segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Parabéns ao coronel, o museu da Celina e o "mula sem cabeça"




Mesmo antes de visitar os blogs hoje eu fui ao SBC (Site de Bom Conselho), que não sei se está sob nova administração, ou se Saulo desistiu mesmo de me censurar. Se for esta última opção então, a democracia reina no Mural. Parabéns! Escrevi lá o seguinte:

Hoje, além de ver o agradecimento do Coronel Fernando, que já havia lido na matéria das fotos de sua posse, não encontrando mais nada, fui fazer o que a algum tempo  não fazia: ir à APL. Está inerte por vários dias, com duas exceções. Um artigo de Zetinho falando com a eficiência costumeira das coisas do nosso mundo. A outra, na qual me detive mais, e que também interessa a Zetinho, foi um texto da Celina Ferro, uma jovem que, igual a mim se orgulha da terra onde nasceu. Não sei quando o artigo foi publicado. Como imortais os acadêmicos da APL, não colocam data em seus artigos. E sua ideia, se colocada em prática, encampa as do Zetinho, as minhas e de todos os homens de boa vontade de nossa terra (Memorial, museu, Academia, etc.). Criar um museu na casa que foi do Seu Barretinho. Se for a mesma que eu conheci é no oitão da Igreja. Só por curiosidade, eu soube que há uma Casa da Cultura, na Rua da Cadeia. Por que não aproveitar o espaço?”

Faltou espaço e, como o tema me interessa vim aqui usar mais de 1000 toques. Achei a ideia de Celina muito boa. Ela prova sua verve de historiadora. Espero que agora, nomeada pela Mamãe Juju para fazer parte da Comissão da Verdade, digo, Comissão da Galeria de Prefeitos, ele trate o joio e o trigo como cada um tem que ser tratado.

Mas, o texto da Celina é tão bom e claro que eu corro o risco de ser chamada de plagiadora pelo filho do Andarilho, mas o cito aqui. Se a autora for contra é só me comunicar que eu coloco uma poesia (não do Sr. Ccsta) no lugar:

“MUSEU OU MEMORIAL?

Às vezes eu ouço as pessoas falando da necessidade da criação de um memorial dedicado ao nosso saudoso Pedro de Lara. Realmente pelo seu trabalho e divulgação seria uma grande homenagem, entretanto eu acredito que seria mais oportuno e produtivo culturalmente a criação de um museu da cidade, pois contemplaria Pedro de Lara e muitas outras pessoas importantes, que construíram a História de Bom Conselho.

Com a implantação de um museu também seria feito o resgate de muitos traços culturais, de elementos importantes a formação histórica do município.

Muitas famílias fariam doação de documentos históricos, utensílios, costumes, fotografias e outros pertences, para exposição em um museu, pois seria uma homenagem aos seus antepassados.

Expor fotografias das famílias, utensílios domésticos, vestuários e outros elementos do acervo que surgirão através de uma pesquisa realizada no momento da criação do Museu de Bom Conselho.

O resgate desses elementos seria uma grande aquisição para a educação e a cultura da cidade, pois a aprendizagem seria fortalecida com visitas ao local, pesquisas, avaliações, debates e demais ferramentas educacionais aplicadas no cotidiano pedagógico.

O local para se instalar um museu, seria também um desses casarões que ainda existe na cidade. Posso até sugerir o casarão de Sr Barretinho que se encontra desocupado e a casa por si já tem um história especial, pois Sr. Barretinho era um poeta e uma pessoa que contribuiu com a cidade no século passado.

Além de Pedro de Lara, pode-se homenagear Frei Caetano de Messina, Josino Vilela e outros personagens da família Vilela, Padre Alfredo, Madre Salvador, Cel. José Abílio, Dr João Filino, Waldemar Guedes, Dr.Manoel Luna, Prof.Valdemar Santana, Ten. Alfredo Cavalcante de Miranda (Ten. Caçula), Cap. Lisimacho Vila-Nova, Ten. Coronel Florisbelo Vila-Nova, Maestro José Puluca, a Pianista Iracema Braga, Dr. Arnaldo Amaral e uma infinidade de pessoas que contribuíram na formação histórica da cidade.

Sabe-se das necessidades legais que acarreta tal projeto, portanto é necessário o posicionamento do poder público para a realização do mesmo.

Fica a sugestão e o apelo às autoridades competentes à sensibilização de tal empreendimento cultural em nossa cidade, que aos pouco vai perdendo a identidade por falta de sistematização do conhecimento aqui produzido.
Resgatar a memória de uma sociedade enriquece as gerações posteriores.

Um abraço da papacaceira, que se orgulha da terra onde nasceu.
Celina Ferro”

No recado que deixei nos Murais ainda falo em outra forma de cuidar e preservar nossa cultura e tradições, que é a ideia que o Zetinho tanto enfatizou que é a criação de Uma Academia de Letras. Coloquei isto lá, não para emular Jesus que disse: “Não julgueis que vim trazer paz a Terra; não vim trazer-lhe paz, mas espada; porque vim separar o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e os inimigos do homem  serão os seus mesmos domésticos. (Mateus, X: 34-36)”, mas apenas para dizer que já tivemos muitas ideias do tipo, mas nenhuma foi à frente.

Um dos motivos é que nós quando falamos à distância, pensamos de uma forma, e aqueles que estão lá pensam de outra. Isto não nos impede de dar opiniões, mas, sempre temos que ouvir primeiro quem está mais próximo. E no caso, a jovem Celina, agora, está muito próxima, e sua biografia mostra que é uma líder e que pode levar estas ideias à frente. Portanto, Celina, o que eu disser de errado releve e jogue fora, e o que eu disser de certo, aproveite, e Bom Conselho nos agradecerá.

Uma das coisas que discordo dela é sua confiança no chamado poder público. Ela mais do que ninguém, como historiadora da terra, sabe que quando se coloca o poder público no meio em nossa terra o que ainda impera é o coronelismo que quando dá a enxada exige o voto. O que entendi sobre a intervenção do poder público na ideia de Celina, e se estou errada me desculpe, é sobre a necessidade de desapropriações da casa de Barretinho, para o fim proposto. O que estou perguntando é se a Casa da Cultura, a antiga cadeia, não seria uma espaço ideal para isto sem a necessidade de intervenção do setor público neste sentido.

Por falar nisso, hoje vi no Blog do Poeta que teremos uma nova cadeia em Bom Conselho, pois até nossos presos estão fora do município. Agora teremos a garantia que nossa Casa da Cultura não volte a ter a mesma função de outrora.

Hoje, parece que o bicho da prolixidade baixou de novo em mim. Também, são tantas as emoções!

Já li na AGD um novo texto do Dr. Renato Curvelo, sobre o anonimato. Eu já estava satisfeita, mas, o Sr. Ccsta, sendo grosseiro, como soe acontecer, em outro artigo, chamando o seu colega de “joão sem braço”,não. Parece que foi agora chamado merecidamente de “mula sem cabeça”, “zé sem pernas”. Eu já disse que meu entendimento jurídico é muito pouco. Não tenho nem o curso de Direito incompleto como o filho do Andarilho, mas entendo nas entrelinhas, e não posso deixar de dar razão ao Dr. Renato.

Alguém que, num debate sobre a internet, vem citar uma autor da década de 50 do século passado, não pode entrar em debate nenhum, cujo tema seja o Direito. O Direito, eu li em algum lugar, deve evoluir em função da sociedade e não o contrário. Coisas que no século passado existiam em nossos códigos (por exemplo, filha desonrada podia ser deserdada pelo pai, hoje, inclusive as minhas, não teriam herança nenhuma) atualmente são artigos de museu. Inclusive, soube de coisas que se passaram em nossa terra, em relação a isto, que mereciam figurar na primeira sala do Museu que a Celina propõe e que, se Deus quiser, pela sua presença na terra, agora sai.

Um comentário:

  1. O velhinho de Taubaté e o Pivete treloso, na eleição que se avizinha, participarão ativamente do Festival de Besteirol na defesa da desastrada prefeita Judite.

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