segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Mensaleiros presos e a piada de salão




Semana passada, última vez que fui à lan house, eu vi uma notícia que excita a maior parte do meu ser em particular, e do ser humano em geral: a imaginação. Li que, mal chegou na cadeia o Zé Dirceu já quer mandar nos outros, como o fez em toda sua vida política. Dizem que ele foi o escritor do bilhete que dizia serem eles, os mensaleiros, presos políticos em vez de políticos presos e que o STF teria agido como um tribunal de exceção. Aliás, eu nunca vi algo tão mal escrito. Penso até que foi o Genoíno numa de suas crises de hipertensão. É simplesmente desrespeitoso com as instituições democráticas.

Então, minha imaginação começou a funcionar e colocar em meu cérebro uma reunião de bandidos tipo Fernandinho Beira-Mar, Marcola, Zé Dirceu, Delúbio, Genoíno e outros menos conhecidos. Com os aparatos tecnológicos à disposição da bandidagem pode-se até imaginar uma vídeo conferência entre eles.

Zé Dirceu – Alô companheiros. Estamos chegando para melhorar a qualidade de vida desta gente deste estabelecimento prisional. Conto com vocês para melhorarmos a qualidade de vida dos detentos pobres, que são 99,999999% do total, com o qual contamos com o apoio e o voto deles.

Marcola – Qualé, meu irmão!? Tá me estranhando? Nem bem tudo chega e já está querendo movimentar o pedaço? Aqui, amigão, antiguidade é posto, depois do dinheiro, é claro.

Zé Dirceu – Calma companheiro Marcola. É porque o político aqui sou eu. Você é traficante.

Marcola – Peraí meu irmão. Aqui somos todos iguais perante o crime. Se tu tás trancafiado aqui é porque boa tu não fizesse. Aqui tu é criminoso igual a nós. E se tu é político mesmo porque perdeu, meu irmão?

Zé Dirceu – Marcolinha, você sabe que em nossa atividade não podemos dizer tudo pois sempre tem alguém acima de nós. Desta vez deram para trás, mas o que vou fazer. Temos que nos unir, companheiros.

Fernandinho Beira-Mar – Nesta eu tou com o Marcola. Vocês são novos aqui. E temos o controle da situação. (Alô, atendendo o telefone: Oi Jefferson, estamos te esperando)

Zé Dirceu – Tá certo Fernandinho. E o que devemos fazer? Jogar dama, dominó ou truco? Temos que movimentar a massa, e não só aqui de dentro, mas de fora também. Ontem recebi um telefonema de Pizzolato da Itália. Aquilo sim é que foi inteligente, se safou. Querem trocar ele pelo Battiste, mas os italianos não querem. Eu ainda pensei ir para Cuba, mas o comandante não aceitou e não me dou tão bem com o Raul. Agora que eles querem ser capitalistas, diz que eu lá só atrapalharia, porque iriam dizer que rico é socialista. Eu não posso reclamar.

Delúbio – Posso contar uma piada?

Zé Dirceu – Não Delúbio aquela coisa de que o mensalão era uma piada de salão o Quincas matou. Então fica quieto fazendo aí nosso Caixa 2.

Genoino – Eu concordo com o companheiro Dirceu. Mas, estou doente e não posso comandar nada, e nem correr, com o fiz na Guerrilha do Araguaia.

Marcola – Um jeito bom seria fazermos uma eleição em nível nacional para verificar quem fica no comando. Eu já tenho cabos eleitorais em todos os presídios e já digo que sou candidato. Quanto a vocês, se virem!

Zé Dirceu – E eu sou candidato também e acho justa a proposta de eleição. Delúbio, com que dinheiro poderíamos fornecer bolsa família às famílias dos presos?  Duvido que alguém ganhe de mim, se disserem que eu sou a pai dos pobres detentos.

Delúbio – Agora posso contar uma piada?

Todos – Não!

Fernandinho Beira-Mar – Mas temos que esperar que o Jefferson chegue. Na certa ele vai querer ser candidato também, e o homem é bom de papo. E ainda ficou com 4 milhões que não disse para onde foi. Se ele quiser negociar talvez até eu vote nele.

Zé Dirceu – Está bem assim, mas, vou fazer campanha antecipada, igual ao Lula está fazendo para Dilma. Só tem que pagar 5000 reais, e eu já estou preso mesmo!

Delúbio – Pelo amor de Deus, deixa eu contar uma piada.

Marcola – Tá bem, Delúbio, conta a piada!

Delúbio – O Lula não sabia de nada!

Todos – KKKKKKKK kkkkkkkkk KKKKKKKKK kkkkkkkkkkk ....


É realmente de morrer de rir, a piada de salão do Delúbio, mas minha imaginação cansou e não sei o que invente mais para comprar, e, indo a cidade, possa publicar meus textos. Não prometo regularidade mas estarei sempre aqui, para meus fiéis leitores.

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