terça-feira, 16 de julho de 2013

A GAZETA 339 - Construindo a história de Bom Conselho




Vejam como estou atrasada! Lendo jornal do mês passado: A GAZETA 339. Logo na capa vejo o São João em Bom Conselho, que começa no FORROBECO. Eu não conheço os organizadores, mas, o jornal fala num Grupo Bem Viver, que está resgatando algumas festa tradicionais da cidade como carnaval e São João. Nesta época, em que festa na cidade se tornou coisa para estrangeiro ver, isto é muito importante.

Mas deixa para lá a capa e adentremos o nosso melhor jornal escrito. Antes, na capa, vejo uma chamada para a página 3, da qual reconheci a letra: era minha. Nesta chamada o editor do quinzenário retirou o melhor do meu texto, tanto que, vale a pena ler de novo este trechinho do meu artigo lá reproduzido, que tem como título: “O Blog do Dandan e os 100 dias de governo”.

“Eu não gosto muito de unanimidade. Comungo com o Nelson Rodrigues que ela é burra ou emburrece. E a unanimidade, muitas vezes é formada pelo silêncio dos outros. E em relação aos feitos de Dandan, pelo menos os malfeitos, agora há um silêncio tumular. Tivemos 3 candidatos concorrendo ao mesmo posto. Não sei se tinham as mesmas propostas do Dandan, ou se o Dandan conseguiu, em 100 dias fazer todas elas. Pelo silêncio, parece que sim. Ou, pelo menos pode se estar imbuído daquela opinião errada e nociva de que candidato derrotado tem que meter a língua em algum lugar e não falar mais nada.”

Hoje ainda penso assim, e a única coisa que mudaria neste parágrafo seria explicitar onde os candidatos derrotados parecem meter a língua. O resto continua na mesma.

O que me alegrou nesta edição, além, é claro da publicação do meu artigo, foi sua  publicação acima do daquele que se diz um jornalista pernambucano indignado com a Celpe. Penso que poderia ser qualquer um que já escreveu alguma coisa na vida, e que mora em Pernambuco. Se alguém tivesse o poder de mandar pernambucanos que não gostam do desempenho da Celpe atirarem a primeira pedra, o Palácio das Princesas viraria escombros em um minuto. Eu estaria na linha de frente.

Aliás, aquela rimazinha popular que eu ouvia em Bom Conselho vem a calhar, para a situação de alguns serviços públicos em Pernambuco: “De dia falta água, de noite falta luz, na casa que não tem insatisfeito (a palavra era outra, mas, zelemos pelos bons costumes), é milagre de Jesus”.

Cito isto para ser totalmente contrária ao restante da apresentação do Ruy Sarinho, quando diz que é indignado pela sua privatização (da Celpe), pois a Compesa não foi privatizada e é também uma grande porcaria em termos de eficiência. A culpa não é da privatização nem das elites (até hoje não sei o que é isto; penso que ele se refere aos que estão no governo, como Lula e sua criatura, a Dilma e todos que usam o Disk-FAB), e sim, do que fizeram com a privatização.

Todas  as agências reguladoras, organizações de Estado de suma importância para fiscalização das companhias privatizadas, foram aparelhadas pelas “elites” petistas/peemedebistas/pcdobeistas.  Eu não conheço o jornalista de Olinda, mas, fico em dúvida se ele não será um assessor de comunicação da Compesa. Mas, pelo menos, desta vez, em seu artigo, que sabiamente o Luiz Clério botou abaixo do meu, eu concordo com alguma coisa que ele diz. Alvíssaras.

Nesta mesma página, leio um texto do Sebastião Gomes Fernandes, cujo título deve matar o Zetinho de raiva: Academia Pesqueirense de Letras e Artes. Como todos sabem, o Zetinho, é o grande incentivador de um Academia de Letras em Bom Conselho. Seria a nossa ABL papacaceira. Isto há mais de 10 anos, penso eu, pois desde que comecei a escrever nos blogs e sites (ah que saudades do tempo do mural do Site de Bom Conselho, onde debatíamos tantas coisas e hoje está às moscas pela necessidade de aparecer de alguns) ele lançava esta ideia, inclusive com Regimentos e Estatutos. Lembro que até O Andarilho, de saudosa memória, queria entrar nela (com sua morte ele queria deixar seu “cavalo”, que também nunca mais apareceu, mas foi proibido).

 Lembro do Alexandre Correntão dizendo que não poderia haver um Academia se em Bom Conselho ninguém tinha livros publicados. E projeto não prosperou. Hoje o mesmo Alexandre tem 2 livros publicados, e parece que tem 122 no prelo ou projetados para breve, não é mais contra a criação da ABL (Academia Bom-conselhense de Letras), mas, diz que só pode entrar nela quem tem livros publicados e que falem de Bom Conselho. Como só ele tem isto, o projeto parece que não prosperará de novo, pois teríamos a AA (Academia do Alexandre).

Enquanto este debate prospera, ficamos sentindo inveja de Pesqueira e exportando nossos intelectuais para sua Academia como o Tião Fernandes (pois ele não tem livros que fale de Bom Conselho, penso eu. Terá?  E o Carlos Sena, tem?). Se fizermos uma Academia que inclua os escritores nas mídias eletrônicas, penso que seria bom, mas, é temeroso. Já pensou o Poeta, recebendo o título de cidadão bom-conselhense, e concorrendo à academia? E o vereador Carlos Alberto? Seria um desastre linguístico de grandes proporções. Qual a solução então?

Eu penso que vão dizer que por ser católica, estaria puxando a brasa para minha sardinha, mas, não é. Tenho visto que em Bom Conselho, temos um novo vigário, que é meu leitor assíduo, além de meu amigo no Facebook, o Padre Marcelo, que vem realizando um bom trabalho de mistura a cultura com a religião, e que poderia levar á frente uma ideia antiga (parece que do próprio Zetinho) de usar a Casa Paroquial como um ponto de reunião, para, pelo menos começar a discutir a ideia. Quem sabe ele topa?! (Meu Deus, ao reler este parágrafo contei tantos “que” que lembrei do Florisbelo Villanova, que tinha uma coluna na A GAZETA, chamada reflexões sem “que”. Aquilo é que era escritor. Será que ele tinha livros publicados sobre Bom Conselho?)

Quando, em 2016 eu já for uma vereadora diplomada, meu segundo projeto de lei (o primeiro como todos já sabem e é minha plataforma eleitoral é limitar os salários dos meus colegas e, o meu, a um salário mínimo), vai ser a criação da ABL e ceder o espaço da Casa de Dantas Barreto para suas reuniões, com a presença obrigatória dos vereadores, que levariam caderno e lápis para, pelo menos, entrarem na versão culta da língua portuguesa.


E, já vendo que estou me tornando prolixa, nada tenho mais a declarar sobre mais este número da A GAZETA, a não ser, parabenizar o editor por publicar a foto dos 5 jovens heróis que se manifestaram no dia 20 de junho, não deixando Bom Conselho ficar fora da história do país. 

2 comentários:

  1. Academia sendo de letras o que voga são as letras no seu traçado e em suas diversas formas. Escrever livros sobre a terrinha é barbada. Eu escreveria tantos quantos quisesse. Por que a Prefeitura não incentiva isso? Adoraria escrever um livro sobre as histórias que Alexandre não conta e que são uma riqueza de ditos populares, tiraras malucas, situações vexatórias, personagnes hilários e sérios e outras coisitas mais. Já pensou um livro com o título: "Trajeto de Zé Bebinho" ou "histórias de Maria Gramiá"?
    bjos, fui

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    1. Caro Sena,

      Estamos habituados a nos encontrar no Facebook, como nos encontrávamos no Mural do Site de Bom Conselho, e mesmo no Blog da CIT. Ou seja, somos velhos conhecidos, apesar de você me ter como uma entidade, do bem, é claro. Hoje o encontro aqui nesta minha nova morada e, independente do que você escreveu, fiquei emocionada. Eu tenho apenas umas poucas histórias para contar em Bom Conselho, porque fui criada para ser dona de casa,e terminaram conseguindo até uma certa época. Depois eu descobri que dona de casa também é gente e partir para a luta.

      Esta coisa do Alexandre querer que a ABL se restrinja apenas a quem tem livros sobre Bom Conselho, vai mudar logo que você escrever o "Trajeto de Zé Bebinho" (este eu compraria), pois ele vai dizer que história de bêbado não vale, a não ser que seja no Kennedy.

      Espero que o Padre Marcelo ouça meu pleito e o prefeito ouça o seu e que a ABL saia logo para gáudio do Zetinho, que tanto luta para conseguí-la. Se eu pudesse ir à terra, este projeto já teria saído. Infelizmente, forças ocultas me impedem.

      Obrigada, pelo comentário e volte sempre.

      Lucinha Peixoto

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