terça-feira, 16 de agosto de 2011

A GAZETA 293 - O Cícero ranzinza




Eu não conheço o colunista da A GAZETA Cícero Ranzi. Já escrevi antes, ainda no Blog da CIT (oh! Que  saudade!), sobre algumas de suas matérias. Nesta onda acusações impertinentes sobre anônimos e pseudônimos eu até imagino que ele poderia ser mais um pseudônimo no Zé Carlos, afinal de contas, brevemente este vai ser acusado de escrever a Carta aos Brasileiros, do apedeuta. Deus o livre!

Voltando ao Cícero e já pedindo desculpas por minhas jocosidades, eu até devo um comentário sobre um texto dele, que não sei mais onde está pois o exemplar do jornal que Luis Clério manda prá nós era rotativo, passava de mão em mão na CIT. Era sobre a surra do vereador, mas, depois eu procuro. Por hoje o que comentarei é o seu artigo “Os riscos da eleição de 2012”. Como Luis Clério ainda não entrou na era digital, eu tenho que digitar um pouco. Até que é bom relembrar minha datilografia da Escola Pratt, e tentarei bater como o amigo de fé, o Diácono Di, sem erros.

Eu tenho alguma informação sobre o processo político em Bom Conselho (quem quiser me enviar informações use meu novo e-mail: lucinhapeixoto2012@gmail.com ), que vem de minhas fontes, das quais mantenho sigilo absoluto, quando me requerem, como deve fazer qualquer profissional de minha área jornalística. Não estranhem, hoje todos somos jornalistas, graças a Deus acabou aquele inferno de diploma que era mais uma de nossa cultura corporativista. E eu sei que a Mamãe Juju, ainda não conseguiu se recuperar do baque da renúncia Porcina. Entretanto, isto ser falado com todas as letras como fala o Cícero, eu nunca tinha recebido. Vejam prá começar:

“Em Bom Conselho a oposição já dá por certa a desistência da Prefeita Judith em concorrer à reeleição no próximo ano. O fato se dá por causa da alta rejeição que enfrenta e da falta de acertos no governo.”

Nem eu sabia que a rejeição era tanta, mas, o Cícero, com certeza está mais perto dos fatos do que eu, apesar das minhas fontes. Mas, deixemos a ele uma bela análise política, quando ele indaga, e se isto acontecer? Isto é, se a Mamãe Juju tiver a sensatez de não querer continuar, o que irá ocorrer?

“Um grupo de oposição terá candidatura própria, um grupo dos independentes também, um grupo dos aventureiros e provavelmente um grupo de órfãos. Órfãos porque se a Prefeita não concorrer pessoalmente à reeleição, mais lógico ainda é prever que ela não arriscando nela própria não vá arriscar em outro, então o grupo hoje que se encontra na situação, pelo uso da máquina em seu benefício pessoal nesses anos poderá encorajar-se a concorrer à vaga a ser herdada no Executivo.”

Faz sentido se o articulista estiver nomeando órfãos os que hoje cercam ainda a Prefeita, o que já são poucos. Mas, deixemos o Cícero Ranzi, ser mais ranzinza ainda.

“Uma coisa é certa, se a Prefeita não concorrer, não apoiar candidaturas, nem fizer uso da máquina em benefício de ninguém, certamente não criará desafetos e qualquer um que sucedê-la não a terá como inimiga, pois entenderá que a Prefeita agiu com isonomia e seus sonos serão mais tranquilos. Se pelo contrário, apoiar abertamente uma candidatura ou deixar a máquina pública ser usada para tal, estará  correndo um sério risco de ter problemas futuros e noites sem sono à base de muito remédio.”

E neste ponto o Cícero coloca o processo político de Bom Conselho no centro de um caldeirão cheio de vampiros, um querendo chupar o sangue do outro. Se eu fosse politicamente correta todo tempo eu diria que foi um exagero na análise. Não sou, pelo que já observei em nossa política no passado. Não tínhamos somente o Bento Carneiro, tínhamos Justo Veríssimo, o Odorico Paraguaçu, e até o Popó. E é possível que, se a oposição vencer as eleições (agora eu digo, Deus permita!), possa haver uma tentativa de “vingança maligna”. Eu não desejo isto para Bom Conselho e por isso ainda não escolhi meu candidato, apesar de já saber que não será a Mamãe Juju nem nenhum órfão e, rogo ao Senhor, para que não seja um aventureiro. Voltemos ao Cícero:

E se a Prefeita decidir concorrer à reeleição? Aí a coisa muda de figura e possivelmente teremos três grupos disputando. O grupo da Prefeita, o grupo dos “todos contra a Prefeita” tentando a eleição e o grupo dos aventureiros que não vai a lugar algum.”

Sua análise seria perfeita quando aventa a ideia de que a oposição em Bom Conselho não se unem “nem no câncer”, se houvesse menos gente que até pouco tempo era da situação e agora não quer ver a Mamãe Juju nem pintada de ouro. Eu penso que até o próximo ano, com a crise que vem aí, com a diminuição maior de verbas para os municípios, a oposição nunca teve tanta chance. Eu diria que para reverter este quadro seria preciso um Forróbom, tão bom, mas, tão bom, que só seria possível com a presença do Luiz Gonzaga. Principalmente, quando sabemos o que aconteceu no último.

Mas, numa coisa o Cícero está certo. É sua conclusão de fundo histórico, que apoio de vereador antes das eleições não ganha eleições, em nossa terra. Eu não me lembro se já houve alguma legislatura em Bom Conselho, onde o Palácio do Coronel fosse para um canto e o a Casa Dantas Barreto fosse para outro. Aliás, isto é verdade até para o Congresso Nacional, nos últimos tempos. Mas, quem sabe?

E se ele tiver razão quando afirma que “quando o povo não quer, pode pintar de ouro que não encanta”, podem ficar certos que não haverá surpresa em 2012, pois nem a Prefeita tentará a reeleição nem os órfãos as ganharão. O que devemos evitar são os aventureiros, sejam eles do passado ou do presente.

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