Amanheci um pouco menos pessimista hoje. Não tenho um motivo
aparente, no entanto, penso que foi pela fala da Dilma na ONU. Eu fiquei tão
eufórica que resolvi reproduzir sua fala lá em embaixo.
Não, não pensem que foi pelo que ela falou sobre espionagem,
programas sociais e as mentiras de que as manifestações foram benéficas ao
governo. Não. Foi por um motivo mais simples: A Dilma ressuscitou o trema.
Não fui pesquisar para ser precisa, mas, parece que na
última reforma ortográfica, assinada pelo Lula, o trema, aqueles dois pontos
tão preguiçosos que viviam nas costas do “ü”, foi defenestrado. Em Portugal,
nosso avozinho, ele já havia sido abolido desde o século passado. E aqui no
Brasil parece que foi o Lula que o aboliu. Lembram de agüentar, eloqüente, eqüidade?
Pois é, ontem na ONU, talvez querendo relembrar de quando
lutava para instalar uma ditadura de esquerda no Brasil pregando a equidade resolveu
resultar o trema no Qüênia. Talvez tenha sido um erro dos que escreveram o
discurso, que não tinham um processador de texto atualizado. Mas, vindo da
presidenta, que não se preparou bem nem para ser gerente de lojas de artigos de
R$ 1,99, tudo pode acontecer.
Fora isto, o discurso não teve novidades. No caso da
espionagem, o pessoal dormia para não sorrir. Ela só faltou exigir que a
Michele, mulher do Obama viesse pessoalmente contar os podres do marido, numa
confusão danada que fez com a Rosemary do Lula. Talvez, ela já tivesse sabido
que a Rosemary fora demitida, a bem do serviço público, por uma série de
crimes, através do NSA (agência de espionagem americana) e ficasse tão chocada
que confundiu tudo.
O Obama falou em seguida e pelo vi nos telejornais, deu
tanta atenção a Dilma quanto ela dá ao Eduardo Campos, ou seja, nenhuma. E
ficamos esperando a reação de nossa governanta brava e forte, ao fazer campanha
para 2014 em plena ONU. Não seria crime eleitoral? Talvez seja, mas, ela deve
estar seguindo o Lula que diz pagar muito bem as multas ao TSE. E como vimos
com o julgamento do mensalão que levará 2 séculos para terminar, aqueles
julgamentos das multas de quem faz campanha eleitoral antecipada, irá para a
eternidade.
O que mais me chocou foram suas palavras sobre as
manifestações. O escrito que mais julguei apropriado foi o que o meu amigo
Zezinho de Caetés transcreveu ontem no Mural da AGD, do Josias de Souza:
"Numa fase em que
as ruas estão quietas em casa, Dilma Rousseff relembrou os protestos de junho
ao discursar na Assembléia Geral da ONU. Disse que seu governo não reprimiu os
protestos. Ao contrário, ouviu e compreendeu a voz das ruas. Fez isso porque a
rua é seu berço. "Nós viemos das ruas. Nós nos formamos no cotidiano das
grandes lutas no Brasil. A rua é o nosso chão, a nossa base." Dilma traduziu
as ruas brasileiras para os líderes mundiais reunidos em Nova York: "Os
manifestantes não pediram a volta do passado. Pediram, sim, um avanço para um
futuro de mais direitos, mais participação e mais conquistas sociais." A
plateia ficou com a impressão de que o asfalto arde no Brasil pela reeleição de
Dilma. Todos devem ter invejado a oradora por presidir uma nação magnífica. Um
país onde só há protestos a favor e o senso de ridículo não existe."
É isto mesmo. A inversão de valores neste país chegou ao
ápice com este governo, chegando ao ponto de não podermos mais tolerar sua
eleição em 2014. Ainda não tenho candidato, pois estou ainda, igual a Marina,
sofrendo para aprovar meu partido, o PLP (Partido da Lucinha Peixoto), e já sei
que dificilmente conseguirei a tempo de concorrer nas eleições do próximo ano.
No entanto, cheguei a um ponto tal de desilusão que até o
Enéias me passou pela cabeça. Abaixo, num esforço cívico pela ressurreição do trema
(que se dá logo no início do discurso) no Quênia, apresento o discurso da
presidenta. Se quiserem ver o resto do comício fiquem à vontade.
O LATÃO DE LIXO DA HISTÓRIA TÁ AÍ, AGUARDANDO ANSIOSAMENTE, POR ESSA COISA...
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