quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Reflexões de viagem - Da Valdirene ao Trem Bala




Estou quase voltando à minha segunda pátria, o Recife. Passarei pela primeira, Bom Conselho, na volta. Não sei se entrarei lá. Por mim eu enfrentaria o Xico Pitomba de peito aberto, mesmo antes de seu patrão migrar para outras plagas, por esgotar o estoque de enganação que ele trouxe para nossa cidade, desde a jumentinha em poses eróticas. Mas, a família ainda teme o clima de violência que impera na cidade. Por falar nisto, já pegaram os agressores do vereador Carlos Alberto?

E por falar nele, eu gostei mais do seu site atual, do que do anterior. Ele, para ser justa, como sempre tento ser, foi o único vereador de oposição que vi nos últimos 5 anos, em Bom Conselho. Hoje, ver uma sessão da Casa de Dantas Barreto, dá vontade de bocejar. Ninquém discorda de ninguém e muito menos do prefeito. Na última a que assisti implicaram muito com o Dandinho, mas, com o Dandan, nem pensar.

Para não dizerem que eu menti, eu vi uma discordância, sim. Um posto de saúde que era para ter o nome de um parente de uma vereadora, não teve. Colocou-se um nome genérico. Como foi a família da vereadora que doou o terreno, ela reclamou. Eu até concordo em homenagear os mecenas, mas, o importante é se o posto está funcionando bem. Se não estiver, é melhor tirar o nome do homenageado. E parece que o único problema que Bom Conselho tem, é este. Cruzes!

O que mais estou vendo, nesta viagem são novelas. Vejo sempre as da Globo, porque são as melhores e que todos veem. Antes do Roberto Almeida entrar para a “base jornalística” do Dandan, e me escorraçar do seu blog, eu sempre discutia com ele as novelas da Globo, pois ele não perde um capítulo. Por exemplo, agora, eu já teria lá feito um resumo da novela Amor à Vida, como o que segue.

Se o autor quisesse ser fiel ao seu enredo, o nome da novela seria “Amor à Fornicação”. Eu nunca vi tantas em toda minha vida de noveleira. São, pelo menos, três por dia. O roteiro é bom e trata de temas espinhosos para nossa sociedade preconceituosa e machista. Há, como sempre, uns certos exageros que viram caricaturas de gente, como a “periguete” Valdirene. Brevemente, ela estará assediando o Dandan para se dá bem na vida. Afinal, é o maior partido da cidade. E também o Dadinho, não é de se jogar fora. Aliás, não temos primeira dama em nenhum dos poderes. Ou seja, estamos há quase 5 anos sem primeira dama. Caiu de moda?

Pensando na novela, dizem que o bordão da Valdirene foi retirado de um diálogo do Lula com a Dilma tempos atrás. Tento reproduzi-lo, embora não tenha certeza do seu conteúdo, porque recebi o texto por e-mail, e o Obama pode tê-lo modificado um pouco:

- Eu vou criar um Trem Bala, Lula!

- O que é isto Dilma, um trem cheio de bala?

- Não Lula, é um trem que vai levar os paulistas para tomar banho nas praias do Rio de Janeiro em 1 hora.

- Dilma, que ideia mais estafúrdia. Por que os paulistas não continuam indo para Santos. “Você é burra, Dilma?

- Não Lula, eu sou “inteligência pura”!


E assim caminham os políticos no Brasil. Cada dia com a inteligência mais pura.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Os cubanos e o "Mais Médicos"




Ontem voltei ao programa Mais Médicos, mesmo que tenha ido ao médico, para exame de rotina. Ontem escrevia sobre a minha suspeita de que toda esta pressa para aprovar o programa, inclusive pela sua baixa aceitação entre os médicos brasileiros, seria para colocar em prática os objetivos ocultos de trazer médicos cubanos (e estudantes brasileiros de medicina em Cuba).

Já hoje, tomei conhecimento de um texto de um médico cubano, naturalizado brasileiro, que com conhecimento de causa, coloca os riscos de trazer profissionais daquele país para cuidar dos brasileiros, sem os devidos testes exigidos. Leiam o texto do Dr. Juan López Linares, publicado no Jornal da USP (Online) em 04.07.2013, e eu voltarei depois, com alguns comentários.

“A proposta da importação de médicos cubanos parece não ser de contratos individuais com eles e sim um “pacote” em que um dos contratantes seria o governo cubano. Isso significa, na prática, que mais de 50% do salário pago pelas autoridades brasileiras aos galenos iria não para o bolso deles, e sim para alimentar a ditadura cubana.

Essa situação já acontece em menor escala no Brasil e em maior escala em outros países como a Venezuela.

Nesse tipo de contrato do governo cubano, os médicos não têm as liberdades usuais dos profissionais do Brasil. Eles não são autorizados a viajar, participar de congressos ou fazer manifestações políticas contra o sistema de saúde do Brasil e muito menos de Cuba. Qualquer desvio no cumprimento desse “pacto de bom comportamento” implica o retorno imediato do médico a Cuba e outras represálias posteriores.

A experiência mostra que uma parte não desprezível dos médicos termina “fugindo” dessa situação mediante o casamento com um cidadão local ou a emigração para um terceiro país.
Para a grande maioria dos médicos cubanos, viajar para trabalhar em outro país (mesmo nos países mais pobres da África) é um sacrifício desejável. O salário mensal de um profissional da saúde em Cuba não supera os R$ 100,00. Mais de seis vezes abaixo do salário-mínimo brasileiro. Mesmo no caso em que o governo brasileiro pagasse um décimo do que paga a um análogo local, ainda assim haveria uma infinidade de galenos cubanos interessados.

Quanto à qualidade, existem em Cuba, como em quase todos os países, médicos excelentes e médicos ruins. Talvez o diferencial seja quanto ao número. Quando eu fiz as provas do vestibular para entrar na universidade em Havana, a carreira menos concorrida era a de medicina. Os candidatos que queriam garantir não ficar fora da universidade colocavam medicina como última opção (ao contrário do que acontece no Brasil e em boa parte do mundo). Isso foi resultado de uma política populista da ditadura, a formação de médicos em grandes quantidades.

Todo professor sabe que não é a mesma coisa ministrar uma aula para 20 estudantes e para 50. Considerando os custos da educação médica e o nível de vida paupérrimo em Cuba, não é de estranhar que a qualidade, em média, tenha sido comprometida pela quantidade dos mesmos.

Entendo que os Conselhos de Medicina brasileiros possam se sentir ameaçados diante do possível aumento da concorrência. Dou razão a eles quando exigem que os médicos cubanos não sejam tratados como exceção e passem pelas mesmas provas por que passa todo profissional formado no estrangeiro. Segundo as estatísticas do Revalida, exame atual, somente 20% dos médicos formados em Cuba (incluídos os brasileiros) passam nas provas.

Devo dizer também que a “escola latino-americana” de medicina em Cuba somente aceita, sem pagar os custos do curso, candidatos indicados pelos partidos políticos favoráveis ao regime dos Castros.

Sou a favor, sim, da vinda de médicos cubanos ou de qualquer outra parte do mundo para cuidar da saúde dos brasileiros, mas não na forma de “pacote” firmado entre governos com interesses espúrios e que restringem explícita ou implicitamente as liberdades individuais.”

Confesso minha ignorância ao dizer que fui ao dicionário para saber o que era “galeno” e descobri que quer dizer “qualquer médico”. Portanto, morrendo e aprendendo. E aprendendo ainda quanto uma ideologia política pode levar um país à pobreza. E o que é pior, nós vamos na mesma direção, quando queremos resolver os problemas da saúde, fazendo nossos médicos escravos, igual aos cubanos.

Vão dizer que o autor do texto é um dissidente do regime cubano e que torce para que tudo dê errado em seu país. Eu pergunto aos meus leitores de boa vontade: O texto do Dr. Juan transpira ódio a Cuba ou aos seus caquéticos dirigentes? Para mim é só uma alerta aos nossos caquéticos dirigentes da saúde que não é com autoritarismo que se resolve os problemas da saúde, mas, com seriedade, honestidade e trabalho desprovidos de ideologias capengas e apego exagerado ao poder.

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P. S.: Estou com uma viagem em vista na próxima semana. Se não comparecer aqui em meu blog, caros meus leitores, não temam, minha intenção é voltar logo. Para onde irei não tem nem boa conexão nem bons médicos. A culpa disto não é dos médicos. Garanto.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Voltando ao "Mais Médicos", com menos médicos




Ontem li na blogaria pela qual rondo todo dia (só sei fazer destas rimas inconvenientes) que a presidenta já conquistou a “base alugada” no Congresso, através da liberação de emendas parlamentares, para que ela vote “sim” na MP que lançou o programa Mais Médicos no país. E, eu, que já não levo muito em  boa conta este nosso parlamento, perdi as esperanças de que se evitasse, através dele, um incentivo à volta da escravidão para uma categoria profissional.

Ora, dirão os áulicos de plantão, só se inscreve no programa quem quer, e, portanto, está se vivendo em plena liberdade. Tudo bem, se não tivessem sido levantadas suspeitas, como as que vi o presidente do Conselho Federal de Medicina declarar, que algumas inscrições legítimas estão sendo refugadas pelo sistema do Ministério da Saúde.

Então, a mosca, que estava atrás de minha orelha, começou a me incomodar. Isto porque acompanho o Padilha há muito mais tempo, que é um médico especialista em “atenção básica” a políticos paulista para cacifar sua candidatura ao governo de São Paulo. E desde muito, junto com seus “companheiros” sua intenção básica era ajudar o governo cubano a obter dólares no envio dos seus médicos escravos, dos quais cobra 90% do que eles recebem. Logo, ao mesmo tempo que lançaria um programa de impacto, cumpriria a meta de governo de ajudar à ditadura cubana, cujo objetivo hoje é apenas deixar o Fidel morrer sem acabar como o Zé Dirceu dentro de uma cela, ou, no “paredón”.

Quando houve uma grande reação à ideia da vinda dos cubanos, e com a pressão das ruas, a Dilma, sem nenhuma proposta para enfrentá-la lança o Mais Médicos, que é uma forma autoritária e burra para resolver um problema sério, que é a falta de médicos em algumas regiões do país. E é neste ponto que gosto do Ciro “Boca Suja” Gomes quando ele diz que “ele [o programa] veio de uma equipe de quinta categoria que ela tem e que aproveitaram e diz: o que é pode se dizer prá negrada?” (Reproduzo o vídeo abaixo, o que já tinha feito aqui). No entanto, penso que, o objetivo maior ainda era trazer os cubanos, e parece que vão conseguir. Veja um trecho de um informativo do Ministério da Saúde:

“ESTRANGEIROS – Como definido desde o lançamento do programa os brasileiros têm prioridade no preenchimento dos postos apontados. As vagas remanescentes serão oferecidas primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e em seguida aos estrangeiros.  Durante a primeira etapa de inscrições, 1.920 candidatos com registro profissional de 61 países manifestaram interesse em participar do programa.

Até quinta-feira (8), os médicos que se formaram no exterior terão que selecionar os municípios com vagas não ocupadas por brasileiros e apresentar os documentos exigidos nos postos consulares. Do dia 10 a 12, os candidatos que cumprirem estas etapas devem homologar a escolha do município onde vão atuar. A lista com os médicos e respectivos locais de atuação será divulgada no dia 13 e após essa data eles poderão se encaminhar às embaixadas para solicitar a emissão do visto.

 Em setembro, após chegada no Brasil, esses profissionais devem iniciar o primeiro módulo da especialização em Atenção Básica em instituições de ensino do Brasil. Serão três semanas de aulas com carga horária de 120 horas, em que passarão por avaliação e curso sobre a rede pública de saúde e língua portuguesa. Em caso de reprovação, o médico será imediatamente desligado do programa.”

Vejam que a prioridade é para os brasileiros que cursaram Medicina no exterior (Cuba, por exemplo) e espera-se que num curso de três semanas, eles estejam aptos para cuidar dos nossos pobres. Em caso de reprovação o médico será desligado do programa. Vocês acreditam que haverá algum desligamento? A nota diz que 61 países tem candidatos interessados, então não é só para cubanos. E você acreditam que um iraniano, chinês ou coreano aprenderá português em três semanas, para se comunicar com os brasileiros doentes? Eu até já imagino o possível diálogo:

Doutor: **@@@$$%%%!!*&&&&&&&&&?

Paciente: Tou cum dor de barriga, doutor.

Doutor: (Pegando uma caixa de remédio amostra grátis) !@@!$#%@&&&&&”####!

E o paciente saiu satisfeito com o atendimento levando no bolso sua caixa de remédio. Pela teoria dos placebos, ele, ficará bom e elogiará o médico. Os outros que morreram da consulta foi porque Deus quis.


Eu penso ainda que este programa é algo, não para inglês ver, e sim para cubano ver. Pois serão os únicos que, como escravos, que já são aceitarão suas condições. E concluo dos comunicados do Padilha que sempre bate na tecla de que a prioridade é para brasileiros, e pela baixa demanda (verdadeira ou criada?) eles vão se voltar para os estrangeiros e cubanos. Mas, como uma otimista inveterada, mas, não doida, espero para ver.



P. S.: Já escrito o texto anterior, já li hoje que a formação de uma comissão para apreciar a MP do Mais Médicos foi adiada pelo desinteresse da "base alugada". Ou seja, a medida tem tantos problemas que nem a o Planalto está conseguindo pagar pela sua aprovação. Enquanto isto o Padilha apressa a turma para trazer os estrangeiros, se não vierem, então, tremam, lá vem os cubanos.