Basto Peroba e Dominguinhos |
Ontem, além de ir falar contra o programa Mais Médicos no
Facebook, indo contra a opinião do amigo Carlos Sena, que, deve ter ficado
muito decepcionado com o anúncio da dupla Padilha/Mercadante dizendo que
reverão o programa (isto é só a primeira modificação e virão outra para aos
poucos limpar a defecada feita por ele mesmo e ficou fedendo nas mãos de Dilma
para sempre), eu, lá mesmo nesta rede social, encontrei um link do também amigo
na rede, o Mábio Tenório, onde ele dizia que Dominguinhos, nosso grande músico,
nasceu em Bom Conselho e não em Garanhuns, como é apregoado, em 100% dos
necrológios que eu li e ouvi até agora.
Eu, como boa bom-conselhense e admiradora do Dominguinhos e
de suas músicas, assuntei, e lá mesma escrevi uma porção de notas onde tentava
dizer da importância de se restabelecer a verdade histórica. Muitas até já
opinaram que não importa o lugar de nascimento, e sim sua música maviosa. Que
tanto faz ele ser enterrado no Santo Amaro como no Santa Marta, que dá no
mesmo, etc. etc.
Para mim não. O local onde a gente nasce é importante, e
mesmo que não possa seguir o enterro do Dominguinhos para o Santa Marta, se ele
nasceu realmente em Bom Conselho, deveria ter lá, no portão uma placa dizendo: Bem-vindo, nobre bom-conselhense! Isto
não diminuiria em nada as qualidades do morto, a não ser que ele, igual ao
Dantas Barreto, tenha renegado sua própria terra. E aí a placa deveria ser: Fique por aí mesmo, não tão nobre
bom-conselhense.
Em relação ao local de nascimento, o nosso caso mais
emblemático é este do Dantas Barreto que, segundo alguns, nasceu em Bom Conselho e saiu batendo as botas
para tirar até a poeira da cidade e nunca mais voltou. Sobre isto leiam o que
escreveu Jordalino Cavalcante Neto, professor de história, na Academia Pedro de
Lara do SBC:
“O Ilustre Emídio
Dantas Barreto nasceu em Bom Conselho, PE,
em 22 de março de 1850, com apenas 15 anos de idade, alistou-se como voluntário combatente
na Guerra do Paraguai, onde obteve
medalhas por sua atuação. O seu próximo
passo e dado em 1868 onde foi promovido a oficial. No fim da guerra, voltou ao Brasil e
concluiu o curso de artilharia na Escola
Militar do Rio de Janeiro. Fez parte da
investida a Canudos, tendo sido seus esforços coroados com a promoção a Coronel. Em 1910 era
general-de-divisão. Foi ministro da Guerra
de Hermes da Fonseca. Demitiu-se para assumir o governo de Pernambuco (1911-1915), Estado que o elegeu
senador (1916-1918). Participou do
chamado salvacionismo, movimento do qual se desligou mais tarde. Reformou-se como Marechal-de-Exército
em 1918. Embora recebesse sempre
importantes encargos militares e políticos, Dantas Barreto era um homem muito culto, na
realidade um Intelectual, dedicando-se
também à literatura, tornando-se conhecido por suas crônicas, romance e peças de teatro, não esquecendo
também de sua participação como colaborador
na Revista Americana do Rio de Janeiro e no Jornal do Comércio de Porto Alegre.
Logo após a sua
chegada da Guerra do Paraguai, conta-se que ao chegar a Bom Conselho sua terra natal,
encontrou sua mãe passando fome e morando
nas ruas como uma mendiga, sem ter auxilio de ninguém da comunidade e acabou morrendo por adquirir
tuberculose. Tomado de grande indignação
Dantas Barreto ao sair de Bom Conselho, bate os sapatos na saída da cidade e em voz alta diz: “Tiveram por minha mãe um enorme desprezo, não vai ficar assim, enquanto eu tiver vida
não pisarei nesta cidade e nem ajudarei em nada que for de meu alcance,
esquecida está Bom Conselho da minha
memória!”. É infelizmente também existem esses tristes episódios, por outro lado uma coisa ele falou, eu quanto
tiver vida, hoje existem homenagens
feitas ao Marechal na cidade, A Praça Dantas Barreto com o seu busto, Escola Marechal Dantas Barreto,
querendo ele ou não, era de Bom Conselho
isso não podia negar.”
Eu não conheço, em profundidade a história de Dantas Barreto
e me guiando apenas por este texto eu não gostaria que nossa câmara de
vereadores tivesse como nome o de Casa de Dantas Barreto. Como já quiseram até
mudar o nome da cidade para Dantas Barreto, eu fico mais em dúvida ainda.
Por isso é necessário investigar onde Dominguinhos nasceu,
e, se foi em Bom Conselho, o que ele realmente pensava do seu local de
nascimento, antes que algum vereador proponha mudar o nome de nossa Câmara
Municipal, para Casa do Mestre Dominguinhos. E não me venham com esta de ele
nasceu onde se registrou porque não cola. Conheci muita gente registrada em São
Paulo e que nasceu, também na Barra do Brejo, como dizem o Dominguinhos nasceu.
Eu, realmente, gostaria que o Dominguinhos fosse nosso
conterrâneo e que não tivesse falado mal da terra, porque isto seria bom para
nossa cidade, que produziu outro grande músico que é o Basto Peroba, e que,
pode, segundo as redes sociais, ter nascido no mesmo lugar, incluindo tendo
sobrenomes iguais. Ele poderia esclarecer esta questão. Que nossa imprensa
investigue e dê versão concreta sobre o fato.
Já estão querendo, em Garanhuns, mudar o nome da Praça
Guadalajara, para Praça Mestre Dominguinhos, e o Roberto Almeida, que hoje é
correspondente de nossa prefeitura naquela cidade, iria adorar que ela se
chamasse: Praça Mestre Dominguinhos de Bom Conselho. Eu também.
Dominguinhos é do Brasil.
ResponderExcluirDominguinhos é do Mundo. Mas, onde ele nasceu?
ExcluirLucinha, esse seu filtro de monitoramento do que as pessoas dizem, não combina com você. Tá vendo como é ruim ser democrata às avessas? Deixe o povo publicar os comentários sem você intervir.
ResponderExcluircsena
Caro Carlos, obrigada por comentar em meu blog. Mas, como dizia o Rolando Lero, não entendi a mensagem, divino mestre.
ExcluirLucinha Peixoto