terça-feira, 9 de agosto de 2011

O Velho, o Menino e o Burro






Não sei se todos os meus leitores são tão idosos (não exagerem) quanto eu pra lembrar aquela estória do velho, do menino e do burro, que era uma apologia ao ato de se esquecer determinadas críticas. Só para lembrar um pouquinho, em resumo, todas as posições em que se encontrassem os três protagonistas da estória, sempre o povo falava. E o velho, numa atitude de experiência diz para o menino: “Agora só falta nós carregarmos o burro nas costas”.

Hoje, como sempre faço, fui na página da AGD (cada dia melhor) “Deu nos Blogs” e encontrei uma chamada para o blog do Timotinho Cabral, o Terrível, oferecendo um artigo do Sr. Ccsta, também conhecido nos blogs de Garanhuns, como o Velhinho de Taubaté, sobre “Anonimato da Internet”.

Eu já havia lido muito a respeito, desde do tempo em que o Diretor Presidente, tentava justificar seu anonimato em textos do Blog da CIT, sob pressão de pessoas que só sabem entender ideias e o que está escrito, se a pessoa estiver em sua frente, provalmente, se houver críticas, para levar uma bofetada, ou um “sabe com quem tá falando”, ou se houver elogios, mesmo que falsos, se sentirem recompensadas pela sua mediocridade. Esta leitura não foi em vão, e nem foram as que fiz dos textos que o Zé Carlos vem publicando na AGD, tentando ilustrar o tema que será o principal do II Encontro de Blogueiros de Bom Conselho.

A esta altura todos já sabem de todos os motivos porque eu hoje, estou em meu blog particular, porque o Zezinho de Caetés está na AGD, porque o Jameson está em seu Cantinho lá também, e porque (talvez alguns não saibam) o Diretor Presidente vive feito judeu errante procurando algo para fazer, pois não quer deixar sua pseudonímia. Tudo isto foi muito triste e foi fruto da maldade e da irresponsabilidade do Timotinho, o terrível, a quem um dia admirei, que o Zé Carlos, com sua bondade interpretou como tendo sido uma atitude onde não havia mal intenção, e que digo, ele (o Zé Carlos) estava errado. Numa postagem anterior ele (o Timotinho) proclama o seu aniversário, 23 anos, e que vai se formar em Medicina. Sempre me disseram que a UPE é pior do que a UFPE para formação de médicos, e só agora eu começo a acreditar de verdade nisto. Pois a pessoa que comete um ato de tentar eliminar pessoas que nunca lhe fizeram mal, usando de argumentos falsos, baseados em  conhecimentos fajutos da internet, é difícil, e Deus queira que eu minta, ser um bom médico.

Quis ainda o destino que o Timotinho tenha nascido no mesmo mês que eu, embora só amanhã completo anos (quantos não vem ao caso). Ele agradece os parabéns de todos, que eu já suponha quem são: A Mamãe Juju e o Sr. Ccsta.

Deixemos o Timotinho de lado, o menino, que não é mais meu, e entremos no que escreveu o Sr. Ccsta, o Velhinho de Taubaté. E volta a estória do velho, do menino e do burro. Nesta nova versão, o Menino contratou o Velho para enganar o Burro. O Menino todos já sabem quem é, o Velho também, e o Burro, agora, é o povo de Bom Conselho. Pois, será impossível não fazer parte de um plano de enganação, tanta asneira que se viu escrita pelo Menino, sobre internet, já mostradas no finado Blog da CIT, pelo Jameson e pelo Diretor Presidente, e depois do depoimento de pessoas isentas, ainda não tenha havido desculpas públicas do Timotinho por elas. Ele é o Terrível mesmo.

Li o texto, e eu mesmo mesmo o poderia ter escrito. É o maior conjunto de obviedades por centímetro quadrado de tela da história deste país. Ele começa citando o Boileau, ou Nicolas Boileau, que está na internet ofertando frases para medíocres começarem a escrever:

“O que se concebe bem, enuncia-se claramente. E as palavras para dizê-lo chegam com facilidade.” (Boileau, escritor.)

Mas, poderia começar com qualquer uma das seguintes, do mesmo autor:

A ignorância está sempre pronta a admirar-se a si própria

“Para parecer um homem honesto, é preciso sê-lo.”

“Um néscio encontra sempre outro maior que o admira.”

“A prova de que ele nunca foi meu médico é que ainda estou com vida.”

“Antes de escrever, aprenda a pensar.”

“"Um idiota sempre encontra outro idiota ainda maior para admirá-lo

E por aí vai do conjunto de centenas de frases. O restante do texto faria corar qualquer advogado que passou no exame da OAB, não pela inexatidão, mas, pela obviedade do que é dito. Além de tentar definir pedofilia discordando do nome, vejam a seguinte pérola:

Isso nos leva à certeza de que os criminosos da internet vão continuar deitando e rolando, à sombra do anonimato ou dos pseudônimos falsificados. – Note-se que quem escreve na imprensa tem nome e sobrenome; RG e CIC (MF). – Quem quiser processar os jornalistas Zé Simão, Clóvis Rossi etc., sabe onde encontrá-los. De igual modo, se alguém se sentir caluniado por Geraldo Freire ou por Roberto Almeida tem a certeza de que eles serão intimados pelos agentes públicos que tenham poderes para tanto. – E quanto aos estelionatários e difamadores cevados no mundo virtual? Refiro-me, especialmente, aos “escritores” e comentaristas de blogs, twitteres e afins!

Ela talvez esteja se dirigindo a alguém que não tem RG e nem CIC, e não conheço ninguém que não os tenha, portanto está falando de ninguém. O que sei é que alguns o tem falsificados e os usam para abrir contas falsas e roubar o dinheiro público, mas sem documento eu não conheço. Esta seria uma boa piada para a coluna do Zé Simão. Aliás, tem gente que se jacta de ter um RG e um CPF, mas não o estampa em seu blogs e em suas mensagens. Por que? Resposta simples e muito simples. Porque preferem se manter anônimos dos ladrões e exploradores da bondade alheia. Este é um motivo, apenas unzinho, para se manter anônimo. E, embora eu não adote este expediente, defendo com unhas e dentes o Diretor Presidente em usá-lo.

Quando não diz obviedades o Sr. Ccsta cai em contradição. Ao mesmo tempo que ele diz que nenhum juiz julga crimes da internet, cita o caso do Google que foi condenado a pagar R$ 12.000, 00 a um família. Foi condenado por quem oh nobre causídico? Pelo rei Timotinho Cabral é que não foi. Foi pela justiça brasileira e há um braço do Google brasileiro que deve pagar à família.

O nobre defensor daqueles que confessaram que rastreiaram IPs, e que poderiam serem processados por invasão de privacidade, fala em escárnio. Escárnio mesmo é falar da internet sem saber o que está falando. O nobre defensor deveria entrar nas redes sociais, estudar o meio onde se expressa hoje, se modernizar para que a pessoa que defende não seja condenada a contratar outro advogado ou um defensor público.

Eu adoraria ir para o Encontro de Blogueiros em Bom Conselho, mas não posso. Mais por motivos pessoais do que aquele de temer represálias do Timotinho à minha pessoa, por está lutando por minha existência, pois sei que muitos me apóiam em Bom Conselho, onde temos ainda homens bons e sensíveis e mulheres fortes e justas, como eu, um dia, já considerei a Mamãe Juju. Meu medo diminuiria muito se soubesse que ela contralaria o Timotinho, mas penso, com suas atitudes, isto está fora de cogitação.

Quanto ao artigo do Sr. Ccsta, ele tem razão num ponto. Nossa leis para internet são quase inexistentes e precisam existir, mas feitas por pessoas que entendam o que saibam com estão lidando e não para aparecerem como salvadores da pátria, na própria internet, e jogando o bebê junto com a água do banho (desculpem o lugar comum). Se não for assim, fiquemos com o código e com as leis que o Sr. Ccsta conhece que realmente deve ser de antes de 1940.

Eu ainda tinha muito a dizer, mas mesmo para os meus padrões de prolixidade, já está demais por hoje. Mas, eu volto, no tempo normal ou em edição extraordinária.

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