Eu já recebi os dois últimos exemplares da A GAZETA, li-os,
anotei, mas não comentei aqui nenhum deles. É a falta de tempo com assuntos
menores, como a prisão do Poeta. Aliás, até hoje por falta de informação dos
blogs, ainda não sei se ele está preso ou se está solto. Seria tão simples
informar isto. Bastaria que alguém o visse nos últimos dias, tirando a foto do
enforcado, sem nenhum policial por perto. Então estaria solto, mesmo que não
soubéssemos a situação do processo, que, segundo o Emmanuel, corre em segredo
de justiça.
E agora, neste dia de chuva terrível aqui no Recife, e na
esperança de que os meus familiares não estejam loucos de subir a serra, eu
começo a comentar os exemplares do nosso jornal maior. Gostaria de comentar
logo o número 335, pois saiu um artigo meu, o que muito me honra. Mas, refreio
minha vaidade e começo pela edição de número 334.
E nela, sempre encontro e sempre leio o meu professor de
datilografia, o Diácono Di, dizendo que alguém de Bom Conselho blasfemou. Eu,
como sempre ouço os depoimentos do Dandan, pensei logo, eita!, o Diácono pegou
o jovem prefeito culpando N. S. da Aparecida pelos percalços de sua
administração. Porque nunca vi um governante culpar tanto Deus e todos os Santos
por uma administração. Talvez o Walmir Soares, certa época, que ganhou uma
eleição usando o nome de Deus em vão. Ainda lembro de sua voz tonitruante a
dizer, nos finais dos comícios: “Glória a
Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade”, entre os quais
ele se incluía, é claro, e não o opositor. Mas, isto é assunto do Alexandre.
Então, depois de ler o texto vi que não era sobre o Dandan
que o Diácono falava. Cito-o para esclarecimento:
“É o caso do nosso
estimado conterrâneo (por questão de ética, omito seu nome), quando desesperado
com a seca violenta, assolando o nosso Nordeste, afirmou angustiado ao seu
amigo: “Deus é o culpado”! São
palavras que nem por pensamento devemos dizer que Deus é o culpado. A culpa,
como diz você, estimado papacaceiro, é nossa.”
E, num arrazoado simples e bem escrito, ele mostra por A
mais B de que a culpa é realmente nossa. Continuando, por uma questão de ética,
sem citar o nome do blasfemador, tenho que defendê-lo aqui, mostrando a
possibilidade de o Diácono ter se enganado com as simples palavras que ouviu.
Quem me acompanha neste humilde espaço, que visa apenas
servir ao povo de Bom Conselho, deve ter lido um texto que escrevi (aqui)
sobre um texto anterior do Diácono, escrito no mesmo jornal, onde ele colocava
o Lula, quase como uma entidade divina.
O que pode ter acontecido é que o “blasfemador” tenha lido o texto anterior do Diácono Di, acreditado
que Lula seria um Deus e proclamou a tão criticada frase: “Deus é o culpado”. Ele nãos estava se referindo ao Deus em que
tanto eu quanto o Di acreditamos, mas, apenas àquele que o próprio Di, quis
transformar em entidade divina.
Assim sendo, eu diria que o “blasfemador” foi apenas induzido ao erro, e que ele, no fundo, no
fundo, está parcialmente certo. Talvez ele devesse ter pronunciado a frase de
forma correta: “Lula é culpado”,
mas, deve-se levar em conta o respeito e admiração que todos temos pelo nosso
conterrâneo, o Di, tendo nele acreditado, literalmente.
E pelo que Lula fez pelo Nordeste, como todos sabem, começou
tudo e não terminou nada, e só promessas não cumpridas, em relação a mitigação
do fenômeno da seca, eu só posso dizer que o “blasfemador” está muito certo.
Vejam o que ele fez e o que sua herdeira continuou a fazer
com o Rio São Francisco. Vocês já imaginaram se a obra tivesse sido concluída como
seria de valia para esta seca? E sabem que o que foi feito está sendo destruído
pelo tempo, multiplicando o custo a obra?
Então chega o momento de desespero das pessoas, inclusive do
Diácono, que pensavam ser Lula um Deus, e dizem: “Deus é culpado”. Isto não é blasfêmia é uma constatação. E, digo
mais, a continuar esta seca e a continuarem a adorar a Dilma como sendo a Nossa
Senhora (espero que o Diácono não escreva um artigo para comprovar isto),
brevemente, surgirão muito mais blasfemadores a dizer: “A culpa é de N. S. Senhora”. Depois não reclamem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário