O que haveria nesta seringa? |
Hoje eu tenho um bando de assuntos para escrever aqui em meu
blog, pois estou chegando de uma conexão ruim e eles se acumularam. Indo agora
nas redes sociais, surgiu mais um a que dei prioridade pois, o meu conterrâneo
Carlos Sena, pelo grande escritor que é, deixou para trás até o que iria
escrever sobre o texto do Zetinho lá na A Gazeta Digital, sobre o nossa
Academia Bom-conselhense de Letras.
Todavia, foi bom este achado no Facebook, pois me dá tempo
de respirar antes de entrar nos outros assuntos, porque publico uma postagem do
Carlos, lá, que tem como texto de abertura o seguinte: “Parece que foi ontem: Só pra contrariar Lucinha Peixoto...”. Eu
fiquei tão lisonjeada que não resisti em transcrever aqui seu texto e logo
abaixo o que lá escrevi com uma pequena modificação que não altera o sentido. Deixei
até em forma de quadrado ou retângulo com se escreve naquela rede social.
Acho que vale a pena iniciar a semana falando do programa
Mais Médicos mesmo sem saber se as cubanas Nancys, já receberam seus registros
para trabalharem e se já nomearam seu tutor médico, como é previsto pelas
nossas leis. Espero que elas estejam bem e que façam pelos nossos pobres, pelo
menos o que nosso saudoso Joaldi fazia no Posto da Higiene. Isto é, se o posto
de saúde dos distritos para onde elas foram tiverem condições iguais a daquele
posto, que foi tão útil aos bom-conselhenses. Vacinei-me contra bexiga lá.
Agora fiquem com nosso diálogo, sincero e amigo,
infelizmente, sem beijos:
“Parece que foi
ontem. Só pra contrariar Lucinha Peixoto...
O MINISTRO MINISTRO
POR CARLOS SENA
Hoje eu me encontrei
com o Ministro Padilha na frente do Ministério. Ele desviou seu trajeto e veio
me cumprimentar, mas pra mim não foi surpresa. O nosso Ministro é grande também
por gestos nobres. Ele, simplesmente não se esqueceu de mim quando fomos diretores
na Funasa. Ele nem sonhava em ser Ministro, mas já carregava consigo esse viés
da sabedoria que os mais simples, os usuários do Sus e até os mais aquinhoados
precisam. Gente assim, como a gente. Gente que sabe que os cargos não são dele
e que um dia passarão como nos disse o poeta: "esses que estão por ai
atravancando o meu caminho, eles passarão, eu passarinho" (Mario
Quintana). Foi essa a sensação que eu tive com o abraço apertado e um beijo
fraterno no rosto, tipo o que Jô Soares dá nos convidados (mal comparando) que
levei do Padilha. Detalhe: ele se lembrou inclusive do meu nome e ainda foi
além: "Sei que vc está com Mozart". Achei isso muito digno, pois
ninguém que ocupe aquela pasta pode ser diferente, porque o SUS é um pouco
dessa compreensão e compete aos seus gestores - do mais simples ao mais
graduado, também ser simples e competente e enérgico e valente para que o SUS
se consolide como conquista cidadã das maiores que o mundo já viu. Hoje, pois,
gostaria de dar esse depoimento menos porque o Ministro me saudou efusivamente,
mas porque tem que ser assim se quiser ser autoridade pública e comprometida
com o bem público. Eu já sabia que Padilha era assim, pois que trabalhamos
juntos como dissemos. Eu só não imaginava que ele permanecesse assim diante do
poder que detém e isso só lhe faz maior e o credencia alçar vôos mais altos com
as bênçãos de Deus.”
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“Só para o Carlos Sena
não ficar contrariado
Por Lucinha Peixoto
Caro Carlos Sena, você
não me contrariou. Contrariar no sentido em que um filósofo enciclopédico,
nosso amigo no Facebook, deve ter visto na Enciclopédia Britânica, que é tentar
mostrar que eu estou errada. Eu nunca disse que o Padilha não seria seu bom
amigo e sim que, como político ele não passa de um aproveitador do momento em
que o Lula decidiu candidatá-lo a governador de São Paulo, cometendo o crime
eleitoral recorrente de fazer propaganda antecipada. Veja o que o Lula disse
sexta-feira em São Paulo: “Quero dizer pra vocês, sem ter falado de eleição,
que nós precisamos eleger o Padilha para ele ajudar a Dilma. Se ela tiver por
trás o Padilha, o Mais Médicos e o Estado de São Paulo, vai ficar muito mais
fácil a gente fazer muito mais pelo Brasil.” Caro Carlos, isto é uma desfaçatez
enorme, usar a doença dos brasileiros pobres para fins eleitorais (aliás, seria
isto uma novidade?). O Lula brinca com as leis brasileiras e usa o seu (do
Carlos) amigo Padilha para isto. Tenha dó caro conterrâneo, é preciso uma
amizade muito forte para compactuar com isto. E o seu amigo Padilha, ao
balbuciar algumas palavras disse: “O Mais Médicos é um primeiro passo para uma
grande mudança que faremos neste país. E o passo mais corajoso que um
presidente já deu.”. Ora, se este é o passo mais corajoso que um presidente já
deu, faltando 1 ano para que o PT deixe o poder depois de 11 nele, coitado de
nós, se este partido continuar no poder. Mas, pensando bem, ele parece ter
razão, porque não é toda pessoa sensata que aprova e incentiva o trabalho
escravo, ou para ser mais leve, uso o eufemismo de trabalho análogo à
escravidão, nos dias atuais. O Mais Médico nada mais é do que venda de pessoas,
que não têm culpa, como nossos escravos não tinham culpa no passado, de serem
transportados nos porões dos navios. Eu não incentivo que os detratem ou os
denigram. Eles não tem culpa. São apenas vítimas de um sistema ditatorial de um
bando de energúmenos que estão no poder por 60 anos enrolando o povo cubano. O
triste é termos um governo que os apoie, e mais triste ainda em termos um
conterrâneos que acompanha os escravos e a única coisa que faz é pedir para não
lhe colocarem a ferros quando trabalharem. Caro Carlos, eu gostaria muito que
as Nancys lá de Bom Conselho pudessem ir ao Clube dos 30 para uma festa, dessem
entrevistas aos blogs e pudessem falar de suas famílias (ou ainda melhor,
estivessem com seus familiares), além de cuidar dos doentes pobres, mas, isto
não é possível, pois se o fizerem elas voltam para Cuba ou suas famílias
sofrerão as consequências. Este tráfico de gente é incivilizado, Carlos. E,
portanto, você não me contrariou. Eu, como mais velha, apenas lhe digo que cuidado com o beijo do
Padilha, pois Judas fez o mesmo com Jesus, e você sabe o resto da história. E
ao povo brasileiro eu digo, cuidado com o beijo do PT. Neste caso, é o beijo da
morte.”
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