Vi um texto do Rodrigo Constantino num blog, e que parecia ser
uma resenha de livro lançado pelo Lobão, sim, aquele mesmo que meus filhos
tinham medo quando eu nele falava há alguns anos atrás, porque pensavam me referir
ao Lobo Mau, e que li por o livro se chamar: “Manifesto do Nada na Terra do Nunca”. Gostei tanto do título, que
mesmo sem conhecer o livro, e apenas sabendo que o Rodrigo Constantino é um
jovem economista liberal, que eu fui ler. O nome do artigo é “Mais Lobão e menos Chico Buarque”, e foi
publicado orinigalmente no O Globo.
Achei o texto tão bom que resolvi comentá-lo, e colocá-lo em
forma de Pastoril, talvez em homenagem ao nosso liberal maior, o Zezinho de
Caetés. Então, o que vem abaixo é de autoria minha e do Rodrigo Constantino. O
que vem em azul é dele e o que vem em vermelho é meu. Escolhi as cores porque, em termos
ideológicos, ele parece, em relação a mim, está alguns centímetro a mais para a
direita. Neste caso não há disputa e espero que tudo termine cor de rosa.
A bundamolice comportamental, a
flacidez filosófica e a mediocridade nacionalista se espraiam hegemônicas. Todo
mundo aqui almeja ser funcionário público, militante de partido, intelectual
subvencionado pelo governo ou celebridade de televisão, amigo. É o músico Lobão
com livro novo na área. Trata-se de Manifesto do Nada na Terra do Nunca, e sua
metralhadora giratória não poupa quase ninguém.
Eu considero o Lobão um Loucão.
Nunca o achei um bom músico e nem um excelente em nada no que faz. Mas, isto
não o impede de publicar um livro que seja excelente, embora ainda nem o
conheça, mas, confio plenamente nas palavras do Rodrigo Constantino. Estou
apenas sendo um pouco enxerida em fazer este pastoril com ele, mas, não
resisti, apesar de me considerar uns 10 centímetros mais a esquerda do que ele.
A verdade comprovada de que todos
querem ser funcionários públicos ou viver às custas do estado é quase
incontestada. Apesar de termos casos, como o de Lula que hoje vive da empresa
privada, cobrando palestras até dos sindicatos, ele apenas se espalda no que o
Estado já lhe deu e pode dará para convencer seus clientes.
Polêmico, sim. Irreverente, sem
dúvida. Mas necessário. As críticas de Lobão merecem ser debatidas com atenção
e, de preferência, isenção. O próprio cantor sabia que a patrulha de esquerda
viria com tudo. Não deu outra: fizeram o que sabem fazer, que é desqualificar o
mensageiro com ataques pessoais chulos, com rótulos como reacionário ou
roqueiro decadente. Fogem do debate.
A história de desqualificar o
mensageiro é típica das esquerdas. Eu, pelas minhas ideias de oposição em minha
terra, fui ameaçada e vítima das maiores calúnias. Isto parece não ser só um
defeito das esquerdas no Brasil, e sim, daqueles que evitam o contraditório, a
qualquer custo, porque geralmente tem o que esconder. Não há debate, quando um
lado se considera divino. E em muitos cantos do Brasil estão divinizando
políticos. Nunca vi tanta desfaçatez.
Lobão tem coragem de remar
contra a maré vermelha, ao contrário da esquerda caviar, a turma radical chic
descrita por Tom Wolfe, que vive em coberturas caríssimas, enxerga-se como
moralmente superior, e defende o que há de pior na humanidade. No tempo de
Wolfe eram os criminosos racistas dos Panteras Negras os alvos de elogios; hoje
são os invasores do MST, os corruptos do PT ou ditadores sanguinários
comunistas.
Chega-se ao ponto de, depois do
julgamento mais importante de nossa história, de tentar defender outro
julgamento para certos casos, que se aceitos, serão um começo de funeral para a
Justiça brasileira. Se eu pudesse influenciar o STF eu até diria que se
julgasse outra vez o Zé Dirceu, e o absolvesse de todas as acusações em pleno
período eleitoral em 2014. Este seria, então, o candidato do PT, como foi
sempre a intenção do Lula antes da descoberta do mensalão, que ele negou até
pouco tempo atrás. E quem seria o tesoureiro da campanha? O anjo recuperado
Delúbio Soares, assessorado pelo João Paulo Cunha, nesta época, já outra vez
presidente da Câmara. O Genoino como vice seria a chapa perfeita.
O roqueiro rejeita essa típica
visão brasileira de vitimização das minorias, de culpar o sistema por crimes
individuais, de olhar para o governo como um messias salvador para todos os
males. A ideia romântica do Bom Selvagem de Rousseau, tão encantadora para uma
elite culpada, é totalmente rechaçada por Lobão.
Eu preciso comprar o livro para ver
como o Lobão desenvolve este raciocínio. Eu o venho aplicando à política de
cotas raciais, já faz algum tempo. E ele se aplica também às políticas públicas
referentes a outras minorias, como índios, e até homossexuais. Eu sempre pensei
e ninguém me provou o contrário que as políticas de cotas raciais, beneficiam
alguns negros e prejudicam a ração negra, e aqueles que a ela pertencem de
forma mais evidente, trazendo o estigma da cor da pele gerado historicamente,
para uma luta aberta entre raças (que para mim nem existem de fato) e que
apenas nos prejudicam.
A ideia de que o governo é uma
solução para tudo e que leis podem mudar os valores sociais e culturais do dia
para noite é uma verdadeira enrolada. Se eu quisesse hoje entraria numa
universidade, que alguns me cobram (eu não), da forma mais fácil. Bastaria me
apresentar, e quanto vista a minha tez, o guarda racial diria logo: Esta não
precisa nem fazer vestibular. Nem o cabelo dela nega, é realmente, mulata na
cor. Daqui a alguns anos, eu ficarei com receio de colocar minha foto nos
documentos por que serei taxada como proveniente da “política de cotas”. E isto ocorrerá para todos de cor um pouco mais
escura, independentemente, da competência ou não. Será o mercado dando o seu
troco à afoiteza em querer mudar a sociedade de afogadilho.
Compare isso às letras de Chico
Buarque, ícone dessa esquerda festiva, sempre enaltecendo os humildes: o
pivete, a prostituta, os sem-terra. A retórica sensacionalista, a preocupação
com a imagem perante o grande público, a sensação de pertencer ao seleto grupo
da Beautiful People são mais importantes, para essas pessoas, do que os
resultados concretos de suas ideias.
Não vou dizer que nunca gostei das
músicas do Chico Buarque. Eu gosto sim. O que não gosto mesmo é de suas
posições políticas. Os temas que ele aborda nelas podem ser assimilados pela
beleza de suas melodias. Mas, depois de um incursão no meio artístico como
escritor, foi mostrado que sua genialidade na música não fazia jus à sua
mediocridade com escritor.
Certa feita, no Blog do Roberto
Almeida, que agora fica bradando estatísticas de acessos (e isto quem faz está
em queda), vi que o Chico Buarque viria para um festival em Garanhuns. Naquela
época eu comentava ainda em seu blog e fiz uma crítica tremenda sobre a
escolha. As esquerdas “tavares correia”
de Garanhuns fizeram pior comigo do que as esquerdas “palestra do Lula” fizeram com o Lobão. Mas, parece que graças a
Deus e a mim, o Chico não veio. Menos mal.
Vide Cuba. Como alguém ainda
pode elogiar a mais longa e assassina ditadura do continente, que espalhou
apenas miséria, sangue e escravidão pela ilha caribenha? Lobão, sem medo de
ofender os intelectuais influentes, coloca os pingos nos is e chama Che Guevara
pelos nomes adequados: facínora, racista, homofóbico e psicopata. Quem pode
negar? Ninguém. Por isso preferem desqualificar quem diz a verdade.
Quando toco no tema de Cuba, que
traz Che Guevara de contra peso, eu fico triste porque vou discordar do
Guerrilheiro das Sete Colinas, o Altamir Pinheiro, que quer salvar a reputação
do Porco Fedorento, o Che, retirando a ligação dele com a ditadura cubana. Não
há mais como fazer isto. Eu gostaria de encontrá-lo pessoalmente para pedir-lhe
que retirasse a boina para ver o que aconteceria quanto a estas suas ideias.
Penso que o problema está nela, ou pelo menos na estrela.
E o inusitado disto é que eu também
brigo com o meu conterrâneo Marlos Duarte, pelo seu amor a Cuba e ao Fidel. Eu
até penso, que depois de certo tempo, quando a luta pela sobrevivência endurece
os corações, até mudar de ideias, mesmo com todas evidências se torna difícil.
Mas, na época de hoje, dizer que Cuba ainda é um país que nos possa ensinar
alguma coisa é um anacronismo cavalar.
Lobão, que já foi cabo eleitoral
do PT, não esconde seu passado negro, não opta pelo silêncio constrangedor após
o mensalão e tantos outros escândalos. Prefere assumir sua imbecilidade, como
ele mesmo diz, e mudar. A fraude que é o PT, outrora visto como bastião da
ética por muitos ingênuos, já ficou evidente demais para ser ignorada ou
negada. Compare essa postura com a cumplicidade dos intelectuais e artistas,
cuja indignação sempre foi bastante seletiva.
Neste ponto eu nunca fui imbecil.
Nunca morri de amores pelo PT e desde sua criação, quando ainda não pensava nem
em entrar para política, eu nunca fui muito chegada ao Lula e aos seus
companheiros. Achava-o, como ainda o acho um apedeuta convicto, daqueles que,
se subissem poderia prejudicar muito a juventude brasileira. E não deu outra. Quantas
crianças deixaram de estudar, porque isto não é necessário para ser presidente?
Eu já vi muitas. E hoje, mesmo que se estude, só chegando ao curso médio está
bem. Lula, não chegou nem lá e virou Deus. E o pior de tudo é que ele, o
apedeuta, se orgulha de sua preguiça para estudar, a não ser quando está
inaugurando uma nova universidade, que normalmente, não tem recursos humanos
para funcionar.
Outra área sensível ao autor é a
Lei Rouanet, totalmente deturpada. Se a intenção era ajudar gente no começo da
carreira, hoje ela se transformou em bolsa artista para músicos já famosos e
estabelecidos, muitos engajados na política. Lobão relata que recusou um
projeto aprovado para uma turnê sua, pois ele já é conhecido e não precisava da
ajuda do governo. Compare isso aos ícones da MPB que recebem polpudas verbas
estatais, ou que colocam parentes em ministérios, em uma nefasta simbiose
prejudicial à independência artística.
Sem comentários sobre esta Lei
Rouanet. Virou cabide de emprego de artista ruim.
O nacionalismo, o ufanismo
boboca, que une gente da direita e da esquerda no Brasil, também é duramente
condenado pelo escritor. Quem pode esquecer a patética passeata contra a
guitarra elétrica que os dinossauros da MPB realizaram no passado? Complexo de
vira-latas, que baba de inveja do império estadunidense. Dessa patologia
antiamericana, tão comum na classe artística nacional, Lobão não sofre. O rock,
tal como o conhecimento, é universal. Multiculturalismo é coisa de
segregacionista arrogante.
Eu sempre adorei Michel Jackson,
mesmo que ele quisesse se tornar branco. Nesta área ele virou um símbolo
daquele país maluco que são os Estados Unidos. O nosso complexo de vira-latas,
nos levou a nos afastar dos sistemas democráticos de governo, porque os
americanos eram seu maior exemplo. E foram surgindo os ditadores latino
americanos, cujo exemplo mais recente é o Hugo Chávez. No fundo, no fundo o
principal sintoma do complexo do cachorrão
é a inveja. Todo mundo quer ser comportar como americanos, mas, antes tem que
falar mal dele. A China está aí, que não me deixa mentir. E quem duvida que os
cassinos de Cuba, de antes da revolução, abrirão brevemente por lá, para eles
não morrerem de fome com na Coreia do Norte? E tem partido no Brasil, da linha
coreana. Pode?
No país do carnaval, futebol e
novelas, onde reina a paralisia cerebral, a mesmice, o conformismo com a
mediocridade, a voz rebelde de Lobão é uma rajada de ar fresco que respiramos
na asfixia do politicamente correto, sob a patrulha de esquerdistas que
idolatram Chico Buarque e companhia não só pela música.
Eu não seria tão cruel ao ponto de
desejar que o Brasil perdesse a Copa do Mundo, porque a copa no Brasil foi uma
ideia do Lula, e surgida numa época na qual ele precisava de apoio eleitoral.
Mas, vendo o Brasil jogar nos últimos jogos, a empáfia do Felipão em convocar
jogadores totalmente descomprometidos com nossa seleção (vivem torrando o
dinheiro que sobra dos seus gordos salários no exterior), eu cada dia tenho
mais saudade do João Saldanha de 1970. Deus queira que eu minta, mas, não tenho
segurança nenhum na Copa de 2014 e nessas das confederações está tudo dominado.
Em um país de sonâmbulos,
anestesiados com uma prosperidade ilusória e insustentável; em um país repleto
de gente em busca de esmolas e privilégios estatais; em um país sem oposição,
onde até mesmo Guilherme Afif Domingos, que já foi ícone da alternativa
liberal, rendeu-se aos encantos do poder; o protesto de Lobão é mais do que
bem-vindo: ele é necessário. Precisamos de mais Lobão, e menos Chico Buarque.
Já dissemos tudos.
A HISTÓRIA ESTÁ AÍ PARA QUEM QUISER VÊ-LA OU RELÊ-LA, A “ESQUERDA” PETRALHA E COMUNALHA TRANSFORMOU MITOS, LENDAS E MENTIRAS, EM VERDADES INQUESTIONÁVEIS NESSA TERRA DA FULEIRAGEM, ONDE TIVEMOS ATÉ UM SEBOSO E TEMOS UMA EX-TERRORISTA COMO PRESIDENTES. OS CHICOS DA VIDA ENFIARAM A CULTURA E O PENSAMENTO DO BRASILEIRO EM UMA PANELA DE MEDIOCRIDADE. PARA ELES, A REALIDADE, OS FATOS, SÃO APENAS DETALHES IRRELEVANTES E NADA MAIS... A COISA É MESMO DE AMARGAR, NÃO É À TOA QUE ESSES PIRRALHOS AFOGADOS NOS MITOS E LENDAS DA “ESQUERDA”, DIZEM QUE MARXISTAS TREINADOS EM CUBA COM DINHEIRO DA UNIÃO SOVIÉTICA LUTAVAM PELA DEMOCRACIA BURGUESA, POR MAIS RIDÍCULO QUE SEJA ISSO. E O FAZEM NA CARA DE PAU, SEM RUBORIZAR AS “BUXEXAS”. DE RESTO, O TÍTULO DO LIVRO DO LOBÃO RESUME TUDO: “Ele, que já foi cabo eleitoral do PT, não esconde seu passado negro, não opta pelo silêncio constrangedor após o mensalão e tantos outros escândalos. prefere assumir sua imbecilidade, como ele mesmo diz, e mudar. A fraude que é o PT, outrora visto como bastião da ética e da moralidade por muitos ingênuos, já ficou evidente demais para ser ignorada ou negada”. SINCERAMENTE, JÁ VI QUE EU SOU MESMO UM BABACA. EU ADORAVA O CHICO...
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