quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Para não esquecerem de mim (5)



E minha viagem continua sem problemas. Como este Brasil ainda tem coisas bonitas! Vamos lá:

“5.

Muito antes da invenção dos CDs e DVDs piratas, os jovens da União Soviética pirateavam discos LP. O governo censurava boa parte das músicas do mundo capitalista – Kiss, Julio Iglesias e Pink Floyd, por exemplo, eram considerados propaganda neofascista. Para escapar da censura, alguém teve a ideia de imprimir LPs em radiografias médicas (na época mais espessas que as atuais). Nasceu assim um intenso mercado negro de música dos anos 60 a 80. Os LPs clandestinos ganharam o nome “rock nas costelas” ou “jazz em ossos”, já que preservavam a imagem de costelas, bacias e colunas vertebrais das radiografias. A qualidade do som era terrível, mas bem mais agradável que as canções soviéticas.

Basta lembrar o Trololo, clipe russo do barítono Eduard Khil que, de tão ridículo, virou hit do YouTube, em 2010.”


Imaginem se a moda fosse hoje e tivéssemos que ouvir um “forró em ossos”. Pelo menos com a seca e com as promessas não cumpridas de ajudar este sertão sofredor, osso de boi morto não iria faltar.

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