quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A ESTABILIDADE FINANCEIRA: Dandan deu um tiro no pé?


Reunião de ontem na Casa de Dantas Barreto. (Foto do Tiago Padilha)


Hoje eu tinha muitos assuntos para escrever sobre. No entanto, como bom-conselhense da gema, não posso deixar passar o que se passou ontem na Casa de Dantas Barreto. Eu vi parte dela ao vivo e até fiz alguns comentários no Mural da AGD. Ao reproduzir alguns deles é porque eles estão soterrados por uma enxurradas de recados que nunca tinha vista na história deste país. Isto é uma prova de que Bom Conselho ainda respira política por todos os poros, igualzinho nos tempo do Coronel, embora com um pouco mais de liberdade. Inclusive para reclamar da falta dela, como o fazem alguns recadistas sobre perseguições a servidores, etc. etc.

Foi uma sessão de casa cheia, e eu fiquei alegre. O povo participando das sessões da Casa do Povo de nossa cidade. Até que começaram a espocar os recados de alguns que diziam ter o Dandan enviado, logo cedo, uma leva de muitos funcionários a seu favor para evitar que os professores que vinham em passeata adentrassem no recinto. Eu não posso dizer, com a minha distância regulamentar, ditada pelas perseguições à minha pessoa, que isto era verdade. Como eu diria na linguagem jurídica, ou em juridiquês, eu penso ter sido verdade, pelo que vi depois, a partir dos indícios, e não com provas. A plateia era toda favorável ao prefeito. É como se no Estádio Mané Garrincha todos aplaudissem a Dilma, sem nenhuma vaia sequer. Eu fiquei possessa, não pelo que se debatia mas pelo comportamento da grande plateia que parecia torcer por um lado só.

Mas, deixa isto para lá apenas como fatos coadjuvantes da sessão que teve seus pontos altos principalmente naquilo que não estava previsto. Embora sempre me chame a atenção o grau de concordância entre os vereadores quanto as suas indicações, o que, para mim, demonstra o nível de despolitização na câmara.

O grande feito do Dandinho (como chamo carinhosamente o presidente da câmara) em sua gestão foi transmitir ao vivo as sessões da Casa de Dantas Barreto, e por isso eu o parabenizo, pois deu a mim e ao povo um meio de descobrir o que os nossos edis fazem. E muitas vezes, o que eles fazem não é bom, com em qualquer lugar, a não ser nas Igrejas, e olhe lá, pois de vez em quando o Padre Alfredo reclamava do comportamento do Coronel Zé Abílio.

Hoje, quando o presidente diz: “Aqueles que estão de acordo permaneçam sentados e aqueles que são contra, levantem e justifiquem”, eu nunca vi ninguém se levantar. E aqui vai uma sugestão de mulher que está fora de forma e que proporar isto, a partir de 2016, para entrar em fisicamente em forma. A frase deveria ser modificada para “Aqueles que são contra permaneçam sentados e aqueles que são a favor levantem e justifiquem”. Tenho certeza dentro de 3 ou 4 sessões o vereador Neto emagreceria alguns quilinhos e as minhas colegas entrariam numa melhor forma.

Jocosidades à parte, o nível de concordância é mais alto do que em comício de Lula na sede do PT. Mas, fora as matérias corriqueiras de indicações, houve algumas discordâncias que embora por coisas não muito importantes, mas, revelam algumas diferenças de pensamento. Quando levantou o ponto de que o Dandinho teria errado, ao dizer que na semana passada não houve reunião por causa da ida das vereadoras a um congresso, a vereadora Ivete parecia com razão. E penso que o Dandinho não respondeu bem à crítica pertinente e apelou para fatos passados sobre diárias, que apesar de poderem ser verdadeiros, não era o momento para neles tocar. E o pior de tudo é que ele encerrou a reunião de uma forma não condizente com a liturgia do cargo. Quando um vereador (que não sei quem foi) tentou tomar as dores da vereadora Ivete, a transmissão foi cortada. Só pode ter sido pelo assessor de comunicações do Dandinho, que só atualiza o site da câmara em dia de reunião, e nos privou do restante da discussão.

No entanto, o melhor que aconteceu ontem foi o “debate” (e coloco entre aspas porque não foi propriamente um debate) entre os advogados. De um lado o Dr. Renato Curvelo, pela aparência, um peso mais pesado do que seu oponente o Dr. Vítor Pereira, lutaram, um longe do outro, infelizmente, sobre a questão da estabilidade dos servidores. O que notei foi que todo o público presente torcia pelo Dr. Vítor, inclusive quem deveria ser o juiz, o Dandinho.

Eu não tenho grandes conhecimentos jurídicos, mas, data venia, eu conheço um pouco de política e assim sendo, penso que o Dandan (que é como chamo carinhosamente o jovem prefeito de nossa terra) está, talvez forçado pelas circunstâncias, deu um tiro no pé, que não sei se poderá se recuperar nos 3 anos que faltam, já que as medidas tomadas prolongarão seus efeitos no futuro.

Pelos meus conhecimentos e pela distância, o que tenho a dizer sobre o resultado do debate eu já disse ontem no Mural da AGD, e transcrevo o recado aqui:

“Eu entendi muito bem o que o Dr. Renato quis dizer na sessão da câmara. Como leiga e povo entendi o seguinte: Vai haver prejuízos financeiros para algumas pessoas ao cair a estabilidade financeira. Isto poderia ser evitado, dentro da lei, se o Dandan quisesse. Entendi também o advogado da prefeitura, Vitor Pereira (se não me engano), quando ele disse que o Dandan está fazendo isto por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, e ficou bem claro a situação de quase calamidade das finanças municipais, a partir do depoimento dele. Chegou até a fazer uma pergunta interessante: Por que os prefeitos de Bom Conselho não se reelegem? E explica: Por causa do aperto orçamentário. Então fiquem tranquilos porque a dedução é óbvia: O Dandan também não se reelegerá. Eu só não entendo como uma administração tão pujante como mostram os sites e blogueiros camaradas pode estar passando por uma situação tão ruim como a exposta pelo Dr. Vitor. Digo como o macaco: Eu só queria entender!”

O que gostaria que tivesse havido era um verdadeiro debate entre os dois, com exemplos para a plebe ignara, em que me incluo, sobre estas tecnicalidades jurídicas. O Dr. Renato eu já conheço de outros temas, e é brilhante. O Dr. Vítor, só pelas suas palavras me pareceu sincero mas incompleto.


Mas, diante do que entendi só posso dizer: “ao vencedor as batatas”, e que elas não sejam empurradas quentes, goela abaixo, no povo, já que agora tudo é um fato consumado.

Um comentário:

  1. so keru ver se o kerinho daki as mais um ano ainda é quiridinho do povo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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