E minha viagem continua sem problemas. Como este Brasil
ainda tem coisas bonitas! Vamos lá:
“5.
Muito antes da
invenção dos CDs e DVDs piratas, os jovens da União Soviética pirateavam discos
LP. O governo censurava boa parte das músicas do mundo capitalista – Kiss,
Julio Iglesias e Pink Floyd, por exemplo, eram considerados propaganda
neofascista. Para escapar da censura, alguém teve a ideia de imprimir LPs em
radiografias médicas (na época mais espessas que as atuais). Nasceu assim um
intenso mercado negro de música dos anos 60 a 80. Os LPs clandestinos ganharam
o nome “rock nas costelas” ou “jazz em ossos”, já que preservavam a imagem de
costelas, bacias e colunas vertebrais das radiografias. A qualidade do som era
terrível, mas bem mais agradável que as canções soviéticas.
Basta lembrar o
Trololo, clipe russo do barítono Eduard Khil que, de tão ridículo, virou hit do
YouTube, em 2010.”
Imaginem se a moda fosse hoje e tivéssemos que ouvir um “forró em ossos”. Pelo menos com a seca e
com as promessas não cumpridas de ajudar este sertão sofredor, osso de boi
morto não iria faltar.
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