terça-feira, 1 de outubro de 2013

OS CAPRICHOS DE LUCINHA PEIXOTO.


Carlos Sena, nosso melhor escritor e lindo de morrer.


Por Carlos Sena (*)

Quem matou “Salomão Ayala”, da novela “O Astro”? Quem encontrou a bala que matou Getúlio? Quem sabe onde se esconderam as duas polegadas que impediram Marta Rocha de ser Miss Universo? Quem sabe o verdadeiro nome da “menina sem nome” enterrada no cemitério de Santo Amaro no Recife? Quem saberia me dizer, por exemplo, o ano em que Adão foi inspetor de quarteirão na Barra do Brejo? Nesse rol de “porquês” cabe perguntar: quem conhece Lucinha Peixoto – aquela mantenedora de um Blog e que sempre se faz presente na A GAZETA e nos diversos jornais da região do entorno bom-conselhense?

 Pois é. No final da novela O Astro, soube-se que quem matou Salomão Ayala foi seu próprio filho, mas, saber quem é Lucinha Peixoto, aí fica difícil, mesmo sabendo que isso é também quase que um folhetim paroquiano que pulula a boca miúda nas rodas e nos quadrados da terrinha.

Certo dia vi Nárima perguntando (salvo engano) se alguém saberia dizer quem é essa tal Lucinha Peixoto. Depois vi Almir fazendo igual indagação. Assim, Ademir, Marcos Padilha, Pedro Eymar e tantos outros que devem ter se feito as mesmas perguntas acerca dela – a Lucinha Chupeta, digo Peixoto. Não, capeta. Não, apenas Lucinha e seus caprichos.

Confesso quando comecei a invadir a literatura da minha terra, logo também me perguntei: quem é essa tal de Lucinha? Ninguém me disse nada, nem sequer, me deram o “C” por resposta, (pra não perder o costume). Não tive dúvidas. Perguntei a mamãe acerca. Mas, ela, do alto dos seus 84 anos, já com a mente lhe mentindo, me disse que não se lembrava de ninguém com esse nome. Depois, puxando pela memória, ela disse que conheceu uma Lucinha, mas que não devia ser essa que eu lhe perguntara. Essa, que quem se lembrara de vagamente diziam ser quenga, lá do “Café Sertanejo”. “Ah, lembrei-me de outra”, disse: no Paga Nada – uma agremiação carnavalesca famosa na cidade capitaneada por Braz, tinha uma tal de Lucinha. Era a que carregava o estandarte, mas que, também, as línguas ferinas diziam ser ela uma putinha que trabalhava em casa de família e seu melhor trabalho era “iniciar” os filhos dos patrões no sexo.

Coitada de mamãe. Ela não soube recobrar mais sua memória e nem precisava, porque Lucinha é uma invenção dela mesma por ele mesmo ou por ninguém querendo unir nada a coisa nenhuma. Confuso? Igual a Lucinha e seus caprichos. Porque mesmo sendo Lucinha uma invenção dela própria, por ele, parece-nos que ganhou vida própria – algo como o adágio de que “a mentira muitas vezes repetida vira verdade”... Por isso esse “personagem” deve meter medo até mesmo ao seu criador, tamanho é o nível de “envivecimento” que ele, o personagem, se deu.

Independente, Lucinha marca espaço na mídia e com qualidade. Destaca-se pela língua ferina e pelos seus caprichos. Ela é caprichosa, por exemplo, para meter o pau no PT até que outro partido chegue ao poder para ela de novo meter o pau. Meter o pau? Nem poderia. Meter o bedelho, aí sim. Isso ela faz com maestria e com alfinetadas de fazerem dó. Lucinha é debochada quando quer ser, mas é doce quando não quer ser. Ela sabe morder e assoprar, mais assoprar do que morder... Por quê? Por não saber sua idade, corremos o risco de dizer que ela morde sem morder, que ela corre sem correr, que ela sobe sem descer e quando desce se lasca toda, se estrebucha nos seus conceitos.

Desisti de saber dela num dia que estive na terrinha. Conversando com certo senhor importante da cidade, senti que ele quase se traiu acerca do codinome Lucinha. Depois ele tentou remendar, mas se borrou todo. Eu me fiz de coveiro para comer o “C” do defunto e parece que consegui. Mas, mesmo assim, não me aprouve botar a boca no trombone acerca dela, a Lucinha linguaruda e cheia de caprichos. Preferi entender que ela é do Bem. Disso não se pode negar. E escreve bem. E ama nossa terra e estrutura conceitos políticos com desenvoltura. Nesse estado de coisas, prefiro compreender que se esconder num codinome é muito natural na vida no geral e na literatura em particular. Por que não com ela, a nossa Lucinha – blogueira e defensora perpétua do PAPACAGAY que nunca acontece; divulgadora do forró no beco e instigante crítica do nosso prefeito a quem ela chama de DANDAN. Lucinha é isso mesmo e não adianta transformá-la em novela para ver se um dia ela aparece no seu final. Porque Lucinha é ela sem ser. É ele sendo como é – meio arrependida de ser sem nunca ter sido – algo como a saga da viúva Porcina. Lembram? Por cima é o que ela gosta de sempre ser e estar.

Hoje, mesmo achando que sei quem foi o seu inventor, nem me sento tentado a dizer quem seja a minha suposição, porque Lucinha só não tem corpo, mas tem alma. Pode até não ter coração, mas tem ação. Não tem marido, ou tem? Não tem o mote, mas tem o trem. Não tem cavalo, mas, tem galope, não tem um homem, mas, deseja um bofe. Não gosta de uva, mas detesta Cuba. Não gosta de peixe, mas se pudesse comia o Lula...

Assim na rima rica, Nárima fica com a ilusão de Lucinha. Almir, Marcos, Pedro, Ademir, todos, Lucinham, porque ela é verbo, intransitiva, mas verbo. Não de ligação, mas irregular na singularidade dos seus plurais metamorforseantes, Platão que lhe diga e Freud que nos explique todas as razões de viver sem dar a cara a tapa, ou a bofete, no linguajar local.

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(*) Publicado no Facebook em 28.09.2013. Eu não costumava publicar o Carlos Sena aqui no meu espaço. O motivo é que sei que daqui a alguns dias ele vai ser publicado lá na AGD. Aliás, o Zé Carlos deveria atualizar seus escritos por lá. Eu os leio antes no Facebook. Não gosto muito porque naquela rede social os textos saem quadrados.

Que desculpe o Carlos, que o Almir (a quem não conheço, mas soube através de alguém que ele é índio, e disse isto apenas declarar que ser engenheiro é melhor do que ser índio e eu não concordo mesmo, achando de uma tremenda mediocridade, este tipo de comparação) chama carinhosamente de Carlinhos, como eu chamo o jovem prefeito de Dandan, porque transformei seu texto de uma quadratura para uma retangularidade e corrigi alguns mínimos errinhos de grafia que normalmente cometemos naquela rede social quadrada.

Eu, como quase tudo que o Carlinhos (como agora carinhosamente e em agradecimento passarei a chamá-lo) escreve, adorei. Ele é um mágico com as palavras. E ele era dos poucos que nunca perguntavam quem era eu, lá em Bom Conselho. Desde o Pedro Feliciano Piston, passando pela minha amiga Nárriman, e chegando ao Jodeval Duarte, quase todo mundo está doido para me conhecer. Quem me acompanha sempre sabe porque eu hoje estou, como Lula, uma verdadeira metamorfose ambulante pelas ameaças à minha pessoa. E com o tempo eu até me habituei. Antes quando duvidavam de minha existência eu virava uma fera. Hoje não mais.

Já disseram que eu era o Luiz Clério, o Dr. Renato, o Zé Arnaldo, o Zé Carlos, o Zezinho de Caetés, o Rafael Brasil, a Eliúde Vilella, o Padre Nelson, e muitas outras pessoas, que admiro e agora apenas me sinto lisonjeada e toda pimpona com as insinuações. Nunca me disseram que eu fosse o Carlinhos e eu não sei o porquê. E hoje jamais dirão, quando ele próprio escreve um texto magistral para duvidar de minha existência. E por que?

Por um motivo muito simples. Eu discordei do programa Mais Médicos, que ele pensava que ao escrever sobre, os bom-conselhenses iriam adorar tanto ou mais quanto os pobres dos distritos vão adorar as escravas cubanas, porque estão enganados. E quando eu dizia e repito, que foi um programa feito com fins eleitoreiros, colocando em risco nossa soberania, diante de um regime ditatorial, para eleger o Alexandre Padilha, amigo “oscular” do Carlinhos, então, infelizmente, ele caiu na vala comum dos outros que já repetiram isto de alguma forma por muitos e muitos anos.

Ou seja, Lucinha Chupeta, como Carlinhos agora me chama (existem outros apelidos: A coisa, Lucinha Televisão, etc, que apenas me fazem rir), quando falava algo que era verdade sobre alguém, e este alguém estava tentando escondê-lo, ao invés de explicarem suas inverdades, diziam logo: Lucinha é fulano, beltrano, sicrano. Eu ficava possessa e isto só levava a que mais pessoas, quando, sentindo-se nus, diante dos fatos verdadeiros, repetissem a mesma ladainha.

Foi um tal de procurar IP, codinomes, minha idade (o único segredo que mantenho a sete chaves) que chegaram a fazer encontros de blogueiros para descobrirem a minha identidade. E a ironia do destino, é que estava de malas prontas para ir a um desses encontros em Bom Conselho, quando recebi ameaças de ser quebrada de pau por um tal de Xico Pitomba, funcionário de um blogueiro muito conhecido em Arapiraca. Agora, pelo que parece, não é só o Xico que quer me ver pelas costas. Mas, aqueles que querem isto, sabem porque estão querendo. O meu primeiro projeto de que um vereador em nossa terra deve ganhar apenas um salário mínimo, deu vida a muitos Xicos Pitombas.

Depois veio o Dr. Filhinho, que ao pensar que iria fazer críticas ao governo de sua mãezinha, elevou o Zé Carlos à categoria de gênio da raça, dizendo que ele não seria apenas eu, mas, escrevia por mais umas 200 pessoas. Até a Maria Caliel, aquele doce criatura e excelente escritora, ficou estupefata. O castigo veio a cavalo. Hoje ele está lá no Hospital do Açúcar tentando dizer que a Mamãe Juju (este epíteto não foi criado por mim, mas, por um grande amigo do Dr. Filhinho na época, o Bardo de Arapiraca), descumpriu menos a Lei de Responsabilidade Fiscal do que o Dandan. E parece que foi mesmo. Então ela terá direito a uma pena menor e portanto não precisará nem de um embargo infringente. Já o Dandan.... Mas, isto é assunto para depois.

Depois veio o Pedro Feliciano Piston, porque eu disse que ele tinha feito muitas bobagens com o Encontro de Papacaceiros, o que foi depois comprovado pela prática da festa. Hoje é Encontro de Bom-conselhenses e reúne  um piston e quatro tamboris, alguns dançantes. O epíteto de Feliciano foi porque ele não quis apenas contestar minha existência, mas, porque mostrou sua homofobia ao achar que o Zé Carlos era gay (e, confesso, se for, para mim, não tem importância nenhuma) porque tinha um pseudônimo mulher. Meu Deus, quanta aleivosia, além da homofobia.

E a vida foi passando e eu não estou aqui para fazer minha biografia não autorizada, no momento, mas, continuo firme com este meu blog que, pela audiência de quem sabe ler, justifica o seu subtítulo de um Blog do Povo, pelo Povo e para o Povo, de Bom Conselho. E cada dia mais conhecido dos meus potenciais eleitores. Então, se um dia quiserem, por motivos justos, e com bons argumentos me verem fora dos meus CAPRICHOS de ocupar um lugar na Casa de Dantas Barreto, critiquem o que escrevo e não duvidem de minha existência. Porque se duvidam, logo existo! E cada vez mais forte.


Preciso parar porque posso ter uma recaída na minha prolixidade doentia. Mas, quem mandou deixar o twitter? Era um bom remédio, mas, não me adaptei. Mas. ,eis leitores gostam de ler, graças a Deus. (LP)

Um comentário:

  1. a prefeitura de bom conselho mais uma veis na frete da noticia, pois a casa de paio do recife não funciona no sambando e né domingo ai fico a mi pergunta por que não funciona pois e o dia quer as pessoa mais precisa desta casa de apoio, será que as pessoas não vão adoece no sambando e domingo ? curta e de sua opinião

    o meu Deus não deixe eu adoece no sambando e domingo pois que mi acompanha ao hospital vai fica na rua.

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