Estou aqui, mesmo sem ser Inês, mas, posta em sossego. Sem
conexão tendo apenas as notícias de ontem na cabeça. Já fui à missa e volto
para o frio da serra.
Notícia hoje no Brasil, ou é sobre o plebiscito da Dilma ou
é sobre o patrimonialismo descarado exercido pelas nossas autoridades. Escrevi
sobre isto já, mas, sendo justo como tento ser, tenho que restabelecer a
verdade sobre o meu herói Joaquim Barbosa que entrou na lista dos viajantes de
futebolístico de uma forma injusta. Sua assessoria já esclareceu os fatos
mostrando por A mais B que sua viagem era de rotina, e que ele ainda reside
oficialmente no Rio de Janeiro. Então o que pagamos para ele ir faz parte das
despesas normais com uma democracia.
Sobre isto, eu vi num blog que já não me lembro qual, a
história de um político inglês, e que vou contá-la aqui para depois não dizerem
que eu sou entreguista (nunca mais vi este termo escrito, como não vi nunca
mais, graças a Deus, o Abaixo a Ditadura).
Não vou colocar os nomes, da história, pois teria que ir pesquisar, mesmo
estando com tempo, acho que não vale à pena.
Um inglês recebeu uma multa de trânsito, igual a mim quando
avancei o sinal e o “chupa-cabra” me
flagrou perto do supermercado. Eu e ele deveríamos pagar uma multa por não
cumprir a lei. Ao contrário de mim, o inglês, viu que se declarasse que quem
estava dirigindo era ele, poderia perder sua habilitação. O que fez ele, como
mau inglês, ao contrário de mim, uma boa brasileira? Vendo que sua esposa não
tinha tido multa nenhuma declarou para o DETRAN de lá que havia sido ela e não
ele que estava dirigindo naquele dia. Resultado, livrou-se da multa e de seus
dissabores, deixando isto para sua mulher, que fez este esforço pelo amor ao
seu estimado marido.
Anos depois, o referido gajo, já guindado ao ministério do
seu país, e vendo que o poder traz possibilidades de prazeres junto às mulheres
(e na história não se diz se ele conversou com o Lula, ou não, sobre a
Rosemary), se engraçou por uma secretária, e assim fazendo, seu casamento
desandou, pois para sua esposa, levar multa era uma coisa, mas, levar chifre
foi outra. E ela, em entrevista à imprensa, contou a história, que ao tornar-se
pública, e diante da ética na política que impera em seu país, ele teve que
deixar o ministério.
Sendo brasileira e vendo como os políticos agem em relação à
moral e aos bons costumes, parece inacreditável este tipo de história. Há quase
um ano, temos um ex-presidente com problemas com amantes e não dar um pio sobre
isto há meses. Temos um presidente do Senado que foi processado porque um
empreiteiro pagava sua amante. Temos um presidente da Câmara que faz o
contribuinte pagar as passagens aéreas de sua noiva e família, e por aí vai.
E ainda perguntam por que o povo está gritando e tentam saciá-lo
com propostas indecorosas como um plebiscito que perguntará a Vilma, minha
faxineira, se ela é a favor do voto distrital. É uma tristeza ver nosso país
chegar a este ponto. É uma verdadeira herança maldita a que estamos deixando
para nossos filhos e netos.
E, pasmem, eu vi, a Dilma sendo calada num discurso, pela
turba gritando ACM, ACM, ACM, quando ela mencionou o nome do ACM Neto. Isto foi
na Bahia e ela, para não tomar uma sonora vaia escondeu o nome do governador do
Estado, que é do PT. Coitada, chega dá pena. Mas, eu não terei este sentimento
por ela, porque dizem que ela não tem pena dos seus subalternos. Trata-os a
gritos e ponta-pés.
O que escrevi até aqui foi de ontem enquanto estava sem
conexão. Agora com uma réstia dela passando aqui pela serra, além do frio, eu
li o texto abaixo que transcrevo para fazer justiça ao meu herói, Joaquim
Barbosa. É do Augusto Nunes, ontem em blog:
“Para azar da seita
que venera corruptos, Joaquim Barbosa é um homem honesto
O ministro Joaquim
Barbosa já esclareceu que nunca figurou em listas de passageiros da FABTur.
Quando viaja entre Brasília e o Rio de Janeiro, o presidente do Supremo
Tribunal Federal usa passagens aéreas da cota a que têm direito todos os
integrantes da corte. Foi o que fez na última sexta-feira de maio, quando
embarcou para o fim de semana em seu apartamento no Rio.
Na tarde de 2 de
junho, convidado por Luciano Huck, Barbosa assistiu no camarote do apresentador
da Globo ao jogo entre o Brasil e a Inglaterra. Ele não estava no Maracanã na
final da Copa das Confederações. Estes são os fatos. O resto é coisa dos
blogueiros de aluguel a serviço dos corruptos que o ministro não tem medo de
punir. São eles os responsáveis pela disseminação de invencionices que
eventualmente confundem também jornalistas íntegros.
Como já não pode
esconder que é chefiada por sacerdotes bandidos, a seita lulopetista mantém
ativada 24 horas por dia a usina de mentiras destinadas a provar que todos os
brasileiros são gatunos ou vigaristas. Os decentes são milhões, avisa a revolta
da rua. E estão indignados com a turma contemplada pelo governo com a licença
para roubar impunemente.
A infâmia do momento
tenta convencer a plateia de que não há diferenças entre uma viagem regular do
relator do mensalão e a farra aérea protagonizada por gente como Lula, Rose
Noronha, Sérgio Cabral, Garibaldi Alves, Renan Calheiros ou Henrique Alves.
Infelizmente para o bando que venera quadrilheiros, o ministro nada fez de
ilegal ou imoral.
Logo serão julgados os
derradeiros recursos dos condenados pela roubalheira descoberta em 2005. Os
participantes das manifestações de protesto exigem o cumprimento das penas
fixadas pelo STF. A última esperança da quadrilha é arrastar o relator para o
pântano. Não vão conseguir. Para desgraça dos mensaleiros, e para sorte do país
que presta, os defeitos do presidente do STF não incluem a desonestidade.
Joaquim Barbosa não
está na mira do clube dos cafajestes pelos surtos de intolerância ou por
espasmos populistas. Não virou alvo pelos erros que comete, mas por ter deixado
muito claro que existem no Brasil juízes sem medo.”
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