
“32.
O Muro de Berlim ficou
pronto em 1961, mas nem assim os cidadãos deixaram de fugir para o capitalismo.
Até 1989, mais de 4 mil pessoas o venceram, mas cercda de 250 foram mortas aos
serem flagradas pelos guardas. O muro exigiu planos de fuga mais criativos. Em
1963, quando os guardas ainda estava desavisados, uma família teve uma ideia
simples e genial. Arranjaram um carro baixo, o conversível Austin-Healey
Sprite, e arrancaram-lhe o para-brisa. A mãe escondeu-se no porta-malas. Na
hora de entregar o passaporte no posto da fronteira, o motorista simplesmente
acelerou e abaixou a cabeça, passado por baixo da cancela.
No mesmo ano, o
acrobata Horst Klein percorreu de mão em mão, um fio de alta tensão desativado
que atravessava o muro. Vinte anos depois, dois amigos, um encanador e um
eletricista, armariam uma espécie de tirolesa. Primeiro, dispararam um cabo de
náilon entre os dois lados da cidade usando arco e flecha. Depois, passaram um
cabo de aço pelo náilon. Com um walkie-talkie, se comunicaram com um cúmplice
no lado ocidental, que amarrou o cabo de aço num carro. No fim da madrugada os
dois deslizaram, com roldanas, rumo à sensatez.
A fuga mais famosa
ocorreu em 1979: duas famílias construíram um balão de ar quente usando pedaços
de lona e lençóis. Os dois casais, com quatro crianças, atingiram 2.400 metros
de altura, conseguindo pousar tranquilamente no lado capitalista. Pelo menos
não se pode acusar os governos comunistas de não desenvolverem a criatividade
dos cidadãos: eles armaram os jeitos mais imaginativos para fugir do regime.
Apesar de todas essas
histórias que ultrapassam de longe as estripulias da Coreia do Norte e as
crueldades nazistas, o comunismo segue firme hoje em dia. Seus seguidores defendem
a ideologia com brilho nos olhos. Formam grupos de estudo e de propagando
financiados por universidades públicas. Propagam as ideias de Marx com vigor,
são aplaudidos em palestras com fiéis defensores dos pobres e da liberdade. No países
mais tristes, os comunistas ainda ocupam prefeituras, secretarias e
ministérios.”
Não me controlo em fazer um simples comentário. Hoje ninguém
defende o comunismo pura e simplesmente, por causa de histórias como estas que
acabamos de transcrever e porque os países totalmente comunistas ainda
existentes, estão em petição de miséria, e os outros que estão se modificando
(vide China) partem cada vez mais para o capitalismo e como consequência para liberdade
política. Enquanto nós, aqui no Brasil, flertamos com o socialismo bolivariano
do Cháves, que, se Deus quiser, cairá de Maduro.
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