Vejam como estou atrasada! Lendo jornal do mês passado: A
GAZETA 339. Logo na capa vejo o São João em Bom Conselho, que começa no
FORROBECO. Eu não conheço os organizadores, mas, o jornal fala num Grupo Bem Viver, que está resgatando
algumas festa tradicionais da cidade como carnaval e São João. Nesta época, em
que festa na cidade se tornou coisa para estrangeiro ver, isto é muito
importante.
Mas deixa para lá a capa e adentremos o nosso melhor jornal
escrito. Antes, na capa, vejo uma chamada para a página 3, da qual reconheci a
letra: era minha. Nesta chamada o editor do quinzenário retirou o melhor do meu
texto, tanto que, vale a pena ler de novo este trechinho do meu artigo lá
reproduzido, que tem como título: “O
Blog do Dandan e os 100 dias de governo”.
“Eu não gosto muito de
unanimidade. Comungo com o Nelson Rodrigues que ela é burra ou emburrece. E a
unanimidade, muitas vezes é formada pelo silêncio dos outros. E em relação aos
feitos de Dandan, pelo menos os malfeitos, agora há um silêncio tumular.
Tivemos 3 candidatos concorrendo ao mesmo posto. Não sei se tinham as mesmas
propostas do Dandan, ou se o Dandan conseguiu, em 100 dias fazer todas elas.
Pelo silêncio, parece que sim. Ou, pelo menos pode se estar imbuído daquela
opinião errada e nociva de que candidato derrotado tem que meter a língua em
algum lugar e não falar mais nada.”
Hoje ainda penso assim, e a única coisa que mudaria neste
parágrafo seria explicitar onde os candidatos derrotados parecem meter a
língua. O resto continua na mesma.
O que me alegrou nesta edição, além, é claro da publicação
do meu artigo, foi sua publicação acima do
daquele que se diz um jornalista pernambucano
indignado com a Celpe. Penso que poderia ser qualquer um que já escreveu
alguma coisa na vida, e que mora em Pernambuco. Se alguém tivesse o poder de
mandar pernambucanos que não gostam do desempenho da Celpe atirarem a primeira
pedra, o Palácio das Princesas viraria escombros em um minuto. Eu estaria na
linha de frente.
Aliás, aquela rimazinha popular que eu ouvia em Bom Conselho
vem a calhar, para a situação de alguns serviços públicos em Pernambuco: “De dia falta água, de noite falta luz, na
casa que não tem insatisfeito (a palavra era outra, mas, zelemos pelos bons
costumes), é milagre de Jesus”.
Cito isto para ser totalmente contrária ao restante da
apresentação do Ruy Sarinho, quando diz que é indignado pela sua privatização (da Celpe), pois a Compesa
não foi privatizada e é também uma grande porcaria em termos de eficiência. A
culpa não é da privatização nem das elites (até hoje não sei o que é isto;
penso que ele se refere aos que estão no governo, como Lula e sua criatura, a
Dilma e todos que usam o Disk-FAB), e sim, do que fizeram com a privatização.
Todas as agências
reguladoras, organizações de Estado de suma importância para fiscalização das
companhias privatizadas, foram aparelhadas pelas “elites” petistas/peemedebistas/pcdobeistas. Eu não conheço o jornalista de Olinda, mas,
fico em dúvida se ele não será um assessor de comunicação da Compesa. Mas, pelo
menos, desta vez, em seu artigo, que sabiamente o Luiz Clério botou abaixo do
meu, eu concordo com alguma coisa que ele diz. Alvíssaras.
Nesta mesma página, leio um texto do Sebastião Gomes
Fernandes, cujo título deve matar o Zetinho de raiva: Academia Pesqueirense de Letras e Artes. Como todos sabem, o
Zetinho, é o grande incentivador de um Academia de Letras em Bom Conselho.
Seria a nossa ABL papacaceira. Isto há mais de 10 anos, penso eu, pois desde
que comecei a escrever nos blogs e sites (ah que saudades do tempo do mural do
Site de Bom Conselho, onde debatíamos tantas coisas e hoje está às moscas pela necessidade
de aparecer de alguns) ele lançava esta ideia, inclusive com Regimentos e
Estatutos. Lembro que até O Andarilho, de saudosa memória, queria entrar nela
(com sua morte ele queria deixar seu “cavalo”,
que também nunca mais apareceu, mas foi proibido).
Lembro do Alexandre
Correntão dizendo que não poderia haver um Academia se em Bom Conselho ninguém
tinha livros publicados. E projeto não prosperou. Hoje o mesmo Alexandre tem 2
livros publicados, e parece que tem 122 no prelo ou projetados para breve, não
é mais contra a criação da ABL (Academia Bom-conselhense de Letras), mas, diz
que só pode entrar nela quem tem livros publicados e que falem de Bom Conselho.
Como só ele tem isto, o projeto parece que não prosperará de novo, pois
teríamos a AA (Academia do Alexandre).
Enquanto este debate prospera, ficamos sentindo inveja de
Pesqueira e exportando nossos intelectuais para sua Academia como o Tião
Fernandes (pois ele não tem livros que fale de Bom Conselho, penso eu. Terá? E o Carlos Sena, tem?). Se fizermos uma
Academia que inclua os escritores nas mídias eletrônicas, penso que seria bom,
mas, é temeroso. Já pensou o Poeta, recebendo o título de cidadão
bom-conselhense, e concorrendo à academia? E o vereador Carlos Alberto? Seria
um desastre linguístico de grandes proporções. Qual a solução então?
Eu penso que vão dizer que por ser católica, estaria puxando
a brasa para minha sardinha, mas, não é. Tenho visto que em Bom Conselho, temos
um novo vigário, que é meu leitor assíduo, além de meu amigo no Facebook, o
Padre Marcelo, que vem realizando um bom trabalho de mistura a cultura com a
religião, e que poderia levar á frente uma ideia antiga (parece que do próprio
Zetinho) de usar a Casa Paroquial como um ponto de reunião, para, pelo menos
começar a discutir a ideia. Quem sabe ele topa?! (Meu Deus, ao reler este
parágrafo contei tantos “que” que lembrei do Florisbelo Villanova, que tinha
uma coluna na A GAZETA, chamada reflexões sem “que”. Aquilo é que era escritor.
Será que ele tinha livros publicados sobre Bom Conselho?)
Quando, em 2016 eu já for uma vereadora diplomada, meu
segundo projeto de lei (o primeiro como todos já sabem e é minha plataforma
eleitoral é limitar os salários dos meus colegas e, o meu, a um salário
mínimo), vai ser a criação da ABL e ceder o espaço da Casa de Dantas Barreto
para suas reuniões, com a presença obrigatória dos vereadores, que levariam
caderno e lápis para, pelo menos, entrarem na versão culta da língua
portuguesa.
E, já vendo que estou me tornando prolixa, nada tenho mais a
declarar sobre mais este número da A GAZETA, a não ser, parabenizar o editor
por publicar a foto dos 5 jovens heróis que se manifestaram no dia 20 de junho,
não deixando Bom Conselho ficar fora da história do país.
Academia sendo de letras o que voga são as letras no seu traçado e em suas diversas formas. Escrever livros sobre a terrinha é barbada. Eu escreveria tantos quantos quisesse. Por que a Prefeitura não incentiva isso? Adoraria escrever um livro sobre as histórias que Alexandre não conta e que são uma riqueza de ditos populares, tiraras malucas, situações vexatórias, personagnes hilários e sérios e outras coisitas mais. Já pensou um livro com o título: "Trajeto de Zé Bebinho" ou "histórias de Maria Gramiá"?
ResponderExcluirbjos, fui
Caro Sena,
ExcluirEstamos habituados a nos encontrar no Facebook, como nos encontrávamos no Mural do Site de Bom Conselho, e mesmo no Blog da CIT. Ou seja, somos velhos conhecidos, apesar de você me ter como uma entidade, do bem, é claro. Hoje o encontro aqui nesta minha nova morada e, independente do que você escreveu, fiquei emocionada. Eu tenho apenas umas poucas histórias para contar em Bom Conselho, porque fui criada para ser dona de casa,e terminaram conseguindo até uma certa época. Depois eu descobri que dona de casa também é gente e partir para a luta.
Esta coisa do Alexandre querer que a ABL se restrinja apenas a quem tem livros sobre Bom Conselho, vai mudar logo que você escrever o "Trajeto de Zé Bebinho" (este eu compraria), pois ele vai dizer que história de bêbado não vale, a não ser que seja no Kennedy.
Espero que o Padre Marcelo ouça meu pleito e o prefeito ouça o seu e que a ABL saia logo para gáudio do Zetinho, que tanto luta para conseguí-la. Se eu pudesse ir à terra, este projeto já teria saído. Infelizmente, forças ocultas me impedem.
Obrigada, pelo comentário e volte sempre.
Lucinha Peixoto