quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O "Mais Médicos". Será preciso chorar?




Não precisa saber ler para entender esta postagem. Basta saber ver e principalmente, ouvir. Alem de ter um pouco de paciência pelo seu tempo de duração.

Se tiverem um tempo maior vejam e ouçam uma entrevista com um médico, no filme abaixo.

Se possível vão até o fim, onde eu chorei.

Seria o suficiente ouvir a entrevista do Dr. Miguel Srougi para descobrir que este tal de programa Mais Médico é uma outra falácia do governo Dilma para tentar lidar com o bafo do povo nas ruas.

Mas, talvez, para chegar a esta conclusão, é preciso chorar, como eu chorei.




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P.S.: Já havia programado a postagem acima, quando ontem ouvi a notícia de que seriam importados 4.000 cubanos para suprir o grande número de vagas que os brasileiros e outros estrangeiros não preencheram no programa Mais Médicos, esta atabalhoada medida de um governo que se viu acuado pelas ruas.

Vejam o que disse o Alexandre Paulista, o testa de ferro do programa, sobre esta atitude:

“Hoje estamos encerrando uma importante negociação para reforçar a assistência em saúde nas regiões carentes do Brasil. Vamos, por meio deste acordo com a Opas, ampliar o número de médicos exatamente naqueles municípios em que há maior dificuldade de levar profissionais. Nosso foco é levar médicos para aquelas cidades que não foram selecionadas no programa nem pelos brasileiros nem pelos estrangeiros, mas aguardam por profissionais”

Notem bem, senhores, que a primeira fase do programa não tem uma semana de terminada e, neste período o Padilha já entabulou “importantes” negociações para que os escravos cubanos viessem, por que os homens livres não se sujeitaram às condições miseráveis  da saúde em nossa país. Quanta desfaçatez. E, eu termino este P.S.  citando uma nota do Conselho Federal de Medicina, mostrando o que realmente aconteceu:

"Trata-se de uma medida que nada tem de improvisada, mas que foi planejada nos bastidores da cortina de fumaça do malfadado programa Mais Médicos. O anúncio de nesta quarta-feira coloca em evidência a real intenção do governo de abrir as portas do país para profissionais formados em Cuba, sem qualquer avaliação de competência e capacidade. Estratégia semelhante já ocorreu na Venezuela e na Bolívia, com consequências graves para estes países e suas populações".


É o já conhecido conto eleitoreiro do Padilha, em que até o nosso grande escritor e conterrâneo Carlos Sena caiu. Como já previsto por mim e toda a torcida triste do Náutico na Arena Pernambuco, vêm aí os escravos cubanos. O problema é quem vem com eles.

4 comentários:

  1. Escravos cubanos? Muito pelo contrário; Os médicos cubanos concordam com as medidas do governo, tal como a maioria da população aceita também. Não sei se sabes, Lucinha, mais a maioria dos casos de mortalidade infantil no Brasil, derivam de causas simples como: inanição nutricional, verminoses, endemias locais. Acredito que uma boa assistência básica é o necessário para que possamos ao menos amenizar esta situação. Cuba possui um dos menores índices de mortalidade infantil e materna do mundo, justamente por colocar à disposição da população uma saúde preventiva eficiente, fato que diminui demais os gastos públicos com a saúde. Precisamos mais do que tudo "HUMANIZAR" nossa saúde, a população precisa, analisando este ponto, tenho absoluta certeza que os médicos cubanos daram uma aulas de como se faz assistência básica em nosso país.

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    1. Caro Anônimo,

      Estou chegando de um médico que o meu plano paga a ele 50 dólares pela minha consulta. Este valor, um médico cubano recebe em Cuba, por 2 meses de trabalho. Você acha mesmo que se fosse dada a chance de ganhar uns 500 dólares por mês, ele iria recusar? Então os médicos cubanos concordam mesmo sabendo que seu trabalho custará ao governo brasileiro quase 5 mil dólares por mês, dos quais apenas uma mínima parte será a ele repassado. Ora, cara anônimo. Como você diz, nas condições em que está a saúde no Brasil, mesmo que um médico só saibam receitar Elixir Paregórico, ainda é melhor do que nada. Mas, não posso concordar com você de que é a partir do uso do trabalho escravo (existe outro nome?), se tente resolver os problemas de saúde que poderiam ser resolvidos com uma melhor gestão do que a que existe cujo lema é apenas manter a corriola petista no poder. HUMANIZAR a saúde é tratá-la com seriedade e dignidade e não voltando a escravidão, mesmo que seja dos cubanos.

      Você diz que Cuba tem um dos menores índices de mortalidade infantil e materna do mundo. Mesmo sabendo que isto é um pouco de propaganda porque as reais estatísticas não são conhecidas, isto não dar o direito do seu governo (e nem do nosso) de fazer tráfico de escravos, mesmo que cheio de boas intenções. Imagine quando as intenções são as piores possíveis, apenas para salvar um governo nos estertores.

      Lucinha Peixoto

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  2. Lucinha, belo texto e vídeo. Publiquei-o (vídeo) no meu blog. Parabéns!

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  3. Lucinha, enquanto aos melhores índices de saúde não são propagandas, são dados da OMS. Muito se fala que os cubanos são submetidos ao trabalho subhumano e esquecem de como são formados e preparados para agir em todo mundo. Um determinado grupo a Escola Médica LAtino-Americana de CUBA já são preparados para trabalhar em situações de grande emergência no mundo. Talvez seria bom vocÊ colocar algum vídeo de manifestação dos médicos cubanos, é notório o entusiasmo de se trabalhar para melhorar a saúde e o orgulho de seu país de origem, expressando um sentimento totalmente contrário que a classe médica não tem pelo nosso país. Tento ver os fatos sendo mais realista e menos partidarista.

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